BOX FILHOS DA MÁFIA - SÉRIE NOSSOS FILHOS
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Capítulo 7 7

Estava desenhando no meu quarto, brincando com diferentes variações de um vestido de noite. O barulho do lápis no papel sempre me acalmava. Nosso beijo me deixou inquieta.

Eu queria mais. E também queria fazer Santino pagar por ser um idiota, o que estava em desacordo com o meu primeiro desejo, ou talvez não.

Amassei o papel. Não conseguia me concentrar no desenho.

- Anna!

Gemi.

- Anna! - Passos semelhantes a um rinoceronte em investida, trovejaram escada acima e em direção à minha porta.

- Anna! - Suspirei.

A porta se abriu e Leonas apareceu na porta. - O que?

Ele sorriu e se inclinou contra o batente da porta, acenando com uma carta na frente dele.

Estreitei meus olhos. - O que é isso? - Ele deu de ombros com um sorriso triunfante.

Só olhei. Se eu lhe desse uma reação mais forte, ele só me irritaria mais. Depois da discussão com Santino ontem, não estava com vontade de jogar.

- É da França. - Me animei. - Um instituto de moda. Pulei da minha cadeira e corri em direção a Leonas. - Me dê

isto!

Seu sorriso se alargou e ele levantou a carta sobre a cabeça

enquanto me segurava no comprimento do braço com a outra mão.

Lutei para pegar a carta, mas Leonas era mais alto e mais forte do que eu.

Foram-se os dias em que poderia chutar sua bunda magricela. - Leonas! - Assobiei.

- Quero algo em troca.

Parei de brigar com ele e cruzei os braços. - Fale logo.

- Quero participar da festa de aniversário de dezoito anos de Clifford.

- Papai te proibiu de ir a qualquer festa. Você não sabe quando parar.

- É por isso que ele não vai saber. Você vai levar escondido.

- Santino e Clifford vão reconhecê-lo, seu idiota. Então será apenas uma questão de tempo até papai saber também.

- Ah ah, - Leonas falou lentamente, abanando o dedo diante do meu rosto. Tive o desejo nauseante de mordê-lo. - Nós dois sabemos que Sonny e Cliff comem na sua mão, mana.

Inclinei-me contra o batente da porta em frente a ele. - Tudo bem.

- E Ricardo e RJ.

- De jeito nenhum! - Rosnei e pulei nele mais uma vez, tentando finalmente arrancar a carta de sua mão. Soquei seu estômago, o que o fez rir engasgado. Ele me empurrou para o chão e sentou no meu estômago.

- Está bem, está bem. Levarei três maconheiros para a festa, mas não vou te ajudar se você for pego. E não quero que vocês me sigam como cachorrinhos perdidos.

- Novidade, mana, podemos nos divertir sem a sua ajuda.

Como se não soubesse. Esses três era a perdição da minha existência. - Saia de cima de mim.

Leonas levantou e deixou cair a carta na minha barriga. Sentei-me e abri com as mãos trêmulas, em seguida, li rapidamente, depois outra vez para ter certeza de que entendi direito. Meu francês era bom, muito bom, mas estava nervosa demais para confiar no meu cérebro.

- Diga-me o que diz, - pressionei, segurando a carta para Leonas com a mão trêmula.

Leonas ergueu uma sobrancelha e pegou a carta, então gemeu. - Francês, sério?

- Leia!

Ele examinou a carta, a surpresa se espalhando em seu rosto. Meu coração estava acelerado.

- Diz que você foi aceita no seu programa de graduação em design de moda.

Uivei de excitação e tropecei em meus pés, abraçando Leonas. Ele me deu um olhar preocupado, como se achasse que eu estava enlouquecendo.

- Você quer estudar moda em Paris?

- Querer? É meu sonho há anos!

Não tinha contado a ninguém sobre minha inscrição, nem mesmo Luisa ou Sofia. Sentia-me insegura por até mesmo ousar sonhar em estudar moda em Paris. E agora que meu sonho poderia realmente se tornar realidade, um novo medo se instalou, e se não pudesse ir?

Leonas me devolveu a carta. - Papai nunca vai concordar, Anna. Ele não vai deixa-la se mudar para outra cidade, muito menos para outro país.

Engoli. Leonas estava certo. Ele expressou meus medos. Ser aceita no instituto era apenas a primeira batalha. O mais difícil ainda estava por vir: convencer papai a me deixar ir. Era por isso que não tinha lhe contado ou a mamãe sobre meus planos de me candidatar ao programa. Comigo já aceita no programa, minhas chances de convencer mamãe e papai cresciam exponencialmente, porque agora eles estariam me tirando algo. E poderia jogar a carta da culpa, se necessário.

- Posso ser convincente.

- Mesmo você não pode ser tão convincente. Durante anos, não teve permissão para frequentar a escola porque nossos pais queriam ter certeza de que você estava protegida, e espera que papai diga sim a isso?

- A guerra com a Camorra está adormecida há algum tempo. Nada de importante aconteceu desde que Serafina foi sequestrada.

- Diga ao papai, não a mim. - Sua voz deixou claro que ele não achava que funcionaria.

Virei-me e desci as escadas, mas não em direção ao escritório do papai, ele provavelmente nem estava em casa, mas em direção ao escritório da mamãe. Ela trabalhava principalmente em casa para poder passar mais tempo conosco, especialmente

Bea, que ainda precisava dela mais do que Leonas e eu. Se quisesse uma chance de convencer papai, precisava convencer mamãe primeiro.

Bati e esperei, meus dedos deixando marcas na carta. Não conseguia me lembrar da última vez que tive as mãos suadas.

- Entre, - mamãe falou.

Enfiei a cabeça com um sorriso tímido. - Você tem tempo para uma conversa?

Mamãe estava sentada atrás de sua mesa, um móvel moderno e branco que era apoiado apenas por uma perna diagonal. Era uma obra-prima de design. Mamãe e eu escolhemos juntas. Ela sorriu calorosamente. Mamãe sempre arrumava tempo para mim, não importa quão estressada estivesse. Eu sentiria falta de tê-la por perto.

Caminhei até ela e lhe estendi a carta. Ela a pegou com uma pequena carranca e então a examinou. Lentamente, ela a baixou para a mesa, em seguida, olhou para mim com uma expressão chocada. - Você se inscreveu em um instituto de moda em Paris?

- Não é qualquer instituto de moda, mãe. É uma das melhores escolas de design de moda do mundo.

- Mas você se inscreveu no Instituto da Escola de Artes?

- Sim. - Era o melhor lugar para estudar design de moda em Chicago. Não era Paris ou Nova York.

Mamãe assentiu e olhou para a carta novamente como se ainda não pudesse acreditar. - Paris. - Ela balançou a cabeça.

- Anna.

- Mãe, - falei suplicante, agarrando sua mão. - Você sabe o quanto amo desenhar, o quanto amo ser criativa, o quanto quero desenhar moda, e Paris é o lugar para fazer isso. - Apontei para o vestido que tinha desenhado e estava usando no momento.

Um vestido verde de efeito ombre com bolsos imperceptíveis na saia onde poderia guardar meu telefone ou qualquer outra coisa que precisasse à mão.

- Eu sei, mas é longe e este não é apenas um programa curto de verão, este é um programa de graduação de três anos.

- Não é como se fosse obrigada a terminar. Poderia começar o programa e se você e papai acharem que é hora de eu voltar para Chicago, então voltarei. Mas pense dessa forma, o tempo no exterior, especialmente na França, impressionará todos os amigos arrogantes dos Clark.

Mamãe me deu um sorriso conhecedor. - Tente essa linha com seu pai mais tarde, talvez funcione.

Afundei diante de mamãe e coloquei minha cabeça em seu colo como fazia quando era pequena. - Sei quais são meus deveres. Vou me casar com Clifford para que a Outfit e nossa família se fortaleça ainda mais. Vou interpretar a esposa do político. Mas até lá quero ser eu, pelo menos por um tempo. Clifford não vai se importar. Ele não é como nossos homens. Eu poderia viver meu sonho por alguns anos antes de me tornar tudo o que a Outfit precisa que eu seja.

Mamãe acariciou meu cabelo e suspirou. - Quero que você seja você mesma, não apenas por alguns anos, mas para sempre. Talvez você possa ser assim com Clifford.

- Ele nunca poderá saber todos os segredos do nosso mundo, mãe, então sempre terei que manter parte de mim escondida.

- Você é muito sábia Anna. Sempre foi.

Fechei os olhos, saboreando a sensação dos dedos de mamãe massageando meu couro cabeludo.

- Paris é linda, - mamãe sussurrou. Papai e ela haviam comemorado seu último aniversário lá.

- Gostaria de poder ver com meus próprios olhos.

As mãos da mamãe pararam. - Sua proteção sempre será nossa principal prioridade.

- É por isso que nunca pedi para me inscrever no New York Fashion Institute. Mas Paris está longe dos conflitos do nosso mundo. Não vou dizer às pessoas quem sou. Vou fingir que sou uma estudante normal. Vou me misturar. Essa é a melhor proteção.

- Você tem minha bênção, querida. Vamos resolver sobre sua proteção. - Ela riu. - Mas não sei como vamos convencer seu pai.

Mamãe entrou primeiro. Se alguém podia convencer papai, era ela.

Andei de um lado para o outro no corredor. Fiquei tentada a escutar, mas resisti ao impulso. As vozes atrás da porta eram muito baixas de qualquer maneira. Nem papai nem mamãe costumavam levantar a voz.

Depois do que pareceu uma eternidade, a porta se abriu e mamãe fez sinal para eu entrar. Sua expressão me dizia que a luta ainda não havia acabado.

Papai estava na frente da janela, com os braços atrás das costas. Dei-lhe um sorriso esperançoso.

Ele soltou um suspiro. - Você sabe como nosso mundo é perigoso.

- Mas Paris não é território de ninguém. É longe, sim, mas isso é uma vantagem.

Papai deu um sorriso tenso. - Essa é uma maneira de ver as coisas. Mas nossos conflitos não terminam em nenhuma fronteira.

- A Camorra não vai mandar ninguém para a França para me sequestrar. E a Famiglia nunca esteve no negócio de sequestrar mulheres.

O rosto de papai se contraiu como sempre acontecia quando a hora mais sombria da Outfit era mencionada. Duvidava que ele fosse superar isso.

- Você não acha que vou viajar pelo mundo uma vez que me case com Clifford? A família dele tem casas de veraneio na Europa.

- Os guarda-costas dos Clark vão protegê-la então.

- Posso levar Santino a Paris. Ele me protegeu por anos. Ele pode me manter segura em Paris.

As sobrancelhas do papai franziram. Para minha surpresa, foi mamãe que pareceu mais preocupada por causa da minha sugestão. Definitivamente precisava ser cuidadosa perto dela. Se ela descobrisse que eu cobiçava Santino, ela não só me proibiria de ir a Paris, mas também o mataria.

- Três anos é muito tempo, Anna.

- Volto a Chicago para os feriados e aniversários de todos e eventos sociais importantes, e você pode ir me visitar também.

- Estamos falando de um voo de dez horas, não de uma curta viagem de carro, - disse papai.

Andei em direção a ele, dando-lhe meus melhores olhos de cachorrinho. Papai era frio como gelo, mas esse olhar sempre o pegava, eventualmente.

- Nem preciso terminar, mas adoraria tentar, pelo menos por um tempo. Você sabe que nunca me meto em problemas, pai. Você pode confiar em mim. Serei boa. Apenas deixe-me viver um pouco.

Papai tocou minha bochecha. - Vou te proteger a qualquer custo.

- Eu sei, mas estarei segura.

- Mesmo que te deixe cursar ao programa por um tempo, você não pode começar neste outono. Concordamos em fazer sua festa de noivado logo após seu aniversário. O programa já terá começado então.

Mordi meu lábio. Minha festa de noivado... sempre esquecia.

Apenas três meses. - Eu poderia vir de Paris para isso.

Papai balançou a cabeça. - Muitas reuniões sociais exigirão sua presença na época do noivado. Você pode começar na primavera.

- Ok, - disse baixinho, tentando não ficar muito desapontada. Papai até mesmo considerar Paris já era uma grande vitória. - Mas fui aceita para o semestre de outono. Não sei se me deixarão começar mais tarde.

- Vou lidar com isso. Temos alguns contatos na França. Tenho certeza de que há algo que possamos fazer. Três meses é muito pouco tempo para encontrar um apartamento seguro em Paris de qualquer maneira. Requer muito planejamento então a primavera é mais viável.

- Então poderei ir, depois do seu aniversário? - Perguntei, tentando forçar meu pai a uma data. Ele levantou uma sobrancelha loira, vendo através de mim.

- Vou falar com Santino. Se ele acha que pode mantê-la segura em Paris, posso considerar deixá-la ir em fevereiro até o próximo verão. Depois disso, terei que considerar novamente.

Fiquei na ponta dos pés e joguei meus braços em volta do pescoço de papai, em seguida, beijei sua bochecha, que normalmente estava impecavelmente barbeada. Nunca tinha visto papai com barba por fazer. - Muito obrigada, pai!

- Ainda não disse sim.

Sorri e sai correndo. No momento em que estava no corredor, a determinação me encheu. Santino nunca diria a papai que poderia me proteger em Paris. Não porque duvidasse de suas habilidades, mas porque não gostaria de ir a Paris comigo. Ele manteve distância desde o nosso beijo alguns dias atrás.

Tinha que falar com ele antes que ele falasse com papai. Fui em direção à guarita e Santino cruzou meu caminho, já a caminho para falar com papai.

Agarrei seu braço. Ele olhou para os meus dedos com desdém. - O que você está fazendo?

- Você tem que dizer ao meu pai que vai me proteger em Paris e que está confiante de que pode fazê-lo.

Seus olhos refletiam sua confusão. - O que você está falando?

Expliquei-lhe a situação rapidamente. Não tínhamos tempo a perder.

- Então deixe-me ver se entendi, - ele falou lentamente. - Você quer que eu vá para a França e te proteja lá, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Por três malditos anos.

- Provavelmente será só até o verão. Seis meses no máximo.

Papai não vai permitir que eu fique no exterior por mais tempo.

Santino me deu um olhar que sugeria que eu estava cheia de merda. - França. E protege-la 24 horas por dia. Isso é um grande e gordo não.

- Você tem que dizer sim.

- Não.

Ele se livrou do meu aperto e se afastou. Corri atrás dele e o peguei no corredor do escritório do papai. - Você quer que papai descubra sobre a Sra. Alfera e o beijo que acabamos de compartilhar?

Os olhos de Santino brilharam de incredulidade, depois de fúria. - Você está tentando me chantagear?

- Não teria que chantageá-lo se você se importasse com meus sentimentos.

- Protejo seu corpo, não seus sentimentos.

- Talvez devesse fazer as duas coisas.

Sua mandíbula flexionou. Ele estava muito chateado. - Então deixe-me ver se entendi, você vai me delatar se não disser ao seu pai que manterei seu traseiro seguro em Paris?

- E que está muito confiante de que será capaz de manter minha segurança.

Se olhares pudessem matar, eu viraria cinzas. Consegui irritar Santino antes, mas acho que nunca o vi tão bravo.

Santino andou em direção ao escritório de papai sem outra palavra e bateu antes que eu pudesse dizer mais. Rapidamente me afastei para que papai não me visse. Agora tinha que esperar que Santino fizesse o que pedi. Qualquer pessoa sã mentiria para salvar sua vida. Mas Santino às vezes agia como um lunático.

            
            

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