Capítulo 4 Uma busca desesperada

Riaj caminhou para o meio dos bandidos armado com pistolas e fuzis, sem dizer uma palavra. Sua face não tinha expressão nenhuma, e seu olhar era gelado com um iceberg.

De repente, uma espada azul de dois metros apareceu em suas mãos, e ele se moveu com a velocidade de um raio.

Em menos de dez segundos, oito corpos estavam no chão sem as cabeças. Riaj pegou um por um e jogou na represa.

Ele também chutou as cabeças para o mesmo destino. Ao olhar para a espada, a mesma sumiu, e ele entrou no carro novamente.

O motorista e Ellehcim estavam estupefatos, e não disseram nenhuma palavra. Riaj também não falou nada, e eles seguiram a viagem anteriormente programada.

Riaj estava espantado consigo mesmo, e alguns fragmentos de sua memória perdida começaram a aparecer.

Voltando ao presente, o Ford Expedition com Riaj e seus quatro amigos, depois de andar bastante pelo centro da Cidade Bonita, finalmente chegou à mansão de Esoj. No momento em que adentrou o portão da mansão, Riaj relembrava o seu inicio como presidente.

Após o sonho estranho em sua primeira noite no palácio, o resto da noite correu tranquilamente. Riaj acordou bem cedo, tomou um banho frio, e foi dar uma corrida nos jardins do palácio.

Esse era o aquecimento para um ritual que ele repetia a mais de trinta anos. Todo dia, não importando onde ele estivesse, ele tirava duas horas para um estranho treinamento de artes marciais.

Nos primeiros quinze minutos, ele meditava e entrava em um estado estranho, onde visualizava a técnica a ser estudada. Nos cento e cinco minutos restantes, ele praticava a técnica até atingir a perfeição.

Ele alternava entre técnicas de espada, armas de fogo, manuais, codificação, melhoramento físico e fortalecimento mental.

Hoje foi o dia dele praticar uma técnica de espada muito sofisticada e poderosa. Ele ainda não sabia, mas muitas surpresas estavam reservadas para ele naquele dia.

Longe dali, em um palácio na capital da República das Águas, três indivíduos procuravam freneticamente por algo nas dependências do palácio.

Um deles, Siul Oicani, mais conhecido como Alul, coçou a bunda e depois falou.

- Tem de estar por aqui, em algum lugar. Ele não pode ter levado a sala com ele.

- Nós temos de achar essa sala e recuperar um dos tesouros do universo. Duvido que ele tenha encontrado no tempo em que ficou aqui.

- Eu fiquei oito anos aqui antes dele, andei por todos os lugares, e nunca vi nada que lembrasse essa sala que o Senhor Sombrio mencionou.

- Além do mais, naquela época eu estava tendo um caso com o Osrat Orneg, e nós transamos em todos os lugares do palácio, então não teria como eu não ter visto essa sala se ela existisse.

- Ele foi meu ministro em dois ministérios, e nós transávamos ao menos três vezes por semana.

Ao lado dele, Oivalf Onid, popularmente chamado de Gordola, se fez ouvir.

- É complicado, companheiros, não temos ideia de como procurar. Mas não temos alternativa, nossa única chance é se encontrarmos aquele tesouro.

Oisavreg Aiam, o terceiro deles, conhecido como Feioso, entrou na conversa.

- Tão importante quanto encontrarmos o tesouro, companheiros, é descobrirmos o que aconteceu com o pênis de Ledif Ortsac. Vocês foram amantes por muito tempo, Alul, e você cumpriu o último desejo dele, amputou seu pênis após a morte e guardou em um cofre em seu sítio.

- Mas quando você foi preso, tudo lá foi virado do avesso e ele sumiu..

Antes que Alul pudesse responder, Gordola se antecipou.

- Fiquem tranquilos, eu sou o ministro da justiça. Primeira coisa que fiz ao assumir foi pedir ao Ierdna pra levantar a ficha de todos os agentes que participaram daquela operação.

- Todos estão sendo investigados, até porque quero fazer uma limpa, e deixar só aqueles alinhados com a nossa ideologia. A polícia federal vai ser a sua polícia, presidente.

- Em breve devemos ter novidades, o pênis do amor da sua vida vai ser encontrado. Embora nós estejamos juntos agora, eu não tenho ciúmes dele. O que é passado ficou no passado.

Feioso interveio.

- Gordola, você foi o amor da minha vida, nos conhecemos no congresso e vivemos uma história de amor linda. Mas eu entendo que você se apaixonou pelo Alul, e nossas felicidades individuais devem ser deixadas de lado quando pensamos no objetivo maior, que é nossa sobrevivência.

- Ironia do destino, fui eu que te apresentei a ele naquela cela na Província da Gralha Azul.

Alul tirou a cueca de dentro do rego, esfregou as mãos, e falou calmamente.

- Deixemos de nostalgia, vamos procurar o tesouro e finalizar a missão que o Senhor Sombrio nos deu. Disso depende nossa sobrevivência.

O trio andou por todos os andares do palácio por três vezes seguidas, e não encontrou nada. Estavam quase desistindo quando Feioso se fez ouvir.

- Que sala é aquela? Não vimos ela quando passamos. Será que enfim nossa busca terá resultado?

Alul logo respondeu.

- É a sala pra onde mandei trazer todos os móveis que o maldito usava. Vou acusar ele de ter roubado eles, e de quebra, ainda compro móveis novos superfaturados de um dos nossos aliados.

- Todo mundo ganha, os companheiros ficam com a grana, eu e a Ajnaj com os móveis novos, e o maldito com a reputação arruinada.

Ao entrar na sala e ver a ampla cama no centro, a luxúria tomou conta de Alul.

- Dane-se a busca, vamos relaxar e se divertir um pouco. Por causa daquele desgraçado daquele Orom, eu passei quinhentos e oitenta dias preso.

- Quantos pênis eu deixei de degustar nesse tempo, eu nunca vou perdoar aquele juizinho, vou destruir ele. Eu fiquei trinta e oito dias, treze horas e dezesseis minutos sem poder chupar um pênis, até o Epilef Oten me visitar e realizar meu desejo.

- Também fiquei quarenta e cinco dias sem dar uma sentada, quatrocentos e quinze dias sem poder ser penetrado duplamente. Vocês tem ideia do que é isso? É a maior tortura que eu poderia sofrer.

- Tirem a roupa e vamos nos divertir. Quero um sexo selvagem com vocês agora.

Feioso cumpriu a ordem e ampla cama logo foi ocupada pelos amantes. Alul fazia sexo oral em Gordola, enquanto era penetrado por Feioso, que também o masturbava.

Em seguida Feioso revezou com Gordola, e Alul foi o sanduíche deles.

Terminada a relação, os três se vestiram, deixaram a sala, e recomeçaram a busca nas dependências do palácio.

Gordola foi o primeiro a falar, e seu tom era desanimado.

- A coisa não é fácil, companheiros, não encontramos nada, o maldito deixou o país e está na República das Águias, o homem que te condenou é senador agora, o pênis de Ledif continua desaparecido. Às vezes dá vontade de jogar tudo pro alto e viver uma vida tranquila, isso desanima a gente.

Alul coçou a bunda mais uma vez e falou irritado.

- Vocês parecem esquecer quem eu sou. Este é meu terceiro mandato como presidente, e terei o que eu quero, custe o que custar.

- Por falar nisso, o Ocram Oilerua já conseguiu aquelas 57 pessoas, logo vou ter a primeira viagem internacional e preciso deles.

Feioso logo respondeu.

- Ocram disse que tudo estará pronto a tempo. Ele já selecionou os caras, na próxima semana, Gordola e Oivlis farão o test drive com eles.

- Tem quarenta deuses de ébano,e os outros são morenos, você não vai se decepcionar, presidente.

- Todos conhecemos sua história, e faremos de tudo para te agradar. Você é nosso grande comandante nessa batalha contra o Senhor Celestial.

Embora a dupla elogiasse e encorajasse Alul, relembrando sua trajetória, eles sabiam que a luta que os aguardava era inglória.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022