O amor do CEO na armadilha
img img O amor do CEO na armadilha img Capítulo 3 Capítulo 3 Três
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Capítulo 10 Capítulo 10 Dez img
Capítulo 11 Capítulo 11 Onze img
Capítulo 12 Capítulo 12 Doze img
Capítulo 13 Capítulo 13 Treze img
Capítulo 14 Capítulo 14 Catorze img
Capítulo 15 Capítulo 15 Quinze img
Capítulo 16 Capítulo 16 Dezesseis img
Capítulo 17 Capítulo 17 Dezessete img
Capítulo 18 Capítulo 18 Dezoito img
Capítulo 19 Capítulo 19 Dezenove img
Capítulo 20 Capítulo 20 Vinte img
Capítulo 21 Capítulo 21 Vinte e um img
Capítulo 22 Capítulo 22 Vinte e dois img
Capítulo 23 Capítulo 23 Vinte e três img
Capítulo 24 Capítulo 24 Vinte e quatro img
Capítulo 25 Capítulo 25 Vinte e cinco img
Capítulo 26 Capítulo 26 Vinte e seis img
Capítulo 27 Capítulo 27 Vinte e sete img
Capítulo 28 Capítulo 28 Vinte e oito img
Capítulo 29 Capítulo 29 Vinte e nove img
Capítulo 30 Capítulo 30 Trinta img
Capítulo 31 Capítulo 31 Trinta e um img
Capítulo 32 Capítulo 32 Trinta e dois img
Capítulo 33 Capítulo 33 Trinta e três img
Capítulo 34 Capítulo 34 Trinta e quatro img
Capítulo 35 Capítulo 35 Trinta e cinco img
Capítulo 36 Capítulo 36 Trinta e seis img
Capítulo 37 Capítulo 37 Trinta e sete img
Capítulo 38 Capítulo 38 Trinta e oito img
Capítulo 39 Capítulo 39 Trinta e nove img
Capítulo 40 Capítulo 40 Quarenta img
Capítulo 41 Capítulo 41 Quarenta e um img
Capítulo 42 Capítulo 42 Quarenta e dois img
Capítulo 43 Capítulo 43 Quarenta e três img
Capítulo 44 Capítulo 44 Quarenta e quatro img
Capítulo 45 Capítulo 45 Quarenta e cinco img
Capítulo 46 Capítulo 46 Quarenta e seis img
Capítulo 47 Capítulo 47 Quarenta e sete img
Capítulo 48 Capítulo 48 Quarenta e oito img
Capítulo 49 Capítulo 49 Quarenta e nove img
Capítulo 50 Capítulo 50 Cinquenta img
Capítulo 51 Capítulo 51 Cinquenta e um img
Capítulo 52 Capítulo 52 Cinquenta e dois img
Capítulo 53 Capítulo 53 Cinquenta e três img
Capítulo 54 Capítulo 54 Cinquenta e quatro img
Capítulo 55 Capítulo 55 Cinquenta e cinco img
Capítulo 56 Capítulo 56 Cinquenta e seis img
Capítulo 57 Capítulo 57 Cinquenta e setw img
Capítulo 58 Capítulo 58 Cinquenta e oito img
Capítulo 59 Capítulo 59 Cinquenta e nove img
Capítulo 60 Capítulo 60 Sessenta img
Capítulo 61 Capítulo 61 Sessenta e um img
Capítulo 62 Capítulo 62 Sessenta e dois img
Capítulo 63 Capítulo 63 Sessenta e três img
Capítulo 64 Capítulo 64 Sessenta e quatro img
Capítulo 65 Capítulo 65 Sessenta e cinco img
Capítulo 66 Capítulo 66 Sessenta e seis img
Capítulo 67 Capítulo 67 Sessenta e sete img
Capítulo 68 Capítulo 68 Sessenta e oito img
Capítulo 69 Capítulo 69 Sessenta e nove img
Capítulo 70 Capítulo 70 Setenta img
Capítulo 71 Capítulo 71 Setenta e um img
Capítulo 72 Capítulo 72 Setenta e dois img
Capítulo 73 Capítulo 73 Setenta e três img
Capítulo 74 Capítulo 74 Setenta e quatro img
Capítulo 75 Capítulo 75 Setenta e cinco img
Capítulo 76 Capítulo 76 Setenta e seis img
Capítulo 77 Capítulo 77 Setenta e sete img
Capítulo 78 Capítulo 78 Setenta e oito img
Capítulo 79 Capítulo 79 Setenta e nove img
Capítulo 80 Capítulo 80 Oitenta img
Capítulo 81 Capítulo 81 Oitenta e um img
Capítulo 82 Capítulo 82 Oitenta e dois img
Capítulo 83 Capítulo 83 Oitenta e três img
Capítulo 84 Capítulo 84 Oitenta e quatro img
Capítulo 85 Capítulo 85 Oitenta e cinco img
Capítulo 86 Capítulo 86 Oitenta e seis img
Capítulo 87 Capítulo 87 Oitenta e sete img
Capítulo 88 Capítulo 88 Oitenta e oito img
Capítulo 89 Capítulo 89 Oitenta e nove img
Capítulo 90 Capítulo 90 Noventa img
Capítulo 91 Capítulo 91 Noventa e um img
Capítulo 92 Capítulo 92 Noventa e dois img
Capítulo 93 Capítulo 93 Noventa e três img
Capítulo 94 Capítulo 94 Noventa e quatro img
Capítulo 95 Capítulo 95 Noventa e cinco img
Capítulo 96 Capítulo 96 Noventa e seis img
Capítulo 97 Capítulo 97 Noventa e sete img
Capítulo 98 Capítulo 98 Noventa e oito img
Capítulo 99 Capítulo 99 Noventa e nove img
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Capítulo 3 Capítulo 3 Três

"Você vai assinar esta carta direito ou não?" Wesley perguntou, fazendo um esforço visível para manter a calma.

"Como assim? Já assinei", Catalina respondeu, franzindo a testa. Toda a cortesia havia desaparecido de sua voz.

"Ótimo! Depois não adianta reclamar se algo acontecer com sua casinha."

"Espera aí! Já assinei, tá bom? Agora você não tem mais direito de invadir minha propriedade."

"Boa tarde!"

Wesley saiu, deixando para trás uma nuvem visível de frustração. Era raro ele perder tanto o controle de suas emoções.

"Aquela garota é completamente maluca", resmungou o CEO ao entrar no carro. O homem ao volante lhe lançou um olhar curioso.

"O que houve?"

"Me serviu café apimentado, água salgada, e nem uma gota d'água de verdade para limpar a boca", queixou-se Wesley com evidente nojo.

"Sério? E o que você fez pra aliviar?"

As pálpebras do CEO repentinamente se imobilizaram. A lembrança suave dos lábios que beijara ainda ecoava em sua mente. Depois de piscar vigorosamente, ele empurrou a pasta em direção ao secretário.

"Esquece, melhor não falar mais nisso. O importante é que conseguimos a assinatura dela."

"Essa... assinatura é válida?" Dominic aproximou os rabiscos dos olhos, duvidoso.

"Já te falei, ela é excêntrica. Agora, vamos! Minha agenda já está atrasada por causa dessa teimosa."

Enquanto disfarçava um sorriso, o secretário que também era motorista acelerou. Deixaram para trás uma garota que os observava pela janela.

"É o que você merece por mexer com a Catalina", resmungou ela, com os lábios apertados. Um segundo depois, seus dedos subiram involuntariamente para tocar os lábios, onde a marca do beijo ainda parecia quente. Seu coração, sem que percebesse, acelerou novamente.

"Por causa daquele idiota, perdi meu primeiro beijo", queixou-se, olhando para baixo. "Ah, deixa pra lá! Pra que ficar remoendo o passado? Melhor voltar a treinar para a competição de amanhã."

O som do piano ecoou pela casa mais uma vez. A atenção de Catalina estava completamente absorvida pela partitura repleta de notas.

"Tenho que realizar o sonho da mamãe. Trazer aquele troféu pra casa e colocá-lo na sala!"

No dia seguinte, a garota voltou para casa com um sorriso estampado no rosto. "A mamãe ficaria tão feliz por eu ter passado da primeira fase", sussurrou Catalina no caminho.

Com passos leves, adentrou o beco que levava à sua casa. As ruínas à direita e à esquerda já não a incomodavam mais, pois seu coração transbordava de felicidade.

Mas os passos de Catalina congelaram subitamente. O sorriso em seu rosto se transformou num grito. "NÃÃÃO!"

A garota correu, sem se importar com o vestido que se enroscava no vento e atrapalhava seus movimentos. A cada tropeço no tecido, ela diminuía o ritmo, mas não parava.

"Por favor, não!" Catalina gritou enquanto o braço da escavadeira desabava sobre o telhado de sua casa. As lágrimas já rolavam livremente. "Parem! Não destruam minha casa!"

As máquinas pesadas continuaram implacáveis, derrubando as paredes que a abrigaram a vida toda. Metade da construção já não passava de entulho.

"Não, não!" gritou a garota, que quase alcançava o quintal. Infelizmente, dois operários interceptaram sua passagem.

"Não pode chegar perto, moça! É perigoso!"

"Mas é a minha casa!"

"Desculpe, mas recebemos ordens pra demolir todas as casas da área."

"A minha não! Eu nunca concordei em vender! Então o que vocês estão fazendo?"

"Desculpe." Os homens a afastaram à força.

"Não! Me soltem! Parem!"

Catalina debateu-se, mas foi arrastada para longe do monstro de metal amarelo que devorava suas memórias.

"Por favor...", suplicou, num sussurro desesperançoso.

Mas a máquina continuou seu trabalho destrutivo. O monstro amarelo não entendia que, a cada parede que caía, um pedaço do coração de Catalina se desfazia junto.

"Minha casa..."

A voz de Catalina extinguiu-se no desespero. A garota não tinha mais forças sequer para se levantar. Sentada à beira da estrada, assistiu à demolição de seu último elo com o passado. Só lhe restava chorar.

"Com licença, senhor." Dominic entrou no escritório de Wesley.

"O que foi, Dominic? Por que essa cara?" perguntou o CEO, sem levantar os olhos dos documentos.

"Acabei de receber um relatório. Demoliram a casa da garota."

A caneta na mão de Wesley parou abruptamente. Ele ergueu a cabeça, piscando com força. "O que você disse?"

"A casa da Catalina foi demolida. Alguém emitiu a ordem errada usando o e-mail do nosso escritório."

Wesley pressionou a têmpora. "Quem foi? Quem teve a coragem de dar essa ordem?"

"Desculpe, senhor. A ordem saiu do seu e-mail."

O CEO encarou o secretário. "Do meu e-mail?"

"Sim, senhor", confirmou Dominic, sem coragem de manter o contato visual.

Wesley recostou-se na cadeira. Processada a informação, uma risada amarga e descrente lhe escapou.

"No final, meu instinto estava certo. Há algo muito errado nessa história." Seus olhos se fixaram em Dominic. "E a garota? O que aconteceu com ela?"

"Até agora, nada de relevante. Ela... ainda está chorando sobre os escombros da casa."

O dedo indicador do CEO começou a bater ritmicamente na mesa.

"O que aquela garota imprevisível vai fazer? Vai fazer escândalo na mídia? Nos processar?"

"Desculpe, senhor, tenho que resolver outras questões. Precisamos descobrir quem enviou essa ordem falsa. Com licença."

Dominic fez um breve aceno e se retirou, deixando Wesley com dezenas de cenários catastróficos fervilhando em sua mente.

"O que essa mulher vai fazer?", murmurou o CEO, incapaz de encontrar uma previsão que não terminasse em desastre. Tudo relacionado a Catalina era complicado e imprevisível.

"O que eu vou fazer agora?" As lágrimas escorriam pelo rosto da garota enquanto ela vasculhava os destroços. Nada podia ser salvo. As fotos dos seus pais, os óculos que ganhara no décimo aniversário, até mesmo seu amado urso polar de estimação... Todas as suas memórias mais preciosas haviam sido reduzidas a pó. "O que eu vou fazer?"

"Moça..."

Catalina virou-se. Um par de botas gastas entrou em seu campo de visão. Com o pouco de força que lhe restava, ela ergueu o olhar e viu um operário segurando seu capacete com ambas as mãos.

"Desculpe, moça. Tá ficando escuro. Melhor ir pra casa. Não é bom uma garota ficar sozinha num lugar desses."

Catalina olhou para o que restou de sua vida. Novas lágrimas começaram a se formar. "Você ainda tem uma casa pra ir... mas eu... eu não tenho mais pra onde ir."

O homem baixou a cabeça, percebendo a infelicidade de suas palavras.

"Foi mal, moça. Não foi minha intenção ofender. Mas... você não tem irmãos? Ou algum parente distante? Podia ficar com eles por um tempo."

Catalina não respondeu. Estava triste demais para explicar que não tinha absolutamente ninguém.

"Ou... quem sabe você procura o presidente da NexaCore? Ouvi dizer que ele é um homem sábio, justo. Talvez você consiga uma compensação decente."

As mãos de Catalina se cerraram com força sobre o vestido. Uma fúria intensa começou a substituir a dor.

"De que adianta? Minha casa não vai voltar."

"Mas pelo menos você pode conseguir algum dinheiro... quem sabe até um emprego. É melhor do que ficar se lamentando, não é?"

Catalina ficou imóvel. As palavras do operário a atingiram como um choque. Ele tinha razão. Agir era melhor do que se afogar em autopiedade. Quem destruiu suas memórias e esperanças não podia sair impune.

Aos poucos, a jovem se levantou, uma nova determinação brilhando em seus olhos avermelhados.

"Você sabe o endereço desse líder insensível da empresa?"

O operário assentiu silenciosamente.

            
            

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