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Eu me casei com uma "menina" de 18 anos. Não era o que eu queria. Tudo estava indo bem. Eu tinha a mulher que amava. Micaela era minha parceira de vida e de cama. Estávamos preparados para formarmos uma família. Estávamos juntos desde a faculdade e conhecíamos um ao outro muito bem. O sexo que compartilhávamos era prazeroso. Ou seja, tínhamos tudo para sermos um casal muito feliz. Mas então ela desapareceu me deixando uma carta de despedida a cinco anos atrás. Ninguém sabia o seu paradeiro. Mandei procurá-la por meses, mas tudo foi em vão.
Desiludido, fiz várias mulheres serem minhas amantes sem entregar meu coração a nenhuma.
Por pressão da minha família, mais especificamente do meu avô tive que encontrar uma noiva para gerar o meu herdeiro.
Fiz um acordo com a família Strelow e me casaria com a filha mais velha Eleanor. Uma mulher de 25 anos muito bonita e que na primeira oportunidade me levou para a cama. Sua experiência dizia que sabia bem como satisfazer um homem.
Meu avô se opôs ao casamento. E me mostrou por provas que mesmo estando comigo Eleanor tinha outro amante. Eu me senti um completo i***** .
Quando a confrontei ela assumiu que realmente me traiu. E pior! me contou que nunca poderia ter filhos pois havia sofrido um acidente que a havia deixado estéril.
Ter um herdeiro era a razão de me casar, ter um herdeiro que continue a linhagem da minha família.
Com certeza mulheres dispostas a serem minha esposa não faltavam e eu precisava do casamento para acalmar meu avô.
Eu só precisava encontrar alguém para ter o meu herdeiro e satisfazer a vontade do velho.
Disseminei a ideia de estar procurando uma noiva e não faltavam convites para eventos onde a principal atração era o desfile de lindas mulheres na minha frente.
Eu tinha ido à casa de Arthur Velten participar da festa de aniversário do patriarca da família, mas mais do que os parabens, minha intenção era conhecer as potenciais noivas ali presentes. Não me agradei por nenhuma delas, todas as jovens pareciam ser réplicas do mesmo molde de minha ex noiva, falsas, mesquinhas e de índole ruim. E não me sentia atraido por nenhuma delas.
Quando estava nos jardins da mansão fumando um cigarro ouvi o som de uma bofetada junto com uma voz alterada chamando a atenção de alguém. Olhando a cena sem que me vissem vi uma jovem de longos cabelos loiros, que caiam em cascata quase até sua cintura. Ela estava com a mão sobre a bochecha que com certeza havia recebido o tapa. Ela não tinha estado no salão, com certeza a teria visto. Sua beleza era inegável.
Vestia um deslumbrante vestido vermelho que chegava aos seus pés, uma fenda até a altura das coxas permitia observar a longa perna. Nos pés uma sandália de saltos altos que a ajudavam a impor sua postura altiva. Finas alças e um generoso decote permitiam observar o vale dos seus seios. Uma cintura fina, seios do tamanho médio. Pouca maquiagem.Ela tinha uma beleza etérea, uma verdadeira Afrodite.
Eu me perguntava porque nunca a tinha visto em nenhum dos eventos,jantares, e banquetes ao qual tinha comparecido no último mês. Eu a estava vendo pela primeira vez e como era linda!
Pelo que pude acompanhar da conversa a pequena ninfa de cabelos loiros estava indignada pois tinha sido colocada em uma situação constrangedora com um convidado da festa que quis se aproveitar dela. E parecia que a situação tinha sido orquestrada pela mulher que não via problemas em jogar a ninfa na cama de alguém por dinheiro. Quando ouvi o nome da pessoa para qual a ninfa havia sido vendida por aquela noite até mesmo eu me assustei pois sabia o quanto Nicolai Sorbos tinha fama de perseguir e maltratar mulheres.
Nenhum pai ou mãe decentes deixaria sua filha cair nas garras dele.
Um homem com a roupa desalinhada e segurando um lenço sobre um ferimento na testa se aproxima visivelmente contrariado das duas mulheres. Assustada, a ninfa se solta do agarre da mulher e dispara correndo em direção a saída da mansão. Nicolas e a mulher que agora reconheço como a esposa de Arthur pede desculpas pelo inconveniente e diz que trará a fugitiva de volta. Nicolas diz que vai cuidar do ferimento no hospital mas espera que sua "mercadoria" seja entregue no dia seguinte. Ele deixa claro que não vê a hora de fazer a ninfa pagar por sua desobediência.
Eu não deixaria que aquele homem colocasse as mãos naquela ninfeta. Eu a queria para mim! Com essa resolução fui atrás de Arthur e coloquei-o contra a parede perguntando se realmente ele só tinha três filhas.
Ele se incomodou com a pergunta e quis negar a princípio, mas quando o meu assistente me mandou mensagem dizendo Núbia eu disse o nome e ele ficou pálido e não negou que tinha uma filha com este nome. Mas alegou que eu não poderia firmar o acordo de casamento com ela uma vez que ela já tinha compromisso com outro homem. Eu não aceitei e o ameacei. Sabia que sua empresa estava em dificuldades e que ele esperava que uma de suas filhas acabasse sendo escolhida.
Eu comprei a ninfa de cabelos loiros naquela noite por um valor absurdamente alto e ela se tornou minha propriedade. Mas não podia negar que alguma coisa me atraía nela. Um senso de proteção que não sabia explicar a origem.
Arthur ganhou milhões em dinheiro mas eu sentia que tinha ganhado muito mais.
Aguardei o dia do casamento e a ninfa não decepcionou ao entrar com o vestido que eu mesmo havia comprado. A cerimônia simples apenas no civil contrastava em muito com a enorme recepção que teria sido meu casamento com Eleanor. Meu avô não escondia a felicidade, ele estava radiante com a noiva que eu havia escolhido dessa vez.
Não pude deixar de notar que a mulher e as três filhas de Arthur estavam contrariadas por Núbia ter sido a escolhida. Via claramente a inveja em seus olhos.
Não tive coragem de beijá-la na hora das palavras "pode beijar a noite" pois tinha receio de não conseguir controlar a minha fome por ela..
Percebi depois da cerimônia que ela tirou o anel do dedo. Ela não queria estar ali, sua atitude tensa deixava nítido o seu desconforto.
Mas ela não tinha escolha, agora ela era oficialmente minha e eu podia fazer dela o que quisesse.