A Sugar Baby Queridinha do CEO
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Capítulo 7 7

Babi sentiu o olhar intenso de Yanek queimando sua pele. Ele a observava com calma, como se estivesse esperando alguma reação. Seu rosto era impenetrável, mas seus olhos azul-escuros tinham um brilho enigmático, como se divertissem com a confusão dela.

Ela cruzou os braços, tentando disfarçar o incômodo.

- Vai me explicar o que acabou de acontecer? - Sua voz era firme, mas por dentro ela estava em choque.

Yanek deslizou para a cadeira que Michael havia desocupado e recostou-se com a elegância natural de alguém acostumado a dominar qualquer ambiente.

- Você deveria me agradecer - disse ele, casualmente. - Acabei de te salvar de uma grande encrenca.

Babi franziu a testa.

- Me salvar? Eu estava apenas jantando.

- Jantando com um grande babaca - ele rebateu, levantando a mão para chamar o garçom.

Babi abriu a boca para retrucar, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Yanek já estava pedindo um vinho caro, mencionando uma safra que ela jamais teria dinheiro para pagar. O garçom assentiu respeitosamente e se afastou, deixando-os sozinhos novamente.

Ela o encarou com incredulidade.

- Você não acha que deveria me dar uma explicação antes de simplesmente tomar conta da minha noite?

Ele cruzou as mãos sobre a mesa, parecendo se divertir com a impaciência dela.

- Michael Bradford tem um histórico... problemático - ele disse, sua voz baixa e controlada.

Babi arqueou uma sobrancelha.

- Problemático como?

- Ele tem fetiches peculiares - Yanek murmurou, inclinando-se levemente para frente.

Babi sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

- Era só um jantar - disse, defensiva.

Yanek soltou um leve suspiro, como se estivesse lidando com alguém ingênuo.

- Michael convenceria você a algo mais - afirmou, com uma certeza que fez seu estômago revirar. - Ele tem essa fama.

Ela engoliu seco.

- E como exatamente você sabe disso?

Yanek inclinou a cabeça para o lado, um meio sorriso se formando em seus lábios.

- Digamos que ele já teve problemas antes. Alguns bem sérios.

Babi sentiu o desconforto crescer dentro dela. Ela não sabia se acreditava completamente em Yanek, mas a intensidade com que ele falava não deixava espaço para dúvidas.

Ele continuou:

- Além disso, ele pode ser bem rude com garotas como você.

Seus olhos brilhavam com um significado oculto.

Garotas como eu.

Sugar Babies.

Ela apertou os lábios.

O que mais a incomodava não era o jeito possessivo como ele falava, mas o fato de que, por alguma razão, a ideia de ser classificada como "mais uma garota" no meio de tantas outras fez algo se remexer dentro dela.

- Eu consigo me cuidar sozinha, sabia? - desafiou, tentando recuperar algum controle da situação.

Yanek riu baixo.

- Tenho certeza de que sim. Mas eu não queria que sua noite terminasse com você fugindo de um hotel chorando.

A forma despreocupada como ele disse aquilo a fez estremecer.

O garçom voltou, servindo o vinho.

Babi pegou a taça, mas não bebeu de imediato. Yanek fez o mesmo, observando-a por cima da borda do copo antes de dar um gole.

Então, sem pressa, ele perguntou:

- Agora, me diz... Como você teve tempo para sair com outro cara, mas não comigo?

Babi riu ironicamente.

- Você me dispensou, lembra?

Ele arqueou uma sobrancelha, como se achasse graça na acusação.

- Não foi bem assim.

- Foi exatamente assim - ela insistiu.

Yanek apenas sorriu.

Ele era irritante. E sexy. Incrivelmente sexy.

Babi desviou o olhar, tentando não se perder naqueles olhos azuis intensos.

- Que seja - disse, finalmente bebendo um gole do vinho.

Ele a observava atentamente, como se estivesse estudando cada reação dela.

- Que dia você estará disponível? - perguntou, casualmente.

Ela se inclinou para trás, cruzando os braços.

- Eu trabalho das duas às dez.

Ele assentiu lentamente, então disse:

- Amanhã. Às nove da manhã.

Babi franziu a testa.

- Amanhã?

- Meu motorista pode te pegar em casa - ele disse, como se fosse óbvio. - Temos assuntos a discutir.

- No mesmo hotel?

Ele ergueu o canto da boca.

- Se ainda estiver interessada em me servir.

A forma como ele disse aquilo a irritou. Mas, ao mesmo tempo, a intrigou.

Havia algo nele que a fazia sentir-se desafiada.

- Você sempre é tão arrogante assim?

- Apenas quando quero alguma coisa.

Ela deu um sorriso cínico.

- E o que exatamente você quer?

Yanek a olhou por um longo momento, seu olhar penetrante fazendo algo dentro dela se agitar.

- Amanhã às nove - ele repetiu, ignorando a pergunta. - Eu pago bem.

O coração de Babi deu um leve salto.

Ela sabia que deveria dizer não.

Que deveria recusar esse jogo de poder que ele claramente adorava jogar.

Mas a verdade era que ela estava fascinada.

Ele era um mistério.

Um perigo.

E uma proposta tentadora.

- Tudo bem - disse, antes que pudesse mudar de ideia.

Yanek sorriu.

- Ótimo.

Ele pegou um pequeno cartão preto e deslizou pela mesa.

- Escreva seu endereço atrás. Meu motorista estará lá pontualmente às nove.

Babi pegou o cartão, hesitante, mas acabou pegando a caneta e escrevendo.

Quando terminou, entregou de volta para ele.

Yanek o guardou no bolso interno do paletó.

Depois, terminou seu vinho e se levantou.

- Te vejo amanhã.

Sem dizer mais nada, ele saiu do restaurante, deixando Babi com um milhão de pensamentos confusos.

E, talvez, uma perigosa excitação pelo dia seguinte.

            
            

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