O PRAZER DO CEO
img img O PRAZER DO CEO img Capítulo 3 Em chamas
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Capítulo 6 Proximidade Perigosa img
Capítulo 7 Proximidade tentadora img
Capítulo 8 O primeiro pecado img
Capítulo 9 Rendição em silêncio img
Capítulo 10 O jogo da obsessão img
Capítulo 11 Eu pertenço a ele img
Capítulo 12 O prazer da posse img
Capítulo 13 Entre o medo e a entrega img
Capítulo 14 O Peso dos segredos img
Capítulo 15 Pecado e obsessão img
Capítulo 16 O passado grita img
Capítulo 17 O jogo da verdade img
Capítulo 18 No meu jogo... Eu sempre venço img
Capítulo 19 O nome que sangra img
Capítulo 20 Me perdoe img
Capítulo 21 O bilhete img
Capítulo 22 Entre sombras e verdades img
Capítulo 23 Perigo eminente img
Capítulo 24 O preço do Silêncio img
Capítulo 25 Tempestade entre nós img
Capítulo 26 A primeira fenda img
Capítulo 27 Verdades que despedaçam img
Capítulo 28 Desejo e sombras do passado img
Capítulo 29 Quando o Silêncio quebra img
Capítulo 30 Entre sangue e escolhas img
Capítulo 31 Entre dois abismos img
Capítulo 32 O jogo começa img
Capítulo 33 Tudo por ela img
Capítulo 34 Correntes Invisíveis img
Capítulo 35 O veneno de Lucas img
Capítulo 36 Veneno e posse img
Capítulo 37 Reféns do Passado img
Capítulo 38 Ecos da Vingança img
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Capítulo 3 Em chamas

Felipe Diniz

Existe algo nela maior do que a sua beleza física, que me desarma e me impede por algum instante de ser o homem frio que sempre fui quando o assunto eram mulheres. Talvez seja o nome dela que tenha me feito ter essa sensação.

Helena... é um nome aparentemente comum, mas para mim, durante décadas, teve uma importância gigantesca. Mas é óbvio que não se tratava da mesma pessoa, primeiro pelo sobrenome, e segundo pelo fato que essa diante de mim é uma mulher exuberante, com o olhar altivo, longos cabelos negros e um par de olhos âmbar que mesmo por trás daqueles óculos com armação transparente eu conseguia enxergar.

Como um pedrador a observei com atenção. Estava atento a cada detalhe. Cada movimento dela parecia um convite ao paraíso, ou ao inferno, que segundo os meus desafetos eu pertenço. O jeito como ela segurava firmemente e sem vacilar a pasta de couro preto. A curva do pescoço, quase imperceptível, e seu corpo curvilíneo que estava insistentemente me convidando a cometer os maiores pecados nesta sala e em qualquer lugar que ela desejasse. O seu perfume era leve, suave e fascinante, assim como ela, que bastou surgir para envolver o ar à sua volta.

Sentimentos?

Eu?

Nunca! Isso é coisa para idiotas. Com mulheres eu agia por instinto, necessidade e nada além disso. Elas me davam o que eu queria, e recebiam o que mereciam de volta. Nos negócios sou frio, calculista e impiedoso. E com as mulheres, ofereço um prazer inigualável e gemidos perfeitos que elas jamais esquecem.

Mas essa mulher diante de mim tem algo diferente. Ela é uma tentação. E isso é instigante, desafiador, mas ao mesmo tempo perigoso.

Permaneci sentado atrás da minha mesa, tentando manter a minha postura de CEO impecável, com o computador ligado em planilhas que eu sequer saberia nomear, e a minha imaginação estava voando para lugares que ninguém imaginava. Sinto minhas mãos suarem, eu estava ansioso, algo raro de acontecer. Há não ser quando eu tinha nove anos de idade, época que eu evito relembrar. Ela dava passos lentos em minha direção, e seu olhar sem desviar do meu um segundo sequer.

Com a aproximação dela, o nervosismo dentro de mim aumentava. Eu não estava conseguindo controlar a minha ansiedade, e eu já sabia: essa mulher não sairia dessa sala sem me marcar de alguma maneira, nem que sejam apenas marcas invisíveis de desejo.

- Bom dia, senhor Diniz - disse Helena, com firmeza, mas sem perder aquele leve rubor que tanto me excitava.

Fiz um gesto com o olhar para que se aproximasse, e ela veio. Cada um de seus passos juntamente com o ruído do seu salto agulha no assoalho aumentam o meu desejo por ela. Com um simples gesto ou um toque eu poderia quebrar qualquer barreira entre nós. Mas eu não queria apenas isso dela, eu não queria apenas tê-la em meus braços, eu queria aproveitar cada instante desse nosso primeiro contato. O olhar de Helena escondia algo que eu não via a hora de decifrar, era como um tesouro escondido que eu precisava procurar com atenção e muito cuidado, para no momento certo me deliciar com aquela jóia.

Ela me desejava, isso era nítido. A sua reação ao entrar pela porta e a maneira como olhou para mim demonstrava isso. Ela me quer, só ainda não se deu conta disso. Posso até afirmar que seu batimento cardiaco está alterado, mas não mais do que a minha pulsação embaixo da calça, que por sinal está a ponto de explodir.

A minha mente está fervilhando, e ela parada, de pé, diante de mim aguardando a minha reação. Enquanto dentro da minha cabeça só existiam pensamentos sombrios, pervertidos e obsessivos.

"Ela será minha!"

"Não importa o quanto resista, e quanto tempo demore, mas Helena Assunção será minha."

Tudo nela me consumia. E, mesmo tentando me concentrar nas planilhas fixadas na tela à minha frente e nas merdas que Denise cometeu a pouco, eu só conseguia pensar no calor que começava a se formar dentro do peito, na força que crescia em minhas mãos, na necessidade urgente de tocá-la, de sentir sua pele contra a minha e o meu corpo junto o seu.

Inferno!

O que está acontecendo comigo?

Contenha-se Felipe, ou pode cometer um erro mortal capaz de expôr seus negócios, sua empresa e a sua reputação de inatingível. E uma reles secretaria, por mais gostosa que seja, não vale todo o império que construiu. Ou será que uma simples foda e alguns gemidos perfeitos valem a fortuna bilionária que construiu com tanto sacrifício?

- Senhor Diniz... - Helena interrompeu meu devaneio, com a voz baixa, quase tímida, mas firme o suficiente para me fazer tremer por dentro. - A senhorita Denise me orientou a organizar os documentos. Posso... posso organizar os arquivos do setor financeiro agora?

Sorri, um sorriso cético, frio, mas cheio de segundas intenções.

- Faça como quiser. Mas... deixe-me observar primeiro - respondi, quase sussurrando.

E então, enquanto ela se aproximava da mesa, inclinando-se ligeiramente para alcançar os arquivos, senti cada movimento dela, os gestos, as curvas de seu corpo quase se insinuando diante de mim. Minha respiração ficou mais profunda, meus dedos se apertaram sobre a caneta, e uma parte de mim, aquela que eu nunca admitiria, já a desejava completamente.

Ela sequer imaginava o que estava acontecendo, mas cada milésimo de segundo que passávamos dentro daquela sala era um jogo de sedução que eu estava ganhando. Um jogo silencioso e discreto, onde o prêmio seria ela, de corpo e alma para o meu prazer. Eu não me permitia fraqueza, mas naquela manhã, diante dela, fui arrancado de meu próprio controle.

- Senhor Diniz... - ela repetiu o meu sobrenome, um pouco mais confiante agora, talvez percebendo o que estava acontecendo naquele momento - Há algo que deseja que eu faça primeiro antes de verificar os arquivos?

"Sim. Quero que traque aquela porta e retire toda sua roupa, exceto o salto alto e a lingerie deliciosa que deve está usando por baixo dessa saia social."

Essa seria a minha vontade naquele momento. Mas, óbvio que não foi isso que respondi. Não naquele momento. Mas a hora certa chegaria muito em breve.

Respiro fundo. Desvio meu olhar para a tela do computador, evitando assim um confronto direto com aquele olhar que estava me tirando do rumo. Pigarreio, limpando a garganta. E por fim com a minha voz firme, quase cruel, mas carregada de intenção respondo:

- Apenas fique onde está, Helena. Apenas fique... e deixe que eu veja quem você realmente é. - falo e percebo a expressão facial dela mudar, então mudo o tom e continuo - Como foi Denise quem a contratou não a dispensarei, porém, ficará em período de experiência. Só então decidirei o seu destino... Nessa empresa.

Quase vacilei na última palavra. E ela percebeu isso, pois franziu levemente a testa, surpresa, talvez confusa, mas não recuou. E naquele instante, percebi algo que me deixou ainda mais fascinado: coragem. E a coragem sempre é sexy e irresistível.

Enquanto ela se afastava para pegar os arquivos, não consegui evitar pensar: Não será apenas uma secretária. Ela será minha obsessão, meu desejo e o meu pecado. E, naquele instante, já sabia que nenhuma mulher antes dela havia conseguido isso. Nenhuma tinha me desafiado, me seduzido com apenas um olhar e um gesto. Ela tinha a combinação perigosa de força e vulnerabilidade que me enlouquecia.

Por horas, continuei observando cada gesto dela e cada movimento enquanto a minha mente traçava maneiras de tê-la pra mim. Cada toque acidental de seu braço me queimava por dentro e todas as vezes que ela se dirigia a mim, até mesmo através da linha telefônica já era o suficiente para me desestabilizar completamente.

E então, quando finalmente olhei para ela de frente, percebendo que já não havia mais espaço para dúvida, pensei: Helena Assunção... você não é apenas minha nova secretária. Você será meu pecado, meu prazer e a minha perdição... e eu não vou esperar que me peça para ser minha. Eu vou tomar você com força e antes que perceba estará completamente rendida aos meus pés. E assim como fiz com todas as outras vou te proporcionar o melhor sexo da sua vida, e te fazer lembrar de mim para sempre. Não como um caso de amor ou nada semelhante, mas sim, como o único homem que foi capaz de te levar do paraíso ao inferno na mesma noite.

Estou em chamas por você, bonequinha... E vou te arrastar para esse incêndio até que você queime comigo.

            
            

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