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Fui acordada com alguém me chamando, não pelo meu nome, mas sim com o título de senhora. Abri meus olhos e olhando em volta encontrei uma jovem vestida com uniforme de empregada. Eu estava sozinha na cama e vestia uma camiseta. Ela me disse que o mestre da casa havia pedido que eu me vestisse e fosse encontrá-lo para o café da manhã.
Eu fui até o closet e encontrei algumas roupas femininas que não eram minhas. Eu não tinha trazido nenhuma roupa comigo. Achei calcinhas e soutiens. Todas peças sensuais e que nunca usaria se fosse por minha escolha pessoal. Peguei um vestido recatado, de meia manga, pois tinha marcas de chupões nos ombros. O vestido que escolhi era floral, bem primaveril.
Acompanhei a jovem que se chama Maria até a mesa posta para o café da manhã. Sentado de forma imponente na cabeceira estava ele, o meu dono, o homem que havia me comprado por milhões de dólares.
- Sente-se aqui ao meu lado!
Veio a ordem sem nem mesmo um bom dia. Eu me sentei à esquerda dele e resolvi começar a tomar café ignorando-o totalmente. Estava com fome. Percebi que ele me olhava esboçando um sorriso fraco em seu semblante frio. Depois de satisfeita queria sair dali. Estava me preparando para levantar quando ele me segurou pelo pulso me fazendo levantar da cadeira colocando-me sentada de pernas abertas em seu colo.
- Agora que o estômago está cheio eu preciso de outro tipo de comida.
Ele segurou a minha nuca com uma das mãos e passou a me beijar. Seu beijo era como um entorpecente e me vi rendida. Sua língua percorreu cada parte da minha boca. Senti sua ereção sobre a minha calcinha. Suas mãos passavam por minhas coxas quando alguém pigarrou próximo a nós.
Envergonhada escondi minha cabeça em seu ombro, grudando nele quase como uma segunda pele.
- Espero que seja importante!
Mesmo com a pessoa em pé do outro lado da mesa, Max estava com a mão dentro da minha calcinha e tocava meu clitóris como se estivesse vendo as notícias em um jornal. Eu apertava a sua cintura inebriada nas sensações e me segurava para não gemer.
Richard era o assistente de Max e avisou sobre um incêndio que tinha acontecido na noite anterior. O incêndio parecia ser criminoso. Eu senti a tensão no corpo dele.
Ele levantou da cadeira me segurando pela bunda. Surpresa soltei um grito.
Ele me levou com ele, surpreendendo todos os funcionários e me colocou dentro de uma das SUVS estacionadas.
- Quero que você vá ao shopping e compre vestidos, calças, saias, camisolas, pijamas, calcinhas e soutiens. Não entendo como sua bagagem não chegou até agora! Aqui está meu cartão secundário, não tem senha e não seja econômica.
Ele passa o dedo de forma carinhosa pela ponta do meu nariz. Me dá um selinho e fecha a porta. Eu olho para o cartão. Sério que vou poder fazer compras? Comprar o que eu quiser? Um cartão black? Morri e estou no céu! Quase choro de pura emoção.
O motorista me pergunta para onde quero ir, mas não faço ideia onde encontrar roupas adequadas ao meu posto como esposa do CEO Maximilian Miertschink. Digo a ele que quero ir a uma loja de eletrônicos comprar um celular e um computador.
Quarenta minutos depois já tenho meu novo computador e o celular configurado.
Segunda etapa roupas. Por uma pesquisa rápida no celular, descubro as lojas mais badaladas e sem pudor contra vários itens que nunca nem sonhei em poder comprar.
Para meu azar, em uma das lojas em que estava fazendo compras três figuras vieram me atrapalhar. Minhas primas.
Vieram dizendo coisas horríveis sobre mim, eu fiz questão de as ignorar e as deixei falando.
As coisas ficaram sérias quando escolhi um vestido de noite e Abigail queria o mesmo vestido para ela. E assim se seguiu em vários modelos que escolhi onde as três sempre diziam que elas queriam aqueles vestidos. O motorista e o segurança que me acompanhavam estavam a ponto de interferir mas eu pedi que não fizessem com gesto discreto.
Às funcionárias da loja intimidadas e conhecendo a origem das três também fizeram pouco caso de mim. Como não sou dada a conflitos preferi dar meia volta e sair procurando outra loja, mas essa não era a intenção delas, elas queriam briga mas eu não estava disposta. Elas me ofenderam com várias palavras deixando claro o quanto me desprezavam. Percebi que quando chamaram Maximilian de velho o semblante do segurança mudou, ele pegou o telefone e com certeza estava falando com seu patrão.
Eu quis seguir em frente e continuar comprando as roupas que Max havia me pedido, mas a técnica de ignorar parece que acendeu uma centelha ruim nas três.
- Quem você pensa que é para nos ignorar quando falamos com você? Você não é nada... é só uma p*** vendida pelo meu pai para que o seu marido tenha um herdeiro.
- Você só é uma barriga de aluguel... a hora que o rebento sair de você ele vai te jogar fora...
- Coitado! ter que deitar na cama com você deve ser um desgosto...
- E olhe para nós três quando falamos com você! ...
- Você! seu lixo ambulante nem deveria estar pisando aqui dentro. Você não é digna de fazer compras num lugar como esse: uma p*** comprada por dinheiro para ter um filho.
- Olhem aqui pessoal essa é uma prostituta! a obrigação dela é trepar com um homem para dar a ele um herdeiro... foi vendida por milhões
- Talvez vocês conheçam alguém que tem interesse em fazer uma outra oferta, ela se deita com qualquer se puder ganhar dinheiro por isso.
Núbia percebe que as pessoas na loja começam a olhar para ela com desconfiança e ela se sente mal por isso.
Nesse momento Maximilian chega na porta, imponente e poderoso com aquela aura fria que congela qualquer um.
- Quem teve a coragem de chamar a minha mulher de prostituta? Essa pessoa não quer mais viver...
Maximilian se aproxima e passa o braço em volta dos meus ombros. Ele olha com fúria para as três mulheres à nossa frente. Elas tentam se desculpar, mas o segurança que me acompanha mostra as imagens das câmeras. Os olhos de Max estreitam. Claramente ele está com ódio
- Vocês vão agora se ajoelhar e pedir desculpas para minha mulher. Quero que você se desculpem com ela agora!
- Eu não vou fazer isso, essa coisa aí não merece desculpas da minha parte...
Mariel diz essas palavras e o segurança lhe dá uma bofetada que a fez virar o rosto. Percebo que foi uma ordem do próprio Maximilian. Ela segue as irmãs e pede desculpas mesmo que não sejam sinceras.
Ver as três nessa posição alegra o meu coração.
Maximilian pega a minha mão e sai comigo da loja. Saímos do shopping e a pé vamos até a um restaurante ali perto. Claro que sendo ele um cliente VIP vamos para uma sala privativa.
- Hora do almoço... O que quer comer?
- Bife... batata... arroz... vinagrete
- Muito bem minha senhora seu pedido será uma ordem
Apesar de parecer descontraído sinto que ele está com raiva. Uma raiva contida e prestes a explodir. Ele não me permite sentar numa cadeira, sento no seu colo. Ele levanta a minha cabeça e me olha atentamente.
- Por que as suas irmãs te tratam tão mal?
Ele não sabe que não sou filha de Arthur Velten. E agora? devo dizer é verdade? E se ele quiser me devolver? Se eu tiver que ficar com aquele Nicolas?
Começo a chorar...
Ele me olha confuso sem entender porque estou chorando. Pega um guardanapo e começa a secar as minhas lágrimas.
- Não chore... não quero ver você triste. Quero apenas saber porque as suas irmãs não gostam de você, por que elas te trataram tão mal?
Olho para ele ainda receosa o medo me consumindo.
- Você vai me mandar embora?
Ele se surpreende com a pergunta.
- Você agora é a minha mulher, eu não vou mandar você embora.
- Promete?
- De dedinho...
Eu só me sinto mais tranquila depois que fazemos o juramento de dedinho. Parece uma coisa infantil mas é como se eu precisasse de algo palpável para me sentir segura.
Nossa comida chega. Mas nem assim consigo sair do seu colo.
- Só deixo você sair daqui depois que me disser o que quero saber...
- É que.. é que na verdade elas não são minhas irmãs!
Depois dessa confissão fecho os meus olhos esperando por uma explosão de raiva, mas ela não vem.
Devagar volto a abri-los encarando o lindo rosto na minha frente.
- Continue, ainda não consegui entender o que você disse.
E então eu contei para ele que na verdade o nome do meu pai era Jeremias Velten que ele era sócio do meu tio na empresa. Que minha mãe havia morrido no parto e que após a morte do meu pai no acidente de carro quando eu tinha 7 anos a minha guarda tinha passado para o meu tio uma vez que eu não tinha outros parentes.
Ele ouviu tudo e com seriedade fez uma pergunta
- Por que você ficou com medo que eu devolvesse você?
Meus tios e minhas primas não gostam de mim, eu sofri muito na mão deles e eu não quero voltar! A minha tia quis que eu ficasse com um homem. Eu fugi dele e por causa disso eu fiquei dois dias sem poder comer eu não quero mais sofrer nas mãos deles.. eu tenho medo de voltar e me prenderem no quarto ou me baterem, me machucarem ou me entregarem para aquele homem mau.
Maximilian aperta a palma de suas mãos com força. Permite que eu me levante e sento do seu lado. Ele me serve a comida, corta o meu bife e brinca, mas percebo que é só uma fachada, seu olhar é frio. Temo por quem vai sofrer a sua ira. Ele pergunta sobre as compras e tímida digo que ainda não cheguei a sessão de calcinhas e sutiãs e nem nos pijamas e camisolas. Nesse momento vejo seus olhos adquirindo um tom de brincadeira.
- Hummm.. vou te ajudar a escolher algumas roupas...