Sob a proteção do Bilionário
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Capítulo 5 5

Henry Sanchez

Puta merda! O que está acontecendo comigo? Iria mesmo beijá-la no meio da calçada? Sou uma pessoa pública que prefere que as notícias em alta sejam sobre o meu trabalho e não minha vida pessoal. Alinho os fios, passando a mão pelo meu cabelo, os fios em seu devido lugar. Volta a ter o controle, algo que não deveria ter perdido.

O seu celular tocar foi uma benção ou uma maldição, não me decidi. Nara tem um cheiro bom, flores. Tenho certeza de rosas-vermelhas, ela deve gostar a ponto de usar como perfume também. Não penso e agir, pegando o seu celular e liberando o seu motorista. A mulher fica chocada que ele vai embora sem ela.

- Terá que vim comigo.

Me olha.

- Não... - Pensa. - Posso pedir um carro de aplicativo. - Sorri, vitoriosa.

- Não com o seu celular.

Guardo o aparelho no meu bolso. Nara tirou meu direito de dormir em paz nos últimos dias, ela está certa, não sou de ouvir um não e a recusa dela não aceito. É como se me recusasse, ela vem tomando os meus pensamentos mais tempo do que deveria.

Somente negócios, a quero como a minha esposa. É jovem, inteligente com personalidade, é o tipo de mulher que quero ao meu lado. Negócios, apenas negócios.

Preciso agir quanto antes, tenho só um mês para fazer com que os meus pais acreditem que Nara Ferrari seja a próxima Sra. Sanchez. Não posso errar, não quero errar. E a nossa diferença de idade pode ser um obstáculo, uma mulher com a idade próxima à minha deveria ser ideal. A base de experiência é perspicaz, mas algo em Nara me atrai.

Casamento não é baseado apenas no amor e se houver amor, lembro da frase dita pelo Garvin quando completei 20 anos. Não estou dizendo que amo Nara, quero escolher com quem vou me casar e ela tem pontos que podem agradar os meus pais.

A quero no lugar da Regina, a certeza que tenho é um tanto sufocante, porque Nara age totalmente diferente.

É fácil de ler, mas difícil de domar.

E é essa parte que pode atrapalhar tudo.

- Henry. - Choraminga.

Seu rosto jovial me paralisa por alguns segundos.

- Só vou levá-la em casa.

Nara balança a cabeça.

- Não acho que seja só isso que irá acontecer.

- E seria tão ruim assim?

Olho para sua boca. A quero e não é de hoje.

Minutos atrás quase consegui algo que imaginei algumas vezes, confesso. Porém, não sou de me expor assim e não é certo com ela também, não quando não temos nada concreto. Nara suspira finalmente cedendo, abro a porta do carro para entrar e assim faz. A bela mulher negra, sentada ao meu lado, olha para todos os lados, menos para mim.

- Não vou te machucar, Nara.

Não sou nenhum louco sequestrador, o jeito que age me faz sentir ser a pior pessoa do mundo.

- Não me sinto em perigo com você.

Gosto da sua revelação.

- Mas não quer estar sozinha comigo. - E não gosto do que sinto ao dizer essas palavras.

A divisória do carro está erguida, nos dando privacidade. Apreensiva, Nara finalmente me olha.

- Sr. Sanchez...

- Henry. - A corrijo. - Não precisa ser tão formal.

- Henry... - Sussurra. - Não sou boba, você quer algo de mim.

Realmente ela não é.

- Sim, quero. - Afrouxo minha gravata.

Não gosto de joguinhos e não será agora que o farei.

- E o que é? - Exige saber.

A olho.

- Você.

Nenhuma palavra sai de sua boa, pela primeira vez desde que começamos a ter contato sua expressão é neutra. Nada! Nenhuma reação que me mostre o que está pensando. É estranho não saber o que esperar. Talvez fosse melhor não escolher ela, Regina seria perfeita aos olhos dos meus pais, andaria conforme as regras.

Não posso dizer com todas as letras como Nara é, porque ainda não a conheço. Pelo menos não como eu quero.

Puta merda! O que estou fazendo comigo mesmo?

- O que um empresário renomado iria querer de uma mulher de 21 anos que está no início da faculdade? - Nara está diferente, até a sua voz é neutra.

Está me analisando, tirando suas próprias conclusões, mas não querendo deixar amostra. Será que encontrei alguém a altura? Foi uma completa surpresa encontrar ela hoje, Zayn deveria estar na empresa, pouco me importo que ele faz ou deixa de fazer com a amiga dela. Mas não deveria ter deixado Nara sozinha.

- Algo que só ela pode propor.

Ergue a sobrancelha.

- Que seria?

- Vou descobrir, mas é difícil com você fugindo de mim.

Pisca repetidamente, morde de leve o lábio inferior.

- Por que deixaria se aproximar? Pode estar querendo me usar.

Uma nova abordagem? Interessante.

- Você disse que não se sente em perigo comigo.

- Mas não falei que você é santo. - rebate.

Sinto vontade de sorrir, mas mantenho meu rosto sério.

- Você é difícil.

- Se fosse fácil não teria prendido a sua atenção. - Inclina o corpo para frente, demonstrando confiança. - Então vou perguntar mais uma vez, o que quer comigo?

Faço o mesmo movimento que ela e a vejo ficar tensa.

- Se considera uma pessoa ambiciosa, Nara Ferrari?

- Sim.

- Então pense em ter Sanchez como sobrenome.

Seus olhos castanhos claros não escondem a surpresa.

- Um casamento por contrato? Conheço essa história... - Endireita a postura, olhando para frente, demonstrando seu desinteresse. - Não estou a fim de algo temporário.

Ela tem atitude e coragem, Anthony soube cuidar e orientar bem. Não há uma mulher fraca ao meu lado.

- Não será nada temporário, Nara.

Não se depender de mim. Seus olhos continuam longe dos meus.

- Só me caso por amor, Henry.

- Então terei que te conquistar.

A deixo em sua casa e Nara não faz questão de se despedir quando sai do carro. Passo a mão pelo cabelo, bagunçando. Pode se dizer que foi melhor do que a primeira vez que nos vimos? Não sei. E é exatamente esse "não sei" que me irrita.

Os dias vão se passando e nenhuma tentativa de encontro com Nara não acontece, no meio da semana acaba tendo duas reuniões com a família Mercury e sai nos noticiários.

Mando flores para casa de Nara, mulheres coisas de flores, não é? Então por que as mesmas foram devolvidas? Ando de um lado para o outro, visivelmente irritado.

- O que foi, maninho?

O resto da minha paciência vai embora.

- Zayn, agora não.

- Talvez eu possa te ajudar. - senta na minha cama.

Não é porque a porta está aberta que ele deveria entrar.

- Como pensa em me ajudar se... - lembro que Nara falou sobre meu irmão e sua amiga. - Tem saído com amiga de Nara Ferrari?

Zayn suspira, nada feliz.

- Sim.

Não me importo que esteja acontecendo com eles.

- Vai encontrar com ela nesse final de semana? Nara irá juntos? Quando vão?

- Ei, ei, ei! - ergue as mãos no ar. - Por que tantas perguntas? Ou melhor, por que quer saber sobre Nara?

- Responde.

- Ok, vou sair mais tarde com Sasha. - se apoia nos cotovelos, praticamente deitado na minha cama. - mas Nara não irá junto. Parece que ela vai para Paris.

O assunto desperta meu interesse.

- Com quem?

- Por que se interesse todo na Nara?

- Zayn...

- Olha, não sou seu maior confidente, mas está me parecendo que você está afim dela. - e o meu silêncio comprova. Zayn sorrir. - Nossos pais estão sabendo?

- Não vai contar.

- Claro que não! - Junta o dedo indicador com o dedão passando em frente da boca, como se estivesse puxando um zíper. - Minha boca é um túmulo. Mas pelo que sei nossos pais querem casar você com Regina.

- Uma possibilidade e não uma certeza. - olho para a tela do celular considerando mandar novamente as flores para casa de Nara.

- Tudo bem, talvez tenha uma informação que possa te ajudar com a Nara.

Zayn tem minha atenção.

- Pare de enrolar e fale logo.

Essa é a grande diferença entre nós, enquanto ele quer ficar fazendo suspense e prolongar o assunto, gosto de ser direto e objetivo. Fisicamente somos parecidos, o rosto dele sendo um pouco mais fino e o constante sorriso em seu rosto que me pergunto como que sua mandíbula não dói.

Meu irmão é muito mais bem-humorado do que eu, provavelmente Nara já tivesse caído nos seus encantos caso ele estivesse a fim dela. Esse pensamento não me agrada em nada.

- Meu Deus! Paciência é uma virtude que você não tem.

- Zayn. - rosno, e em sua direção.

Ele pula na minha cama e para do outro lado.

- Calma! Sasha me falou que Nara vai para Paris com o Sr. Molina, ele aceitou levar ela para aquele almoço que você é constantemente chamado e nunca vai.

Sei muito bem sobre esse jantar. Fui convidado justamente porque tenho algo a oferecer a eles. Nara não tem, vão preferir o Anthony Ferrari presente do que ela. E pelo que sei o pai de Nara não irá, conhecemos o outro lado do Sr. Molina e esse desgraça quer outra coisa com ela. P

asso foi meu closet para pegar o sobretudo.

- Espera, aonde você vai? - Meu irmão pergunta quando estou prestes a sair do meu quarto.

- Acabar com a vida daquele desgraçado. - Visto o sobretudo, imaginando as minhas mãos e volta do pescoço do Sr. Molina.

Um dedo, um dedo sequer nela e eu mato aquele homem.

                         

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