"Nammakaram, meus filhos", Parvati disse, sua voz serena ecoando entre os moradores reunidos. "Nosso amado Ganesha nos deu um sinal de esperança, e Sri Venkateswara nos abençoou com sua luz. Mas ainda temos muito a ser feito para recuperar o que foi perdido."
Ela se voltou para a multidão, seus olhos brilhando com resolução. "Agora é hora de invocarmos o poder de Vishnu, o protetor do universo. Ele é o guardião de nossa fé, o sustentáculo de nosso legado."
As palavras de Parvati ecoaram pelos corações da comunidade, enchendo-os de uma renovada determinação. Rapidamente, os moradores se organizaram, dividindo-se em equipes para realizar uma busca minuciosa pelos escombros do palácio.
Priya e Adi, lado a lado, removiam cuidadosamente os destroços, seus olhos atentos a qualquer sinal de objetos sagrados que pudessem ter sobrevivido. O suor escorria por seus rostos, mas seu espírito não se deixava abalar.
Então, em meio aos escombros, Priya avistou um brilho dourado. Seu coração acelerou enquanto ela se aproximava, e lentamente desenterrou uma imponente estátua de Vishnu, o deus protetor.
"Nammakaram, deuses!" Priya exclamou, suas mãos segurando a imagem sagrada com reverência. "Encontramos nosso amado Vishnu!"
A notícia se espalhou rapidamente pela comunidade, e logo um grupo de moradores se reuniu em torno de Priya, seus rostos iluminados por uma centelha de esperança.
Parvati se aproximou, seus olhos brilhando com lágrimas de alívio. "Nammakaram, minha neta. Você encontrou nosso querido Vishnu." Ela pegou a estátua com cuidado, seus dedos traçando os contornos familiares da imagem. "Agora temos mais um ponto de apoio para reconstruir o que foi destruído."
Sem hesitar, a comunidade se mobilizou para criar um novo santuário para abrigar a estátua de Vishnu. Homens e mulheres trabalharam lado a lado, erguendo uma estrutura simples, mas imbuída de profundo significado.
Enquanto isso, as mulheres da comunidade se reuniram em torno da estátua, seus dedos hábeis tecendo fios de flores coloridas para adornar o novo templo. Elas entoavam cantos sagrados, suas vozes embargadas pela emoção, enquanto seus corações se enchiam de esperança.
Priya observava, seu coração se enchendo de gratidão e resolução. Aquele momento de descoberta, em meio à devastação, era um lembrete de que, mesmo em tempos sombrios, a fé e a união de sua comunidade poderiam ser a chave para superar qualquer obstáculo.
As lágrimas escorriam pelo rosto de Lakshmi e Parvati, enquanto elas posicionavam cuidadosamente a estátua de Vishnu em seu novo lar. "Nammakaram, meu querido Deus", Lakshmi sussurrou, seu coração transbordando de emoção. "Que você nos proteja e guie nossos passos nesta jornada de reconstrução."
A comunidade se uniu em torno da pequena estátua, entoando cantos sagrados e orações. Suas vozes, antes embargadas pela tristeza, agora ressoavam com determinação e esperança, enchendo o ar com a promessa de um futuro mais brilhante.
Naquele momento, eles sabiam que, com a bênção de Vishnu, o protetor do universo, nada conseguiria abalar sua resolução de reconstruir e preservar o legado que lhes fora confiado.
A comunidade de Hyderabad, encorajada pela descoberta das estátuas de Sri Venkateswara e Vishnu, se reuniu com renovada esperança para celebrar a reconstrução de seu legado cultural. Porém, seus planos de paz e harmonia logo seriam abalados por uma sombria ameaça.
Enquanto os moradores se reuniam em torno dos santuários recém-erguidos, entoando cantos sagrados e orações, um grupo de homens armados irrompeu pela rua, seus veículos blindados atropelando tudo em seu caminho.
Liderando o ataque estava Vikram, o homem que antes havia ordenado a destruição do palácio. Seu rosto contorcido em uma expressão de ódio e ganância, ele ergueu a mão, ordenando que seus capangas abrissem fogo sobre a indefesa multidão.
"Dispersem-se, seus cães miseráveis!" Vikram vociferou, seus olhos brilhando com uma crueldade sem limites. "Vocês não têm o direito de honrar seus deuses. Tudo isso pertence a mim agora!"
O caos irrompeu pela praça, enquanto os moradores corriam desesperados, tentando escapar dos tiros que ecoavam pelo ar. Crianças gritavam, mulheres choravam, e homens lutavam para proteger seus entes queridos.
Adi, o jovem de ombros fortes, corria ao lado de Priya, seus olhos ardendo com determinação. "Priya, você precisa se esconder!" Ele gritou, empurrando-a em direção a um abrigo improvisado. "Eu vou tentar deter esses homens!"
Mas antes que Adi pudesse agir, uma rajada de tiros atingiu seu ombro, fazendo-o cair ao chão, retorcendo-se de dor. Priya se ajoelhou ao seu lado, suas mãos tremendo enquanto ela tentava estancar o sangramento.
"Adi! Não, por favor, não!" Ela implorou, suas lágrimas escorrendo por seu rosto pálido. Seus olhos se voltaram em desespero para a família, que observava a cena com horror.
Naquele momento, os capangas de Vikram se aproximaram, seus olhos frios e sem misericórdia. Eles agarraram Priya e sua família, arrastando-os para os veículos blindados, enquanto Lakshmi e Parvati gritavam em desespero, suas vozes ecoando pelas ruas.
Adi, ferido e impotente, observava a cena, sua mente nublada pela dor e pela angústia. Ele viu Priya ser levada, seu coração apertado pela impotência de não poder protegê-la.
Adi jazia no chão, ferido e quase inconsciente, após o violento ataque de Vikram e seus capangas. Sua camisa estava encharcada de sangue, e seu rosto contorcido em uma expressão de dor.
Kamala e Raj, os pais de Adi, correram desesperados até o filho caído, seus rostos marcados pela angústia.
"Adi, meu filho!" Kamala gritou, suas mãos tremiam enquanto ela tentava estancar o sangramento. "Fiquem conosco, por favor!"
Raj, com lágrimas escorrendo por seu rosto, rasgou pedaços de sua própria roupa para improvisar curativos. Suas mãos, normalmente tão firmes, agora tremiam descontroladamente.
"Deuses, por favor, não levem nosso menino!" ele implorou, sua voz embargada pela dor. "Ele é tudo o que temos!"
Outros moradores, chocados e aterrorizados, se aproximaram para ajudar. Alguns seguravam panos e pedaços de tecido, tentando conter o fluxo de sangue, enquanto outros corriam em busca de ajuda médica.
A cena era de puro desespero. Kamala e Raj, os pais de Adi, agora se viam reduzidos a um estado de profunda vulnerabilidade.
Suas vozes se elevavam em gritos de súplica, implorando aos deuses pela vida de seu filho. Eles rasgavam suas roupas, em um gesto de extrema angústia, enquanto observavam Adi lutar contra a inconsciência.
O tempo parecia ter parado naquele momento, enquanto a família aguardava, em uma agonia interminável, pela chegada de uma ambulância. Cada segundo que se passava era uma tortura, uma batalha pela sobrevivência de seu amado.
Priya, arrancada daquele cenário de horror, era levada pelos capangas de Vikram, seu coração se partindo ao ver Adi caído e sua família desesperada. Ela gritava seu nome, implorando que ele resistisse, mas sua voz era abafada pelo barulho dos tiros e do caos que se instalara naquela antes tão pacífica comunidade.
Enquanto a ambulância finalmente chegava, Kamala e Raj se agarravam a Adi, rezando fervorosamente para ele sobreviver. Eles sabiam que, sem a presença de Priya e com Adi ferido, sua família enfrentaria dias sombrios.
Mas, naquele momento, a única coisa que importava era manter Adi vivo, pois ele era a última esperança de que a luz pudesse brilhar novamente em suas vidas.
O ataque de Vikram havia sido um golpe devastador para a comunidade, que agora se via privada de seus líderes e de seus símbolos sagrados. A escuridão se abatia sobre Hyderabad, enquanto a esperança parecia se esvair, deixando em seu lugar um vazio aterrorizante.