Capítulo 7 O baile na casa da Condessa

Na luxuosa residência da Condessa Helena, uma grande festa estava prestes a acontecer. A mansão estava impecavelmente decorada, com lustres cintilantes e móveis de época que denotavam o requinte e a opulência da anfitriã. Convidados de prestígio começavam a chegar, trajados em seus melhores trajes e exibindo joias reluzentes.

No salão principal, as mulheres bonitas se misturavam entre si, algumas solteiras, outras casadas e algumas viúvas, todas exalando charme e sofisticação. Os risos ecoavam pela casa enquanto os convidados desfrutavam de vinho e petiscos finos. A música tocava suavemente ao fundo, criando a atmosfera perfeita para uma noite de celebração.

Entre os presentes, destacava-se a linda donzela, senhorita Isabelle, filha do Duque de Granada, conhecida por sua beleza deslumbrante e charme irresistível. Pele sedosa, cabelos compridos e negros, olhar cor de safira, cativante. Os homens admiravam-na, enquanto as mulheres observavam com um misto de admiração e inveja. Isabelle dançava com leveza e graça, conquistando a atenção de todos à sua volta. Daniel, seu noivo, a conduzia e não acreditava que estava dançando com a mulher mais bonita da festa.

Enquanto isso, a Condessa Helena circulava pela festa com elegância e simpatia, cumprimentando os convidados com sorrisos calorosos e palavras gentis. Sua residência era o cenário ideal para encontros sociais, onde a elite da sociedade se reunia para celebrar a vida e os luxos que ela proporcionava.

Miguel chegou. O jovem era um espécime deslumbrante, com traços que denotavam uma beleza estonteante. Seus cabelos loiros, lisos e compridos caíam em uma cascata dourada sobre os ombros largos, trazendo um ar de ousadia e rebeldia à sua aparência impecável. Seus olhos verdes refletiam a vigor de sua alma, irradiando confiança e mistério.

Com uma estatura imponente e músculos bem definidos, ele exibia uma aura de força e vigor. Cada gesto era graciosamente executado, apresentando uma harmonia entre sua beleza física e a agilidade de um jovem destemido. Sua presença magnética atraía olhares de admiração por onde quer que passasse.

Vestindo roupas impecáveis que realçavam sua silhueta esguia e atlética, o jovem irradiava um charme irresistível, capaz de hipnotizar qualquer uma que cruzasse seu caminho.

A beleza do jovem era como uma pintura viva, uma verdadeira expressão de perfeição física que não passava despercebida. Seu poder de atração era impossível de ignorar, e aqueles que tinham a sorte de contemplá-lo ficavam cativados pela sua impressionante presença.

E foi exatamente isso que aconteceu! Isabelle pediu um segundo para Daniel, dizendo que estava indisposta e que queria sentar-se e descansar um pouco. Ela não conseguia tirar os olhos de Miguel, disfarçando-se. Aliás, até chegar para cumprimentar a Condessa, provocava suspiros entre as admiradoras.

"Condessa de Cádiz. Poderia ter a honra de dançar comigo"? – estendendo-a sua mão para ela.

- Claro, meu filho! – aceitando o convite de muito bom grado – Como está lindo, Miguel! Nem acredito que aquele bebê se tornou um homem tão incrível!

- Sou o que sou devido à senhora e aos meus pais – dando graças.

Interrompendo a atenção de todos os convidados, Daniel chamou sua linda noiva, Isabelle e disse:

- Gostaria de apresentá-los, nobres convidados, minha linda noiva e futura esposa! O bom Deus me agraciou com tal honra de ter ao meu lado uma formosura de mulher. Um brinde à ela!

- Um brinde à noiva! Um brinde ao lindo casal! – felicitaram os convidados.

E todos aplaudiram felizes.

Miguel, pensava consigo mesmo: "Ah! Essa é a linda noiva do meu querido priminho! Vamos ver quem vai ganhar essa".

A partir de agora, ele incisivamente passou a olhá-la, nunca desviando o olhar. Quando Isabelle viu pela primeira vez, sentiu-se lisonjeada, mas como ele não parava de olhar, ela começou a sentir-se um pouco constrangida e decidiu deixar o recinto e ir para a varanda.

Miguel decidiu ir até atrás dela, mas antes certificou-se onde Daniel estava: conversando e rindo com os políticos das cidades. Deixou a taça em uma mesa e aproximando-se furtivamente atrás da bela jovem, sussurrou em seus ouvidos:

- O que uma flor tão preciosa faz aqui sozinha? Fugindo da festa, senhora? - perguntou Miguel, com um sorriso malicioso.

Quando ouviu a voz dele, sabia quem era e meio que estremecendo por ter ouvido uma voz tão amável e ao mesmo tempo tão quente, respirou fundo e disse:

- Que audácia de sua parte, senhor! Como se atreve a se aproximar desse jeito como que uma serpente, esgueirando por detrás de uma dama?

- Desculpe minha ousadia, senhorita. Não deveria ter feito isso! – saindo do local.

Miguel riu, mas havia algo naquele encontro que mexeu com ele. Era o desprezo dela que o incitava, o desinteresse que despertava uma faísca de desafio em seu peito. E agora, Miguel via a chance de fazer algo que não só o consumia de desejo, mas também alimentaria sua sede de vingança.

A donzela ficou toda estremecida, coração acelerado, com as pernas bambas. Respirou umas 30 vezes antes de entrar. Sentou-se e tomou uma taça de champanhe.

Miguel olhava-a à distância, pensando em como poderia tê-la.

E assim, a noite avançava e a festa na casa da Condessa prometia se estender até altas horas. Entre risos, conversas animadas e olhares furtivos, os convidados desfrutavam da companhia uns dos outros, envoltos em um mundo de glamour e sofisticação.

A festa na casa da Condessa era um verdadeiro espetáculo de riqueza, beleza e intrigas, deixando lembranças inesquecíveis para todos aqueles que tiveram o privilégio de participar.

Todos retiravam-se aos poucos, agradecendo à Condessa pela maravilhosa e inesquecível festa.

***

Nas semanas que se seguiram, Miguel começou a planejar. Seu coração estava dividido entre o desejo de Isabelle e a profunda rivalidade com Daniel. Havia algo irresistível em tomar o que seu primo tanto valorizava. Mas Isabelle não era uma mulher fácil de conquistar. Sempre que se encontravam por acaso, ela o tratava com desdém, como se quisesse afastá-lo.

- Não sou tola, Miguel. Não tenho interesse em jogos infantis.

Aquilo só o fazia desejar mais. Ele não podia deixar de pensar em como seria ver os olhos de Isabelle se suavizarem, em como seria fazê-la esquecer de Daniel, mesmo que por um instante. E por trás de tudo, havia uma amargura crescente. Daniel tinha tudo: riqueza, status, e agora, a mulher que Miguel desejava. Mas não por muito tempo.

                         

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