/0/14586/coverbig.jpg?v=10e4e159c046522acc9094b1a514276c)
O sol da manhã mal tocava as folhas quando Elisa despertou sozinha na clareira. O calor do corpo de Cael ainda estava na grama, mas ele havia desaparecido - como se tivesse sido apenas um sonho. Mas o gosto de sua pele ainda pairava em seus lábios. A dor doce entre suas coxas era real. O arrepio constante em sua nuca também.
Ela retornou à cabana sem dizer uma palavra. Por dentro, fervia. Cada toque, cada suspiro, cada olhar dele a havia marcado de forma irreversível. Era como se o lobo tivesse deixado um pedaço de si nela - e ela, de si nele.
Naquela noite, não dormiu. Esperou. Desejou.
E quando a floresta chamou, ela atendeu.
A caminhada foi silenciosa, como se os galhos e folhas a guiassem em reverência. E ali, no mesmo círculo de pedras, ele estava. Sentado, seminu, o peito largo ofegante, os olhos dourados cravados nela.
- Você voltou - disse ele, como se não esperasse. Mas desejasse.
- Eu não consegui ficar longe - respondeu, parando diante dele. - O que você é, Cael?
Ele a observou por um longo tempo, antes de responder.
- Uma maldição. Um homem que se tornou fera por desafiar as regras do sangue. Alguém que, por desejar demais... foi condenado a viver entre dois mundos. - Ele se levantou, nu, imponente, o membro já semi-ereto apenas por vê-la ali. - Mas com você... eu me sinto homem de novo.
Ela o tocou. Primeiro o peito, sentindo o coração acelerado sob sua pele. Depois deslizou a mão por sua barriga firme, até alcançá-lo. O calor pulsava em seus dedos, e o olhar dele se escureceu com desejo.
- Então me prove - ela sussurrou. - Me mostre que ainda é homem. E meu.
Ele não pediu permissão. A puxou com força pela cintura, colando seus corpos, e a beijou como se precisasse dela para viver. Elisa gemeu, sentindo a excitação crescer rápido, voraz, como se seus corpos já se conhecessem há milênios.
Cael a virou com um movimento firme, colocando-a de costas contra uma árvore. Suas mãos deslizaram por sob o vestido dela, puxando a peça com impaciência. Seus dedos exploraram entre suas pernas, sentindo o quanto ela já estava molhada por ele.
- Você está pronta para mim, toda vez que me vê - ele sussurrou ao pé de seu ouvido, antes de morder levemente seu pescoço. - É como se sua alma chamasse a minha.
E então ele a penetrou por trás, com força, com fome. O corpo de Elisa arqueou, os seios pressionados contra a casca áspera da árvore, enquanto ele se movia dentro dela com estocadas profundas, precisas. Cada gemido dela era um convite. Cada investida dele, uma resposta selvagem.
A floresta os envolvia. O som dos corpos se chocando, os gemidos, os suspiros e o vento dançando pelas folhas criavam uma sinfonia erótica e ancestral.
Quando vieram juntos, foi como um rugido surdo que ecoou no coração da mata. Um pacto. Um elo. Algo mais profundo que o prazer.
Depois, ainda ofegante, Cael a abraçou por trás, as mãos grandes cobrindo seus seios, o rosto escondido em seu pescoço.
- Você é o que me ancora - murmurou. - Mas quanto mais forte nosso laço se torna... mais a maldição reage.
- O que isso quer dizer?
- Quer dizer que não vão permitir que fiquemos juntos por muito tempo... a floresta... sente. E ela não perdoa.