Como amar um Mafioso
img img Como amar um Mafioso img Capítulo 5 Jackson
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Capítulo 5 Jackson

Acordei com o braço imobilizado. E Jenna sentada na cadeira ao lado, com um curativo na cabeça, quando me viu acordado, logo se levantou em minha direção.

-Está melhor? -perguntou

-Sim, o pior já passou, e você está mais calma? - perguntei

-Ainda estou tentando assimilar tudo, tentando entender algumas coisas, está tudo muito bagunçado - fiquei pensando que talvez ela não soubesse do cartel.

Segurei em sua mão, com meu outro braço. Quando ia abrir a boca ela me interrompeu.

-A polícia veio colher meu depoimento, eles irão voltar pois precisam do seu, como você estava dormindo, pedi para não te incomodarem.

Agradeci com a cabeça, pois precisava preparar minha oratória.

Claro que eu sabia que a polícia iria atrás, sabia que ficaria exposto ao ir para o hospital, mas também sabia que a polícia tinha ciência que o atentado era para Jenna, não me dariam tanta atenção. Estava tranquilo, para eles eu era só um homem rico com muitos seguranças, para carregarem meu ego.

-Ok. E você já sabe o que fazer? -perguntei, esperando que pedisse minha ajuda.

-Como assim? Não tenho o que fazer preciso esperar a polícia.

Ela parecia não ter pensado em fugir para o outro lado do mundo., era o que qualquer pessoa normal faria.

-Você acha que eles vão conseguir te proteger? Não conseguiram proteger o Mark - falei preocupado

-E quem vai me proteger? Preciso confiar no trabalho...

Interompi.

-Eu posso te proteger se quiser, acho que não está entendendo o risco que está correndo.Tenho seguranças, eles nos ajudaram hoje.

Ela soltou minha mão gentilmente.

-E dois deles estão mortos, não posso condenar mais pessoas por um problema que é meu – me respondeu.

Eu queria brigar, porque ela precisava me deixar protegê-la.

-Você precisa me deixar te ajudar, se não fosse por eles, poderia ter sido pior– respondi com firmeza.

-E porque faria isso? Nem me conhece. Aliás por que tomou um tiro por mim?

Notei que estava intrigada.

-Eu a vi pela TV e no tribunal, na verdade no banheiro do tribunal – fui falando aos poucos esperando que ela juntasse as peças.

-Eu lembro, foi em você que esbarrei quando estava saidno. Está me seguindo? Por que você faria isso? -parecia cada vez mais desconfiada

-Não é o que está pensando, não quero te machucar!

Fui interrompido por ela e seus pensamentos, era como se nem tivesse prestando atenção em nada do que estava falando.

-Não acho que seja me machucar, já que tomou um tiro por mim – respirei aliviado e ela continuou com um olhar distante de quem está raciocinando

– Você sabia que eles viriam atrás de mim, não sabia? Como? – essa é minha garota.

-Jenna -tentei argumentar, mas nem sabia o que falar depois.

-Você não é um amigo distante do Mark! Quem é você? – perguntou e dessa vez aguardando minha resposta.

-Precisamos conversar em outro lugar, não aqui, e não agora – pontuei olhando para a porta.

-Olha, agradeço o que fez por mim, de verdade, mas não posso e não quero me envolver nisso, o que quer que seja, mais do que já estou. Eu preciso ir.

Saiu andando, sem ao menos me deixar falar, parecia com medo.

Eu quis levantar e ir atrás dela, mas achei melhor dar um tempo para que pudesse respirar. Acenei para um dos meus seguranças segui-la. Aguardei a polícia chegar, dei meu depoimento como um cara que estava no lugar errado e na hora errada. Acho que por enquanto estava a salvo.

Os médicos me deram alta, levantei em direção a saída do hospital, mas vi um vulto, era a silhueta de uma mulher. Parecia Jenna passando, se ainda estava lá, o que estava fazendo? Olhei para o Max, meu segurança, ele fez movimento como se fosse chamar pelo rádio, coloquei a mão no braço dele para que percebesse que eu estava indo atrás dela.

Eu a vi entrar no quarto 212, fui em sua direção, estava muito curioso, reduzi meus passos e fui me aproximando da porta, ao que começo a ouvir.

-Foi só uma batida de carro, nada demais, já estou bem- Jenna falava calmamente

-Quem é você? – ouvi uma voz de criança, e logo percebi que era comigo, acabei não percebendo que estava já na porta.

-Sou o Aaron Moretti – falei já entrando no quarto, Jenna me olhava como quem queria dizer "cuidado com o que vai falar"

–Amigo da Jenna – continuei.

-Quer dizer namorado? – recebi de volta daquele menino, devia ter uns 7 anos, todo magro, com aparência de quem estava realmente doente, comecei a deduzir o que estava acontecendo.

-John! – disse Jenna com tom intempestivo

–Ele é só um amigo. Aaron, esse é meu irmão mais novo, John – disse olhando para mim.

John simplesmente a ignorou, e direcionava as palavras em minha direção.

-Seu braço está machucado? Vocês estavam juntos no carro? -John era bem curioso, assim como eu.

-Sim, eu estava dando uma carona para ela, não queria machucá-la -respondi com uma voz tranquilizadora.

-Pai, esse é o namorado da Jenna!

John disse olhando para a porta, me virei considerando que aquele senhor baixinho de cabelos quase grisalhos fosse o pai deles, estendi minha mão em sua direção.

-Sou um amigo dela – corrigi, olhando pra Jenna, que me dava um olhar de agradecida.

-Prazer sou o Gary, e também dizia que Melanie era só uma amiga- ele me respondeu rindo, ouvi a risada de John também.

-Pai, podemos conversar lá fora – a voz de Jenna estava firme.

Eles saíram do quarto, mas não foram muito longe, de onde estava conseguia vê-los próximo ao balcão central. Deduzi que contaria ao pai o que aconteceu ou poderia ser algo relacionado à saúde de John.

-Então, você não está indo para a escola? – percebi que ele estava olhando, então tentei distraí-lo.

-Acho que vai demorar para eu voltar, ainda tenho uma cirurgia para fazer, e só fiz uma sessão de quimio .

Ouvi com frio na espinha, imaginei um menino daquela idade passando pela mesma doença que meu avô, senti medo por ele.

-Logo você volta e já vai reclamar de ter que estudar todos os dias – queria desviar o foco da conversa que acontecia lá fora. Vi um kit de corte de cabelo em cima da mesinha ao lado da cama

– Vai cortar o cabelo? -perguntei apontando para a mesa.

-Sim, Jenna, acha que devo cortar logo, para não ver ele caindo, mas meu pai acha que devo esperar.

-E o que você acha? – perguntei

-Acho que não faz diferença, vou ficar careca do mesmo jeito – disse ele, com uma voz de quem não estava preocupado com cabelo.

-Sabe, eu cortava o cabelo do meu avô, quando ele já estava bem velhinho, se você quiser... – ofereci

-Pode ser, só não vai me deixar careca – ironizou, o garoto tinha bom humor.

                         

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