Um Amor Além do Tempo
img img Um Amor Além do Tempo img Capítulo 3 A Descoberta de Sri Venkateswara
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Capítulo 6 O Acampamento de Vikram img
Capítulo 7 A Jornada da Família de Priya img
Capítulo 8 Crescimento da Amizade img
Capítulo 9 Um Silêncio Pesado img
Capítulo 10  Refúgio em Tempos de Sombras img
Capítulo 11 Sopro de Fogo img
Capítulo 12 O Rival Aparece img
Capítulo 13 Revelações do Passado img
Capítulo 14 Exploração do Palácio img
Capítulo 15 Quando a Justiça Falha img
Capítulo 16 Cativeiro e Resistência img
Capítulo 17 O Aprendiz Iluminado img
Capítulo 18 A Dança da Liberdade Frustrada img
Capítulo 19 O Retorno das Fugitivas img
Capítulo 20 A Ameaça de Vikram img
Capítulo 21 A História da Dança Sagrada. img
Capítulo 22 As Origens de Vikram img
Capítulo 23 A Rotina de Adi img
Capítulo 24 Orações pela Filha Perdida img
Capítulo 25 A Súplica do Tirano img
Capítulo 26 O Festival de Ganesha em Hyderabad img
Capítulo 27 A Queda de Vilkram img
Capítulo 28 Na Alma de Priya img
Capítulo 29 Os Pesadelos de Vilkram img
Capítulo 30 A Oferta de Vilkram img
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Capítulo 3 A Descoberta de Sri Venkateswara

Nos dias que se seguiram ao brutal ataque ao palácio, a comunidade de Hyderabad se uniu em um esforço conjunto para vasculhar os escombros em busca de qualquer vestígio de seu legado cultural. O ar estava carregado de tensão e luto, enquanto os moradores se moviam com cautela entre os destroços enegrecidos.

Uma equipe de profissionais especializados, vestidos com roupas de proteção e luvas, liderava a operação de remoção dos entulhos. Seus rostos estavam marcados pela determinação, mas seus olhos refletiam a dor que assolava aquela comunidade. Ao seu lado, os moradores, de mãos calejadas e semblantes sombrios, trabalhavam incansavelmente, removendo os pedaços de mármore e pedra com movimentos lentos e cuidadosos.

Entre eles, Priya, a jovem de rosto delicado, liderava um grupo de voluntários, seus olhos brilhando com uma resolução que desafiava a devastação ao seu redor. Seu sari de seda azul-celeste estava manchado de poeira e suor, mas ela não se deixava abalar, focada em encontrar algo que pudesse reacender a chama da esperança.

Enquanto removia os entulhos, Priya avistou um brilho dourado escondido entre os escombros. Seu coração acelerou quando ela se aproximou, e lentamente descobriu uma imponente estátua de Sri Venkateswara, o senhor dos Sete Montes. A imagem sagrada, apesar de enegrecida e danificada, ainda irradiava uma aura de majestade e proteção.

"Nammakaram, deuses!" Priya exclamou, suas mãos segurando a estátua com reverência. "Encontramos nosso amado Sri Venkateswara!"

Ao ouvir suas palavras, um murmúrio de surpresa e alívio se espalhou pela multidão. Algumas mulheres, com lágrimas escorrendo por seus rostos marcados pela dor, se ajoelharam diante da imagem, entoando cantos sagrados em voz baixa. Outros homens, com os punhos cerrados e expressões de profunda humilhação, ergueram suas mãos em uma súplica silenciosa, seus corações se enchendo de esperança.

Parvati, a matriarca da família, se aproximou com passos lentos, seus olhos brilhando com lágrimas de alívio. Seu sari vermelho, bordado com delicados motivos florais, estava sujo de poeira, mas sua postura permanecia ereta e imponente. "Nammakaram, minha neta. Você encontrou nosso querido Sri Venkateswara." Ela pegou a estátua com cuidado, seus dedos traçando os contornos familiares da imagem. "Agora temos um ponto de apoio para reconstruir o que foi destruído."

Os moradores, que antes carregavam o peso da tristeza e da incerteza, agora se enchiam de determinação. Eles sabiam que a descoberta da estátua de Sri Venkateswara era um sinal de que seus esforços não seriam em vão. Com a bênção do deus, eles encontrariam a força necessária para enfrentar aquela sombria ameaça.

Rapidamente, a comunidade se mobilizou para criar um novo santuário para abrigar a estátua sagrada. Homens e mulheres, unidos em sua tarefa, ergueram uma estrutura simples, mas imbuída de profundo significado, seus rostos marcados pelo suor, mas seus corações transbordando de esperança.

Enquanto isso, as mulheres da comunidade se reuniram em torno da estátua, seus dedos hábeis tecendo fios de flores coloridas para adornar o novo templo. Elas entoavam cantos sagrados, suas vozes embargadas pela emoção, enquanto seus corações se enchiam de gratidão e determinação.

Priya observava, seu coração se enchendo de resolução. Aquele momento de descoberta, em meio à devastação, era um lembrete de que, mesmo em tempos sombrios, a fé e a união de sua comunidade, com a bênção de Sri Venkateswara, poderiam ser a chave para superar qualquer obstáculo.

Após a descoberta da imponente estátua de Sri Venkateswara entre os escombros, a comunidade de Hyderabad se encheu de uma renovada determinação. Liderados por Suresh, o respeitado ancião da região, eles se organizaram para celebrar a chegada do deus protetor com uma grandiosa procissão.

Com voz grave e olhar resoluto, Suresh se dirigiu à multidão reunida. "Nammakaram, meus amigos. Encontramos nosso amado Sri Venkateswara, o senhor dos Sete Montes, que guarda nosso legado e nossa fé." Ele ergueu as mãos em um gesto solene. "Agora é hora de honrá-lo com uma procissão digna de sua grandeza."

Um murmúrio de aprovação percorreu a multidão, e logo os preparativos tiveram início. Homens e mulheres se dividiram em equipes, alguns responsáveis por decorar as ruas com flores e tecidos coloridos, enquanto outros se encarregavam de preparar os instrumentos musicais.

Priya, a jovem de rosto delicado, trabalhava com entusiasmo, seus olhos brilhando com esperança. Ao seu lado, Adi, o rapaz de ombros fortes, movia-se com determinação, suas mãos hábeis ajudando a criar arranjos florais para adornar o palquim que carregaria a estátua sagrada.

Lakshmi e Parvati, as matriarcas da família de Priya e Adi, supervisionavam os preparativos, suas mãos hábeis ajudando a criar os adornos para a procissão.

Quando o dia da procissão chegou, a comunidade se reuniu em torno da estátua de Sri Venkateswara, suas vozes se elevando em um coro de louvores e orações. Homens e mulheres, vestidos em suas melhores roupas, seguravam estandartes e bandeiras, seus olhos brilhando com uma determinação que desafiava a sombria nuvem que pairava sobre eles.

Suresh, imponente em seu traje tradicional, posicionou-se diante da multidão, seu rosto marcado pela dignidade e sabedoria. "Nammakaram, meus amigos. Hoje, honramos nosso querido Sri Venkateswara, aquele que nos protege e guia nossos passos." Ele fez um gesto solene em direção à estátua. "Que sua bênção ilumine nosso caminho e fortaleça nossos corações nesta jornada de reconstrução."

Ao seu sinal, a procissão começou, liderada pelo palquim que carregava a imagem sagrada. Os músicos, com seus tambores e flautas, entoavam cantos ancestrais, suas notas ecoando pelas ruas em uma sinfonia de fé e esperança.

Priya e Adi, com seus pais ao lado, caminhavam juntos, seus rostos iluminados por sorrisos que refletiam a alegria que preenchia seus corações.

Lakshmi e Parvati, com seus saris brilhantes, acompanhavam a procissão, seus olhos brilhando com lágrimas de gratidão.

Capítulo 6: A Procissão de Sri Venkateswara

À medida que a procissão avançava pelas ruas, moradores de todas as idades se juntavam ao cortejo, seus olhos brilhando com uma centelha de esperança que há muito havia sido apagada.

Homens e mulheres, vestidos em seus melhores trajes tradicionais, se uniam à celebração. As mulheres ostentavam saris coloridos, em tons vibrantes de vermelho, azul e dourado, seus cabelos trançados com flores exóticas. Seus pés calçavam delicados chinelos bordados, e seus braços tintilavam com pulseiras e brincos de ouro.

Os homens, por sua vez, vestiam dhoti e kurta, seus turbantes enrolados com perfeição, em tons escuros que contrastavam com os trajes das mulheres. Alguns carregavam estandartes com imagens de divindades, enquanto outros seguravam instrumentos musicais, como tablas e flautas.

Juntos, eles entoavam cantos sagrados, suas vozes se elevando em uma polifonia que ecoava pelas ruas. As melodias ancestrais, carregadas de devoção e esperança, enchiam o ar com uma energia que parecia infundir força e determinação em cada um dos participantes.

"Govinda, Govinda!" Eles gritavam em uníssono, invocando o nome de Krishna, uma das encarnações de Vishnu. "Sri Venkateswara, proteja-nos e guie-nos!"

Seus rostos, marcados pela adversidade, se iluminavam com sorrisos genuínos, a alegria transbordando de seus corações. Eles sabiam que, com a bênção de Sri Venkateswara, poderiam superar os desafios que os aguardavam.

Priya e Adi, lado a lado com seus pais, caminhavam entre a multidão, seus olhos brilhando com emoção. Lakshmi e Parvati, as matriarcas, acompanhavam a procissão, seus saris esvoaçantes e seus adornos cintilando sob a luz do sol.

À medida que a procissão avançava, mais e mais pessoas se juntavam ao cortejo, suas vozes se unindo em um coro de louvor e gratidão. A comunidade, outrora abalada pela dor e pela incerteza, agora se unia em torno da imagem sagrada de Sri Venkateswara, acreditando que, com sua bênção, poderiam reconstruir o que havia sido destruído.

Quando finalmente a imponente estátua de Sri Venkateswara foi depositada em seu novo santuário, a comunidade de Hyderabad se ajoelhou em reverência, suas vozes se elevando em um coro de agradecimento.

O ar estava impregnado de incenso e flores, criando um ambiente sagrado e solene. Parvati, a matriarca da família, segurava um deepam (lâmpada de azeite) em suas mãos enrugadas, sua chama tremulando enquanto ela a balançava em frente à estátua, em um ritual de arati.

Lakshmi, sua filha, segurava uma bandeja repleta de flores e frutas, oferecendo-as à imagem divina com movimentos suaves e precisos. Suas mãos, marcadas pelo trabalho árduo, agora se moviam com graça e devoção.

Priya e Adi, lado a lado com seus pais, observavam a cena, seus corações transbordando de gratidão e determinação. Seus olhos brilhavam com lágrimas de alívio e esperança, enquanto eles se uniam aos moradores em suas orações.

"Nammakaram, Sri Venkateswara!" Eles clamavam em uníssono, suas vozes se fundindo em uma sinfonia de fé. "Que sua bênção ilumine nossos caminhos e nos proteja de todo o mal!"

Suresh, o respeitado ancião da comunidade, se posicionou diante da estátua, sua voz grave ecoando pelo templo recém-construído.

"Ó, Senhor dos Sete Montes, tu que és a encarnação de Vishnu, o protetor do universo!" ele proclamou, erguendo as mãos em um gesto solene. "Nós, teus filhos devotos, imploramos por tua misericórdia e tua graça. Que teu poder e tua sabedoria nos guiem nesta jornada de reconstrução e de preservação de nosso legado."

Então, Suresh fez uma pausa, seus olhos brilhando com uma emoção contida. "Nós te agradecemos, ó! Sri Venkateswara, por teres nos concedido a dádiva de reencontrar tua imagem sagrada. Que tua presença ilumine nossos corações e fortaleça nossa determinação."

A comunidade respondeu com um coro de "Jai Sri Venkateswara!", suas vozes ressoando pelas paredes do templo recém-erguido. Homens e mulheres, de todas as idades, se ajoelharam em reverência, seus rostos refletindo uma mistura de gratidão, esperança e resolução.

Priya e Adi, de mãos dadas, observavam a cena, seus corações transbordando de emoção. Eles sabiam que, com a bênção de Sri Venkateswara e a união de sua comunidade, nada poderia abalar sua determinação de reconstruir e preservar o legado que lhes fora confiado.

Naquele momento, eles sabiam que a jornada de reconstrução e de preservação de seu legado cultural seria árdua, mas com a bênção de Sri Venkateswara e a união de sua comunidade, nada teria o poder de abater seus espíritos.

            
            

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