Quando eu me levanto e passo por ele, a palma da sua mão pressiona na parte inferior das minhas costas logo acima da minha bunda enquanto ele nos orienta para o corredor. E porra, eu não tremo ao seu toque, enquanto a minha carne aquece onde sua mão descansa. Eu tento afastar pensamentos errados e me concentrar na merda que estamos prestes a ouvir ao entrar na sala.
Quando chegamos ao escritório, Dillon abaixa a mão e entra antes de mim. Stanton está de pé ao lado da porta, respirando irritadamente com o rosto vermelho e palpitante.
O que diabos vamos fazer agora?
Uma vez lá dentro, ele bate à porta com tanta força que solto um grito de surpresa. Dillon rosna e fica entre o chefe e eu, como se para me proteger de sua raiva. Isso me aquece, e só vai irritar o nosso chefe ainda mais. Eu toco o braço de Dillon antes de encontrar meu lugar. Ele segue atrás de mim.
- Eu quero saber por que vocês dois acharam que estava tudo bem ir contra ordens diretas, - Stanton ferve enquanto cambaleia em sua cadeira. Ele se inclina para frente, os cotovelos sobre a mesa e olha para mim em particular.
- Eu não sei o que você quer dizer- - eu começo, mas ele me corta, batendo seu punho na mesa.
- Mentira!
- Ok, chefe, você precisa se acalmar, - Dillon late.
Mas Stanton está longe de ficar calmo. Ele está furioso. Eu já o vi irritado, com certeza, mas eu nunca o vi fora de controle antes.
- Alena Stevens. A garota desaparecida. Eu disse para a tenente Wallis recolocar vocês dois. Vocês estavam trabalhando no homicídio na loja de boneca. Por que diabos vocês amam perseguir casos de pessoas desaparecidas?
Dillon sacode a cabeça para mim e franze a testa. Balanço a cabeça, revirando os olhos, encontrando o olhar de Stanton. - Eu sei, mas eu estava na vizinhança e pensei que os casos podiam estar relacionados. Acontece que, eles estão.
O rosto do chefe fica tão vermelho que acho que ele pode explodir. - Você tem alguma ideia de que tipo de catástrofe na mídia você causou, Phillips?
Eu jogo meu olhar para Dillon e ele está perplexo. - Eu não sei o que quer dizer, senhor.
- Oh, não tente vir com suas besteiras para cima de mim agora, detetive. - ele agarra o seu monitor de computador e arrasta para que nós possamos ver. - Você disse a mulher que quem levou a sua filha era a mesma pessoa que levou você anos atrás!
- Não! - eu argumento, enrijecendo meu corpo. - Eu disse a ela que talvez. Que era possível.
- Não é o que a mídia diz. - ele rosna.
Então eu leio a manchete em um de nossos noticiários locais.
Caso arquivado está no fogo, enquanto a polícia faz a ligação de Alena Stevens ao sequestro de meninas há doze anos atrás.
Eu fecho meus olhos e tento expulsar a imagem do rosto de Alena ao lado do meu e da minha irmã. Engolindo, eu pisco os olhos e olho para Stanton. - Eu posso explicar. Eles têm que estar relacionados. Olha bem, a boneca da janela...
Ele late uma risada e bate a mão na mesa, me fazendo pular com o impacto. - Eles encontraram a menina.
Eles encontraram a menina.
Meu estômago se revira.
* * *
- Tem certeza de que quer ver isso? - papai me pergunta, enquanto bate uma caixa sobre a mesa diante de nós.
Nossos olhos se encontram e meu olhar é firme. - Só me mostre.
Depois de levantar a tampa, ele cutuca a caixa na minha direção. Mamãe se aproxima da sua cadeira ao meu lado e aperta minha mão.
Eu estou em casa por uma semana. Apenas uma semana. Meu antigo quarto não foi alterado, estava exatamente como era há quatro anos, assim como o de Macy.
É familiar, mas estranho. Reconfortante, mas agonizante. Apenas parte de mim tinha retornado, a outra parte ainda estava lá naquela cela com a minha irmã. Meus pais ficaram muito felizes em me ter de volta, mas eu posso ver a maneira como seus olhos se encontram quando não estou olhando. As perguntas dançam nas pontas de suas línguas. Querem saber o que aconteceu com suas duas filhinhas. A injustiça de só tido de volta uma filha, em vez de duas.
A pergunta queima em minha própria cabeça: eles me culpam?
Eu me culpo.
Com um suspiro alto, eu pego o primeiro recorte de jornal e meu corpo fica tenso.
Irmãs ainda desaparecidas - comunidade teme por sua segurança enquanto caça continua.
Macy sorri de volta para mim a partir da sua foto tão jovem e fresca.
Ela tem treze anos agora. Quatro anos inteiros haviam passado com a gente trancada, mas a vida continuou.
Bo ao lado, se formou na faculdade. Os vizinhos finalmente terminaram a reforma da sua casa. Mamãe ainda trabalhava no restaurante e meu pai na oficina.
A vida continuou... sem nós.
Eu solto a página e pego outra.
Corpo de adolescente desaparecida, Emma Miles, é
descoberto
O corpo da adolescente desaparecida Emma Miles foi descoberto nas primeiras horas da manhã de ontem, detetives confirmam.
Emma Miles desapareceu há três dias em um carnaval onde ela estava desfrutando de uma noite agradável com os amigos.
Não foi determinado se este caso está relacionado com as meninas desaparecidas, Jade e Macy Phillips, que desapareceram mais de um ano atrás e ainda não foram encontradas.
Minha mão treme quando os olhos inocentes da menina que vive dentro de mim se vê na concha de uma pessoa que eu me tornei. A memória dele esmagando o rosto dela no espelho ainda está viva na minha mente, apesar do tempo que passou.
- Quantas, mamãe?
Ela não precisa perguntar o que eu estou me referindo. Ela pode sentir isso no meu tom triste.
- Quatro no total, mas mais velhas. Eles não sabiam se elas estavam relacionadas com o seu caso. Havia quatro meninas até um ano atrás, e depois nenhuma. O caso foi esfriando. - seu tom é triste enquanto ela mostra seu olhar cansado para mim. Ela envelheceu no tempo que eu estive fora. Rugas sulcam sua testa e seus olhos.
Eu contei quatro também, e então não havia mais, não desde a noite em que ele tirou a minha virgindade.
Será que ele começaria de novo, agora que eu tinha ido embora?
Eu jogo a caixa no chão enquanto tropeço em meus pés e corro para o banheiro. O vômito jorra para fora de mim e quando o meu estômago está vazio, finalmente, eu choro sobre o vaso sanitário, desejando que eu pudesse ser lavada com a descarga.
* * *
- Onde? - Dillon grita, me puxando do meu passado. - Onde foi que ela foi encontrada?
Eu pisco, afastando meu torpor e me concentrando nas palavras do chefe.
- Alena Stevens saiu com um rapaz que ela conheceu no shopping. Mas depois de um dia com este menino e percebendo que ele não era tudo o que parecia ser, ela voltou para casa. - seu olhar frio encontra o meu.
Um suspiro me deixa. - Ele a deixou ir? Benny a deixou sair de lá?
Dillon coloca a palma da mão no meu joelho para evitar dele saltar. - Pare, Jade.
Eu pisco em confusão e meus olhos voam de volta para Stanton. - Eu não entendo. Eles estão relacionados. Eu sei que estes dois casos estão relacionados!
Meu parceiro aperta minha coxa para me fazer calar a boca, mas não posso. Nada faz sentido. Eu sabia que ele tinha levado a menina. Assim como ele tinha me levado. Ele estava de volta. Caçando mais bonecas.
- Eu quero o seu crachá e arma. Não só você está fora do caso de homicídio, - o chefe se reposiciona, - você está tirando uma licença administrativa. Eu não quero vê-la até que toda essa merda passe. Você fez todo o departamento parecer um bando de idiotas incompetentes deixando a mulher vitimizada se sobrepor em ambos os casos. Tire sua bunda daqui pelo resto da semana.
Eu ainda permanecia como uma estátua enquanto suas palavras me invadiam.
Casos não relacionados.
Fora do caso.
Licença administrativa.
- Mas, chefe...
Dillon aperta minha coxa e balança a cabeça tristemente para mim. - Vamos, eu vou levá-la para fora.
Uma vez que estou fora, o vento chicoteia em minha carne e me cumprimenta com a seu abraço gelado. - Eu podia jurar que era ele, - eu sussurro, deixando cair a cabeça com vergonha. Com um aperto firme, ele me arrasta pelo braço em seu peito e eu deixo, caindo contra seu corpo. Dillon me confortando é uma nova revelação em nossa amizade, mas eu não posso mentir e dizer que eu não gosto. Eu gosto muito de estar pressionada contra o peito sólido. O calor de Dillon me envolve e me sinto segura. Pela primeira vez na minha vida, eu relaxo e deixo que alguém realmente me segure. É o máximo de paz que eu senti em um longo tempo.
Ele só me segura lá por um breve momento antes de me empurrar em direção ao meu carro. - Dê o fora daqui. O chefe só fez isso para tirá-la daqui e te dar algum tempo fora pela primeira vez. - ele sorri para me tranquilizar, mas não funciona. - E não pense que eu esqueci que você ainda me deve uma centena de dólares, - ele brinca em uma tentativa de aliviar o clima, e eu.
- Obrigada por tudo, - murmuro, quase inaudível, enquanto eu abro a porta do carro e deslizo no assento.
Ele agarra a porta antes que eu possa fechá-la. - Vamos pegá-lo, eventualmente, Jade. Eles sempre fazem merdas, e quando ele fizer, eu prometo que vou pegá-lo.
* * *
Eu olho fixamente para o copo agora vazio, e o chacoalho. Quando Bo chegar em casa, vou ter que dar a notícia a ele. Estou fodida. A própria ideia de confessar como meu dia terrível tinha ido, faz a bile subir na minha garganta.
Eu tinha tanta certeza.
Eu ainda estou chafurdando na minha falha quando ouço a porta da frente abrir. O meu noivo faz barulho enquanto entra, as chaves tilintando ao longo do caminho.
- Babe?
Ele entra na cozinha para me ver sentada na ilha, minhas pernas balançando para fora do balcão com uma garrafa meio vazia de uísque ao meu lado. Seus olhos se arregalaram por um breve momento antes que ele atire suas chaves no balcão e venha até mim.
- Jesus, Jade, - ele murmura enquanto ele envolve seus braços em volta de mim. - O que aconteceu?
Emoção faz minha garganta doer. - Tudo.
Ele me puxa do balcão para os meus pés instáveis. Quando eu balanço, ele me abraça com ele. Seus lábios se encontram no topo da minha cabeça e ele salpica beijos no meu cabelo, tentando me acalmar. A coisa é, eu não estou me sentindo muito aliviada. Nem um pouco parecido com o que Dillon tinha feito, de um jeito engraçado, para me acalmar mais cedo hoje no meio do meu colapso mental.
Um curso de arrepio passa através de mim.
Eu estou fazendo isso novamente.
Obcecada pelo apelo humano recém-descoberto de Dillon, enquanto eu preciso estar presente com o meu... noivo. Outro arrepio passa por mim.
- Vamos lá, - ele murmura. - Vamos, vou levá-la para a cama.
Ele de alguma forma me arrasta para o quarto e começa a tirar minhas roupas. Bo é um bom homem, cheio de carinho e proteção. Ele vai ser um bom marido um dia.
Para outra pessoa.
O pensamento me faz sentir doente por dentro.
Ele não quer outra pessoa, apesar de tudo. Ele quer que seja eu. Eu preciso me fazer querer ele também. Assim que ele me liberta da minha calça jeans e eu estou em nada além de minha calcinha, eu o ataco. Um rosnado baixo e satisfeito sai dele enquanto vejo seu pau endurecido através de suas calças.
- Me foda, Bo.
Nossos dentes colidem enquanto ele rasga sua roupa em tempo recorde. Ele me deita na cama e está dentro de mim no próximo segundo. Ele sussurra palavras doces enquanto faz amor comigo. Doce Bo, tão previsível.
Só uma vez eu gostaria que ele perdesse o controle e realmente me fodesse.
Como ele?
Meu cérebro se desliga quando eu me lembro da primeira vez que eu fui fodida.
* * *
- De bruços.
Sua ordem me assusta e eu vacilo, franzindo a testa para ele em confusão. - Por quê?
Estou preocupada que ele vá voltar para me machucar. Durante meses, ele fez essas coisas para o meu corpo. Ele me fez sentir prazer que eu ainda sou muito jovem para realmente entender. A própria ideia de ele vir aqui, enquanto está em seu estado monstro sombrio, me deixa quase histérica.
- Não me questione, - ele ruge, - apenas faça.
Eu me esforço para atender a sua instrução com o tom mortal de seu aviso. Ele está nu e nunca chegou a mim assim antes. É geralmente na calada da noite, quando ele está calmo.
Eu ainda estou esperançosa de que ele vá me amar.
Eu nunca vou amá-lo.
Que ele vai me chamar de sua linda bonequinha.
Que ele vai colocar a boca entre minhas pernas como ele recentemente começou a fazer e fazer a minha mente deixar a minha cela por um breve momento.
- Assim, bonequinha linda, - ele murmura.
Eu relaxo com suas palavras.
Ele dá um tapa na minha bunda com a palma da mão, deixando uma queimação lá e então ele aperta uma das bochechas com tal brutalidade que eu me contraio.
Ele agita com a outra mão em algo em seu bolso, em seguida, solta um pedaço de papel na minha cara. Agarrando o meu cabelo em um punho, ele levanta a cabeça e me faz olhar para a foto.
É um artigo de jornal sobre o aniversário do meu desaparecimento e de Macy. Na imagem, uma foto antiga que meu pai tirou. Sou eu e Macy. Bo está encostado na porta contra mim com um braço pendurado por cima do meu ombro e seu cão, Toby, entre nossos pés enquanto estamos encostados no caminhão do meu pai.
- Quem é este? - ele ferve, seu tom tão mortal, o frio a partir dele se arrasta em meus ossos e me congela.
- Ninguém, - asseguro a ele, minha voz um sussurro. - Só o meu vizinho.
- Então por que diabos o braço dele está em torno de você como se você pertencesse a ele? - ele rosna possessivamente, e eu murcho com susto. - Eu vou te foder. Você é minha, bonequinha. Não dele. Minha.
Estou prestes a questionar qual a diferença entre fazer amor e foder, quando ele mantém a preensão no meu cabelo, puxando minha cabeça para trás ainda mais, me esticando tanto, que restringe a minha respiração.
- Ahhh! - eu chio com meus lábios trêmulos.
- Implore por isso! Me diga de quem você é bonequinha!
Lágrimas escorrem pelo meu rosto enquanto eu me esforço para colocar minhas mãos sobre o colchão para evitar que meu cabelo seja arrancado do meu couro cabeludo. - Por favor!
- Por favor, o quê? - ele exige, empurrando minhas coxas com o joelho.
- Eu sou sua boneca...
Seu aperto solta e eu caio contra o travesseiro novo que ele recentemente me presenteou. As pessoas não se importam com travesseiros até ficarem sem um por três anos. E quando lhe é dado um, você vai sentir apreço, você quase esquece do monstro escondido dentro dele.
Eu gemo quando ele empurra seu pau endurecido dentro do meu centro quente. Como sempre, meu corpo é receptivo e o aceita.
Ele é tudo que eu conheço. O único contato que eu tenho.
Ele muitas vezes me faz ficar sem comida, alimentando meu corpo com o seu... amor... ao invés.
Mais vezes do que não, eu renuncio alimentos de qualquer maneira, apenas para ter essa deliciosa sensação no meu corpo, flutuando em meus pensamentos.
- Você é minha bonequinha, - ele geme contra o meu cabelo enquanto ele empurra brutalmente em mim. Eu não estou acostumada a ele me levar desta forma. Tudo parece mais intenso.
- Sim.
- Eu quero sufocar a minha bonequinha.
Lágrimas enchem nos meus olhos e eu começo a discutir, mas a palma da sua mão envolve em torno de minha garganta. Seu aperto é forte e inflexível enquanto ele bate em mim por trás. Eu estou impotente para tirá-lo de cima de mim e eu me esforço para respirar. Todo o seu peso me esmaga, mas ele de alguma forma consegue deslizar a palma da mão em torno do meu estômago, me puxando para mais perto dele.
Será que ele vai me matar como as outras bonecas?
O pensamento me assusta, mas não como deveria. Eu não quero que Macy fique sozinha.
Para ele fazer isso com ela.
Para ser descartável para ele.
O ar engrossa em torno de mim e eu estou ciente da escuridão camuflando os meus sentidos, me sufocando. Eu quase desmaio com este pensamento em minha mente, mas no momento em que ele toca meu clitóris, ele me revive. Como a menina confusa que eu sou, eu escolho um orgasmo ao ar, assim como eu escolho sobre a nutrição.
- Boa menina, - ele murmura, e seu aperto afrouxando um pouco. - Me ame.
Eu chupo pequenos silvos de ar em meus pulmões, mas não é como se eu estivesse desesperada por isso, eu estou desesperada pelo intenso prazer que eu sei que ele vai dar se se eu simplesmente me segurar. Ele continua suas estocadas implacáveis enquanto seus dedos fazem sua dança mágica.
Entre seus toques de especialistas e da maneira brutal, ele me leva com a mão enorme em torno de minha garganta e eu gozo mais forte do que nunca. Eu apago completamente, sussurrando seu nome, o nome que ele não vai permitir que saia de meus lábios.
Benny.
Benny.
* * *
- Benny.
O movimento pára e eu abro os olhos enquanto o belo rosto de Bo amassa em devastação.
- Você... - a voz dele cai para um sussurro, - Você estava pensando naquele monstro?
Deus, não.
Sim.
Meu lábio oscila. Este parece ser um momento terrível para discutir com ele, com suas bolas dentro da minha vagina. - Eu, uh... eu tive um dia terrível.
Ele desliza para fora de mim e salta para fora da cama como se eu fosse uma cobra que está prestes a dar o bote. - O que aconteceu?
Eu franzo atesta enquanto ele se veste com velocidade recorde. - O chefe me colocou de licença. Eu pensei que a menina desaparecida e um homicídio estavam relacionados com...
- Relacionado com o que? - ele exige.
- Benny.
Seus lábios se apertam de raiva. O meu doce Bo não parece tão doce. Ele parece irritado. - Esta merda de novo, Jade? Nem toda garota desaparecida ou homicídio tem a ver com esse fodido doente.
Esta merda?
Ele espera que eu esqueça?
Será que ele não vê Benny vivendo dentro de mim, ainda me mantendo prisioneira em minha mente?
- Eu quero que você volte para seu terapeuta, - ele sibila, uma mordida fria em sua voz. - Você piorou recentemente. Isso está deixando você louca, Jade.
Com isso, me sento em meus cotovelos e rosno. - Você sabe como me sinto sobre a terapia. Não ajuda. Ela só deixa as coisas piores. Falamos em círculos e nada fica resolvido. Eu não vou voltar. Eu cometi um erro e eu tenho uma semana para pensar sobre isso.
Ele esfrega o rosto com a palma da mão. - Por que não está usando o seu anel?
Culpa desliza sobre mim como óleo. - Meu trabalho...
- Você está mentindo. Você ao menos contou a alguém sobre o nosso noivado? Seus pais?
Eu fecho meus olhos.
- Eu contei ao meu parceiro, - eu falo, quase me desculpando.
Uma risada áspera lhe escapa. - Babe, você precisa se recompor Eu estive de braços cruzados por tempo suficiente, mas não vou assistir você se destruir. Vá ver o terapeuta ou... - ele diz saindo com um olhar severo.
- Ou o quê?
- Esqueça. - ele vacila na sua resposta, se virando de frente para o armário.
Lutando para sair da cama, ainda desajeitada, bêbada, eu me firmo no chão. - Ou o que, Bo?
Ele enfia algumas roupas em uma mochila e os cabides caem enquanto cada camisa se solta. - Ou nós podemos também jogar a toalha agora. Como diabos vamos ter crianças em uma situação como esta?
Crianças?
Eu engasgo para ele com um olhar estupefato no meu rosto.
- Como eu disse, - ele bufa, - esqueça. Eu sempre soube que seria difícil você ficar na mesma página que eu. Eu só não sabia que seria impossível.
Uma lágrima escorre no meu rosto enquanto ele empurra o meu passado do armário.
- Aonde você vai?
Ele dá de ombros. - Vou para minha mãe. Se precisar de mim, você pode me encontrar lá. Você parece precisar de algum espaço para colocar sua cabeça em ordem. Eu estarei esperando por você quando você sair dessa. Como de costume.
Não vá. Não me deixe sozinha.
Eu fico lá nua, com a boca aberta em choque enquanto eu assisto o menino que sempre esteve lá para mim sair pela porta.