Meu Passado, Minha Vingança
img img Meu Passado, Minha Vingança img Capítulo 4
5
Capítulo 5 img
Capítulo 6 img
Capítulo 7 img
Capítulo 8 img
Capítulo 9 img
Capítulo 10 img
Capítulo 11 img
Capítulo 12 img
Capítulo 13 img
Capítulo 14 img
Capítulo 15 img
Capítulo 16 img
Capítulo 17 img
Capítulo 18 img
Capítulo 19 img
Capítulo 20 img
Capítulo 21 img
img
  /  1
img

Capítulo 4

A calmaria antes da tempestade durou pouco. Uma semana depois, um carro parou em frente à mansão. Dele, desceram minha mãe, Dona Alice, e a figura que assombrava meus pesadelos: Sofia.

Minha mãe entrou na sala como um furacão, seu rosto uma máscara de desaprovação. Ela sempre me culpou por ser uma bastarda, uma mancha em sua reputação. A existência de Sofia, a filha legítima, era a única coisa que a mantinha na sociedade.

"Luana! Que tipo de esposa é você? Deixando seu marido solto por aí! Ouvi dizer que a casa está cheia de... sirigaitas!", ela disse, a voz alta o suficiente para que os criados ouvissem.

Eu permaneci sentada, calmamente tomando meu chá. "Olá, mamãe. Que visita inesperada."

Meu olhar passou por ela e pousou em Sofia. Ela estava diferente da mulher triunfante que me matou. Parecia mais magra, com olheiras sob os olhos. Usava um vestido simples, tentando parecer humilde e frágil. A performance dela era impecável, como sempre.

"Onde está sua irmã? Onde ela estava todo esse tempo?", perguntei, minha voz neutra.

Minha mãe bufou. "A pobre coitada! Foi enganada por aquele canalha do Gustavo Santos! Ele a abandonou sem um tostão! Ela sofreu tanto, Luana. Voltou para casa para ficar perto da família, para se recuperar. E o que ela encontra? Uma irmã que não se importa!"

Gustavo Santos. Lembrei-me dele. Na vida passada, soube que Sofia o havia seduzido para roubar o dinheiro da família dele, antes de descartá-lo cruelmente. Parece que, desta vez, o jogo virou. A ironia era deliciosa.

"Eu sinto muito por seu sofrimento, Sofia", eu disse, minha voz pingando uma sinceridade falsa.

Sofia não disse nada, apenas baixou a cabeça, o ombro tremendo como se estivesse chorando. Que atriz.

"Ela está aqui para te ajudar, Luana! Você precisa de ajuda para colocar ordem nesta casa!", continuou minha mãe.

Antes que eu pudesse responder, um grito veio do corredor.

"Peguem ela! Ela estava bisbilhotando no escritório do senhor!"

Dois seguranças corpulentos arrastaram Sofia para dentro da sala. Suas roupas estavam um pouco rasgadas, seu cabelo desgrenhado. A farsa da humildade tinha acabado.

Minha mãe gritou, horrorizada. "O que estão fazendo? Soltem minha filha!"

Sofia olhou para mim, e pela primeira vez, vi um vislumbre da cobra que ela realmente era. Seus olhos estavam cheios de pânico e ódio.

Eu me levantei lentamente. O caos que eu tanto esperava finalmente havia chegado à minha porta.

"Bem, bem", eu disse, com um sorriso frio. "Parece que minha irmã já está tentando 'ajudar'."

                         

COPYRIGHT(©) 2022