Ela o guiou de volta ao quarto, um espaço que, para Cassian, era como uma prisão durante a noite, cercado por paredes que pareciam se fechar ao redor de seus pensamentos. Ao entrar, sentiu o peso sufocante daquele ambiente apertar novamente seu peito. Mas agora, havia algo diferente. O toque de Selene, a firmeza com que o fez sentar-se sobre a cama, era uma tentativa de quebrar essas correntes invisíveis. Ela sabia dos fetiches de seu noivo, dos desejos que ele nutria e, naquela manhã, estava disposta a alimentar cada um deles. Como se antecipasse seu anseio, Selene havia preparado o cenário com uma precisão quase cruel. No centro do quarto, sobre um carpete negro que contrastava com sua pele, ela começou a dança. Não havia pressa, não havia palavras – apenas o som distante e sensual de uma música erótica preenchendo o ar.
Vestida apenas com uma camisola verde-alga que mal tocava seus joelhos, Selene se moveu lenta, calculada, como se soubesse exatamente o que ele queria. Os movimentos fluíam de seu corpo com uma suavidade hipnótica, cada gesto era pensado para prender os olhos de Cassian. Ela não olhava diretamente para ele, mas sabia que seus olhos estavam fixos nela, cada contorno, cada ondulação do tecido que moldava seu corpo. Cassian a observava com uma intensidade crescente, o olhar fixo nos detalhes, nas sombras que a luz desenhava no corpo dela enquanto se movia. Ele era tomado por uma mistura de desejo e confusão. Era como se aquele espetáculo diante dele fosse o único ponto de fuga em meio ao caos de seus pensamentos. A melodia, os movimentos, a sensualidade de Selene o envolviam e, por um breve momento, ele sentiu que poderia perder-se ali.
A cada peça de roupa que ela removia, a atmosfera no quarto se tornava mais densa, mais carregada de uma tensão que era tão erótica quanto sufocante. Cassian não dizia nada, suas mãos permaneciam ao seu lado, os olhos famintos, mas o corpo inerte. Havia um abismo entre o que ele queria e o que poderia ter. Mesmo naquela dança, ele era um espectador passivo, prisioneiro de seus próprios pensamentos enquanto ela, com cada movimento, tentava desenterrar o que restava da paixão que uma vez os unira. Mas, no fundo, a batalha dentro de Cassian não cessava. Selene se despia diante dele, expondo-se não apenas fisicamente, mas também emocionalmente, tentando despertar algo que, para ele, parecia morto.
Cassian se levantou da cama com uma lentidão deliberada, cada movimento carregado de uma tensão velada. Seus olhos fixos em Selene, que agora permanecia no centro do quarto, completamente exposta, esperando-o. A respiração dele estava pesada, o peito subindo e descendo enquanto caminhava em sua direção, os pés descalços deslizando silenciosamente pelo carpete negro. Cada passo que dava parecia ecoar em seus próprios pensamentos, um chamado para algo mais primal, algo que ele tentava suprimir, mas que naquele momento era impossível de ignorar.
Quando ele finalmente alcançou Selene, ela levantou as mãos delicadamente, os dedos finos tocando a barra de sua camiseta. Sem uma palavra, começou a ajudá-lo a se livrar das roupas que, naquele instante, mais pareciam um fardo. A camiseta deslizou pelos seus braços e, ao cair no chão, Cassian ficou ali, nu diante dela, vulnerável e ao mesmo tempo invadido por um desejo incontrolável. Seus olhos, escuros e intensos, percorriam o corpo dela com uma fome quase animalesca, enquanto as mãos de Selene deslizavam suavemente pelo seu peito e cintura, removendo com precisão o último resquício de tecido que os separava.
O toque dela era firme e decidido, como se soubesse exatamente o que ele precisava, e o silêncio entre eles se tornava insuportável, carregado de promessas não ditas. Foi então que, sem mais esperar, Cassian tomou o rosto de Selene em suas mãos, puxando-a para perto com uma força que beirava a violência. O beijo que se seguiu foi tudo menos gentil. Selvagem, bruto e desesperado, seus lábios se encontraram em uma colisão de desejos reprimidos, e o sabor amargo da tensão acumulada explodiu entre eles. Os toques de Cassian eram precisos, quase agressivos. Suas mãos exploravam o corpo de Selene como se quisessem gravar cada curva, cada textura em sua memória. Dedos fortes apertavam sua pele com uma urgência feroz, enquanto ela retribuía, igualmente faminta. Eles se moviam em uma dança caótica, onde controle e entrega se misturavam, ambos lutando para dominar a tempestade de sensações que os envolvia.
Selene arqueou o corpo contra o dele, buscando ainda mais contato, enquanto o beijo se tornava mais profundo, mais devastador. As bocas se moviam com voracidade, os corpos se pressionavam em busca de alívio para um desejo que parecia ter tomado conta de ambos por completo. Cassian, por um momento, sentiu que poderia se perder completamente naquele frenesi, mas, ao mesmo tempo, sabia que esse tipo de entrega era o único escape que poderia lhe dar algum tipo de paz – por mais efêmera que fosse. Cassian, tomado por uma fúria contida, tomou controle da situação de forma imediata e dominadora. Sem hesitar, ele a empurrou suavemente para a cama, mas o toque, apesar de calculado, tinha uma força subjacente, uma mensagem clara de quem estava no comando. A respiração dela ficou mais pesada, seu corpo se arquando instintivamente ao sentir o colchão abaixo de si. Ela conhecia bem esse lado dele, esse lado que agora estava prestes a emergir com total intensidade.
Cassian manteve-se em pé por alguns segundos, observando-a com olhos sombrios e predadores, como um lobo à espreita, antes de se ajoelhar ao lado dela. Ele segurou seus pulsos com firmeza, puxando-os para cima da cabeça dela e os prendendo ali, mantendo-a imobilizada, vulnerável, completamente à sua mercê. Seu olhar parecia beber cada detalhe do corpo alheio, enquanto ela se agitava ligeiramente, em uma mistura de expectativa e antecipação, o desejo se infiltrando em sua pele. Sem pressa, Cassian desceu o rosto, e sua língua tocou a pele dela, começando um percurso lento e acurado. Ele percorreu o corpo de Selene como se explorasse território desconhecido, o calor de sua respiração contrastando com a frieza da intenção por trás de cada toque. Sua língua serpenteava pela pele dela, começando no pescoço, deslizando pelos seios, enquanto ela arqueava o corpo, os olhos fechados, tentando controlar o tremor que a percorria a cada contato úmido e quente. Era um tormento lento, uma dança entre dor e prazer que ele conhecia bem.
Quando Cassian chegou ao ventre de Selene, suas mãos desceram, agarrando firmemente suas coxas e as abrindo com uma autoridade inquestionável. Ela estava entregue, a respiração ofegante, enquanto ele se ajoelhava entre suas pernas. O controle era absoluto, e ele sabia disso. A maneira como ele a segurava, a intensidade do olhar, faziam com que ela se rendesse completamente à escuridão que Cassian trazia à tona. Cada movimento seu era calculado, como se ele estivesse em uma coreografia macabra, onde cada passo levava ao próximo nível de submissão.
Então, com uma precisão quase impiedosa, Cassian mergulhou sua boca entre as pernas de Selene. O toque inicial de sua língua a fez estremecer, um som abafado escapando de seus lábios enquanto o prazer a invadia de maneira implacável. A língua de Cassian trabalhava em uma cadência lenta, deliberada, explorando cada sensação que ele podia provocar nela. Ele estava saboreando a reação dela, a forma como seu corpo se agitava sob seu controle, o som de sua respiração entrecortada e os gemidos que ecoavam pelo quarto, como se ela estivesse sendo devorada por algo que não podia compreender.
Cassian intensificava o ritmo, sua língua deslizando com mais força, mais profundidade, enquanto suas mãos seguravam firmemente as coxas dela, impedindo qualquer movimento de fuga. Ele gostava de vê-la assim – vulnerável, presa em seu próprio desejo, o corpo de Selene respondendo a cada estímulo com uma mistura de prazer e desespero. Cada tremor, cada arquejo, fazia parte do jogo, e ele sabia exatamente como jogá-lo. A respiração dela estava descontrolada, e seu corpo se contorcia em ondas de prazer enquanto Cassian mantinha o ritmo inclemente. O som de sua língua contra a pele dela era quase visceral, uma sinfonia erótica que enchia o quarto com uma atmosfera sombria. E quanto mais ela se entregava, mais ele intensificava o jogo, controlando cada respiração, cada movimento. Não havia pressa, apenas o deleite de esticar o momento, de prolongar o prazer e a dor.
Selene estava à beira do abismo, seu corpo inteiro tenso, enquanto Cassian a mantinha cativa em seu próprio prazer, movendo-se com uma maestria quase animalesca. Ela sabia que ele estava no controle completo, e, naquele momento, tudo o que podia fazer era se perder nesse domínio sombrio, deixá-lo guiá-la pelas profundezas da escuridão onde Cassian Thorn florescia. Selene, ainda ofegante, recuperou-se lentamente do controle que Cassian exerceu sobre ela. Havia um brilho predatório em seus olhos, um desejo de inverter os papéis, de assumir o comando, mesmo que por alguns instantes. Cassian, ainda inebriado pelo momento, deitou-se ao lado, a respiração pesada, os músculos tensos enquanto o prazer percorria seu corpo como um veneno lento.
Ela se aproximou dele com uma sensualidade fluida, quase hipnótica, seus dedos traçando o contorno das tatuagens dele, descendo pelo peito até o abdômen, como se estivesse desenhando um caminho que já conhecia de cor – e ela conhecia. Cassian fechou os olhos por um momento, sentindo o toque dela, mas logo a mão de Selene desceu ainda mais, firmando-se entre suas pernas, provocando um suspiro profundo e rouco que escapou de seus lábios.
Ela não disse uma palavra, pois não precisava. Seus movimentos falavam por si, cada gesto calculado, como se estivesse guiada por algo mais profundo, mais obscuro. Selene deslizou para baixo, ficando entre as pernas de Cassian, suas mãos firmes em suas coxas, segurando-o no lugar. Havia uma tensão no ar, como o prelúdio de uma tempestade que se forma no horizonte. E então, sem hesitação, ela começou seu ataque. Sua boca se fechou sobre ele com uma intensidade feroz, e o efeito foi imediato. Cassian arqueou as costas, um gemido abafado escapando de sua garganta enquanto a sensação o atingia como um golpe. A língua de Selene trabalhava com uma maestria quase maléfica, explorando cada parte dele com precisão, alternando entre movimentos suaves e investidas mais firmes, provocando reações involuntárias que ele não conseguia controlar.
Seus dedos se enroscaram nos cabelos dela, um gesto de necessidade e desespero. Ele queria mais. Queria tudo. Cassian pressionava a cabeça de Selene com firmeza, os quadris dele se movendo em sincronia com o ritmo dela, empurrando com uma força que lhe roubava o fôlego. Cada movimento era intencional, cada investida empurrava Selene até o limite, até o ponto em que ela se engasgava com àquela massa de nervo, levemente, mas continuava, sem hesitar, as mãos dela apertando as coxas dele enquanto a saliva escorria por seu queixo, criando uma cena crua e visceral.
Os olhos de Cassian reviravam em êxtase, sua mente se perdendo na sensação avassaladora. Havia algo de brutal e poético naquele momento. O contraste entre o prazer e o desconforto, entre a respiração que ele lutava para controlar e a intensidade que ela imprimia em cada movimento. Ele estava à beira de algo primitivo, algo que o consumia por completo, e tudo o que restava era o instinto. Ela estava ali, no controle agora, sem piedade. O som era quase animalesco, um misto de desejo e necessidade, enquanto Cassian se movia contra ela, buscando mais. As mãos dele se firmavam em seus cabelos, ditando o ritmo com uma brutalidade quase selvagem, e cada vez que ele empurrava mais fundo, ela tossia, se engasgava, mas se recusava a parar. Selene estava submersa, tão perdida quanto ele naquele jogo perverso.
Cassian sentia a pressão crescendo, o ar tornando-se cada vez mais escasso. O controle que ele tinha antes estava escorregando, substituído por algo mais exordial, uma necessidade incontrolável de se entregar completamente ao momento. Ele empurrava com mais força, seus quadris batendo contra a boca dela com um ritmo impiedoso, e os olhos dele se fecharam de pura intensidade, enquanto cada respiração se tornava uma luta por domínio.
O quarto estava envolto em uma atmosfera sufocante, carregada pelo som abafado de Selene tentando manter à cadência, seus lábios inchados, enquanto a saliva escorria, pingando pelo corpo dele. A boca dela o consumia com uma fome que Cassian jamais poderia ignorar, e a cada novo movimento, ela o levava mais fundo, mais perto de um abismo que ele não sabia se conseguiria escapar.
Era um jogo de poder, um jogo de prazer e controle, e naquele momento, Selene detinha tudo. Ela sabia como conduzi-lo, como levá-lo ao ponto máximo, e Cassian, por mais que tentasse, não podia resistir. Cassian manteve-se imóvel por um momento, a respiração pesada, enquanto a atmosfera entre eles vibrava com uma intensidade inegável. Ele a observava, seus olhos fixos nos dela, como se estivesse decifrando seus desejos mais profundos, suas fraquezas mais escondidas. Selene estava vulnerável, aberta para ele, mas também provocadora, uma dualidade que o desarmava e o inflamava ao mesmo tempo.
Ele a guiou com firmeza, seus movimentos nada humano, quase predatórios, feril, para ser sincero, mas ainda assim cheios de um mando inquietante. O toque de suas mãos, agora mais seguras, percorreu as costas dela como se desenhasse um mapa invisível, sentindo a pele quente debaixo de seus dedos. O silêncio entre eles não era vazio - estava cheio de expectativas não ditas, de um desejo mútuo que latejava sem cessar.
Cassian a colocou suavemente de joelhos, os músculos de seu corpo tensos e prontos para agir. Ele a fitou, observando cada nuance de sua expressão enquanto seus dedos firmes se enredavam nos cabelos dela, puxando com suavidade, mas também com aquele mister que ambos sabiam que não poderia mais ser contido. O controle que ele exercia sobre ela naquele momento era tanto físico quanto psicológico, mas não havia resistência. Era uma entrega total.
Ele provocava, demorava-se nos pequenos gestos, prolongando o momento como se quisesse saborear a antecipação. Cada pequeno movimento, cada suspiro dela, alimentava algo primitivo dentro dele. Ele sabia o efeito que tinha sobre ela, e esse poder era intoxicante. A respiração de Selene se tornava mais ofegante, seus olhos fechando-se conforme ela se entregava ao momento, e Cassian, embora controlado, sentia a selvageria à espreita dentro de si, prestes a ser liberada.
Quando finalmente se moveu, foi lento, como se quisesse absorver cada segundo, cada gemido que ela soltava em resposta. Ele a puxou pelos cabelos de novo, mais forte agora, e o som de sua respiração entrecortada era música para seus ouvidos. Os movimentos de Cassian eram precisos, firmes, mas havia algo de calculado em sua intensidade. Ele queria levar ela ao limite, mas sempre de maneira controlada, sempre no seu ritmo.
A tensão crescia, assim como a presteza, e a cada momento que passava, a linha entre o controle e o descontrole se tornava mais tênue. Selene não implorava por menos. Ela queria mais, e ele sabia que podia levá-la aonde desejava.