Capítulo 5 O Encontro no Café

Helena tentou seguir sua vida normalmente, mas Daniel não saía de seus pensamentos. Foi mais de um mês até que os caminhos deles se cruzaram novamente, e foi em um café charmoso no centro de Londres. Ela estava sentada em uma mesa, mexendo no celular, quando olhou para cima e, para sua surpresa, lá estava ele novamente.

Daniel entrou no café e, assim que seus olhos se encontraram, um sorriso leve apareceu em seu rosto. Ele se aproximou, mas, ao contrário do último encontro, algo na maneira como ele se aproximava parecia mais confuso, como se estivesse se perguntando o que fazer com a tensão entre eles.

- Olá, Helena. - Ele disse, sua voz suave e hesitante, como se estivesse tomando cuidado para não cruzar uma linha que ele ainda não entendia.

- Daniel, que surpresa... - Ela disse, sorrindo, mas também sentindo uma tensão crescente. Ela queria dizer mais, mas as palavras pareciam desaparecer.

Ele se sentou à mesa com ela, e, enquanto eles falavam, a conversa não era sobre nada importante. Era uma troca simples de palavras: como você está? O que tem feito? Como está Londres? Mas tudo isso parecia ser um pano de fundo para algo maior que não podia ser dito. Cada palavra trocada entre eles parecia levar a outra, sem realmente abrir espaço para um diálogo genuíno sobre o que estava acontecendo entre eles.

Durante todo o tempo, a sensação de que algo estava prestes a acontecer crescia entre os dois, mas eles se mantinham à distância. Eles sabiam que o desejo estava ali, mas ainda havia essa barreira invisível entre eles, uma linha que não podiam cruzar.

Quando o café chegou ao fim, eles se despediram mais uma vez, mas dessa vez, algo estava diferente. Helena sentiu a necessidade de ficar

mais tempo, de continuar a conversa, mas sabia que o tempo deles juntos estava se esgotando.

Daniel a olhou uma última vez, seus olhos parecendo procurar algo, talvez uma resposta, e então se levantou.

- Nos vemos em breve, Helena. - Ele disse com um sorriso, que ela respondeu com um aceno, mas nada mais.

Ela ficou ali, sozinha, pensando sobre os encontros. Era claro que algo maior os conectava, algo que transcendia as palavras. Ela se perguntava como as coisas iriam evoluir.