O PRAZER DO CEO
img img O PRAZER DO CEO img Capítulo 2 Primeiro Encontro
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Capítulo 6 Proximidade Perigosa img
Capítulo 7 Proximidade tentadora img
Capítulo 8 O primeiro pecado img
Capítulo 9 Rendição em silêncio img
Capítulo 10 O jogo da obsessão img
Capítulo 11 Eu pertenço a ele img
Capítulo 12 O prazer da posse img
Capítulo 13 Entre o medo e a entrega img
Capítulo 14 O Peso dos segredos img
Capítulo 15 Pecado e obsessão img
Capítulo 16 O passado grita img
Capítulo 17 O jogo da verdade img
Capítulo 18 No meu jogo... Eu sempre venço img
Capítulo 19 O nome que sangra img
Capítulo 20 Me perdoe img
Capítulo 21 O bilhete img
Capítulo 22 Entre sombras e verdades img
Capítulo 23 Perigo eminente img
Capítulo 24 O preço do Silêncio img
Capítulo 25 Tempestade entre nós img
Capítulo 26 A primeira fenda img
Capítulo 27 Verdades que despedaçam img
Capítulo 28 Desejo e sombras do passado img
Capítulo 29 Quando o Silêncio quebra img
Capítulo 30 Entre sangue e escolhas img
Capítulo 31 Entre dois abismos img
Capítulo 32 O jogo começa img
Capítulo 33 Tudo por ela img
Capítulo 34 Correntes Invisíveis img
Capítulo 35 O veneno de Lucas img
Capítulo 36 Veneno e posse img
Capítulo 37 Reféns do Passado img
Capítulo 38 Ecos da Vingança img
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Capítulo 2 Primeiro Encontro

Dias Atuais

Diniz Cosmetics

São Paulo|Brasil

Felipe Diniz

- Senhor Diniz, vou me casar e por esse motivo quero pedir a minha demissão.

Os ponteiros do relógio marcavam 10h:01min da manhã, quando percebi que hoje não seria um dia fácil e muito menos prazeroso como eu imaginava. Tudo isso graças à única mulher que nunca despi e devorei sob a minha mesa: Denise Soares.

Foram exatamente essas as palavras de Denise, a mulher que foi a minha secretária durante os últimos cinco anos, e a única que durou tanto tempo no cargo, e isso se deve unicamente ao fato dela ser lésbica. Porque se não fosse por isso, ela teria desaparecido por conta própria depois de passar pelas minhas mãos como fiz com todas as outras, e perceber que tudo não passou de uma mera diversão pra mim.

- Casar? E desde quando casamento é motivo para pedir demissão? - rosno, batendo na mesa com força.

Ela ajeita os óculos de grau, e com a tranquilidade de sempre, responde:

- A partir do momento que vou me mudar para Londres com a minha companheira.

No mesmo instante, um ruído de algo sendo quebrado pôde ser ouvido na sala. Era uma caneta que havia sido partida ao meio em minhas mãos, assim como a minha pequena paciência para problemas matutinos.

Reunindo a pouca paciência que eu tenho, ajeito meu paletó azul marinho e a encaro dizendo:

- Ouça bem, Denise. Eu não permito que você se demita. Nada acontece nessa empresa sem passar pela minha supervisão. Esqueceu quem dá as ordens e dita as regras por aqui?

Ela respira fundo. Solta um sorriso irônico. E lança um olhar em minha direção de como quem dizia: "pode mandar em suas submissas, mas em mim, jamais."

- Com todo respeito que lhe devo senhor Diniz. O senhor pode mandar na sua empresa, nos seus negócios milionários e até nas mulheres fúteis que já passaram por aqui. Mas na minha vida pessoal mando eu. E eu quero a minha demissão.

Bufo de ódio.

Denise sempre foi leal. Até a apelidei de cão de guarda, por causa do seu gênio forte, e por sempre solucionar problemas que ninguém do quadro de funcionários conseguia. Agora, do nada, ela surge com a brilhante ideia de se desligar das suas obrigações unicamente para realizar um capricho.

Isso é uma traição!

Como Denise poderia me abandonar dessa maneira, unicamente por conta de um casamento, depois de tudo o que fiz por ela?

"O que você fez por ela além de abusar da coitada e sequer pagar as horas extras que lhe deve?"

"Você é o único culpado por Denise está indo embora. Se ela não te suportou é porque você é um caso perdido Felipe Diniz."

Tentei manter a minha postura, a minha cabeça erguida e o meu olhar firme de sempre. Mas a pouca consciência e humanidade que ainda me restavam me sabotava. Eu sabia que errei com Denise diversas vezes, mas eu nunca assumiria isso. Felipe Diniz não se rebaixa a ninguém, muito menos a uma secretária tão inteligente e perspicaz como Denise Soares.

- Denise você ... - tento falar, mas Denise me corta, e sem medo, começa a dizer coisas que nunca ouvi de ninguém. Até porque todos sabiam as consequências de me enfrentar. Mas ela parecia ter deixado de ser uma gata medrosa para se tornar uma onça da noite para o dia.

Inferno!

Parece que tudo sempre acontece dessa maneira, e alguém me rouba algo importante e necessário na minha vida. Mas essa não é a primeira vez que alguém decide me abandonar. E também não será a primeira vez que baixarei a guarda deixando de ser quem sou. Um empresário de sucesso. O homem mais desejado e cobiçado de todo país.

Sou Felipe Diniz e isso não mudará jamais.

- Não se preocupe, senhor. Como sempre, já providenciei tudo com antecedência. Até porque eu já esperava essa reação infantil por sua parte.

- Infantil? Como você ousa... - Denise ergue o indicador me fazendo parar.

Bufo de ódio. Mas me contenho. Não posso e não quero estragar a minha manhã com o faniquito de uma reles empregada. Se quer se casar, que se case. Mas depois não venha ajoelhar arrependida diante de mim, pois não terei piedade.

Permaneci calado. Mas me arrependi amargamente de não ter expulsado essa abusada a pontapés após ela dizer tantas atrocidades.

- Já estou saindo dessa empresa, portanto, esse é o momento que tanto aguardei para lhe dizer tudo o que penso sobre a sua conduta durante todos esses longos e fadigantes anos. Para mim, e para todos dessa empresa, o senhor não passa de um sujeito arrogante, prepotente, que imagina ter um filhote de Mufasa dentro da barriga e pensa que todos somos seus escravos.

Em seguida ela joga uma pasta transparente na minha mesa e conclui.

- Aí está a minha carta de demissão, senhor Diniz. Não precisa se dar ao trabalho de alegar justa causa, porque já me respaldei de todos os meus direitos, além de ter provas suficientes para pôr o senhor no chinelo com relação às horas extras que fiz durante esses anos até o garanhão aí finalizar a imbecil da vez em cima da sua mesa... Ah! Detalhe. Sem receber nenhuma comissão por isso.

Fico em silêncio. Apenas digerindo as palavras cortantes dela. Em tudo o que dizia, ela tinha razão. Eu era isso tudo e muito mais. Porém, nunca assumiria.

- E não se preocupe, porque já tenho alguém para ocupar a minha vaga. O nome da sua próxima vítima é Helena Assunção. E desejo que ela não tenha a mesma paciência que eu tive, e que esfole o senhor no pior sentido da palavra.

Ela termina de falar, dá as costas e antes de bater a porta mostra o dedo do meio pra mim e sai de cabeça erguida.

"Helena? Esse nome me trás recordações que estão enterradas durante anos. Só pode ser uma piada do maldito destino."

Com punho fechado bato na mesa.

- Caralho! Para todos nessa empresa sou um babaca fantasiado de grande Ceo da Diniz Cosmetics? - irritado, pergunto a mim mesmo olhando aquela pasta ainda sobre a mesa.

Furioso, empurro a cadeira para longe e quando estava seguindo até a porta para confrontar a dona Denise a respeito de suas merdas, ouço batidas firmes. Me afasto na hora. Rapidamente voltei à minha posição inicial, sentando na poltrona atrás da mesa.

- Entre! - ordeno frio.

Em seguida a porta foi aberta, e eu quase caí pra trás com o que vejo.

Meu corpo reage automaticamente, e junto as batidas descompassadas do meu coração.

Que merda está acontecendo aqui?

Quem é ela?

A resposta veio automaticamente.

- Essa é a senhorita Helena Assunção. A minha substituta. - ouço Denise falar, mas eu não consigo responder. Estava em transe diante daquela perfeição em forma de mulher.

"Não se iluda achando que ele é um cordeiro. Está diante de um lobo devorador. Fuja enquanto pode."

Ouço a voz de Denise com seu sarcasmo e em seguida a porta é fechada com força.

Se tratando das escolhas de Denise, e da maneira como me odeia, imaginava outro tipo de pessoa, uma senhora de meia idade, baixa, com óculos fundo de garrafa e cabelos grisalhos. Mas o que tenho diante de meus olhos é a perfeição em forma de mulher.

Quando ela entrou na minha sala parecendo está acostumada a pertencer ao meu mundo - eu já sabia, essa mulher vai me dar muita dor de cabeça. E quanto eu digo cabeça, não é consequentemente a de cima. Se é que me entendem. Helena Assunção, um nome delicado, mas cheio de contrastes, e principalmente curvas bastante generosas, que me deixavam aceso apenas de olhar.

Mas tirando essa parte sexual que me estiga, existia algo por trás daquele olhar sério e daquele corpo firme. Helena era o tipo de pessoa que não se curva diante de nada e de ninguém. E isso era o suficiente para ativar a minha curiosidade. Ela não era a primeira secretária gostosa que entrou no meu escritório, mas de longe, é a única que realmente ativou o meu instinto pedrador.

"Eu quero essa mulher pra mim. Na minha cama. Basta uma noite com ela para o meu interesse desaparecer e eu dar continuidade a minha vida perfeita."

Eram exatamente essas palavras que o meu subconsciente gritava incansavelmente.

Posso ter a mulher que eu quiser. Eu sabia disso melhor do que ninguém. Mas, nesse momento, eu quero Helena... E ela será minha custe o que custar.

            
            

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