Traída e Grávida: Meu Novo Destino
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Capítulo 3

Quando o celular tocou de novo com o nome de Ricardo na tela, Lucas, que estava na minha cozinha preparando um café, se aproximou rapidamente.

Ele olhou para a tela do meu celular e depois para o meu rosto pálido, sem dizer uma palavra, ele pegou o celular da minha mão e recusou a chamada, depois, bloqueou o número.

"Você não precisa falar com ele se não quiser, Sofia," ele disse, sua voz era calma, mas seus olhos mostravam uma firmeza que me surpreendeu.

"Eu sei, mas ele não vai parar," eu disse, passando as mãos pelo cabelo, frustrada, "Ele acha que pode me controlar."

"Ele só pode te controlar se você deixar," Lucas respondeu, me entregando a xícara de café, suas mãos roçaram nas minhas, e o calor me deu um pequeno conforto.

No dia seguinte, Lucas bateu na minha porta, seu rosto estava abatido, e ele parecia estranhamente vulnerável.

"Eu... eu sei que não temos nada sério," ele começou, sem conseguir me olhar nos olhos, "Mas quando vejo você sofrendo por causa dele, isso me machuca, parece que eu não sou bom o suficiente para te fazer esquecer."

Ele parecia uma criança grande e triste, e a visão dele tão vulnerável por minha causa despertou uma onda de culpa em mim, eu estava tão focada na minha dor que não percebi o quanto ele estava se envolvendo.

"Lucas, não é isso," eu disse, tocando seu braço, "Você tem sido incrível, o problema não é você, sou eu e meu passado."

Ele finalmente olhou para mim, e em seus olhos havia uma súplica silenciosa, naquele momento, eu tomei uma decisão, talvez a melhor maneira de superar Ricardo fosse me permitir sentir algo novo.

Eu me aproximei e o beijei, foi um beijo tímido no início, mas que logo se aprofundou, seus braços me envolveram, me puxando para perto, e o mundo lá fora, com Ricardo e seus tormentos, pareceu desaparecer.

Naquela noite, ficamos juntos, a intimidade com Lucas era diferente, era gentil, atenciosa, ele me adorava com seu corpo, me fazendo sentir desejada e bonita de uma forma que Ricardo nunca fez. Era uma redescoberta do meu próprio corpo, do meu próprio prazer.

Mas a paz durou pouco, nos dias seguintes, Ricardo começou uma campanha de assédio, ele me ligava de números diferentes, enviava e-mails para meu trabalho e mensagens pelas redes sociais.

As mensagens eram sempre as mesmas, uma mistura de zombaria e ordens, "Ainda está nesse apartamentozinho de quinta? Achei que você já teria se cansado de ser pobre," dizia uma. "Eu sei que você vai voltar, você sempre volta, você não consegue viver sem mim," dizia outra.

Ele estava errado, cada mensagem dele apenas solidificava minha decisão, eu me lembrava de todas as vezes que implorei por sua atenção, que chorei por um pingo de afeto, que me contentei com as migalhas que ele me dava.

Uma noite, eu estava revendo fotos antigas no meu celular, procurando algo para apagar, e encontrei uma foto nossa, de um ano atrás, eu estava sorrindo para a câmera, mas meus olhos pareciam vazios, cansados. Lembrei daquele dia, eu tinha passado horas me arrumando porque íamos a um casamento, e ele passou a noite inteira flertando com uma das madrinhas.

Comparei aquela foto com uma que Lucas tirou de mim no outro dia, eu estava sem maquiagem, com o cabelo bagunçado, rindo de uma piada boba dele, e meus olhos brilhavam, a diferença era gritante.

O passado era um fantasma, mas o presente com Lucas era real e me dava força, eu apaguei todas as fotos de Ricardo, um ato simbólico de cortar os laços.

Até que, em uma sexta-feira à noite, recebi um e-mail com um tom diferente, não era mais zombaria, era uma ordem.

"Sofia, preciso dos documentos do nosso antigo apartamento para uma reunião na segunda-feira, esteja no meu escritório amanhã às 10h em ponto com eles, não é um pedido."

A arrogância dele era inacreditável, mas o que mais me chamou a atenção foi a reação de Lucas quando eu comentei sobre o e-mail.

Ele estava sentado no meu sofá, lendo um livro, e quando eu terminei de falar, ele fechou o livro lentamente, sua expressão ficou sombria, e um brilho perigoso passou por seus olhos.

"Ele quer que você vá até o território dele," Lucas disse, com a voz baixa e tensa, "Para te intimidar."

"Eu não vou," eu afirmei.

"Bom," ele disse, mas seu olhar estava distante, como se estivesse planejando algo, "Deixe que eu cuido disso."

Havia algo em seu tom, uma promessa velada de proteção que era ao mesmo tempo reconfortante e um pouco assustadora, eu não conhecia esse lado de Lucas, e comecei a me perguntar quem ele realmente era.

            
            

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