Capítulo 5 Uma Bela Designer

Jenna se levantou, surpresa!

A julgar pelo ódio que Hansen tinha dela, o que ele não poderia fazer? Tudo isso mostrava que apenas pessoas poderosas poderiam controlar aquela conspiração!

É claro que Hansen tinha o direito de fazê-lo!

Jenna de repente sentiu frio, enrolada como uma bola, seu rosto pálido como papel.

"Senhorita Murphy, o que há de errado? Você está bem?" O advogado Bolton perguntou, preocupado quando a viu daquela forma.

Depois de muito tempo, Jenna balançou a cabeça silenciosamente. Seus olhos haviam voltado a brilhar e seus longos cílios tremiam um pouco, encobrindo todos os seus pensamentos.

"Hansen, se você realmente fez isso, eu nunca vou te perdoar. Vou fazer você pagar." A boca de Jenna se curvou em um sorriso frio.

Na sala de conferências no 88º andar do suntuoso Hotel Triunfo Internacional.

Hansen vestia um terno caro. Estava na cadeira principal, com os olhos penetrantes fixos na imagem do projetor.

Um modelo nobre de um SUV com linhas elegantes estava sendo exibido.

Todos os executivos do Richards Group se sentaram olhando para a imagem em um silêncio respeitoso.

No trabalho, Hansen não era impetuoso, mas sim sério e tinha um porte elegante.

Ele era rigoroso com os executivos da empresa. A equipe do Grupo Richards sabia muito bem disso. Eles tinham muito cuidado para evitar o mínimo erro, para não serem rebaixados em salário e posição. Para Hansen, os funcionários tinham que levar a sério seu trabalho e não ficar bajulando-o. Ele sabia aproveitar o trabalho de cada um. Os funcionários só seriam avaliados por suas realizações.

Por isso, o Grupo Richards estava ficando muito poderoso sob a liderança de Hansen a ponto de não poder ser comparado a outros.

"Sr. Richards, de acordo com a pesquisa, este moderno carro SUV é o mais recente projeto da designer de automóveis da Companhia Jing Rui na sede americana. Desde que entrou no mercado, é popular entre as pessoas na Europa e América. O pedido atingiu mais de 100 milhões de yuans." Perrie Peters que usava ternos profissionais, relatou com clareza e habilidade.

"Isso mesmo, Sr. Richards. O carro logo se tornou um sucesso global e suas vendas estão em primeiro lugar. É mais popular que nosso novo modelo." José Trenton, o assistente, disse, ansioso.

As sobrancelhas de Hansen estavam um pouco franzidas e ele não esboçava nenhuma emoção. Olhou para o carro no projetor e se perdeu em pensamentos.

Seus olhos se iluminaram e um sorriso de aprovação apareceu em seu rosto. O design daquele carro era mesmo maravilhoso! Ficou fascinado!

Por muito tempo ele não havia encontrado um modelo de carro que o deixasse satisfeito, mas quando viu aquele design, entendeu tudo!

"Quem é esse designer?" Ele parecia calmo. Depois de refletir um pouco, disse:

"Sr. Richards, por incrível que pareça, uma mulher. Dizem que ela é muito jovem e bonita." José não escondeu seu espanto e apreço.

"Uma mulher?" Hansen se inclinou um pouco para frente, muito surpreso. Apontou para a mesa de reuniões com o dedo e voltou a olhar para a tela com os olhos profundos.

Uma mulher jovem e bonita poderia projetar um carro tão nobre e também fazer os homens se sentirem atraídos por ele. Ela deve ter muitas ideias. Hansen olhou para o carro perfeito, pensativo.

Era preciso dizer que aquele modelo era elegante, como o estilo de Hansen. Quase seu carro ideal.

Que tipo de mulher poderia ter um talento daqueles?

"Este carro se chama Adia Moderna. É dado pela designer. Dizem que ela o projetou para seu amado." Perrie explicou, sério: "Por coincidência, ela é da Cidade A. Voltou para cá há pouco tempo.''

"Ah!" Hansen teve uma ideia. Ergueu a cabeça com uma expressão misteriosa.

"Quero vê-la daqui a três dias." Segurou o encosto da cadeira macia com os dedos, recostou-se e abriu um pouco a boca.

Hansen tinha um senso comercial único. Segundo sua intuição, aquela designer era um talento raro. Embora houvesse muitos carros no Grupo Richards, não havia muitos produtos que chamassem tanto a atenção do público. Agora que o Grupo Richards estava em transição, ele não podia perder aquela oportunidade.

Ele conseguiria o que queria. Além disso, ninguém poderia resistir à tentação de uma grande soma de dinheiro.

No Cemitério Rio de Lua.

Jenna tinha ficado ali o dia todo. Encolheu-se diante da lápide de seu pai. Seu coração estava partido, dolorido e triste.

Ela ficou imóvel, como uma escultura de gelo na neve, como se fosse derreter a qualquer momento.

"Papai, eu não posso fazer Hansen se apaixonar por mim. Ele nunca vai me amar. Estamos divorciados." Sua voz era baixa, como um zumbido de mosquito. Os lábios dela estavam secos e rachados. Ela não tinha comido ou bebido por um dia e uma noite. Não sentia fome nenhuma. Só sentia o coração ferido.

"Papai, eu não quero contar para a mamãe. Tenho medo que ela fique triste." Jenna disse com a voz rouca: "Papai, não quero mais ter nada com ele, não quero mais vê-lo. Mas o carro que o atropelou e matou é do Grupo Richards. Conheço o carro. Não posso estar errada. Não posso deixar você morrer injustamente. Só trabalhando no Grupo Richards, posso ter a chance de descobrir a verdade. Não importa quem o matou, eu vou fazê-lo pagar!"

Seus dedos seguravam com força a lápide fria. O sangue escorria de suas mãos brancas e macias sobre o mármore branco. Ela mordeu os lábios vermelhos até ficarem brancos.

"Eu não quero, eu não quero fazer isso, mas ele é um demônio." Ela gemeu baixinho, sem lágrimas nos olhos.

Mesmo que fosse humilhada e tratada como nada, ela aguentaria. Mas não importava o que acontecesse, ela não suportaria que ele matasse seu pai, a pessoa mais próxima dela no mundo!

Enterrou a cabeça nos joelhos e chorou.

Ela tinha quase certeza de que, se não fosse ele, seria alguém ligado ao Grupo Richards! E quem mais a odiaria, a não ser por ele?

O pôr do sol estava bem vermelho.

Ela se levantou devagar, seus dedos finos afastaram o cabelo da testa. Seu rosto pálido estava cheio de determinação.

Ela pegou o celular da bolsa e fez uma ligação.

"Sr. Trenton? Eu prometo." Seus olhos estavam frios, mas sua voz estava calma.

"Bem, muito bom," disse Jose, animado. "Senhorita Murphy, vou me reportar ao Sr. Richards agora mesmo. A empresa enviará um carro para buscá-la amanhã. Ele irá encontrá-la pessoalmente."

Jenna deu um risinho de escárnio e respondeu: "Está bem.''

Como tinha sido casada com Hansen por muitos anos, ela sabia que ele gostaria do carro. Para se adequar ao gosto dele, ela também se apaixonou pelo carro. Ficou sozinha por muitos dias, acompanhada apenas daqueles modelos. Ela se dedicou ao design. Queria projetar um carro que Hansen quisesse dirigir. Talvez assim ele a notasse.

Claro, um carro de luxo combinava com um homem esnobe e fino como Hansen. Durante os três anos na América, dedicou-se ao estudo da preferência masculina. Finalmente, encontrou a essência!

Sempre que as pessoas olhavam para ela perplexas, ela sorria. Claro, uma mulher aprender o design de um carro parecia incomum, mas ela não se importava com o que os outros pensavam.

Ela queria projetar um carro único para seu amado, que o surpreendesse, o deixasse grato e até apaixonado por ela.

Ela havia conseguido!

O carro que ela projetou não apenas causou sensação em todo o mundo, mas também atraiu a atenção dele. Ele queria contratá-la, mas ela não a amava mais.

Ela não sabia o que ele pensaria quando visse que era ela que ele queria contratar. Jenna abriu um sorriso de escárnio.

"Eu só vou ficar por três meses. Não se preocupe, papai." Jenna mais uma vez se agachou e acariciou o rosto sorridente de seu pai na lápide, murmurando...

O espaçoso escritório era fino e elegante e combinava com o jeito de Jenna.

Jenna vestia um terno profissional branco. A saia longa deixava sua aparência graciosa. Seu cabelo ondulado caía sobre os ombros. Sua pele lisa brilhava como jade e havia um sorriso confiante em seu rosto. Ela parecia refinada.

Ela ficou na frente das grandes janelas no 86º andar e olhou para longe.

Mais uma vez, entrava no Grupo Richards. Ela se tornou a designer do Grupo Richards, homenageada como uma convidada ilustre.

A placa de trabalho na escrivaninha vermelha escura trazia a "Designer Chefe Jenna", o que era uma honra.

Alguém bateu à porta.

Um ar de malícia iluminou seus olhos. Sua voz era indiferente e acolhedora:

"Entre, por favor."

Perrie entrou.

"Senhorita Murphy, você gosta deste escritório?" Perrie perguntou com um sorriso no rosto. Por alguma razão, sempre sentiu que aquela bela designer, apesar dos sorrisos, tinha algo que mantinha as pessoas à distância. Perrie não se atreveu a se aproximar. Jenna era uma designer contratada pelo Grupo Richards por um preço alto. Ela não se atreveria a ofendê-la, caso contrário, o presidente Richards a demitiria.

"Senhorita Murphy, o presidente Richards o escolheu e organizou especialmente para você. Ele disse que você pode projetar um modelo que todos os homens gostem, então você deve ser diferente. Ele acha você inteligente e bonita. Ele teme que você não se acostume a ficar aqui, então ele selecionou este escritório para você. Esperamos que goste." As palavras da astuta assistente especial Peters eram gentis.

Hansen havia montado um escritório para ela? O coração de Jenna batia mais rápido, mas sua expressão estava calma e ela esboçou um sorriso sarcástico. Será que ele soubesse que a designer era ela, ficaria furioso?

A designer que ele tanto se esforçou para contratar era sua ex-mulher, a quem ele sempre desprezara. Ele devia estar muito bravo.

Ele tinha o que merecia.

Pelo bem dos interesses da empresa, Jenna não tinha ideia de que ele faria o que fosse preciso para atender às preferências de outras pessoas! O Grupo Richards, que ele liderava havia conseguido chegar a um patamar que ninguém poderia alcançar, também porque ele havia pago o preço e feito esforços que pessoas comuns não fariam, e subiu degrau por degrau.

Só que durante seu negócio, ela não ficou com ele, nem o apoiou. Ele só tinha a bela e sexy Aria ao seu lado. A pessoa que ele amava não era ela.

Ela pensou com desdém e se sentiu chateada novamente.