A Vingança da Ex: Seduzindo o Herdeiro Proibido
img img A Vingança da Ex: Seduzindo o Herdeiro Proibido img Capítulo 4 No.4
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Capítulo 4 No.4

A propriedade da Família Nobre nos Hamptons era menos uma casa e mais uma fortaleza construída para manter os pobres fora e os segredos dentro.

A chuva começara a cair quando a limusine subiu a longa entrada de cascalho. O céu estava de um roxo machucado, combinando com o clima dentro do carro.

Júlio estava suando. Continuava verificando seu reflexo, limpando manchas invisíveis do rosto.

"Lembre-se," sibilou ele enquanto o motorista abria a porta. "Sorria. Acene. Não seja a sua versão deprimente de sempre."

Poente pegou o braço dele. O aperto dele era forte, doloroso.

Entraram no Grande Salão. Era cavernoso, cheio de tias, primos e associados de negócios. O ar zumbia com conversas educadas e venenosas.

Assim que entraram, a sala ficou em silêncio.

Não era por causa deles.

Todos olhavam para a grande escadaria.

Um homem estava descendo.

Ele usava um smoking preto que lhe servia como uma segunda pele. Movia-se com uma graça predatória, silencioso e comandante.

O coração de Poente parou.

Era ele.

O maxilar definido. O cabelo escuro. Os olhos que pareciam capazes de cortar vidro.

Era o homem do hotel.

O homem a quem ela dera trezentos dólares de gorjeta.

Mauro Nobre.

O mundo estreitou-se num túnel. Poente sentiu tontura. Ela tinha dormido com o irmão de Júlio. Tinha dormido com o chefe da família.

Queria correr. Queria vomitar.

Mauro chegou ao pé da escada. A multidão abriu caminho para ele como o Mar Vermelho. Ele não olhou para ninguém. Parecia entediado.

Até que seus olhos pousaram nela.

Por um segundo, o olhar dele sustentou o dela. Não houve choque. Nem surpresa. Apenas um brilho frio e calculista de reconhecimento que desapareceu tão rápido quanto surgiu. Era um olhar de posse.

Júlio a arrastou para frente. "Mauro. Bem-vindo de volta."

Mauro olhou para Júlio com desprezo aberto. "Júlio. Você parece... cansado."

"Trabalho," gaguejou Júlio. "A fusão..."

"Discutiremos seus fracassos mais tarde," disse Mauro suavemente. Ele voltou o olhar para Poente.

Poente sentiu-se como uma borboleta alfinetada num quadro.

"E esta deve ser a esposa," disse Mauro. Sua voz era profunda, vibrando no peito dela.

"Poente," disse Júlio. "Esta é Poente."

Júlio a cutucou. "Aperte a mão dele, Poente."

Poente estendeu a mão, tremendo.

Mauro não moveu a mão dele. Ele usava luvas de couro preto. Olhou para a mão estendida dela, depois de volta para o rosto dela.

"Eu não aperto mãos," disse Mauro, a voz plana.

A rejeição foi pública e humilhante. A sala pareceu prender a respiração.

"Claro," disse Júlio rapidamente, corando. "Esqueci. A... condição."

"Mas," continuou Mauro, a voz descendo uma oitava. Ele deu um passo à frente, invadindo o espaço pessoal dela. Para os espectadores, parecia intimidação.

Inclinou-se, ostensivamente para inspecionar as pérolas nas orelhas dela. O rosto dele estava a centímetros do dela. Ela podia sentir o cheiro de fumaça de lenha e chuva.

"Você me deve trezentos dólares," ele sussurrou, o hálito fantasmagórico sobre a pele dela.

Ele se afastou. Um sorriso pequeno e cruel brincava em seus lábios.

Poente ficou congelada, o sangue rugindo nos ouvidos, encarando os olhos do próprio diabo.

            
            

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