/0/11759/coverbig.jpg?v=20241023113636)
Em um primeiro momento, nem mesmo Odracir, sua antiga paixão, ousou se levantar contra a decisão. Mas tanto ele como os membros da organização criminosa que ascendeu ao poder na República das Águas, tinham novos inimigos, Oigres Orom e as redes sociais.
Eles fariam de tudo no futuro para se vingarem do herói aquariano e controlarem as redes sociais, as quais deram voz a todos e não somente aos militantes da antiga imprensa, forjados sob a ideologia nefasta de Erierf.
A marionete que Alul havia arranjado para se eleger em seu lugar e manter a roubalheira desenfreada foi derrubada pelo congresso, e assumiu em seu lugar um presidente que muito orgulhou e modernizou o país, mas que infelizmente, cometeu um único erro que afetaria a nação por um longo tempo.
Esse foi o contexto que levou Alul a ficar preso em uma ala da guarnição de nível federal da República das Águas, localizada na Província da Gralha Azul. Parecia que tudo se encaminhava para o melhor, mas para a tristeza dos aquarianos, Alul e sua trupe ainda tinham algumas cartas na manga.
Voltando ao presente, Alul, Feioso e Gordola, após procurarem por mais de três horas, desistiram da busca. Feioso e Gordola foram para seus gabinetes, enquanto Alul ficou no palácio. Ele foi para uma área reservada e deitou em uma cama. Sua memória voltou a exatos quatro anos atrás, um dia muito marcante em sua vida.
No interior de um edifício na Província da Gralha Azul, na República das Águas, um criminoso enfiava freneticamente um pepino no ânus. Na manhã daquele dia, ele recebeu a visita de seu advogado, Onaitsirc Ninaz, o qual havia camuflado três pepinos em seu próprio ânus e os levara para ele.
O criminoso era Alul, provavelmente o maior ladrão do mundo. Para se ter uma ideia, ele roubou até os pavões do palácio quando deixou a presidência da república.
Ele estava preso na carceragem de uma guarnição federal a cerca de nove meses. A situação era atípica, pois Alul havia sido presidente da República das Águas por duas vezes, e esta era a primeira vez que um ex-presidente da República das Águas era detido.
A situação era ainda mais estranha, pois de acordo com a lei da República das Águas, Alul, que não possuía curso superior, deveria ser preso em uma sala comum.
Os aquarianos não entendiam o porquê de Oigres Orom, a autoridade encarregada da investigação e da prisão, ter violado deliberadamente a lei e permitido que o criminoso ficasse em uma cela particular, que na verdade nem sala era, mas sim uma sala sem grades, e até mesmo com chuveiro elétrico.
Deitado em sua cama, protegido por um edredom azul, Alul pegou o pepino cheio de fezes, lavou no chuveiro, e em seguida enrolou em um papel higiênico e guardou em uma gaveta no roupeiro, em frente a cama.
Neste quase oito meses, Alul já tinha subornado um dos dois guardas que ficavam na porta, Egroj, e havia conseguido com que o mesmo permitisse que Alul chupasse seu pênis, mas foi o máximo de progresso que conseguiu.
Agora, seus esforços estavam no outro carcereiro, Oaluap. Ele pensava em oferecer o comando de sua equipe de segurança em um eventual novo governo, caso o guarda aceitasse suas condições e transasse com ele em todos os dias de sua escala.
A possibilidade de ter sexo anal em um dia e oral no outro deixou os olhos de Alul brilhando. Quando de sua prisão, ele ficou trinta e oito dias sem sexo oral e quarenta e cinco dias sem sexo anal, que para ele pareceram uma eternidade.
Voltando ao presente, deitado em sua cama no palácio, Alul relembrava esse dia com nostalgia. Naquela época, somente membros de seu partido e alguns líderes internacionais de seu campo político o visitavam e o realizavam sexualmente.
Onaitsirc estava sendo o seu parceiro sexual mais frequente. Antes de discutirem estratégias de defesa, o dia sempre começava com ele de cara no colchão e Onaitsirc o satisfazendo.
Eles já haviam chegado a um acordo. Alul o indicaria para a mais alta corte de justiça da República das Águas, tão logo ele deixasse a prisão e voltasse ao cargo. Onaitsirc era um advogado medíocre. em um país sério não teria chance nenhuma na magistratura, então a proposta de Alul o seduziu à primeira vista.
Alul também instruiu a somente permitir visitantes que o realizassem sexualmente e a bloquear todos os outros.
Retornando ao presente, ditado em sua cama, Alul relembrava os primeiros dias de sua vida como prisioneiro. O desespero por não ter um pênis para se deliciar, as incontáveis noites mal dormidas sonhando com bananas, pepinos, desodorantes, rolos de massa, garrafas, tudo que lembrasse um pênis.
Era por isso que Alul considerava Epilef Oten como um amuleto. Sete dias depois daquela visita, foi a vez do senador Ramo, que nem era de seu partido, visitar Alul e realizar o maior sonho dele, voltar a fazer sexo anal depois de quarenta e cinco dias.
Epilef e Ramo se tornaram pessoas de valor incalculável para Alul. Ele jurou os proteger para a vida toda, e destruir qualquer um que os atacasse.
Outra data inesquecível para Alul era vinte e cinco de Lyyar de 5779. Foi o dia em que ele foi agraciado com uma dupla penetração, a primeira depois de quatrocentos e quinze dias preso, realizada por Feioso e Gordola, na primeira visita que os dois fizeram em conjunto a ele.
Relembrar aqueles momentos fez o ânus de Alul piscar violentamente. Ao analisar friamente no presente, os quinhentos e oitenta dias na prisão não foram um tormento muito grande para ele.
A pior parte foi o jejum de sexo oral de trinta e oito dias, quebrado por Epilef, cuja quebra acabou com sua ansiedade e tirou um peso de toneladas de suas costas.
Sete dias depois, ele teve o sexo anal com o senador Ramo, e sua vida praticamente voltou ao normal. Ele já nem sonhava com todos os formatos possíveis de pênis, como quando de logo após a sua detenção.
Se passaram mais quinze dias, e ele convenceu o carcereiro Egroj a deixar chupá-lo nos dias de sua escala. Nesse momento, Alul nem lembrava mais de que estava na prisão, pois depois de sessenta dias preso, tinha sexo oral a cada dois dias.
A realização máxima para ele veio depois de nove meses de prisão. Naquele momento, ele conseguiu convencer o carcereiro Oaluap a transar com ele nos dias de sua escala, e assim, ele desfrutava de sexo oral em um dia e sexo anal no outro, alternadamente.
Esse panorama, aliado ao fato de sua requisição ao seu advogado de só permitir visitas do sexo masculino, e que satisfizessem ele sexualmente, estabelecido cerca de nove meses após a sua prisão, fez com que a temporada na cadeia parecesse um longo período de férias para Alul, e existiam dias em que ele era penetrado até três vezes, relembrando em parte seus dias gloriosos na presidência.
Um fato a ser ressaltado é que algumas poucas mulheres visitaram Alul na cadeia, antes de ser estabelecido que somente homens poderiam visitá-lo, o que aconteceu cerca de nove meses após a sua prisão. Entre estas estava uma prostituta e proprietária de um prostíbulo de luxo muito inteligente, que ele havia conhecido a quinze anos atrás.
Existe um ditado que diz que por trás de um grande homem existe uma grande mulher, e esse ditado se provaria verdadeiro, muito embora Alul não merecesse ser chamado de homem.
No encontro que tiveram durante a visita ela foi direta, deixou claro que sabia que ele era impotente e só gostava de homens, mas que estava disposta a libertá-lo e se tornar sua parceira em troca dos luxos e comodidades que só o dinheiro e o poder poderiam proporcionar.
O encontro desses dois golpistas profissionais, um sem caráter e moral nenhuma, e outra sem nenhum tipo de escrúpulos para atingir o que desejava, jogariam a República das Águas em um caminho tenebroso em um futuro não muito distante.