Sob a proteção do Bilionário
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Capítulo 3 3

Nara Ferrari

Parece que o paixonite de Sasha é comprometido. Não sabia que Regina é a namorada de Henry, não sei muito sobre a vida do filho mais velho da família Sanchez, mas Regina não é de deixar esse tipo de informação escondida por muito tempo. Pela intimidade que eles têm, não é um relacionamento que começou agora. Não que me importe.

Sasha que ficará arrasada.

Fico tão imersa nos meus pensamentos que não noto que Henry está me olhando. Sem jeito, olho para frente seguindo a minha mãe e fazendo de tudo para não olhar novamente para Henry. O jantar com a família Mercury é quase uma obrigação, como Anthony tem negócios com eles e a volta após longo tempo fora da cidade nos fez ter certeza que a família Mercury nos tem como amigos próximos. Já que as pessoas presentes definitivamente foram escolhidas a dedo.

Ganho passo livre para andar pelos convidados, procuro intencionalmente o senhor Molina. Ele é responsável por organizar um dos principais jantares com grandes empresários em Paris, um jantar que está para acontecer neste final de semana.

Agora preciso convencê-lo a me levar.

Estar com peixe gigante irá abrir portas difíceis de serem fechadas quando terminar a faculdade. Procuro conter a respiração, enquanto me aproximo dele.

- Sr. Molina?

O homem mais velho se vira e sorri ao me ver.

- Senhorita Ferrari?

Poderia optar pela ajuda do Anthony, mas posso dar esse passo sozinha. Eu consigo, sempre consigo.

- A senhorita cresceu. - o seu olhar percorre pelo meu corpo, sinto uma sensação estranha. - Não é mais a criança da última vez que a vi.

Por mais que Anthony e Sr. Molina tem um trabalho juntos e o filho dele estuda na mesma sala que eu, não temos contato direto.

- É, faz alguns anos. Sou da turma do Jaden. - Não posso fazer um elogio ao seu filho.

Jaden é igual o Kleber, os pais precisam pagar a mensalidade e um dinheiro a mais para passar nas matérias. Sr. Molina é o homem conservado para sua idade, pai de cinco filhos, Jaden é o caçula da família Molina. Inclina a cabeça levemente para frente dando um sorriso raso.

- Sei que meu filho não é um dos melhores de sua turma. - Leva o copo com a bebida até os lábios de uma forma lenta, prolongando uma ação que poderia ser rápida. - Diferente de você.

O passo que dou à frente, não me deixa conter a ansiedade, quase tropeço nos meus próprios pés.

- É justamente o motivo de querer falar com você, não que eu esteja falando que seu filho é diferente ou... - agito a mão no ar. - desculpa! - Sorri.

Seu sorriso aumenta, me deixando mais confortável.

- Ei, diga o que quer dizer e tudo bem, querida. Algo me diz que o motivo de querer falar comigo não é sobre o meu filho.

Mordo o canto da boca, mas logo disperso essa insegurança. Eu sou Nara Ferrari e corro atrás do que quero.

- Sr. Molina, sei sobre o jantar que acontecerá nesse final de semana em Paris. - a minha animação fica evidente. - Gostaria que você pensasse sobre a possibilidade de poder estar presente, quero muito participar desse universo e ter uma experiência a mais. Estou no início da faculdade, mas quero que entenda que sou capaz.

Os segundos do seu silêncio, faz sentir passando minutos e até horas, maldita ansiedade. Não me sinto uma boba pedindo algo impossível, o jeito que me ouve atentamente me deixa mais segura. Sr. Molina balança a cabeça e parece considerar, aproveito e comento sobre assinar o termo de confidencialidade e garantindo que não vou atrapalhar nada, podendo ser durante esse final de semana sua secretária.

- E não precisa me pagar. - Me apresso em dizer. - Muito menos estadia e o tempo que estarei em Paris.

Não é como se dinheiro me fizesse falta. Ele ri, é bom ele rir? Sou sutil com um sorriso no rosto, tendo muita expectativa para sua resposta.

- É uma garota esperta, Nara. Entendo que queira muito ir e a coragem de vim até a mim diz muito sobre você.

O meu ego eleva rapidamente.

- É um evento privado...

- Eu sei, provavelmente não sou a primeira a pedir, mas garanto que não irá se arrepender.

Percebo ele olhando para os lados e sei quanto essa conversa não deveria existir. Sr. Molina acena para a gente seguir para varanda, havia algumas pessoas lá, mas não o suficiente para que pudesse nos ouvir.

Prontamente aceito, a esperança exalando em meu peito. Sinto a resposta positiva vir, ou se for negar não será na frente de tantas pessoas.

- Está me colocando em uma posição difícil, realmente não é a primeira que me pede. Meus filhos mesmos já recusei a presença, é muito seletivo a escolha de cada um para esse almoço. - Estou a ponto de fingir um desmaio para não ouvir um não dele. Suspira e balança a cabeça concordando. - Ok, nesse final de semana irá comigo para Paris.

Eu levo a mão à minha boca.

- Você está falando sério?

- Sim.

Me controlo muito para não abraçá-lo, seria completamente sair da caixinha e ultrapassar um limite que não devemos. Não sou aquela adolescente que ele conheceu um dia, sou uma mulher adulta e profissional.

Quando trocamos contatos de e-mail, tenho certeza de que ele concordou e quase choro de emoção. Consegui!

- Sr. Molina. - A voz grave cumprimenta o homem mais velho que está à minha frente.

Ele se vira para falar com Henry Sanchez, meus olhos saindo do celular como um ímã e vai para o homem alto e sério. Arrepio, seus olhos castanhos já estavam em mim, demoro para voltar minha atenção para o celular.

O que não deveria acontecer, o cumprimento foi ao Sr. Molina, não quero que pense que sou uma enxerida.

A conversa entre eles é rápida e procuro não prestar atenção, Sr. Molina se despede e agradeço novamente pela oportunidade que está me dando.

- Muito obrigado. Não irá se arrepender.

- Tenho certeza. Será uma honra, querida. - E sai, indo se juntar com os outros na sala.

Guardo o celular na pequena bolsa, Henry não dá nenhum sinal de seguir o Sr. Molina. Muito pelo contrário, está me olhando descaradamente e de um jeito nada legal.

Evito o seu olhar.

- O que foi...

- É de seu fetiche ficar recusando o presente que lhe dão? - a pergunta é um sussurro grave.

A voz combina com o porte do homem.

- Agradeço, mas não preciso. - Ele tem um cheiro bom, cheiro refrescante de hortelã. - Já havia comprado um aparelho novo...

- Desfaz do que você comprou e fique com o meu. - diz como se fosse o obvio.

Não é preciso pensar muito para saber que está Henry ofendido pela minha devolução do seu presente.

Seguro para não sorrir.

- Ou você pode dar para outra pessoa. - Sugeri.

É mais fácil já que mandei de volta a ele.

- Comprei para você. - O tom curto e grosso faz-me causa algo, e não é de um jeito ruim.

Pisco algumas vezes.

- Bem, mas eu não quero.

Passo por ele, é melhor encontrar meus pais logo. Não quero murmurinhos envolvendo o meu nome com o namorado da Regina. Pior, estamos na sua casa, o jantar dos seus pais. Jesus! Uma fofoca dessa acabaria comigo.

Mas Henry me impedi, segura meu braço e puxa contra o seu corpo. Prendo o ar e gostaria muito de dizer que está fedendo ao algo do tipo, mas não. Estaria mentindo descaradamente.

Não estávamos tão e o cheiro era tão bom, agora é inebriante. O tamanho desse homem, esse braço... Sendo mais alto, preciso erguer meu rosto para olhá-lo nos olhos. Não está machucando ou me forçando a ficar contra minha vontade.

E aí está o erro, eu querer ficar.

É um homem lindo, aquele ar de masculinidade e possessividade, faz a minha mente me trair facilmente. A mão grande em volta do meu braço me deixa tímida e tento não transparecer. Henry parece ser aquele tipo de homem que sabe que você consegue fazer, mas estar disposto a fazer. Não por seu ego ser maior e sim pela forma protetora que aparenta ter.

Regina tem sorte.

Estamos muito próximos e qualquer um poderia interpretar com maus olhos essa aproximação. A brisa gelada que passa pela gente me faz voltar a si, havia pessoas na varanda e parecia estarem entretidas em suas conversas.

Melhor assim!

- Sr. Sanchez. - engoli em seco. - Podem interpretar mal essa aproximação...

- Há poucos minutos estava conversando com o Sr. Molina. - argumenta.

- Não estávamos... tão próximos.

Gosto do toque quente de sua pele na minha.

- Uma aproximação pode não ser o problema e sim, o que é conversado. - Por que ele está tão sério?

Não consigo entender suas palavras.

- O que está insinuando?

- Deveria tomar cuidado, as pessoas não são quem aparentam ser.

Seus olhos estão fixos nos meus. Gosto da cor chocolate dos seus olhos, não tenho que gostar de nada.

- Deveria me soltar, entre mim e o senhor Molina estava acontecendo uma conversa importante, diferente do que estamos tendo agora.

Não quero confusão com a família Mercury, Henry deveria se colocar no lugar e se preocupar com que as pessoas podem deduzir. É o relacionamento dele que está em jogo.

- Mas não estou te segurando.

Abaixo a cabeça vendo que ele não me segura mais e me pergunto quando me soltou, porque ainda sinto como se a sua mão estivesse em mim. É fácil a resposta! Estamos tão perto um do outro que posso facilmente encaixar a minha perna entre suas e abraçá-lo, seu corpo pode ser um longo cobertor que me aquecerá durante a noite.

Não sinto o frio da noite tão forte como deveria, porque a chama entre os dois me aquece facilmente.

O que está acontecendo?

- Preciso ir. - Me afasto muito rápido e o resto da noite meu único plano é ficar longe de Henry Sanchez.

Só fica difícil de controlar os meus pensamentos.

            
            

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