Capítulo 7 Traição

Lisbeth estava destruída. Sentia o coração em frangalhos. James a arrastou até o quarto enquanto se remexia em seus braços. Ela tentou se desvencilhar e, quando o mordeu, James acertou um tapa na cara. O estalo foi tão alto, que reverberou pelo salão da escadaria. Ela o fitou, o olhar amargurado afogado em lágrimas.

- Se me ouvisse não precisaria chegar a esse ponto. - Ele disse, a voz cheia de raiva. Ele abriu a porta do quarto, Lisbeth dentia o ardor de sua mão em seu rosto. Ele a arremessou contra o chão, sem se preocupar se iria doer, e então, fechou a porta num baque forte.

Lisbeth, no chão, sem forças para levantar, piscou os olhos. Uma llágrima desceu.

- Vai ficar aí até eu ter certeza de que não se jogará nos braços de outro homem. - Ele berrou. Lisbeth levantou a cabeça o suficiente para ver os pés de uma das criadas. - Você só nos dá vergonha.

Ela tentou se negar a ouvir as palavras de seu irmão, mas não conseguiu. Era impossível, na verdade. Se arrependia amargamente por ter tido a ousadia de sair. Se não tivesse saído, Nicholas não estaria naquela situação e ela não estaria condenada. De jeito nenhum James se recusaria a cumprir o acordo. Agora estava sedento para se livrar dela de vez, pensara.

Ela tentou se apoiar nos braços, mas fraquejou, tomada por uma impotência pungente. Lisbeth levantou os olhos e viu Prudence. Ela sorria como se achasse divertido. Não precisou demorar muito para juntar dois e dois.

- Foi você - Lisbeth sussurrou. - Você contou a James. - Acusou ela. Prudence abaixou-se à sua altura, pousou a mão em seu ombro e assentiu. - Como pôde ser tão pervessa? - Gruinhiu, a voz afogada em lágrimas.

- Seu irmão recompensa-me imensamente. À noite, em seu escritório, em todos os lugares. - Ela tirou uma mecha de cabelo do ombro de Lisbeth e examinou seu rosto. - Saiba que deveria me agradecer. Por minha causa, seus irmãos poderão continuar suas vidas sem que a irmãzinha deles os atrapalhe. - Prudence deu de ombros. - E, convenhamos... lorde Bennington não é nem de longe terrível. - Ela aproximou os lábios da orelha de Lisbeth. - Deveria me agradecer por fazê-la se encaminhar para o destino correto. - Um sorriso passou pelos lábios da criada.

- Pode ter certeza - Lisbeth olhou para ela, a chama ardendo por trás de seus olhos. - Vai pagar por isso. - Prudence assentiu, oferecendo um sorriso.

- Mal posso esperar, senhorita.

Prudence a ajudou a levantar. Lisbeth mancou até a cama, apoiada na criada.

- Você está imunda. Melhor se trocar, ter uma boa noite de sono e aproveitar as últimas horas que terá como uma Taylor. - Prudence andou na direção de um criado mudo, vasculhou uma gaveta e levou outra camisola para Lisbeth. - Não vai mais precisar dessa.

Lisbeth estava definitivamente presa num destino que odiava e, por mais que negasse, nada poderia impedir tal coisa.

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