SEU AMOR, SUA CONDENAÇÃO (Um Romance Erótico com um Bilionário)
img img SEU AMOR, SUA CONDENAÇÃO (Um Romance Erótico com um Bilionário) img Capítulo 4 Quero acabar com você
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Capítulo 6 A manhã seguinte img
Capítulo 7 Café da manhã img
Capítulo 8 Seja minha esposa img
Capítulo 9 Você consegue me sentir img
Capítulo 10 O meu pedido img
Capítulo 11 Controle-se, porra img
Capítulo 12 Só uma pergunta img
Capítulo 13 A promoção img
Capítulo 14 A ligação img
Capítulo 15 De novo não! img
Capítulo 16 Eu estou com você img
Capítulo 17 Eu via tudo vermelho img
Capítulo 18 Meu salvador img
Capítulo 19 Desejo de vingança img
Capítulo 20 O que ela merece img
Capítulo 21 É mesmo img
Capítulo 22 Por todo o seu corpo img
Capítulo 23 Só quero te sentir img
Capítulo 24 Desejo insano img
Capítulo 25 Longe de ficar inchado img
Capítulo 26 Bem-vinda à família img
Capítulo 27 Continue assim img
Capítulo 28 Procurando alguma coisa img
Capítulo 29 A pirralha mimada img
Capítulo 30 Uma praga dos infernos img
Capítulo 31 Nolan img
Capítulo 32 Uma ligação inesperada img
Capítulo 33 Só um motivo img
Capítulo 34 Como é a sensação desse tipo de punição img
Capítulo 35 Conte img
Capítulo 36 Minha corça img
Capítulo 37 Me fode com carinho img
Capítulo 38 Mutti img
Capítulo 39 Negócios de família img
Capítulo 40 Vou preparar algo para você comer img
Capítulo 41 Não diga o nome dela img
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Capítulo 4 Quero acabar com você

Ponto de Vista de Meadow

A beleza de Alaric Ashford carregava algo que me deixava à beira de um ataque de nervos.

Claro, eu já tinha cruzado com homens bonitos antes, mas Alaric?

Ele estava em uma categoria inatingível. Bastou olhar para ele para que o ar fugisse dos meus pulmões. Os fios longos e grossos caíam levemente bagunçados, sugerindo que ele passara a mão ali repetidas vezes - um contraste brutal com a calma perigosa que ele irradiava.

Sob a penumbra, a cor exata dos seus olhos era um mistério, mas a intensidade escura deles me atravessava, como se buscassem algo na minha alma.

Com o maxilar trincado, um nariz levemente torto e a barba por fazer...

Ok, Meadow, foco. Eu estava me prendendo aos detalhes errados.

O fato era que esse homem havia dito meu nome - e meu sobrenome - com uma intimidade perturbadora. O problema? Eu nunca tinha visto esse rosto antes, a não ser nas fofocas que ouvia por aí.

Buscando ar, pressionei as costas contra a parede fria, tentando acalmar meu coração.

"A gente se conhece?", perguntei.

Com um movimento lento de cabeça e um sorriso frio nos lábios, ele se aproximou, parando milímetros antes de me tocar. "Ainda não."

"C-como você sabe quem eu sou?" Tentei firmar a voz, mas o efeito do álcool ainda arrastava minhas palavras.

"É um hábito meu saber tudo sobre o que desperta meu interesse."

A resposta fez meu estômago dar um nó, e eu odiei a sensação. O que eu ainda estava fazendo aqui, afinal? E por que a repulsa por ter entrado nesse lugar proibido não aparecia?

E o pior de tudo - por que a sensação persistente de que Alaric planejou que eu visse aquela cena não ia embora?

"O que você quer de mim?", perguntei, enquanto um calafrio percorria minha espinha.

Alaric não respondeu de imediato. Em vez disso, ele estreitou os olhos para mim. "Você está tremendo."

Quando os olhos dele escorregaram para o meu peito de novo, um sorriso presunçoso curvou sua boca.

Eu não sabia se ele se divertia com meus mamilos rígidos ou com a ironia estampada na minha blusa:

A noiva que não fui.

Lancei um olhar fulminante para ele.

"Meus olhos ficam aqui em cima, seu tarado", disparei, ríspida.

Alaric sequer piscou. Mantendo o contato visual firme, ele rebateu: "Eu já vi seus olhos, Meadow." O tom grave e sombrio dele fez um calor líquido se acumular no meu ventre.

Por que diabos a presença desse estranho me deixava tão excitada? Por que eu não estava fugindo desse homem, a quem todos rotulavam como perigoso?

Ele continuou: "Eles estão armados. Carregados de mágoa. Eu queria ver o resto."

Abri a boca para responder, mas o som morreu na garganta.

Ele avançou mais um passo, fazendo com que eu tentasse me fundir ainda mais ao concreto atrás de mim.

"Ouvi histórias sobre você." Minha voz saiu trêmula, um fiapo de som.

"Através de Tyler Cross, presumo? Seu... noivo?"

Senti meu coração despencar e, logo em seguida, acelerar.

"Ex-noivo", corrigi entre dentes. "E como você sabe tanto da vida dele?"

Ele recuou, me permitindo soltar o ar preso nos pulmões.

Foi então que Alaric começou a tirar o paletó.

Hipnotizada, acompanhei cada movimento - os músculos dele se contraíam sob a camisa social preta enquanto ele se livrava da peça, e os três primeiros botões abertos atraíam meu olhar como um ímã atrai um metal magnético, e eu estava indefesa.

Jogando o tecido pesado na minha direção, ele soltou com casualidade: "Sei tudo sobre quem trabalha para mim."

Ele ficou ali, me encarando com expectativa, esperando que eu vestisse o paletó. E, Deus, como eu queria.

Queria me envolver no cheiro dele, mas me recusei a facilitar.

"O que você quer de mim?"

"Neste exato momento?" Ele arqueou uma sobrancelha. "Quero que vista isso, Meadow. Você está tremendo."

"Sim, porque você está me assustando", menti. "Que porra você quer, afinal?"

"Vista o casaco e poderemos continuar esse papo adorável." A voz dele desceu uma oitava. Grave. Profunda. Escura. "Agora."

Fuzilando-o com os olhos, obedeci - enfiei os braços com raiva no tecido que ainda guardava o calor do corpo dele.

"Satisfeito?", cuspi, sustentando o olhar.

O que encontrei no fundo das pupilas dele fez minha respiração travar. Arfei por ar, tropeçando para trás até bater na parede novamente.

Alaric Ashford me encarava como se eu fosse a última refeição na face da Terra. A expressão dele era crua, e o olhar escureceu ao deslizar para a minha boca. "Não precisa ter medo, Meadow. Não sou seu inimigo."

Um sorriso de canto surgiu no rosto dele.

"Tem certeza?", sussurrei. "Então o que estou fazendo aqui? E por que você me olha desse jeito... como se sua intenção fosse me arruinar?"

Com as mãos nos bolsos, ele deu um passo à frente. "Se minha intenção fosse te machucar, já teria feito."

Essa frase deveria trazer segurança. E trouxe.

Mas o efeito colateral foi pior - as palavras fizeram um calor pulsar entre minhas coxas.

Esfreguei as pernas, inquieta.

Definitivamente, batizaram minha bebida hoje. Ou a água que me deram para beber.

Alaric me deu as costas e caminhou até uma das mesas para se servir de bourbon, e encarei isso como minha deixa para fugir.

Mas, antes que meus dedos tocassem a maçaneta, a voz dele preencheu a sala: "Se sair por essa porta, vai jogar fora a melhor chance que tem de se vingar daquele seu noivinho medíocre."

Congelei no lugar. "Ex-noivo", corrigi de novo, sem me virar.

Ouvi o som de concordância que ele fez com a garganta.

"E quanto à sua irmã?", perguntou ele, suavemente. "Ela virou ex-irmã também?"

A pergunta me fez girar o corpo tão rápido que quase tive um espasmo no pescoço. Ele permanecia ao lado da mesa, copo na mão, levando o líquido aos lábios.

"Como voc..." Minha voz falhou. "Como sabe disso? Você está me seguindo?"

"Como eu disse - sei tudo sobre quem trabalha para mim."

Soltei uma risada de escárnio, abandonando a porta e marchando na direção dele. "Que palhaçada é essa? Você fica me encarando como se eu fosse um troféu, manda aquele brutamontes me buscar e ainda me chama pelo nome completo, usando essa desculpa esfarrapada de 'saber tudo sobre funcionários'?"

Eu tremia de raiva, balançando a cabeça em negação. "E que papo é esse de vingança contra Tyler? Eu não preciso de um salvador, se é isso que voc..."

"Você parecia estar se afogando, Meadow", ele me interrompeu. "E eu detesto assistir pessoas se afogarem."

Esse homem era louco.

Completamente, totalmente louco.

Engolindo em seco, respondi: "Quanta hipocrisia, vindo do cara que estava recebendo um boquete na hora que entrei."

Parei bem na frente dele.

"Aquilo foi... um timing infeliz." A voz dele não vacilou nem por um segundo. "Você não deveria ter visto aquilo."

Meus lábios se curvaram em nojo. "Mentira." As palavras saíram arrastadas. "Você queria que eu visse." Desviei o olhar brevemente para a boca dele.

"Que visse você", sussurrei.

Certo, agora era o álcool assumindo o controle.

Por que diabos parecia que eu estava flertando com ele?

E por que eu não conseguia parar de encarar a boca dele?

Eu precisava sair dali.

Tentei me virar, mas meus joelhos cederam, e buscando equilíbrio para não desabar, agarrei a superfície dura mais próxima.

O problema? A superfície dura era o peitoral nu de Alaric.

Minhas mãos espalmaram contra a pele quente dele e, no instante do contato, a atmosfera mudou.

Seu corpo inteiro se enrijeceu sob meu toque.

O copo parou no ar, a meio caminho da boca.

Os olhos de Alaric desceram bruscamente para onde estávamos conectados e, então, subiram devagar até encontrarem os meus. Dessa vez, a barreira tinha caído. O olhar dele estava... desarmado. Instável.

O maxilar dele travou e a respiração falhou, o suficiente para fazer a minha engatar em resposta.

Lentamente, comecei a recolher a mão. Mas algo na expressão dele despertava em mim uma vontade insana de tocá-lo de novo. Para sempre.

Alaric capturou meu pulso, pressionando minha mão de volta contra o peito dele enquanto seus olhos vasculhavam os meus.

E quando ele finalmente falou, a voz soou rouca, torturada, vinda das profundezas.

"Você estava certa, Meadow", disse ele. "Eu realmente quero acabar com você."

            
            

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