JONATHAN KING - SEU REINO SUAS REGRAS
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Capítulo 3 3

Jonathan

Os fantasmas devem ficar onde pertencem.

Mortos.

Então, por que diabos aquele fantasma está olhando para mim como se estivesse pronto para me arrastar com ela para o túmulo?

No meu mundo, é o contrário. Eu sou aquele que arrasto coisas e pessoas, para onde eu quiser.

Já é ruim o suficiente eu ter que estar na casa de Ethan para celebrar o casamento de meu filho com sua filha, que ainda não acho que seja a decisão mais brilhante de Aiden.

Eu não preciso que a situação piore com este... fantasma.

Se eu não tivesse visto Alicia morta com meus próprios olhos, acreditaria que ela de alguma forma ressuscitou.

Talvez ela tenha voltado para se vingar. Talvez seja hora de ela servir à justiça.

Apenas, o que é justiça? Se a percepção de todos sobre essa palavra é diferente, a verdade de quem é a verdade real?

Para mim, justiça não existe. É uma palavra inútil que as pessoas politicamente corretas pegaram para acalmar suas pequenas mentes.

Justiça é uma ilusão em um mundo onde gente como eu segura as rédeas do poder com mãos implacáveis.

Eu não acredito em justiça. Meu pai fez isso e ele morreu ainda procurando por isso. O que a justiça deu a ele? Porra de condolências, é isso.

Desde então, eu construí meu reino com métodos impiedosos e coloquei a justiça de joelhos bem na minha frente.

É onde todos que me desafiam pertencem. De joelhos, porra.

Alicia ou sua sósia está ao redor de uma mesa com Ethan, bebendo uma taça de champanhe. Seus delicados dedos pintados de vermelho circundam o vidro com infinita elegância.

Ela é a mesma. Do vestido e da postura tensa à curva do pescoço e à suavidade das bochechas. Seu cabelo preto como tinta e seu nariz pequeno.

Até os contornos de sua boca carnuda.

É tudo uma réplica.

Porém, uma coisa está errada. Ou mais precisamente, duas.

Um, o batom vermelho. Alicia nunca colocaria isso.

Dois, a cor dos olhos dela. É como o céu azul escuro logo após uma guerra.

Ou antes de uma tempestade.

Ao que parece, guerras e tempestades são minhas especialidades. Se houver uma chance de perturbar a paz de alguém e agarrar o que está lá para pegar, não hesito.

Ao contrário da crença comum, não sou insensível. Eu sou implacável.

Eu não paro até que a guerra e a tempestade terminem a meu favor.

Se não o fizerem, eles podem continuar até que caiam de joelhos na minha frente, como todos os outros.

Pela primeira vez em uma década, não ajo primeiro.

Eu paro.

Eu assisto.

Eu saboreio o momento e o valor de choque dele.

Ela me surpreendeu, admito.

Eu não gosto de surpresas a menos que eu seja o responsável por elas.

Demoro um momento para separar o que está na minha frente do que já sei.

A realidade do passado.

A verdade da imaginação.

E é ela.

Alicia não.

Mas alguém tão perto, ela conseguiu escapar do meu radar por anos.

Porra de anos.

Achei que ela havia morrido em um buraco em algum lugar, ou que tinha ido para outro canto do mundo.

Acontece que nem é o caso. Ela está aqui no meu império. Bem debaixo do meu nariz.

Ela apareceu do nada como a porra de um fantasma.

Ela acha que vai escorregar entre meus dedos tão facilmente? Ou que ela pode escapar de mim em meu próprio território?

Agora que superei a névoa e estou pensando de forma mais racional, me lembro da primeira e última vez que a encontrei.

Foi no meu casamento com Alicia.

Uma garotinha com cabelo mal penteado correu para mim, ergueu seus enormes olhos brilhantes e sua boca formou um 'O.' Suas primeiras palavras para mim foram. -Sinto muito, senhor.

Ela vai se arrepender mais do que agora.

Ela vai desejar ter ficado longe do meu reino.

Aquele canalha do Ethan deve ter desempenhado um papel nisso, mas ele também vai pagar. E será usando ela.

O fantasma.

A sorrateira.

A irmã mais nova da minha esposa morta.

            
            

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