Jeannie desliga o telefone rindo muito, sua amiga realmente sabia como animá-la. Caminha até o quarto, para tomar um banho e se arrumar.
Nostalgicamente, se lembra quando tinha 6 anos, sua mãe Sylvia, explicou o porquê do seu nome, pois a linda menina loira, era branquinha como uma pérola, tinha cabelos loiros claríssimos platinados, compridos e lisos, lindos olhos levemente puxados verdes cor de jade, nariz arrebitado e pequeno, uma presença impossível de se notar.
A pequena, simplesmente, amava assistir os desenhos e seriados da "Jeannie, é um gênio". E sua mãe, sempre a comparava, elogiando sua Jeannie com a "Jeannie - gênio", dizendo como a menina se parecia com o "gênio, Jeannie" dos desenhos, brincava como o narizinho era igual: arrebitado, orgulhoso, imponente e delicado, sempre tocando o nariz da menina delicadamente com a ponta dos dedos, quando a menina estava irritada ou queria alguma coisa e movimentava o narizinho. A pequena sempre tinha ideias precoces para sua idade e conseguia tudo o que queria.
Ela vai até o guarda-roupa e procura entre os vários vestidos e roupas, escondida, a fantasia da "Jeannie - gênio". Havia comprado no carnaval desde ano, mas ainda não tinha usado. E começou a rir sozinha, se imaginando vestida na fantasia.
"O friozinho na barriga, volta..." – choraminga, Jeannie. O celular toca de novo.
- Alô, Pam. Diz aí, bonita.
- Jeannie! Mudança de planos. A Mara, acabou de receber um telefonema de um amigo do trabalho, e vamos a uma festa a fantasia da empresa numa mansão de campo. Tem fantasia, né? Se não, põe uma camisola linda, melhor impossível!
- Bonita isso é curioso, estou sentindo aquele friozinho na barriga aterrorizante e persistente de novo. Essa droga de friozinho sempre me diz que algo vai acontecer. Tenho até medo de ir a essa festa, e para piorar eu estava agorinha olhando a uma fantasia que tenho e não usei ainda. Putz, muito bizarro isso.
- Credo Jeannie, climão. Hein? Tenho certeza, dessa vez "o seu friozinho na barriga, vai trazer boas notícias!"- tenta animar, Pam.
- Tá bom, então. Vou me arrumar.
- Show! Daqui uma hora passamos aí com ele. Beijos, gata!
- Beijos, Pam.
"Ahhhh!" - pensa, Jeannie -"Coincidência sinistra? o Maldito friozinho na barriga, insistindo?"
Mentalmente cansada de tanto estar sentimental e pensar demais, desiste de lutar contra as emoções, se aflorando nela naquela noite.
Corre para o chuveiro, toma uma ducha rápida e escova os dentes. Sai e se olha no espelho, perfeito! Sem nenhuma barriguinha naquele dia, a fantasia ficaria perfeita em seu corpo.
Escova os longos cabelos lisos loiros, e faz um rabo de cavalo bem alto, igual da "Jeannie - gênio". Veste uma calcinha pequena e delicada de renda rosa, para combinar com a fantasia, claro! "Vai saber, né?" - conclui. Coloca o top rosa da fantasia, ficando com os seios bem sensuais naquele top, estando coberto e mais volumosos, muito convidativos para serem apreciados. Em seguida, o casaquinho por cima vermelho, deixando a parte da frente dos seios expostos com o top, cobrindo os ombros e a parte de cima das costas, abotoa o casaquinho abaixo dos seios, e fica tudo apertadinho. Muito sexy.
Depois coloca a calça de seda rosa folgadinha com um bolso na lateral esquerda, elástico e fitas vermelhas nos tornozelos, cintura bem baixa, salientando suas belas curvas e sua cinturinha fininha. Passa o cinto vermelho da fantasia, apertando mais ainda, logo abaixo do umbigo. E mais uma vez agradece, pelo treino exaustivo na academia, e seus exercícios patinando no parque, uma verdadeira paixão os patins. Sem falar na regra básica, maneirar tudo o que come.
Se volta para o espelho do banheiro, finalizando a vestimenta com o véu rosa claro em volta rosto, prendendo no chapeuzinho da "Jeannie - gênio". Com certeza o chapeuzinho tem outro nome, mas não se lembra, fala consigo mesma achando graça de sua total ignorância quanto ao nome do chapeuzinho.
Por fim, uma leve maquiagem em tons rosa e prata, alonga os cílios, capricha na sombra rosa prateada, aplica o delineador ao redor dos olhos, fazendo o puxadinho dos olhos de leve, passa um gloss rosinha, deixando seus lábios carnudos ainda mais provocantes.
E lógico para finalizar, o perfume marcante que nenhuma mulher não pode deixar de ter e usar, pois cada pessoa tem um cheiro e textura de pele, uma maneira de transpirar; assim um perfume mal escolhido ou exagerado, acaba com qualquer um... deixando vulgar uma bela mulher. Um perfume perfeito, é aquele que se usa diariamente, sendo fixado na pele como se pertencesse a sua própria essência, como o cheiro de sua pele.
Para Jeannie, o cheiro e a textura de pele, e um perfume perfeito, era quase uma combinação mágica com o poder de deixar seus sentidos à flor da pele. Isso é muito interessante, não? Seu perfume perfeito, e não um simples perfume, e sim um Eau de Toilette com fragância de Chipre, fazia com que sentisse simplesmente maravilhosa.
Calça a sapatilha prata, e vai para o espelho vertical de corpo inteiro. Quando se olha, fica admirada em como está igualzinha a "Jeannie - gênio" mesmo.
- Uau!
Pega uma bolsinha prata, coloca o celular, cartão de crédito, o gloss, documento, e um lencinho umedecido.
Segue para a sala, tendo a certeza, de que algo nessa festa, seria desagradavelmente bom e ruim. Pois, o maldito friozinho na barriga estava ali, reivindicando sua presença, fazendo seus sentidos ficarem aguçados para o ambiente e tudo ao seu redor, sempre havia mudanças e perigo neste dia, quando o friozinho na barriga aparecia.
O interfone toca, é Pam esperando na portaria. Ela respira fundo, e tenta deixar toda essa bobagem de sentimentos e sentidos, sem falar do impertinente friozinho na barriga, na "gaveta da mesa". Bom, a conversa sobre a amiga "gaveta da mesa" fica para mais tarde.
Ao sair do prédio, se depara com a Mara descendo do banco da frente de uma Range Rover toda preta. Pam, coloca a cabeça para fora do vidro do passageiro atrás no carro e abre a porta, e grita:
- Ah.... Jeannieeee! Maravilhosa! Vai fazer uma mágica para gente hoje? (risos)
- Oi, geninha, linda. Entra, aqui atrás. – Mara, abre a porta de trás do carro, dando beijos nas bochechas de Jeannie.
Pam, cumprimenta a amiga assim que ela entra no carro.
- Olá, gênio. - a cumprimenta, uma voz bonita vindo do motorista, um homem alto e forte, devia ter uns trinta anos, cabelos cor de mel e encaracolados, olhos pretos expressivos. Vestindo uma bela fantasia de Pirata, ficando muito gato.
- Jeannie, esse é meu amigo Paulo. Na verdade, ele é um dos chefões. (risos) - apresenta, Mara.
- Olá, tudo bem com você? - devolve o cumprimento, Jeannie.
- Jóia, gata. Vamos nessa! Tenho certeza, hoje vai ser interessante. Irei te apresentar um amigo meu! Espere vou ligar para ele, você diz que é o "gênio - Jeannie", tudo bem? - questiona, Paulo animadamente.
Todas as amigas, dão muitas risadas.
Hum... como sempre, criativa e com sua imaginação fértil, Jeannie pensa com seus botões interiores - "Isso está ficando intrigante".
E, sem aviso algum... o friozinho na barriga volta... maldito e indecente – Ahhh... suspira, Jeannie.
A Mara, estava vestida de "Mulher Gato", ficando muito linda em sua pele morena e corpinho de violão.
Já Pam, estava fantasiada de "Vampira do Ex-Man", ficando simplesmente maravilhosa. Seus cabelos ruivos encaracolados e pele branquinha, tudo numa sintonia perfeita.
Jeannie, pergunta: - Meninas, cadê a Beth?
Mara, responde: - Ela disse estar acompanhando uma investigação policial hoje. Não poderá vir.
"Ah que pena!" – pensa, Jeannie.
Paulo, liga o Bluetooth do carro, para todos ouvirem a conversa, e disca para seu amigo.
- Liam, advinha o que acabou de acontecer?
(risos graves) - Oi Pac Man, trabalhei muito hoje e estou sem muita imaginação. Hum, mas te conhecendo... encontrou a Mulher Maravilha? Estou estacionando na festa, pegou suas amigas? – diz a voz rouca e sedutora de Liam do outro lado da linha.
Aquela voz rouca faz o friozinho na barriga de Jeannie enlouquecer, gelando até os ossos ... os pêlos da nuca e dos braços se arrepiam. Sente-se zonza, surpresa, com medo, imaginando e desejando ouvir aquela voz em seus ouvidos, uma onda de calor a invade. Jeannie, se contorce no banco traseiro do carro, aperta os dedos na borda do banco, respira, respira, tentando acalmar aquela onda de incandecente dominadora, veemente.
- Bom Liam, vou dizer que acabei de encontrar um gênio e faz mágicas, "só para o Seu... Amo". (risos) - Diz olá para o Liam, Jeannie! - provoca Paulo.
Jeannie limpa a garganta, a voz se recusa a sair da boca as palavras ficam presas na garganta. Pensamentos passam pela sua cabeça, então, "por que estou desconfortável com isso?", "é só uma brincadeira, não é nada", "quem é ele?", " Liam" e "por que me importo?".
Pam, dá uma cotovelada para a amiga acordar do seu momento mudo.
- Olá, minha "Je-an-ni-e... – diz a voz rouca e sexy do outro lado, demorando a dizer cada sílaba do seu nome, pronunciando-o lentamente. E, continua: - Sou eu, o "Seu Amo"! - diz, Liam.
"Puta merda! Estou ferrada." - ela tem certeza.
Nesse momento, percebe, seu friozinho na barriga já está abaixo de zero graus, dando voltas e voltas em seu ventre, avisando, alertando, zombando... "Para!" - tenta clarear os pensamentos, suprimir emoções conflitantes e respira fundo. Tem certeza de estar sendo ridícula, nem conhecia o tal "Liam!" Limpa a garganta mais uma vez, e diz entrando na brincadeira para lá de esquisita:
- Olá, "Amo!" Bem aqui! Chegando... Poderei realizar seus desejos... se, for merecedor.
- Não falei cara, encontrei o que procurava! - fala Paulo, rindo muito.
- Aahh! Estou te esperando minha, Jeannie. Merecedor eu sou, sempre, terei apenas o seu melhor, tenha certeza disso... Verás e sentirás, anjo. Vai pedir por mais, sempre... - fala Liam, provocadoramente.
- (risos) Ah, pedir, jamais! Então, até Amo! - se despede Jeannie. Incapaz de continuar aquela conversa com aquele desconhecido e provocador, capaz de fazer com que derreta, gemendo, só com as aquelas palavras sem rosto. "Simplesmente perdida." - se compadece, resignada.
Paulo e Liam se despedem, em seguida desligam o telefone.
- Gata, ele vai ter um troço! - diz Paulo, entre gargalhadas.
Naquele momento, ela percebe, estar vulnerável e entregue ao desconhecido Liam, faria tudo o que ele pedisse. "Como? Ela? A mulher gelo, nunca se entregava." - censura a si mesma. - Sentimentos tão intensos por apenas uma conversa com um desconhecido. Mesmo sem conhecer aquele homem, soube no fundo de suas entranhas, ele era diferente dos homens que conhecia ou iria conhecer, mais intenso e mais tudo.
- Dia estranho, Pam... – Jeannie, fala com os olhos vidrados no nada.
- Credo! Está parecendo a "Chica louca" que me aterrorizava quando eu era criança, com aquele cabelo sujo e emaranhado, com a saiona rodada, distribuindo balas para as crianças, e depois ia para a esquina e se masturbava na frente de todo mundo. Acorda!!!! – grita, Pam.
- Sério, essa história da "Chica louca"? – pergunta, Paulo curioso.
- Pode ter certeza, era horrível. Os garotos ficavam rindo e tirando sarro da coitada, eu ficava é com dó e nojo das balas dela, isso sim. Por anos, fiquei traumatizada com o "ato da masturbação". – explica Pam, consternada.
- Pelo amor! Não sou a "Chica louca"! – protesta, Jeannie, fazendo beicinho.
(risos) – Figuras! Então brindemos a "Chica louca"! – Paulo, para o carro, abrindo uma garrafa de champanhe no balde dentro apoio do carro, oferecendo uma taça para todas. E, eles brindam em homenagem a "Chica louca", então.
Mas, Jeannie mesmo depois de tantas risadas, não consegue tirar aquela voz intensa reverberando em cada fibra, sentindo o seu timbre penetrando em sua pele. Aquela voz, fazia uma caricia em cada pedaço de seu corpo. Era um sentimento único e estava toda arrepiada.
Depois de meia hora, chegam à entrada de uma imensa propriedade, cercada por muros altos e coberto por espessas camadas de plantas rasteiras. Os seguranças conferem os nomes na Lista de Convidados, abrindo o enorme portão de ferro branco, adornado de plantas e flores, com o brasão de alguma família de magnatas no centro de cada lado portão, destacando-se dentro do brasão em forma de dragão a letra "S".
O lugar parecia ter saído de algum sonho, típico de contos de fadas, começando pelo portão, aquela letra "S" imponente, dentro do dragão dourado. O caminho todo iluminado por tochas acesas os guia a entrada da mansão em estilo vitoriano. Contornando-a, o lindo e imenso jardim com flores coloridas e árvores floridas.
Acrescentando o charme ao lugar, o chafariz em formato de dragão, jorrava água com iluminação, mesclando o vermelho e o amarelo. Dentro do salão da mansão, viam-se luzes piscando, com uma música alta invadindo o local. Muitas pessoas chegando, vestidas elegantemente com fantasias diferentes. Carros luxuosos, estavam em uma fila para adentrar.
Paulo estaciona a Range Rover, e oferece a chave ao manobrista. Todos descem do carro, e seguem animadamente para entrada da festa.
Logo na entrada, alguns artistas fazem uma performance hipnótica, sendo impossível não parar e apreciar. Bailarinas com rostos pintados como bonecas, cabelos em cachos, vestindo espartilhos brancos, numa dança sensual de corpos entrelaçados com os bailarinos, apenas de calças brancas largas, mostrando todo seu dorso musculoso, brilhante e com os rostos pintados de branco. Dançarinos sem rosto, numa dança onde dois corpos eram um só.
Pamela e Jeannie, ficam impressionadas e apreciam a dança dos bailarinos sem rosto, não conseguindo parar de apreciar o espetáculo. Desviam a atenção, para Mara e Paulo, ambos estão parados de braços dados e encantados com a dança, também. As amigas falam discretamente, perceberam que rolava um clima entre Mara e Paulo e riem baixinho.
Entram num enorme salão, com luzes coloridas no ambiente, deixando uma penumbra no lugar, eletrizante. Luminárias envelhecidas elegantes, estavam espalhadas por todo o ambiente. Variados quadros nas paredes, e mais diferentes formas e tamanhos de espelhos. Algumas poltronas e sofás com estilos variados, espalhados pelos cantos. Diversas mesas com frutas e comidas de todo o tipo aos cantos. Garçons com perucas do século XVII e uniformes da mesma época, servindo bebidas. A festa está cheia, simplesmente tudo maravilhoso.
E, para completar o pacote todo de festas dos sonhos, o DJ estava tocando "Elastic Heart", deixando o ambiente muito sensual.
As duas seguem os amigos Paulo e Mara, já de mãos dadas. Ambas, trocam um olhar de cumplicidade e dão risadas mais uma vez.
Paulo as guia para um canto reservado, onde um Segurança abre a corda aveludada vermelha para eles entrarem. Na área reservada tudo era de tirar o fôlego, algumas mesas de madeira rústica envelhecida, com várias pessoas maravilhosamente fantasiadas. E, claro os garçons com as perucas brancas.
Ele cumprimenta algumas pessoas e vão para a mesa de seus amigos. Então, apresenta um casal fantasiados de "Pedrita e Bambam", Jeannie não consegue entender os nomes direito por causa do som alto. E, também três amigos gatíssimos de Paulo.
Sendo Arthur, moreno claro com os cabelos encaracolados, muito musculoso por práticas esportivas, fantasiado de "Rei Arthur". Seti, tem a pele clara e descendência asiática, com cabelos pretos lisos e partidos ao meio, olhos puxados, queixo quadrado, corpo esbelto e sorriso encantador, fantasiado de "Samurai". Jânio, loiro de olhos azuis claro, nariz fino, corpo robusto e forte, cabelos estilo militar, lábios finos, fantasiado de "Homem Aranha". Todos se cumprimentam. E, Seti serve champanhe às meninas. Todos erguem as taças e brindam.
Jeannie nota que Arthur, o moreno de olhos caramelos, ombros largos e absurdamente lindo. Aquele era mesmo digno de ser um Rei. Ele olha para ela de maneira demorada. Pega sua mão e beija gentilmente, fazendo-a corar e suspirar.
- Ah, amigo nem se empolga, essa já tem dono! - diz Paulo, dando de ombros para o amigo.
- Bem, me desculpe. Mas, uma mulher linda desse jeito, e ainda é geninha, não deveria andar sozinha por aí. Esse dono não a merece! - diz Arthur com um sorriso maroto nos lábios, sem tirar os olhos caramelos dos olhos de Jeannie.
Mesmo depois de tal comentário machista ou galanteador, ela não consegue precisar, Arthur não tira os olhos de Jeannie, nem por nenhum momento, devorando cada centímetro de seu corpo. Aquele homem era um pedaço de mal caminho. Seus olhos intensos caramelos ficavam dourados com a luz bruxuleante da festa; mas, tinha um sentimento de alerta dentro dela piscando quando olhava para ele. O friozinho na barriga, surge com um sussurro pela primeira vez: "se afaste".
"Coisa mais macabra e sem sentido, ele apenas é um homem extremante atraente!" – pensa, Jeannie.
Pam a puxa para perto a fins de se aproximarem de Paulo. E, começam a conversar sussurrando no ouvido para a conversa ficar só entre elas.
- Bonita, estou preocupada com você, está realmente parecendo a "Chica louca". Olhe este lugar, se divirta! Tira essa cara de assustada e de enterro, por favor. – começa, Pam.
- Hum, certo. Apenas o dia está estranho ou eu estou ficando louca mesmo. – responde, Jeannie.
Pam, traz Jeannie para mais para perto de Paulo, para falarem com ele, e comenta com Jeannie: - Vamos perguntar do amigo do Paulo para ele. E, hum, percebeu o "Homem Aranha" ali... homem sério, loucura, adoro os quietinhos, eu certamente, gostaria de ser fisgada nas teias dele. (risos)
Seguindo o conselho da amiga, ela resolve perguntar pelo estranho Liam, já que ele não sai da sua cabeça, aliás. E, só de pensar em perguntar, lá este ele de novo, o friozinho na barriga volta, sussurrando: "salvação".
"Hum, suspirando de novo..." – pensa balançando a cabeça Jeannie. "Vamos lá, então".
- Paulo, seu amigo Liam está por aqui? Fiquei bastante curiosa sobre ele". – questiona, Jeannie sorrindo.
- Gata ele já, já, estará aqui! Mandei uma mensagem avisando que chegamos. Ele deve estar vendo alguma coisa da festa, pois está humilde casinha é da família dele, tanto a Empresa onde trabalhamos! Mas, não se preocupe, ele é um cara muito legal! (risos)
- Certo. – responde, Jeannie. Tentando imaginar aquele homem, tinha uma mansão dessas e um império, deveria ter uma mulher modelo top o dia que quisesse, sentindo-se ridícula por deixar se levar daquela maneira pela conversa no telefone.
Pam chama a amiga para darem uma volta pela festa, não antes, sair sem dar uma piscadela para o charmoso ao Homem Aranha. Quem sabe ele não a fisgaria? As duas pegam suas bebidas na mesa, gesticulando com as mãos e cabeça, indicando irem dançar.
Quando Jeannie, já tinha dado alguns passos, sente mãos fortes e quentes segurando seu braço, e uma voz em seu ouvido.
- Não demore muito, se não vou te buscar, e não me importo com o que o Paulo disse, quero você perto de mim. Não vai se arrepender, Jeannie. - diz Arthur sussurrando, com um cheiro de colônia pós-barba e um perfume cítrico, envolvendo seu olfato. "Bom" – sente, Jeannie. Mas, não se dá o trabalho de virar e encarar Arthur, com certeza ia ser complicado se o fizesse. Então, delicadamente tira o braço da mão que a segura com firmeza, seguindo em frente com Pam.
Já no salão, Pam:- Amiga, o Arthur é um gatooooo! Está caidinho por você! Não se faça de difícil desta vez e vê se desencalha logo. Homens como ele, não passam toda hora em nossa vida.
(risos) - Percebi, bonita! Mas, aquela história de que já tenho dono me perturbou, parece cachorro fazendo xixi e demarcando território em volta da fêmea. Na verdade, ao mesmo tempo o Arthur me fascina, ele me assusta - fala, Jeannie.
Começam a se embalar na música, dançando, e se divertindo muito. Depois de algumas músicas dançando, percebe Jânio, chegando perto de Pam, arrebatando sua cintura, iniciando uma dança coladinho com ela. Sem dúvida alguma, Pam sorri de volta e acompanha Jânio. Fato realmente inusitado para Jânio, pois ele não é de tomar iniciativas, mas se sentiu tão atraído pela ruivinha e não se conteve.
Sentindo estar sobrando e segurando vela, Jeannie fala à amiga que vai dar uma volta, e encontra os dois mais tarde na mesa. Enquanto se afasta, observa Jânio, ele é gatíssimo mesmo, com cabelos seus cabelos claros e curtos, porte físico de nadador, também alto e muito forte. "Eles tomam fermento, todos?" - conclui de bom humor.
Anda sem rumo pelo salão, observando o ambiente e as pessoas fantasiadas dançando, um lugar lindo, parecendo um sonho. Se sentindo leve, depois da quinta taça de champanhe, resolve dançar sozinha. Não percebe, estava sendo observada por um homem não muito longe de onde estava, o olhar dele fixado nela, cuidando para ninguém se aproximar da beldade que não sai de seus pensamentos. O homem tentou se controlar, gostaria de apreciar um pouco mais a visão ludibriante da loirinha, mas não consegue.
Começa a tocar "Gold" e não resistindo, dança, se entrega, movimentando-se devagarzinho ao ritmo da balada sensual, deslizando o corpo lentamente, passando seus braços de forma lenta e sutil por seu corpo.
De repente e surpreendentemente, ela sente mãos quentes e fortes envolvendo sua cintura, um corpo másculo e grande colando ao seu, envolvendo-a por trás, dançando no mesmo ritmo; mãos grandes e famintas passam pela lateral do seu corpo, sentindo aquele homem estranho atrás dela com sua presença arrebatadora e poderosa,
Os lábios roçam sua orelha, ele cheira seu pescoço. Traçando uma trilha de arrepios. Ela então, se dá conta do calor acumulando entre suas pernas, deixando-a toda úmida. Não consegue se afastar, algo a prende àquele estranho. Não tem coragem de virar e olhar para ele, nem mesmo sair de seus braços.
Sente o friozinho na barriga de volta atormentando, sussurrando: "Oh! Esqueça: "se renda". Pensa em fugir mais de uma vez do homem estranho. Nunca antes, se deixou envolver tão completamente e irresistivelmente.
Pensamentos de resistência e certa lucidez, a invadem: "Não se entregue", "vá embora", "fique". Mas, Jeannie é incapaz de resistir, um sentimento quente e profundo se apoderou dela. "Segurança e lar", pensou. Apenas queria sentir aquele corpo colado ao seu, deseja aquele calor, "apenas se renda".
Começa a tocar "Ooh La La La", e a dança sensual dos dois se intensifica, não importando quem estava ao lado, somente àquela presença dele em seu corpo e minando seu controle; aquele homem estranho, cada vez mais, exigindo pedaço por pedaço de seu corpo. Ele sempre prendeu-a junto a ele firmemente, como numa ligação incapaz de dissolver. Dançando colados, como se fossem apenas um e estivessem desenhando cada batida da música.
Ela sente, deseja, implora por mais do calor inebriante que emana, dele; sua presença é compacta, grande, acolhedora, aquecedora e protetora, sendo ao mesmo tempo intimidadora. Mas, ela está entregue, fechando os olhos como se quisesse se afogar naquele momento, congelar e nunca acordar. Seu cheiro amadeirado, amortece seus sentidos, seu corpo duro e ao mesmo confortador a envolve.
Não há como negar a energia percorrendo entre os dois, como uma eletricidade passando, um fio invisível e resistente puxando-a para dentro dele, deseja ser tragada e tomada por ele, como num vendaval enfurecido com um ciclone no meio, sugando tudo para dentro. Não consegue resistir, só quer se entregar àquele homem estranho irresistível. Sem ao menos conhecer seu rosto e identidade. O que torna tudo mais atraente ainda.
A música passa para "Ready Or Not". "Estou completamente perdida agora!" - ela pensa.
"Dito e feito", como a "Teoria da atração, onde tudo o que deseja se torne realidade", esse é o momento de ter seus sonhos estando totalmente acordada e desperta. Aquele momento de fantasia, imaginando algo que não se encontra ali, quando estamos em qualquer lugar de corpo presente, sendo que nossas brilhantes mentes e pensamentos inspiradores ou vezes até insanos, sem qualquer aviso, apenas nos leva para longe do corpo, para dentro do nosso desejo mais secreto ou o pior pesadelo.
E, aquele homem irresistível, simplesmente faz, o que nunca se passaria pelos pensamentos dela ou seus desejos mais secretos. Ele passa uma leve faixa de seda em seus olhos, amarrando-a na parte de trás da cabeça, delicadamente, privando-a da visão, e tudo isso sempre dançando grudado a ela, passando aquelas mãos firmes e quentes em cada curva de seu corpo.
Jeannie, fica em pânico num primeiro momento, por ser privada de sua visão e se questiona, na tentativa heroica de preservar seu pudor, deliberando em como poderia estar confortável com ele a tocando, se até o presente momento conseguiu suportar e gostar de poucos toques masculinos em seu corpo. Ela não gostava de ser tocada a todo momento. Como isso estava acontecendo? Fica com medo e quer escapar, o sinal de perigo soa insistentemente em sua mente.
Ela precisa reagir, nunca fora subjugada assim. Mas, seu corpo não obedece ao comando do cérebro, apenas segue aquele calor entre suas pernas, a ponto de suprimir seu lado racional, consumindo todo o seu ser, fazendo o couro cabeludo formigar. Tem prazer, medo, excitação, e o perigo delicioso inundando seu corpo! E, o friozinho na barriga de volta atormentando, sussurrando: "Oh! ... apenas se renda".
Contorce o corpo, inquieta, arqueia as costas, aquele calor opressor; porém, ele não admite, apenas exige, imobiliza-a junto dele. A respiração dela acelera, o corpo ficando mais tenso, cerra os dentes, o desejo a cega e suas pernas não respondem.
Ele não dá trégua! Começando a mordiscar lentamente, chupar, passar a língua quente e molhada pelo lóbulo da orelha dela, pelo pescoço e a extensão da clavícula de Jeanne. Ele quer mais, exige sempre mais dela, como se ele quisesse lhe tirar o último suspiro de energia.
"Quem ele pensa que é?" – outro lampejo de sanidade, apenas passa e dá um alô para Jeannie. "Mas, hum, eu preciso, não posso me afastar Dele!" – protesta seu corpo.
O corpo forte, dele a cobrindo por inteiro, com seu cheiro de homem misturado ao seu perfume amadeirado, enquanto seu membro rijo pressiona suas costas, o nariz dele roçando seu pescoço, causando tremores generalizados, como se Ele estivesse saboreando o cheiro dela... Não resistindo, ela se entrega aquele momento mais uma vez.
Ele segura sua cintura, virando-a delicadamente, como se segurasse o bem mais valioso do mundo. Ela precisa vê-lo, seus olhos estão vendados, tenta libertar seus braços da mão de aço que a restringe, para tirar a venda, mas ele os segura com apenas uma das mãos, enquanto com a outra continua a segurando firme contra o seu corpo. Ela sente a respiração quente e o cheiro de hortelã em seu pescoço e rosto, as mãos abraçando, deslizando por seu tronco, braços e cintura. "Causando arrepios". Por mais de uma vez, tenta levar as mãos até o rosto dele, apenas querendo tocar o macio da pele dele; mas, ele não deixa, apenas com uma mão segura as mãos dela atrás da sua cintura acima de suas nádegas. Ela está presa.
Jeannie não conseguisse tocá-lo ou vê-lo, apenas sentir o corpo dele e seu cheiro único amadeirado com hortelã, irresistível. Ele a puxa, mais para perto, e ela sente aquele membro rijo em sua barriga, fazendo o friozinho na barriga dela se misturar com o calor que emana da presença dele. E, o friozinho na barriga sussurrando: "Oh! Apenas se renda".
"Estou pronta, beije-me, me tome!" – deseja desesperadamente, Jeannie.
E, para melhorar o sonho carregado de realidade de Jeannie, começa a tocar "I Hate Everything About You".
Com a mão livre, ele segura seu queixo, sente a respiração dele em cima de seus lábios, ele morde a parte de inferior dos lábios dela, em seguida invade sua boca furiosamente com um beijo, passando sua língua molhada em cada parte interna de sua boca. Ela devolve o beijo, com desejo e ardor.
Claro, o beijo... o beijooooo... beijo selvagem... beijo infinito... Em palavras, seria impossível descrever aquele beijo. Nunca havia experimentado um beijo tão completo e intenso como aquele, nunca havia se sentido tão desejada como naquele beijo ou se perdeu daquela forma num beijo, e principalmente nunca desejara alguém assim. Como se naquele beijo tudo fosse e seria. O beijos em rosto e sem amarras de amanhã.
Abandonando sua boca, ele segue com beijos ternos e delicados em seu rosto, chegando ao seu ouvido, diz com palavras sussurradas e cheias de promessas: - Peça mais.
De repente, como se estivesse sonhando acordada novamente, tudo acaba. Sente o vazio, solidão, frio e vulnerabilidade, por não ter mais aquele corpo colado ao seu. Não sente mais a língua deliciosa e molhada dentro de sua boca, não sente mais aquele beijo com gosto de perigo e hortelã... está sozinha.
"Que isso? O que está acontecendo? Quero! Ele de volta! Isso foi real? Preciso Dele!" – exige o corpo e agora a mente viciada de Jeannie.
Apenas consegue ficar um tempo ali parada, os pés atados ao chão, quieta, esperando o seu retorno, pensando ser tudo uma ilusão de seus anseios mais profundos, alguém que o seu toque não lhe seja assustador. Ele não volta. Mas, ela sente a presença dele, longe, está sendo observada por ele. Mas, ele não vem até ela. Ele não vem. E, Jeannie sente como se o calor acolhedor a tivesse abandonado. Quer chorar, espernear, gritar, não entende o porquê aquilo a afetava tanto.
Depois de passar o choque, de se convencer que não fora tudo um sonho, e aquele homem estranho irresistível era real, tenta se acalmar, engole as lagrimas presas, respira fundo. Tira a leve faixa de seda que envolve seus olhos, e abre os olhos. Olha em todas as direções, e não vê ninguém podendo ser ele, apenas alguns casais ao redor dançando, pessoas fantasiadas conversando e bebendo.
"Preciso sair daqui!" - a urgência a toma.
Mas, nota algo no bolso esquerdo na lateral da calça, esquecido, um pequeno volume apenas. Ao colocar a mão no bolso, pega o pequeno e delicado saquinho de veludo vermelho. Ficando surpresa: "O que é isso? Como ele colocou isso aqui? Foi ele com certeza, não tinha nada nesse bolso!"
Descola os pés grudados ao chão, e segue para o banheiro, segurando com as duas mãos o pequeno saquinho de veludo vermelho com as duas mãos junto ao seu ponto, tem medo de perdê-lo. Chegando ao banheiro iluminado, olha para o saquinho, tem medo de abrir, mas ora: "Com certeza, nada seria tão perigoso num saquinho deste tamanho?". Abre.
Olha espantada sem entender, apenas deslumbrada, surpresa, sem acreditar. Segura em sua mão, uma pequena medalha de ouro elegante, para ser colocada em pulseira ou um colar, com um lindo desenho de um dragão com olhos de rubi.
"Uauhhhhhh, o que é isso?!"
Realmente, não consegue processar ou entender o que aconteceu há alguns minutos, e muito menos o lindo medalhão. Guarda-o de volta no saquinho de veludo vermelho e com medo de perdê-lo, o esconde entre os seios. Lugar mais seguro não há.
Se olha no espelho, e vê uma mulher transtornada. Joga uma água no rosto, dando uns tapinhas leves nas bochechas, e pensa: "Acorda!" Interrompendo os pensamentos, retoca a maquiagem e sai. Resolve voltar aos amigos na mesa.
"Tá tudo certo, esquece isso Jeannie, foi o momento mais intenso e sensual da sua vida, faria qualquer coisa que ele quisesse." "Mas, querida acorda!" "Ele deve ser algum tarado doido e gosta de fazer joguinhos com mulheres e sumir depois, agora mesmo já está fazendo isso com outra." E, esse medalhão? Ele não pode ser maluco de pedra e dar uma joia assim, no mínimo uma bijuteria, para de ser tonta, ok? Xiiiii" – finaliza, Jeannie.
Passando pelo Segurança do reservado, aproximando-se da mesa, ela tem mãos grandes e quentes a envolvendo e puxando sua cintura.
- Onde esteve geninha, Linda? Estava preocupado, te procurei. - fala, Arthur em seu ouvido.
"Poxa, desculpe, não consigo conversar agora! Só me deixa quieta, preciso respirar!" - pensa Jeannie. E, não responde, só se desvencilha delicadamente do braço de Arthur, e sai.
Na mesa, Pam abraçadinha com o Jânio, fala:
- Jeannie, onde estava doida? Esta meio pálida, Amiga. Tudo bem?
- Bonita, sei lá! Devo ter sonhado acordada, não estou me sentindo em mim mesma!
(risos) - Quero detalhes queridinha, mas depois. Sabe quem ou que aconteceu? Esta festa é de ludibriar nossa razão. Mas, disfarça, caia na real, ele não para de te olhar, está te observando com tanta concentração que nem sei como você não foi consumida. Isso é algo, não se pode ignorar.
- Ah, claro. Arthur! – bufa, Jeannie.
- Não querida, o Liam!!!! - diz Pam, sorrindo.
O friozinho na barriga retorna, sem trégua, torturando, fazendo-a suar frio, cerra as mãos ao lado do corpo, morde os lábios; o friozinho sussurrando: "Oh!... apenas se renda".
Ao fundo, a música "True romance" ... "Hum, olha essa música agora... coincidência?". Jeannie, levanta a cabeça e olha para frente.
Abrindo bem seus olhos, vê ao lado do Paulo, ele, com seus incríveis olhos azuis violetas olhando para ela, e não consegue desviar o olhar. Uma tensão quase palpável no ar carrega em torno, cada partícula do ar exaurindo de seus pulmões, aquele fio invisível a puxando para ele.
Paulo chega bem próximo, com o amigo.
E, lá estava ele, o homem mais lindo que ela já imaginou ou já viu um dia, o "Homem"... sim, Homem com "H" como diz seu padrinho. Pisca, pisca, pisca os olhos de novo e não consegue acreditar.
Bom, como descrevê-lo... Ele tem cabelos pretos caídos lisos até a orelha, sendo revoltos e despenteados, pendendo para os lados e perfeitamente caindo numa onda para trás, sendo natural e despretensioso, os olhos azuis surreais, como os olhos da atriz "Elizabeth Taylor", são lindos! Pele perolada e perfeita, nariz imponente, "nariz mandão", boca carnuda e grande, maçãs do rosto salientes, queixo quadrado com covinhas.
"Céus, estou vendo um anjo ou um belo demônio!" - pensa, Jeannie, totalmente perdida e enfeitiçada por ele, aqueles olhos azuis sorrindo para ela. E, ainda, a fantasia dele era simples, apenas um terno cinza e elegante, com uma gravata azul.
- Jeannie feiticeira, esse é o Liam. - apresenta Paulo, abrindo um sorriso.
Com os olhos azuis violetas penetrando os dela sem desviar nunca, ele diz:
- Anjo, sou "Seu Amo". - diz Liam. Chegando perto dela, olhos nos olhos, e aquela fragrância ... aquele cheiro de conhecido amadeirado.
O friozinho na barriga dando voltas, suas pernas amolecem, fazendo todo seu corpo formigar, não conseguia organizar os pensamentos, sussurrando: "Oh!... apenas se renda". Ela está paralisada. A presença de Liam, como um magnetismo, tão forte e imponente, exigindo cada pedaço dela, assim como o homem estranho irresistível. "Estranho, lembrar dele agora". – pensa, fazendo movimentos de negação com a cabeça.
"Poxa, de novo! Quantos homens assim com esse cheiro amadeirado, com essa presença sufocante e envolvente devem existir no mundo?" – delibera com certeza, Jeannie.
Liam, agarra sua mão. Aquele simples toque de mão a faz reviver o momento, e ela sente... Ela sente... Aquela energia dominadora a pouco, uma onda de reconhecimento a atravessa, não consegue pensar, fica colada ao chão mais uma vez, sem reação. Então, ele aproxima-se cada vez mais, envolvendo sua cintura com possessividade, trazendo-a para ele. Ela identifica, conhece aquele corpo, aquelas mãos, o cheiro amadeirado.
Rosto colado com rosto, ele chega próximo ao seu pescoço cheirando cada centímetro, saboreando sua pele. Ele diz, com um tom rouco, acariciando sua pele: - Jeannie, pede por mais Jeannie, Linda! – exige sua voz rouca e sexy, em seu ouvido.
E, só naquela hora ela acredita que o impossível é verdade, se dá conta que o estranho é Liam, e não quer acreditar! Sabe quem ele é, agora. Reconhece o homem estranho irresistível... O homem estranho irresistível é Liam!
Jeannie treme de raiva, se sente usada num joguinho sórdido, humilhada, pois ele viu o mais frágil dela, quando ela se deixou envolver por um estranho sem rosto que não conhecia. Ele quebrou suas primeiras barreiras, ela o desejou intensamente. A atração que sente por ele a esmaga, não pode ceder. Será devastador agora, pois tem um rosto e nome. "Como ele fez aquilo comigo? Por quê?" – pensa, cerrando os dentes, apertando os dedos das mãos.
Se solta do aperto dele, dá um passo para trás, encara o belo rosto de anjo demônio, olha em seus olhos azuis violetas. E, diz: - Não, Liam.
Como um raio, uma tempestade, passa correndo por ele, sai de perto de todos, só quer ir embora dali. Rapidamente se misturando com a multidão de pessoas fantasiadas dançando, fugindo para longe de Liam.