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Seis meses se passaram e Miguel ainda estava engajado no trabalho braçal. Enfim, a Condessa o chamou para conversar:
- Miguel, depois que terminar, tome um banho e venha falar comigo.
- Sim senhora, madrinha. – respondeu Miguel.
Após o banho, foi ao encontro da Condessa. Ela disse:
- Parabéns, Miguel! Enfim sua jornada acabou. Mostrou-se ser um homem de palavra, trabalhador e um filho obediente. Fico feliz com seu retorno! Semana que vem, teremos uma grande festa. Receberemos muitas pessoas ricas. Haverá lindas jovens! Quem sabe não se interessa por alguém? Você terá essa semana para recapitular as aulas de etiqueta, como se portar, falar, comer e beber. Tudo bem?
- Obrigado madrinha! Fico feliz por não tê-la desapontado! Prometo estudar bastante para não envergonhá-la novamente. Mas tem um problema. Eu não tenho um traje de festa. Será que dá tempo da minha mãe costurar? – o rapaz percebendo um problema.
- Eu já pensei nisso. Vá até onde é seu quarto! – falou a Condessa que estava muito feliz por seu afilhado.
Miguel foi até seu quarto, estava do jeitinho que ele havia deixado e em cima da cama, um lindo traje de festa na cor preta, camisa branca e gravata vermelha. Vestiu-o e ficou perfeito e com certeza, seria o homem mais bonito da festa.
Agora Miguel precisava voltar para sua casa e estudar. Emprestou um livro sobre etiqueta e oratória. Agradeceu à sua madrinha e partiu.
Sob o luar ficava pensando sobre o que poderia ocorrer no dia da festa. Será que conheceria alguém especial? Conseguiria agradar sua madrinha e não brigar com o Daniel? Conseguiria encontrar alguma oportunidade de trabalho que não fosse tão exigente? Até que adormeceu abraçado com o livro.
Enquanto isso, nos aposentos da Condessa, Daniel, seu filho esbravejava por causa de Miguel e não acreditava no que sua mãe fizera. Ele nutre muita inveja e tem muito ciúmes dele.
- Mãe, a senhora só pode estar desequilibrada! Além de convidá-lo para a festa que tem o propósito do meu noivado, acredita que ele terá competência suficiente para aprender tudo aquilo que ele abandonara há mais de um ano. Quanta ingenuidade! – falou à sua mãe com um tom desrespeitoso.
Sua mãe o repreendeu fortemente: "Olhe aqui, seu moleque! Enquanto estiver sob meu teto, você tem a obrigação de me honrar e me respeitar dentro desta casa. Eu faço o que aquilo que eu quero. Se você tem problemas com Miguel, apenas o ignore, pois não vou mudar minha decisão por causa de sua infantilidade e seus ressentimentos. Agora, me deixe em paz"!
Daniel deixou o aposento e foi para seu quarto morrendo de raiva.