Lian Smith, nascido na Irlanda, tinha 34 anos, veio com a mãe para o Brasil, indo morar na cidade de São Paulo, quando tinha 18 anos de idade. CEO da M.S.&L.S. Investment Company nas Américas, depois seu pai assumiu sua posição de CEO do grupo em Madrid na Espanha. O grupo empresarial envolvido com indústrias alimentícias, exportação e importação de vários produtos, uma cadeia de restaurantes, e o mais rentável de todos os negócios uma empreiteira de construção civil, também investimentos em outras empresas.
Tinha uma família unida e feliz. Sua mãe a Sra. Lana Smith, nascida em São Paulo, estava sempre viajando para poder estar perto dos filhos e de seu esposo. A Sra. Smith, veio à São Paulo para acompanhar o tratamento de saúde de sua mãe no Brasil. Liam resolveu vir junto com a mãe, mesmo com os protestos do pai o Sr. Ryan Smith, preferia seu filho caçula estudasse na Europa ou nos EUA, mas Liam preferiu fazer estudar na terra natal de sua mãe. Desde criança, sempre foi apaixonado pelo clima do Brasil, sua diversidade cultural e de extensão territorial, sempre viu muito potencial para investimento no país. Logo depois de sua formatura, conseguiu com a ajuda de seu pai, abrir uma filial da M.S.&L.S. Investment Company em São Paulo.
Desde a fundação da Empresa no Brasil, contou com a experiência de seu pai e irmão mais velho, bem como seus amigos de faculdade Arthur, Paulo, Jânio e Seti. Tudo se ajustou perfeitamente, pois cada um de seus amigos, assumiram a diretoria de setores estratégicos e a Empresa apenas cresceu desde então.
O irmão mais velho, Kevin Smith tinha 38 anos, morava em Whashigton nos EUA, sendo responsável como o CEO da filial neste país. Kevin, sempre foi de grande inspiração à Liam, como seu irmão mais velho.
Sua irmã mais nova, Brenda Smith de 26 anos, formada em Artes, tinha um espírito livre e era a alegria de toda a família, sempre aprontando maluquices que deixavam todos preocupados.
Liam trabalhava umas doze horas por dia praticamente todos os dias, o chefe nunca descansa. Malhando sempre antes ou após trabalhar, praticante de jiu-jitsu, amava a arte marcial, sempre comparando-a a um jogo de xadrez. Muito ativo, sempre pensando ou fazendo alguma coisa. Gostava de encontrar sempre os amigos, conhecer mulheres bonitas e interessantes. Ele sempre foi muito seletivo com suas parceiras, sendo elas para apenas uma noite ou por alguns dias, além de lindas, deveriam ser inteligentes e ter algo que o fizesse pensar nelas. Mulheres lindas, fúteis e superficiais, apenas aqueciam a cama de Liam por um breve momento.
Ultimamente, conheceu muitas mulheres lindas, claro. Nunca precisou se esforçar muito, onde ele estivesse era sempre assediado por elas. Mesmo desconhecendo que era muito bem-sucedido nos negócios, dono de uma fortuna considerável, herdeiro de um grupo internacional poderoso, sua aparência sempre chamou muito a atenção de todos.
Ele era o tipo de pessoa rara, ao adentrar em um ambiente não era mais um, lindo, com um rosto angelical, presença marcante com certeza, como se tivesse um imã que atraiam as pessoas, corpo escultural, feições compenetradas sempre e sérias, beirando a perfeição. Sua característica mais marcante o seu olhar, aqueles olhos azuis escuros não apenas dominavam, marcavam e exigiam. Além de ser um homem muito esperto e perspicaz, superinteligente, sabendo avaliar uma pessoa só de olhar seus movimentos ou no seu modo de falar; desta forma, sempre conquistava o que queria. Em tudo o que fazia sempre era objetivo e direto, jamais tendo qualquer paciência ou tolerância para coisas que considerava perca de tempo e, menos ainda com causas ou pessoas confusas, por exemplo.
Como sempre tinha tudo e todos a seu dispor, raramente ouvia censuras ou mesmo negativas, considerando às vezes tedioso, mesmo precisando ter o controle de tudo em sua vida. Desejava no fundo, algo ou alguém que mexesse com suas emoções, lhe causasse insegurança não o deixando sempre cheio de si, como uma mulher que soubesse lhe dizer "não". Todavia no final, ele dominasse a situação.
Naquele dia, trabalhou muito e estava exausto, ralou muito no treino de jiu-jitsu pela manhã, ainda para terminar o dia, seria a festa anual da Empresa, na mansão da família em São Paulo, num bairro perto da serra da Cantareira, um lugar paradisíaco onde gostava de ir quando queria pensar e descansar. Festa a fantasia, isso seria interessante.
Depois de ficar na dúvida se compraria uma fantasia ou não, descarta a possibilidade da fantasia. Decide ir fantasiado como ele mesmo, existe um personagem melhor do que ele? "Claro que não, sou único" – pensa Liam sorrindo. Veste um terno cinza Giorgio Armani, com uma camisa branca slim, gravata azul marinho, e abotoaduras douradas com o brasão do dragão dourado da família. Passa seu perfume amadeirado, e segue para a mansão.
Quando está estacionando seu porshe 911 azul, recebe um telefonema do amigo de Paulo, pelo bluetooth do carro:
- Liam, advinha o que acabou de acontecer? – questiona, Paulo.
"Hum. O que ele aprontou dessa vez?" – imagina Liam.
(risos) - Oi Pac Man, trabalhei muito hoje e estou sem muita imaginação. Hum, mas te conhecendo... encontrou a Mulher Maravilha? Estou estacionando na festa. Buscou suas amigas? – responde Liam, achando o chamado de Paulo engraçado.
- Bom Liam, vou dizer que acabei de encontrar uma mulher linda, um gênio que faz mágicas, "Só para o seu... Amo". (risos) Diz olá para o Liam, Jeannie! – diz Paulo.
"Ah! Jeannie? Que nem a linda, gênio da TV. Será? Interessante. O Pac, não é bobo, não ia me ligar à toa." – pensa Liam. E, resolve provocar:
- Olá, minha "Je-an-ni-e..." – provoca Liam, prolongando o nome dela, propositalmente. E, continua: - Sou eu "Seu Amo"! - diz Lean.
Uma pausa se segue, a conversa fica muda, parecendo um tempo infinito sem ouvir a doce voz de Jeannie. Será que ela corresponderia as suas expectativas? Seria como a mulher gênio mesmo? Loira, adorável, pele perolada e sedosa, seu Anjo? "Oi, tudo bem não responderá?" – imagina, Liam. Mas, de repente seu anjo responde:
- Olá, "Amo!" Bem aqui! Chegando... E poderei realizar seus desejos se, for merecedor. - diz Jeannie de forma pausada, também.
"Caralho! Voz gostosa, imagina o resto? Ela está me desafiando, sério? Se eu for merecedor? Adorei, ela falou de forma pausada, também. Parece ser inteligente e esperta, além de linda. Ser linda, com certeza seria, se não o Pac não me provocaria. "Hummm...." – Liam, mal se contêm.
- Não falei cara, encontrei o que procurava! - fala Pac, rindo.
"Não posso deixá-la desaparecer na festa, tem de estar comigo!" – pensa rápido Liam. E, diz:
- Aahh, Anjo! Estou te esperando minha Jeannie. Merecedor eu sou sempre e vou ter o seu melhor, tenha certeza disso... Verás e sentirás, Anjo. Vai pedir por mais... - fala Liam, provocadoramente.
- (risos deliciosos) Ah, pedir jamais! Então, até Amo! - se despede, Jeannie.
- Bom, então até daqui a pouco Pac Man. Espero que chegue rápido. – despede-se, Liam.
Segurando o volante do carro, percebe que agarra com muita força, suas pontas dos dedos estão quase em cor. não consegue parar de pensar naquela voz, e imagina: "Jeannie, loira e linda?". A provocação dela o deixou maluco, sente a excitação crescendo embaixo da calça.
"Preciso fazer para ela nunca se esquecer, não posso perdê-la. Quero essa mulher, ela será minha." Antes nenhuma mulher, o havia deixado no "talvez". "O que farei?" – fica então, bolando um plano de sedução.
Balança a cabeça para espantar a lembrança, desce do carro organizando suas ideias. Entra na casa pela porta dos fundos, para dar uma checada na louca da irmã Brenda, organizando a festa. "Da Brenda, podemos esperar tudo. Mas é claro, ela é ótima em organizar festas". – pensa consigo mesmo sorrindo.
Ao chegar na cozinha, encontra um vai e vem de Chefs preparando petiscos, e garçons indo e vindo. Pergunta pela irmã para Amanda, a governanta da casa:
- Olá, Amanda. Tudo bem, por aqui? E, Brenda?
- Oi, Senhor Liam. Tudo saindo como o planejado, bonita festa. Brenda está conferindo tudo no salão... acho.
Liam atravessa corredor que leva ao salão da festa, na enorme e elegante sala. Encontra uma festa muito animada, todos fantasiados, a sala com uma decoração impecável com flores e fitas coloridas de seda, luzes suficientes para conferir ao ambiente uma sensação de além de imaginação.
Delibera consigo, Jeannie merecia uma lembrança, para não se esquecer tão facilmente dele. Sem mencionar, seu desejo em tocá-la. Segue até o cofre na biblioteca, digita o código, abrindo o cofre.
Retira um pacote aveludado grande vermelho, nele existem algumas joias da família. Escolhe com atenção, não poderia ser nada muito suntuoso para não causar desconforto e, também nada muito simples... Ah, claro. Teria que ter a sua marca, sim o brasão da família. Ele pega uma medalhinha delicada de ouro maciço, desenhada com o dragão, representava o Clã dos Smith há séculos, com os olhos incrustados de rubi. Sim, digno de Jeannie. Envolve a joia num pequeno embrulho de veludo vermelho.
Apenas se pergunta como daria a ela, sem fazer com que se sentisse de alguma forma envergonhada. Deveria ser uma surpresa. "Vou pensar em algo quando o momento chegar" – se tranquiliza.
Retorna para o salão da festa e procura por Brenda, e logo identifica sua irmã. Ela estava fantasiada de "Branca de Neve", claro. Sua pele branquinha e cabelos negros até os ombros, parecendo-se realmente com a "Branca de Neve" dos desenhos. Sua irmã estava conferindo as coisas num dos bares da festa, ainda bem. Quando se tratava de festas, ela levava as coisas a sério.
- Olá, "Branca de Neve"! – cumprimenta Liam sorrindo, para a irmã.
- Liam! Gostando de tudo? Ai! O que é isso que está VESTINDO? Para tudooo!!! – responde Brenda, como se estivesse cuspindo as palavras e com o rosto muito vermelho.
- Bom, sabe como sou, gosto de ser original. Como se fosse eu mesmo? – Liam, diz gargalhando.
- Você é lindo de qualquer maneira maninho. Mas, essa é uma festa a fantasia! Por que não podia ser menos original? Porém, tem sua irmãzinha aqui para salvá-lo! E, se alguém perguntar qual sua fantasia, você diz que é a fantasia de "todas as mulheres: Christian Gray". Ok? – Brenda fala, dando uma piscada para o irmão.
- Christian Gray? Hum? Oh? Mas, quem é esse? – pergunta Liam, confuso.
- Querido é um personagem de um livro, faz muitas mulheres revirarem os olhos, pode ter certeza! Sempre usando terno, igualzinho a você! – (risos de Brenda)
- Certo, então. Hoje sou o Christian Gray! – zomba Liam, não entendendo quem é o tal Christian Gray ou qual seu efeito sobre as mulheres. Pesquisaria sobre o personagem depois.
Liam começa a dar uma olhada no salão. Imaginando onde a Jeannie estaria, não consegue tirá-la de seus pensamentos. Pega um drink no bar e pede licença a irmã, seguindo ao reservado junto à mesa de seus amigos. No caminho, passa por vários conhecidos, cumprimenta todos educadamente e troca algumas palavras. Está com pressa, quer conhecer Jeannie, não tem muita paciência naquele momento, na verdade, continua pensando em mil formas diferentes em como seduzi-la e lhe entregar o medalhão.
Chegando na mesa dos amigos, passa os olhos por todos e Jeannie não está lá. E, pensa: "Merda, demorei muito. Onde ela estará agora... e com quem?" – sente a frustração tomando conta de si, um instinto primitivo o toma, com a necessidade de pegar Jeannie pelos cabelos e arrastá-la para longe, não importando onde ou com quem estivesse.
Cumprimenta a todos. Chega perto de Pac Man, e sua amiga "Mulher Gato", dá um abraço no amigo e um beijo no rosto na acompanhante de Paulo.
- Oi, Liam. Tudo certo? Essa é minha amiga Mara, e amiga de Jeannie também – diz Paulo, preparando uma dose de uísque para o amigo.
- Como vai, Mara? Espero estar gostando da festa. – cumprimenta, Liam.
- Tudo bem e você? Sim, lugar maravilhoso! – sorri, Mara.
Nesse momento, Manoel e Carla se aproximam, com fantasias engraçadas de "Fred Flintstones e Wilma". Liam, não consegue conter as risadas. O Manoel estava idêntico ao Fred Flintstones do desenho, com sua barrigona e voz grossa. Liam apreciava muito a companhia de Manoel.
- Todos vocês estão muito originais nas fantasias, gostei. Estão perfeitos! Realmente, a ideia da minha irmã maluca, Brenda, de uma festa de fantasias é demais. Tenho certeza, iremos nos divertir muito hoje com as fantasias! Mas, Manoel, sendo seu amigo, você é igualzinho ao Fred, é o melhor! – diz Liam, alegremente.
- Verdade! Somos um casal pré-histórico. Hum, e você? Terno cinza, Liam? – diz Carla, com expressão exagerada como se estivesse horrorizada.
- Não qualquer terno, é um "terno cinza Armani"! Estou fantasiado de um homem que faz as mulheres revirarem os olhos, como diz Brenda, hoje sou "Christian Gray"! – Liam diz, sedutoramente.
Carla e Mara sorriem e concordam. E, dizem quase na mesma hora: - OOOhhhhhhhh!
- Quem é Christian Gray, cara? – pergunta o Pac, entregando a bebida a Liam.
(risos) – Na verdade não sei. Foi o que a Brenda me disse. Apenas vim de terno, não pensei em fantasias. Garanto, amanhã vou descobrir quem é o Christian Gray. – diz Liam sorrindo.
Os outros amigos, se juntam ao grupo. E, Liam, Seti e Jânio começam a conversar tomando suas bebidas.
- Veio direto do trabalho? – pergunta, Seti a Liam.
- Não, estou fantasiado de "Christian Gray". Sabe? – responde, Liam
- Eu sei, tenho uma irmã com mega pôster dele no quarto, ela leu todos os livros e viu o filme centena de vezes. – diz Jânio, rindo.
- Hum, e o que ele fazia para as mulheres se derreterem por ele? – pergunta Liam, curioso.
- Ah! Ele domina a mulher literalmente, segundo minha irmã. Vendas, amarras, chicotadas e afins; sempre muito romântico, como insiste minha irmãzinha. Nada aterrorizante. – responde Jânio, com um sorriso de canto nos lábios.
- Interessante, nunca chicoteei ninguém. Será que as mulheres gostam? Prender na cama, com certeza, muitas vezes já fiz. – conta Liam, arqueando as sobrancelhas.
- Bom então "casal pré-histórico", eh? Vai ver meu lado "dominador" hoje Carlinha! – provoca Manoel, puxando Carla para perto.
Todos caem na gargalhada.
Liam se aproxima de Paulo. Perguntando baixinho, desta forma, só o amigo poderia ouvir: - E, cadê a minha Jeannie?
Paulo, dá uma olhada para a pista de dança a frente da mesa, direcionando o amigo na direção de Jeannie. Então, Liam se vira na direção apontada pelo amigo, e a vê.
Não escuta mais nada ao redor, não enxerga mais nada além dela. Sente o corpo todo formigando. Fica enfeitiçado pela maneira como ela dança sensualmente, fascinado pelos cabelos compridos loiros marcantes, aparência delicada, a pele branca como uma pérola, e, por fim, sua semelhança com a "gênio Jeannie"; muito mais que isso, parecia um anjo de verdade, ela era impressionante. Ficou sem palavras, paralisado, querendo congelar aquele momento para sempre... quando a viu pela primeira vez.
Interrompendo seus pensamentos, Jânio chega perto e fala para os amigos:
- Preciso resolver um assunto com aquela ruivinha, ali. – diz apontando para Pam. E, se despede seguindo para a pista de dança.
Liam, fica impressionado com a determinação de Jânio, ele é o mais quieto de todos os amigos, muito centrado e não é de perder tempo com o que acha não valha a pena.
Vendo o rosto pálido e imóvel de Liam, Pac se preocupa: - Tudo bem cara? Parece que viu um fantasma.
Liam balança a cabeça, e sorri apontando para Jeannie: - Obrigado, amigo. – sorri de orelha a orelha.
Paulo, dá um tapa nas costas do amigo. Olha sério para ele, e diz:
- Se eu fosse você, não demoraria muito tempo para ir ao encontro dela. Já tive que espantar um. – sorri, apontando para o mais mulherengo de todos, o Arthur.
- Certo, mais um gole para tomar coragem. De repente, ela me faltou agora. – bufa, Liam.
- Ah, você sem coragem para conversar com uma mulher? Essa, eu quero ver. – Pac pisca para o amigo, e se volta para Mara.
Liam suspira. "Linda pra caralho! Porra! Ainda por cima, gosta de um desafio, não disse sim logo de cara." – pensa. Vira o copo, seguindo para a pista de dança, buscar o que é seu. Sim, ele a quer desesperadamente, tem certeza de que será sua. Ela não sabe ainda, mas precisa dele também.
Então, sai caminhando tranquilamente em sua direção e para, observa. Jeannie, deixa a amiga ruiva e Jânio, anda pelo salão, pega uma taça de champanhe e leva aos lábios.
Liam se embebeda com a visão, quer apreciar cada detalhe, deseja tocar aqueles lábios, e se demora olhando a maneira como ela encosta os lábios na taça e desliza o espumante pela garganta, sua boca delicada e rosada. Fica mais uma vez fascinado, pelos seus movimentos sutis, fazendo um movimento simples de beber uma taça de champanhe, se tornasse tão gracioso e sensual nos lábios dela.
Acompanha os movimentos dela como um falcão, não perdendo nenhum detalhe ou momento. Ela começa a dançar sozinha, linda, perfeita, como se o balançar de seu corpo ao som da música fosse algo para nunca se parar de ver. Seu corpo, uma extensão da música. Força os pensamentos, balança sua cabeça para sair daquele estado de torpor e precisa agir. Fazer algo para deixá-la surpresa, entregue a ele, faria com que ela o desejasse acima de tudo, o momento deveria se tornar inesquecível.
Nunca ele havia desejado tanto uma mulher, possuí-la e fazê-la sua, cuidar dela, e ser tudo o que ela precisasse.
Olha para cima e vê as fitas de seda coloridas, penduradas ao teto pendendo até o alcance de seus braços esticados. Alcança uma fita de seda preta, acaricia a fita, muito macia, imaginando o que faria com o pedaço de tecido delicado, onde passaria a fita de seda nas curvas delicadas de Jeannie.
Liam caminha em sua direção. A linda mulher a sua frente, agora está de costas para ele, rebolando os quadris ao som da música, seus cabelos loiros platinados pedem presos até a cintura. Ele tem vontade de puxar, enrolar em suas mãos os cabelos dela, prendendo seu corpo ao dele. Entretanto, se acalma, respira e se controla.
Jeannie dança, flutuando na música. Uma tortura saborosa. Liam fica parado, olhando como se ela estivesse dançando para seu único deleite.
Sem mais resistir, se aproxima por trás, envolvendo a cintura de Jeannie. Aproxima-se, quer mais, sentir o cheiro dela, a maciez de seu corpo, envolver aqueles cabelos em suas mãos, sentir o gosto de sua boca. Apertando Jeannie ao seu corpo, dança com ela no mesmo ritmo sensual, o tecido fino de sua calça de seda é como uma película, apenas envolvendo sua pele, marcando suas curvas arredondadas. Tudo muito tentador. "Que mulher deliciosa". – delira Liam, em seus pensamentos.
Para sua surpresa, ela não se vira ou mesmo protesta a investida dele! Ele é dominado pela raiva, imaginando como poderia serem outras mãos passeando por aquele corpo que ele reivindica para si.
Pela segunda vez na noite, percebe o sentimento de posse e ciúmes por ela. "Sério, ciúmes de uma mulher? Eu?" – Liam, se repreende. "Ah, mas ela saberá que sou eu. Vou provocá-la tanto, nunca mais sentirá desejo por nenhum outro homem. Quero-a só para mim!" – exige.
Atendendo a impulso possessivo, ardendo de desejo, querendo agarrá-la e escondê-la somente para ele, o que "agora é, dele". Liam pega a faixa de seda preta, passa pelos olhos de Jeannie. "Ah! Vou deixá-la maluca, sob o meu comando, totalmente viciada em mim! Ela vai implorar!" – pensa ele, tentando convencer a si mesmo que poderia dominar aquela sensação, resistir à tentação de tirar a roupa dela ali mesmo, penetrá-la e possuí-la. A excitação do momento, percorre ambos os corpos.
Os movimentos se intensificam, trazendo a flagrância de baunilha dela, seus cabelos loiros cumpridos roçam seu rosto como a seda, suas curvas foram feitas para serem acariciadas por suas mãos. Encaixam-se perfeitamente. Ao deslizar a mão pela cintura dela, sente um pequeno bolso do lado esquerda da calça, "Perfeito." – Liam, se enche de alegria. Com delicadeza, para ela não perceber, coloca o embrulho de veludo vermelho com o medalhão em eu bolso.
Não resiste, sucumbe aos encantos dela... Vira Jeannie para si, precisa sentir o calor de sua boca, abraçar aquele corpo. "Ohh, preciso dela!" – delira, Liam. Se apertando cada vez mais a ela, não sabendo onde cada corpo começava, naquele momento eram apenas um. Precisa sentir o sabor de seus lábios. Jeannie, tenta tocar seu rosto, não ele não deixa, segura suas mãos por atrás de sua cintura com apenas uma mão, a quer a sua mercê.
E, com toda a vontade contida até aquele momento, ele a beija... beija... "Hum, boca deliciosa...". Deseja que o beijo nunca acabe. Pensa em pegá-la no colo e a levar para um quarto da casa, experimentar cada pedaço daquele corpo magnífico que pertencia a ele agora.
Quando estava quase perdendo a razão, a ponto de arrastá-la do meio da festa, atendendo a sua paixão, e pela reação dela, sabia que também o desejava. Ele parou. Para não a perder ou só a possuir por um momento, ele precisa renunciar a ela ali. Ele pressentiu que o melhor é se separar dela, pois seus sentimentos tão intensos naquele momento, seriam saciados, mas poderiam se perder depois. Aquela era uma mulher que precisava desejá-lo, para que pertencesse somente a ele. Incondicionalmente.
Deveria prolongar aquele momento, fazer com que ela preenchesse cada pensamento do seu dia com ele. Todos os dias, acordar pensando nele, e a cada noite quando fosse dormir e sonhasse com ele. Naquele momento, é necessário controlar a ânsia, o desejo, a fins de seduzi-la depois. Com calma.
Colando os lábios em seu ouvido, inspirando o aroma de baunilha para gravar em sua memória. O perfume que tinha entrado em cada poros de seu corpo e invadido suas emoções, fazendo com que quase perdesse a razão. Para. Respira. E, sussurra em seu ouvido, para ter a certeza de quem ele era, "Ele – Liam":
- Peça mais! – diz com seu tom rouco, como um ronronado, em seu ouvido. Afasta-se dela o mais rápido possível, antes que se arrependa e a levasse dali. Continua por perto, não a perde vista, observando-a numa curta distância.
A certeza é esmagadora, ela sentiu a mesma energia os entrelaçando, ambos estão em sintonia. O corpo dela, respondeu ao dele. Ele se lembra das sensações da pele dela ao seu toque. O gosto de seus lábios. A tentativa em tocar seu rosto. A vontade de estar com ela é quase insuportável.
Liam, permanece escondido, as sombras próximas atrás de uma grossa pilastra antiga. Observando. Ela não se move, está paralisada. Com certeza, foi afetada por ele. "Certo, consegui sua atenção." – se regozija Liam, dando um sorriso de lado.
Depois de um tempo paralisada, lento e eterno, ela retira a venda dos olhos, procurando em todas as direções com as feições de angústia nos olhos, mãos juntas se contorcendo. Ela continua no mesmo lugar, vulnerável. Liam, quase se arrepende, apertando os olhos, franzindo a testa e os lábios, como se fizesse um grande esforço para não ir até ela.
Então, ela coloca a mão em seu bolso esquerdo, pega o embrulho de veludo vermelho, olha com atenção e surpresa, o estuda demoradamente. "Ah!" – ela achou, sorri Liam.
Ela então, se move até ao banheiro. Liam a segue a todo lugar, cuidando do que é seu agora.
Quando Jeannie sai do banheiro, caminha em direção a mesa dos amigos na ala reservada. Ele se apressa, quer lhe fazer uma surpresa, quer vê-la chegando, precisa chegar antes dela.
Liam chega à mesa dos amigos, procura e não a vê ali. Um bom momento, para ele se acalmar. O próximo passo deve ser bem calculado. Alcança uma bebida com o garçom, precisa relaxar.
Mesmo sem olhar para a frente, sente ela chegando, como se seu corpo reconhecesse sua presença a distância. Mas, quando ela se aproxima da mesa, Arthur a puxa, dizendo algo em seu ouvido. Mais uma vez naquela noite, o ciúmes o domina, e se Arthur não a soltasse, iria até lá, tiraria ela de perto dele.
Jeannie, se solta do braço de Arthur, sem mesmo olhar para ele. Liam fica satisfeito. Como se ela andasse pelas nuvens, num caminhar lento, sensual, movendo seus quadris para os lados. Aproximando-se a mesa, Pam se aproxima e lhe diz algo.
Sem mesmo uma única palavra, seus olhares se cruzam, ela olha diretamente para ele. Então, entende a profundidade daquele encontro. Não se passaria um dia em que não desejasse olhar para aqueles olhos, não os tinha visto ainda, eles simplesmente eram intensos. Liam arqueja e suspira consigo mesmo.
Pac Man faz um gesto, pedindo para que se aproximasse dela. Então ele obedece, nunca rompendo o contato com os olhos intensos cor de jade.
- Jeannie feiticeira, esse é o Liam. – apresenta Paulo, em meio ao sorriso.
Liam, seguro seu olhar profundo, como se pudesse ler-lhe os pensamentos. Tenta ser o mais casual possível, estar na brincadeira já iniciada quando se falaram pela primeira vez ao telefone. Então, fala baixinho para que somente ela o ouvisse: - Anjo, sou "Seu Amo". – provoca, Liam.
Ele não consegue resistir mais, se aproximar do seu calor, então, segura sua mão delicadamente. Uma nova onda de desejo percorrendo seu corpo, e a reivindicando para si. Toma sua cintura, nunca desviando o olhar, aperta seu corpo ao dele. Inala o inebriante cheiro único dela, abastecendo suas veias, se arrepia, sua audácia tira o pouco de controle que ainda lhe resta. Mas resiste bravamente.
Colando o rosto ao dela, deseja beijá-la novamente, aproxima os lábios em seu ouvido. Ela precisa entender. Daria a ela toda a certeza de que o homem que tinha estado com ela há minutos atrás, naquela dança sensual, aquele que ela sem mesmo saber quem era, aquele que ela desejava, era Ele. Então, diz:
- Anjo, peça mais! – exige sua voz rouca e sexy.
Liam sente que o corpo dela fica tenso. Ela dá um passo para trás, se solta de seus braços, no seu rosto passa apenas uma onda de rancor. "Oh, não! Mas, se ela se importou com o que aconteceu, já percebeu que fui eu que a seduziu antes. Ela se importa... consegu mexer com seus sentimentos" – os pensamentos de Liam dão um salto de alegria, mesmo sabendo que estava jogando um jogo perigoso e arriscado.
E, dos lábios dela saem duas palavras: - Não, Liam.
Quando ele consegue absorver que ela o rejeitou, ela já havia sumido de suas vistas. Ele quer correr atrás dela, mas não o faz. Ela precisa pensar nele a noite toda. Queria que ela o desejasse.
Ele então, rapidamente, envia uma mensagem de texto para Arnoldo, seu motorista. Solicitou para ele alcançar Jeannie, fornece sua descrição e como está fantasiada, para que a levasse para casa em segurança. Não suporta a ideia que possa correr perigo indo embora sozinha, e menos ainda, ela entrando no carro de algum espertão querendo dar carona. Simplesmente, ela pertencia a ele agora, mesmo ela não sabendo.