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Após o divórcio, ela revelou ser bilionária
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Capítulo 2 No.2

As portas automáticas do edifício de vidro obsidiana deslizaram, e Alvor saiu para o ar cortante de outubro. O porteiro, um homem que sempre a olhara com uma mistura de pena e desdém, moveu-se para chamar um táxi.

- Não precisa - disse Alvor, sua voz cortando o ruído do tráfego matinal.

Ela não parou de andar. Agarrou a alça de sua mala de couro surrada e virou à direita, longe da fila de carros pretos esperando.

O porteiro congelou, a mão meio levantada. Ele a viu partir, confuso. A Sra. Escudo nunca andava a pé.

Alvor movia-se com propósito. A cidade estava acordando. O cheiro de escapamento, castanhas assadas e concreto úmido enchia seus pulmões. Era áspero, sujo e real. Era melhor do que o ar sanitizado com cheiro de lavanda da cobertura.

Ela precisava clarear a cabeça. A adrenalina do confronto com Escudo estava desaparecendo, deixando para trás uma clareza fria.

Ela não tinha casa. Não tinha emprego. Tinha dezenove dólares no bolso e um laptop que estava três anos obsoleto.

Mas ela tinha sua mente. E tinha um mapa do futuro gravado em suas sinapses.

Ela virou em uma rua lateral, pegando um atalho em direção à estação de metrô. Os edifícios aqui eram mais velhos, as sombras mais longas. Esta era a costura entre o distrito ultra-rico e o resto do mundo.

Um grito estilhaçou a quietude da manhã.

Foi agudo, aterrorizado e cortado abruptamente.

Alvor parou. Seu corpo reagiu antes que seu cérebro o fizesse. Seu peso mudou para a ponta dos pés. Em sua vida passada - antes de Escudo, antes da fachada de esposa troféu - ela havia aprendido a sobreviver em lugares muito piores do que este. E na vida que ela havia vivido antes de sua morte, ela aprendera habilidades que não pertenciam a uma sala de reuniões.

Ela olhou para a boca de um beco estreito a cerca de seis metros à frente. Sombras dançavam contra a parede de tijolos.

Ela não deveria se envolver. Ela era uma mulher sozinha com uma mala. Ela deveria continuar andando.

Mas o grito ecoou em sua memória, sobrepondo-se aos seus próprios gritos silenciosos da cama do hospital.

Alvor largou a alça de sua mala. Ela se moveu em direção ao beco, seus passos silenciosos no pavimento.

Nas sombras profundas, três homens haviam encurralado uma jovem garota. Ela parecia uma estudante universitária - mochila, moletom grande demais, terror arregalando seus olhos. Um homem a tinha prensada contra uma lixeira. Os outros dois riam, um deles abrindo e fechando um canivete.

Clique. Clique. Clique.

Do outro lado da rua, estacionado na penumbra sob um andaime, estava um elegante Maybach preto. Suas janelas eram tingidas tão escuras que pareciam vazios.

Dentro do carro, Cardo estava sentado no banco traseiro, um tablet apoiado no joelho. A tela exibia um relatório financeiro complexo sobre as flutuações do mercado asiático. Seu rosto era uma máscara de indiferença, os ângulos agudos de sua mandíbula iluminados pela luz azul da tela.

- Senhor - disse seu motorista, um homem estoico chamado Lousa, com a voz tensa. - Há uma situação no beco. Devo ligar para a polícia?

Cardo não olhou para cima imediatamente.

- Se desejar.

Sua voz era um barítono baixo, suave e frio como pedra polida. Ele tinha visto violência suficiente no mundo dos negócios para estar dessensibilizado ao tipo físico.

Mas então, um movimento capturou sua visão periférica.

Uma mulher.

Ela entrou no quadro da entrada do beco. Era esbelta, vestida com um casaco simples que parecia fino demais para o clima. Ela não parecia uma heroína. Ela parecia uma vítima esperando para acontecer.

Cardo baixou o tablet. Ele observou.

Alvor não gritou. Ela não anunciou sua presença. Ela pegou uma garrafa de vidro do chão.

Ela a jogou.

A garrafa se espatifou contra a parede a centímetros da cabeça do portador da faca. Cacos de vidro choveram. Os homens giraram, assustados.

- Caiam fora - disse Alvor.

Seu tom era de conversa, até entediado.

O homem com a faca riu. Foi um som feio e úmido.

- Olhem só isso, rapazes. Uma voluntária.

Ele avançou contra ela.

No carro, Lousa arfou. - Meu Deus, ela vai ser morta.

Cardo inclinou-se para frente, os olhos se estreitando.

O bandido estocou a faca em direção ao estômago de Alvor.

Alvor não recuou. Ela entrou no espaço. Seu movimento foi um borrão. Ela não tentou dominá-lo pela força; ela não tinha força para isso agora. Em vez disso, ela usou a física. Sua mão esquerda disparou, pegando o pulso do homem, guiando o próprio impulso dele para passar por ela.

Houve um estalo nauseante.

O homem gritou, largando a faca.

Alvor não parou. Ela usou o impulso dele, girando-o e batendo o rosto dele na parede de tijolos. Ele desmoronou como um saco de papel molhado.

O segundo homem rugiu e investiu. Alvor abaixou-se sob o soco selvagem dele. Ela subiu por dentro da guarda dele, cravando o cotovelo no plexo solar. Não foi um golpe de nocaute, mas foi preciso o suficiente para roubar o fôlego dele. Enquanto ele se curvava, ela desferiu um chute seco na lateral do joelho dele.

Ele caiu uivando.

O terceiro homem, aquele segurando a garota, a soltou e recuou, os olhos arregalados de descrença. Ele olhou para seus dois camaradas caídos, depois para a mulher esbelta parada calmamente em meio à carnificina.

- Sugiro que você corra - disse Alvor.

Ela ajustou o casaco, alisando uma ruga na manga.

O terceiro homem virou e correu beco abaixo.

A estudante universitária escorregou para o chão, soluçando.

No Maybach, o silêncio reinava.

A boca de Lousa estava ligeiramente aberta. - O senhor viu isso? Aquilo foi... eficiente. Quem é ela?

Cardo encarava a mulher. Ele repassou a luta em sua mente. Eficiência. Zero desperdício de movimento. Ela lutava como alguém que sabia exatamente onde o corpo humano era fraco, compensando sua falta de massa com uma precisão aterrorizante.

- Senhor, a polícia está chegando - notou Lousa enquanto sirenes uivavam à distância. - Devemos intervir?

Cardo observou enquanto uma viatura parava no meio-fio, bloqueando a entrada do beco. Dois oficiais saíram, armas em punho.

- Não - disse Cardo, a voz desprovida de emoção. - Somos apenas testemunhas. Espere aqui até os oficiais tomarem nosso depoimento. Não interaja com ela.

Ele observou Alvor se ajoelhar ao lado da garota que chorava. Viu-a checar as pupilas da garota, as mãos firmes. Ela olhou para cima, os olhos varrendo a rua até travarem nas janelas pretas tingidas de seu carro.

Ela não podia vê-lo, mas ele sentiu que ela sabia que ele estava lá.

Cardo sentiu um estranho e frio formigamento na base do crânio.

Curiosidade. Uma coisa perigosa.

- Lousa - disse Cardo calmamente.

- Senhor?

- Depois que a polícia nos liberar, descubra quem ela é.

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