Eu tento mexer meu braço sem sucesso. Tento mexer minhas pernas e consigo e tento me encher mas chega um rapaz e pede pra que eu fique imóvel.
-Moça você se jogou na frente do carr, por que fez isso?
-Eu estava tentando salvar uma garotinha, você não deve ter visto por que ela é muito pequena. Ela está bem? O nome dela é clara por favor veja se ela está bem.
Eu digo preocupada por não poder me mexer e logo escuto Clara chorando e os latidos desesperados de Bob.
-Ash me desculpe, por favor me desculpe eu não queria.-Ela diz chorando desesperada.
-Clara meu amor fica tranquila, só vai pra dentro tá bom? Fica tranquila a tia tá bem. -Eu digo sorrindo vendo ela de relance.
-Moco não se preocupe com o carro eu pago o concerto tá bom?-Eu moro aqui na frente onde essa menina vai te mostrar o meu porteiro você pode pegar meu telefone com ele por favor? Clara ... Mostra o porteiro e conta o que ouve, e vai pra casa pro favor.
O rapaz do carro sem se preocupar sai e me deixa no chão e acompanha Clara, eu fico de olho pois não confio em ninguém. Os dois entram e logo ele sai sozinho vindo na minha direção.
-Eu só fui levar ela pra dentro, depois eu falo com seu porteiro ou com você mesmo, a ambulância está vindo espero que você fique bem.
-Nao se preocupe moço o máximo que vai acontecer comigo eh eu colocar gesso e pegar um baita resfriado -Eu digo rindo e todos em volta riem comigo colocando a sombrinha para me proteger, eu olho aqueles guarda chuva cada um de uma cor e me dá ideia de um novo quadro para pintar.
Então eu sorrio e sinto meu corpo amolecendo, por que? Não sinto dor.
Quando estou quase apagando vejo as luzes da ambulância e um rapaz saindo de branco de dentro, é um pamedico ele é forte moreno com cabelos perfeitos até ele sair na chuva e molhar e ficar escorrido em seu rosto.
- Olá como se chama? -Ele diz chegando perto de mim.
-Me chamo Ashley.
-Ashley eu me chamo Bruce. Interessante conheci uma menina linda hoje chamada Ashley. -Ele diz sorrindo, conheci aquele sorriso e sorrio pro mesmo também.
-Bruce você ... é paramédico? Que ... conhecidencia.
-Sim mocinha e você, o que ouve? Por que está toda machucada assim?-Ele diz imobilizando meu pescoço.
-Eu fui salvar uma garotinha de ser atropelada, e atropelada fui eu.-Eu digo sentindo como se meu corpo estivesse desfalecendo então sinto meus olhos fechando.
-Ei ei nada de me deixar mocinha ... Que tal cantar uma música pra mim?-Ele diz chamando a parceira.
-Qual? -Eu digo sem pensar.
-Qual você quiser. Qual você gosta mais?
Eu começo a sentir a dor encontrar cada osso do meu corpo, sinto que meu braço está muito dolorido. Mas quando olho pra ele, preocupado mexendo comigo, eu resolvo lutar por um momento e tento cantarolar algo.
-A primeira vez que te vi ... Meu coração sorriu, A primeira vez que te vi ... Toda minha tristeza sumiu- Sigo cantando com eles me colocando na maca e vejo que seu semblante é de preocupação, mais do que quando começou.
-Ei, por que parou essa música? Está linda. -Ele diz me olhando.
-Ach... Achei... -Eu gaguejo sem conseguir falar olhando assustada pra ele.
-Ta bom, vamos fazer assim não fique nervosa é normal não conseguir falar, você está em choque, por que entramos na ambulância agora ... Então eu vou cantar pra você pode ser?
-Rute você dirige pra gente? -Ela diz algo e seguimos em frente. Ele segura minha mão e começa a cantar.
-Ah se ela me notasse, só queria que ela me olhasse pra que eu pudesse te mostrar em como eu fico sem ar somente de pensar que ela pode me olhar ...
Eu sorrio e aperto sua mão, nunca tinha escutado aquela música, assim como ele também nunca tinha escutado a minha até por que eu que inventei e vi que ele está a falando aquilo pra mim, sinto meu corpo novamente amolecendo e começo a fechar os olhos ele fala comigo mas eu escuto sua voz de longe e cada vez mais longe até eu apagar.