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Miguel, aos 18 anos, não queria mais exercer a profissão de ferreiro junto ao seu pai, além de não querer mais ter aulas de etiqueta, música, leitura e escrita. Já achava que sabia o suficiente. Daniel ficou muito feliz com essa decisão, pois não precisaria ter o desprazer de vê-lo todos os dias. Ele não entendia o que tanto sua mãe via nele.
Então, Miguel, junto do seu amigo Carlos, andavam pela cidade, perambulando, conversando e flertando com as garotas que suspiravam por eles. Gostavam de andar a cavalo, roubar frutas dos pomares das casas dos ricos, beber e também lutar para ganhar alguns trocados.
Após um ano, seus pais ficaram como loucos porque seu filho havia desperdiçado todo o investimento que a Condessa fizera nele. Andaram até o ringue de luta buscá-lo e o senhor Javier pegou-o pelo braço e trouxe-o até sua casa.
- O que é isso pai? O senhor está louco? – indagou furiosamente a seu pai.
- Eu? Louco? Você está vivendo como um vagabundo, andando por aí, sem ao menos trabalhar. É um ingrato para conosco bem como à Condessa. Pelo amor de Deus, o que você está fazendo? – questionou Javier.
- É filho! Sinto-me tão triste! Meu coração está esmagado! – disse Isabel, chorando.
Miguel, sentido culpa, porém confuso, falou: "Pai, mãe! Desculpe-me. Não queria ser uma vergonha para os senhores. É que estou meio perdido e não sei o que quero fazer, que rumo trilhar".
- Acho que a Condessa pode orientá-lo! Nós somos pessoas simples e não temos ideia de como podemos te ajudar. Fale com ela! – sugeriu a mãe.
- Será que ela me perdoa, mãe? – perguntou Miguel.
- Creio que sim. Ela é muito bondosa e generosa e te ama muito! – falou Isabel, esperançosa.
- Então, vou me preparar e amanhã vou até ela. Os senhores também me perdoam?
- Claro filho! Te amamos! – afirmaram os pais.
Todos se abraçaram, jantaram juntos e foram dormir.
Na cama, Miguel, pensativo, planejava o que falaria com a Condessa no dia seguinte.
Encontrou uma solução, torcendo para que desse certo. Sorriu e dormiu