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Após o divórcio, ela revelou ser bilionária
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Capítulo 4 No.4

O cortiço no Bronx cheirava a repolho cozido e gesso úmido. Era um cheiro que Alvor não encontrava há anos, mas que desencadeou uma onda de nostalgia tão potente que quase a fez cair de joelhos.

Ela arrastou a mala pelos quatro lances de escadas estreitas e rangentes. O grafite nas paredes havia mudado, mas a tinta descascada era do mesmo tom de bege deprimente.

Ela chegou à porta 4B. Hesitou, a mão pairando sobre a aldraba de latão manchada.

Lá dentro, ouviu uma tosse. Um som seco e chocalhante.

O coração de Alvor apertou. Vovô.

Em sua vida anterior, Cume havia morrido seis meses depois que ela se casou com Escudo. Ele morrera sozinho porque Escudo a proibira de visitar "aquele bairro perigoso" durante uma semana de fusão importante. Ela havia obedecido. Ela havia enviado flores.

Ela destrancou a porta com a chave reserva que mantinha escondida sob o molde solto do batente da porta. Ainda estava lá.

A porta se abriu.

O apartamento era pequeno, abarrotado de livros e jornais velhos. Sentado em uma poltrona de veludo gasta perto da janela estava Cume. Ele parecia mais velho do que ela lembrava, a estrutura frágil, envolto em um cardigã de tricô.

Ele olhou para cima, os óculos escorregando pelo nariz. - Alvor?

A voz dele era fraca, mas seus olhos se iluminaram.

- Vovô - engasgou Alvor.

Ela largou a mala e correu para ele, caindo de joelhos ao lado de sua cadeira. Enterrou o rosto no colo dele, inalando o cheiro de chá de hortelã e tabaco velho.

Cume acariciou o cabelo dela com a mão trêmula. - Criança, o que há de errado? Por que você está aqui tão cedo? É... é ele?

Alvor levantou a cabeça. Enxugou os olhos.

- Eu o deixei, Vovô. Assinei os papéis. Acabou.

Cume não pareceu triste. Não perguntou sobre o dinheiro ou a cobertura. Ele soltou um longo e trêmulo suspiro de alívio.

- Graças a Deus - sussurrou ele. - Nunca gostei dos olhos dele. Brilhantes demais. Como um tubarão.

Alvor riu através das lágrimas. - É. Como um tubarão.

Ela se levantou e foi para a pequena cozinha. Encheu a chaleira automaticamente. - Preciso ficar aqui um pouco. Só até me reerguer.

- Esta é sua casa, Alvor - disse Cume. - Sempre.

Ela lhe trouxe uma xícara de chá. Ao entregá-la, verificou o pulso dele casualmente. Fraco, mas estável. Ele estava apenas velho e cansado. E com frio.

O apartamento estava congelando.

- O aquecedor quebrou? - perguntou ela.

- O óleo está caro este ano - murmurou Cume, desviando o olhar.

O maxilar de Alvor apertou. Ela olhou ao redor do quarto mal iluminado. Este homem a criara quando seus pais morreram. Ele vendera seu carro para pagar o acampamento de programação dela quando ela tinha doze anos. E ela o deixara congelar enquanto comprava as gravatas de seda de Escudo.

Nunca mais, ela jurou.

- Preciso trabalhar - disse Alvor.

- Tem... tem algum dinheiro - disse Cume. Ele apontou para uma tábua solta perto do radiador. - Meu fundo de enterro. Cerca de cinco mil.

Alvor congelou. - Vovô, não.

- Pegue - insistiu ele. - Você precisa de um começo. Não discuta comigo.

Alvor olhou para ele. Viu o orgulho em seus olhos. Ele queria ajudar.

- Eu vou aceitar - disse ela. - Mas considere um investimento. Eu vou te pagar com juros.

Ela recuperou a caixa de lata. Dentro havia pilhas de notas de vinte dólares amassadas. Cinco mil dólares.

Ela tirou trezentos dólares e colocou na mesa da cozinha.

- Isso é para o óleo - ordenou ela. - Estou ligando para a empresa de entrega agora mesmo. Não discuta.

Cume abriu a boca para protestar, mas o olhar nos olhos dela o impediu.

Alvor pegou o dinheiro restante - quatro mil e setecentos dólares. Não era muito. Para Escudo, era uma conta de jantar. Para ela, era uma semente.

- Vou sair por uma hora - disse ela. - Preciso ir ao banco.

Ela caminhou seis quarteirões até a agência mais próxima com caixa eletrônico para depósito. Depositou o dinheiro em uma conta antiga e inativa que mantivera escondida de Escudo. Assim que o saldo digital atualizou, ela puxou o celular.

Navegou para um aplicativo de plataforma de negociação que acabara de baixar.

Abriu os dados do mercado de ações. As tendências caíam em cascata pela tela.

Ela se lembrava desta semana. Em sua vida passada, ela assistira a esses números das arquibancadas. Ela sabia exatamente qual empresa farmacêutica estava prestes a falhar em seu teste da FDA amanhã de manhã.

Vanguard Pharma.

Ela não apenas apostou na queda da ação. Isso não renderia o suficiente com seu capital limitado. Ela navegou para a cadeia de Opções.

Comprou opções de venda "Put" muito fora do dinheiro, com vencimento amanhã. Estavam baratíssimas porque o mercado esperava que o teste da droga fosse um sucesso. A alavancagem era insana. Se a ação quebrasse como ela sabia que quebraria, essas opções explodiriam em valor em 1000% ou mais.

Ela apertou Executar.

Ordem Preenchida.

Ela caminhou de volta para o apartamento, o coração acelerado não de medo, mas da emoção da caçada.

- O que você fez? - perguntou Cume quando ela voltou, vendo o olhar feroz no rosto dela.

- Estou roubando os ricos, Vovô - disse Alvor, abrindo o laptop para garantir o Wi-Fi do vizinho. - Legalmente.

Amanhã à tarde, aqueles $4.700 não estariam apenas dobrados. Seriam um fundo de guerra.

- Você parece assustadora quando digita - notou Cume, bebendo seu chá.

- Não sou assustadora - disse Alvor. - Estou apenas... focada.

Ela puxou um saco de dormir do armário e o desenrolou no chão.

- Pegue a cama, Alvor - protestou Cume.

- Não. Eu gosto do chão. Me mantém com os pés na terra.

Ela se deitou, encarando o teto rachado.

Escudo provavelmente estava estourando champanhe agora. Cardo provavelmente estava executando uma verificação de antecedentes sobre ela.

Que venham.

Alvor estava online novamente.

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