O Abraço da Traição: A Vingança de uma Esposa
img img O Abraço da Traição: A Vingança de uma Esposa img Capítulo 4
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Capítulo 4

Eu os vi sair, o braço de Heitor possessivamente em volta da cintura de Kátia. Ele murmurou algo em seu ouvido, e ela inclinou a cabeça para trás para rir, um som triunfante e cintilante. A cena era tão grotesca que me deu vontade de vomitar.

Minha cabeça latejava e uma onda de tontura me invadiu. Ignorei, me levantando com dificuldade e correndo para Íris.

"Íris? Você está bem? Ele te machucou?" Eu a puxei para meus braços, minhas mãos tremendo enquanto a examinava em busca de ferimentos.

Ela tremia incontrolavelmente, seu rosto pálido.

"Estou bem, Lê. Vamos embora. Por favor, vamos para casa."

Eu a segurei com força, tentando protegê-la dos olhares lascivos de Caio e seus amigos.

"Estamos de saída", eu disse, minha voz tremendo de raiva.

Mas Caio bloqueou nosso caminho para a porta dos fundos, seu rosto ensanguentado torcido em um sorriso malicioso.

"Não tão rápido", ele zombou. "A festa está apenas começando." Ele olhou por cima de mim para Íris, seus olhos percorrendo-a. "Sua irmã é um foguete. Será que a ratinha aqui também tem fogo?"

As palavras vis fizeram meu estômago revirar. Antes que eu pudesse reagir, seus capangas me agarraram novamente, prendendo meus braços atrás das costas.

"Não!", gritei, lutando contra eles. "Não se atreva a tocar nela!"

Caio riu e caminhou em direção a Íris. Observei com horror enquanto ele a encurralava. Ouvi seu gemido, um som pequeno e aterrorizado que partiu meu coração.

"Solte ela!", gritei, debatendo-me descontroladamente. "Eu te dou qualquer coisa! Dinheiro! Apenas solte ela!"

Caio me ignorou. Eu podia ouvir os soluços sufocados de Íris, o som de tecido rasgando. Seus amigos estavam rindo, incentivando-o, pegando seus celulares para gravar o espetáculo doentio.

"Olha pra ela", um deles zombou. "Tá tremendo que nem vara verde."

De repente, o choro de Íris parou. Um som terrível, gorgolejante, saiu de sua garganta. Seu corpo começou a convulsionar violentamente.

"A convulsão dela!", gritei, um terror novo e mais profundo me dominando. "Ela tem epilepsia! Vocês estão matando ela!"

Lutei com a força de um animal encurralado, chutando e mordendo, mas eles me seguraram firme. Os apelos de Íris por ajuda ficaram mais fracos, mais suaves, e então pararam.

"Por favor", implorei, lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Olhei para a porta da frente, rezando para que Heitor voltasse, que algum resquício do homem com quem me casei ainda existisse. "Heitor! Nos ajude!"

Mas a porta permaneceu fechada. Ele tinha ido embora, envolvido em sua nova vida com sua amante, nos deixando para sermos devorados pelos monstros que ele mantinha como animais de estimação.

O corpo de Íris ficou mole. O gorgolejo parou. Havia apenas um silêncio ensurdecedor.

Um grito primitivo rasgou minha garganta, cru e animalesco. Com uma onda de adrenalina que eu não sabia que possuía, me libertei de meus captores e me lancei em direção à minha irmã.

Caí de joelhos ao lado dela, acolhendo-a em meus braços. Seus olhos estavam abertos, vazios. Sua pele já estava ficando fria.

"Não, Íris, não", chorei, balançando-a para frente e para trás. "Acorda. Por favor, acorda."

Eu a peguei no colo. Ela era tão leve. Corri para fora daquele bar, gritando por ajuda, e não parei de correr até invadir as portas da emergência do hospital mais próximo, deixando um rastro de sangue e lágrimas para trás.

            
            

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