Noite sem Lua
img img Noite sem Lua img Capítulo 4 Maravilhosa
4
Capítulo 7 Preciso img
Capítulo 8 Nunca ouvi falar img
Capítulo 9 Lobos img
Capítulo 10 Curioso! img
Capítulo 11 Jantar img
Capítulo 12 A verdade img
Capítulo 13 Concorda img
Capítulo 14 O nome img
Capítulo 15 Abaixe a voz! img
Capítulo 16 Mundo louco img
Capítulo 17 Acima de tudo img
Capítulo 18 Tenho magia img
Capítulo 19 É mesmo img
Capítulo 20 Na Torre img
Capítulo 21 Cubra! img
Capítulo 22 Entendido img
Capítulo 23 Esperando img
Capítulo 24 Bruxa img
Capítulo 25 Desafiando img
Capítulo 26 Absurdo img
Capítulo 27 Como se atreve img
Capítulo 28 Informação! img
Capítulo 29 Sussurros img
Capítulo 30 Intenções img
Capítulo 31 Desejos img
Capítulo 32 Casamento img
Capítulo 33 Dor img
Capítulo 34 Um beijo img
Capítulo 35 Ela se foi! img
Capítulo 36 Árvore img
Capítulo 37 Saleta img
Capítulo 38 Surpresa! img
Capítulo 39 Fantasma img
Capítulo 40 Incubus img
Capítulo 41 Reunião img
Capítulo 42 Orgulhoso! img
Capítulo 43 Pouco ar img
Capítulo 44 O príncipe img
Capítulo 45 Minha! img
Capítulo 46 Fora dos limites img
Capítulo 47 Agonizante img
Capítulo 48 Posso img
Capítulo 49 Sonso! img
Capítulo 50 Suculenta img
Capítulo 51 Qual dos dois img
Capítulo 52 Nada img
img
  /  1
img

Capítulo 4 Maravilhosa

BRUNNHILDE

Maximillian tinha uma fêmea?

- Querida, tudo bem? - ouvi Amalia perguntando e eu balancei a cabeça.

- Sim, estou! Eu só... fiquei surpresa, só isso. Nem sabia que ele tinha uma namorada - soltei e Amalia inspirou fundo.

- Talvez seja só uma aliança, eu não sei. Mas essa é a informação que eu tenho. Agora, terminem de comer e vão dormir. Amanhã tem aula.

Fizemos exatamente isso e eu senti que Jo queria falar alguma coisa. Ajudamos Amalia a tirar a mesa e lavar a louça, mas ela insistiu em guardar sozinha, nos apressando para tomarmos banho, fazermos o dever de casa e dormir.

Depois que fui adotada, Jo e eu estávamos dividindo o quarto. Antes, eu ficava no orfanato e só ia ali de vez em quando, porque as regras eram estritas. Mas agora...

Amalia disse que se eu preferisse, poderia ficar em outro quarto - a casa tinha mais um - porém, eu quis ficar ali. Jo era a melhor companhia do mundo!

Assim que estávamos terminando o dever, Jo finalmente resolveu falar. Primeiro, eu percebi ela me olhando, então, bateu a caneta no caderno e eu levantei o olhar.

- O que foi, Jo? - perguntei e ela mordeu o lábio.

- Você ficou muito mexida com a notícia sobre o futuro Alfa - eu senti minha garganta secando na hora.

- Impressão sua. Só fiquei surpresa, mesmo.

- Hmm... - Jo disse e voltou ao dever dela. Ela sabia quando não perguntar demais. No máximo, ela pensava que eu gostava dele, o que não era mentira. Porém, era mais do que apenas gostar, só que eu não podia fazer nada a respeito. Não quando ele me detestava por ser humana.

Na manhã seguinte, acordei cedo e desci antes de Jo, ajudando Amalia a preparar o café da manhã. Olhei para aquela mulher tão boa e meu coração se aqueceu. Eu finalmente tinha uma família! O que importava se Maximillian não me queria? Eu não estava sozinha naquele mundo, não mais! Na verdade, eu estaria sendo ingrata se dissesse que estava, antes. Jo e Amalia sempre estiveram comigo. Agora só... estávamos mais próximas, legalmente como família.

Agora, eu era uma Stein. Brunhilde Stein, e não mais Linden, o sobrenome dado a todo órfão no bando. Aquilo soava tão bem! E eu que pensei que só deixaria de ser Linden quando encontrasse um companheiro, humano ou não. Estava mais do que feliz em estar errada.

Quando Jo desceu as escadas, ela parou por um momento, com um belo sorriso no rosto, de olhos fechados, e inspirou fundo. Ninguém diria que aquela menina tão fofa era tão ferrenha quando irritada. Os cabelos escuros, com os olhos um pouco puxados, eram um charme.

- Ai, que cheiro bom! - Jo falou e olhou para a mesa, sorrindo.

- Essa é a minha primeira vez cozinhando como membro oficial do Clã Stein. Então, fiz questão de fazer bem-feito.

- Devo ficar preocupada para as próximas vezes? - ela perguntou e eu fiz que jogaria o pão na cabeça dela. Jo começou a rir.

- Meninas, boa aula! - Amalia falou, já com a bolsa dela.

- Não vai comer conosco? - Jo perguntou, com um beicinho.

- Não posso, meu bem. Tenho alguns assuntos a tratar - ela deu um beijo no topo da cabeça de Jo e um na minha. - Até mais tarde!

Assim que Amalia saiu, Jo respirou fundo.

- Tudo bem? - perguntei e ela tamborilou os dedos na mesa.

- Amanhã é o meu aniversário de dezoito anos. Estou nervosa... - toda jovem ficava nervosa quando completava dezoito anos e a razão era óbvia. - Ai, Bru, será que eu vou encontrar o meu predestinado? E se ele me rejeitar?

O olhar de pavor no rosto de Jo era triste, mas cômico.

- Só se ele for um idiota - eu falei e ela sorriu, relaxando um pouco, mas ainda fazendo bico. - Você é maravilhosa, Jo. Não tem motivo pra ele não te querer.

Jo me olhou estranho e eu levantei a sobrancelha. Ela mordeu o lábio e eu coloquei meu talher em cima da mesa. Jo revirou os olhos e jogou as mãos para cima.

- É que... você também é maravilhosa, mas pelo visto, esse bando tem muitos idiotas - ela falou e eu suspirei, assentindo.

- Talvez o seu predestinado não seja do bando - eu disse e ela balançou a cabeça, mordendo uma torrada.

- Isso é. Ai, vamos pensar nisso depois. É melhor a gente terminar logo de comer ou vamos nos atrasar.

Eu concordei com ela e começamos a comer mais rápido. Eu não tinha falado com Amalia, mas quando voltássemos da aula, eu pediria a ela para ver se havia alguma posição para mim no orfanato. Eu queria ganhar meu próprio dinheiro e ter experiência. Eu não pretendia ficar naquele bando, não quando Maximillian seria o Alfa e, claro, teria outra fêmea ao lado dele, como Luna. Era pedir demais de mim.

Depois de comermos, tomamos nossos banhos e nos preparamos. Optamos por vestidos, porque estava um dia quente de Julho e eu não estava interessada em cozinhar.

Jo e eu estávamos conversando sobre o trabalho de Biologia, já indo em direção ao prédio, quando um veículo passou raspando na gente.

- Ah! - eu soltei, mas Jo me puxou em tempo.

- Que vadia! - ela falou e me olhou. - Tá cega, seu demônio?

Era Larissa, claro. Da última vez, ela poderia passar por acidente, mas e agora? Vi Maximillian por ali e ele estava olhando feio para onde eu estava. Agora só faltava ele dizer que eu estava me jogando na frente do carro da amiguinha dele de propósito!

Assim que nos aproximamos mais do prédio, ele se aproximou de nós.

- Se machucou? - ele perguntou e eu franzi a testa. Respirei fundo, porque eu não daria o gosto a ele.

- Não, obrigada - respondi e ele olhou para o lado, como se não se importasse nem um pouco. Não me aguentei. - Não precisa se forçar a perguntar, se não quer saber, de verdade. Se não se importa.

Ele voltou os olhos acinzentados para mim e apertou os lábios.

- Eu perguntei porque é o meu trabalho, com futuro Alfa. Devo cuidar de todos no bando, mesmo humanos como você.

Eu vi alguns outros lobos cochichando em volta. Claro, eles tinham que puxar o saco de Maximillian!

- Ah, muito obrigada, então - falei de maneira falsa, com um sorriso sem mostrar os dentes. Maximillian estreiou os olhos na minha direção. - Com licença, futuro Alfa.

Segurei a mão de Jo e nos afastamos. Quando já estávamos distante, ela olhou por sobre o ombro e, então, pra mim.

- Bru... é ele? - ela perguntou e eu franzi o cenho, colocando o melhor olhar de inocência que eu tinha.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022