Capítulo 10 Capitulo Nove

Acordei vendo lindem em cima de mim com Thiago, eles pareciam aflitos, então assisti apenas como uma espectadora enquanto eles cuidavam de mim

ele pegou água e uma cuianão, tinha um pilão, então lindem pós as pétalas na boca e as mastigou até tirar uma pasta e cuspiu na cuia, ele também acrescentou um pouco da seiva Verde, e as pétalas de uma outra flor.

- sementes de papoula moídas – Thiago se aproximou mostrando a Lindem, ele por sua vez olhou e cheiro o pó, então a colocou junto as pétalas, arrancou um galho do chão e usou para misturar junto a leite de hortelã

- Thiago eu pode fazer isso – Lindem pôs s mão no ombro da menina a fazendo gemer de dor, ele afastou a mão do irmão e continuo a preparar o pasta acrescentando mais algumas folhas de rosa

- Vamos tirar o casaco dela, mas não deixe o corpo dela todo a amostra – a menina falou enquanto mexia.

Thiago fez o que lhe foi pedido, mas meu corpo estava duro de mais, e o rapas teve dificuldade de desenrolar o pano de meu corpo. O ferimento com cuidado, ele pediu a adaga de Thiago e quando lhe foi entregue e o reabriu suas ferida e colocou a pasta lá dentro, as veias negras já tinham corrido toda as minhas costa, apesar de de eu não ver, Thiago enfatizava bastante tudo o que era feito em meu corpo, e ele era bem detalhista. minha avó havia dito uma vez que quando uma pessoa morre na superfície, seu corpo virava uma grande árvore. eu não sentia isso, meu corpo não estava virando uma grande arvore, parecia estar sendo queimado de dentro pra fora, o mas estranho e que eles estavam com uma faca em minhas costas e eu não me desesperei, talvez pelo fato de ficar olhando aquela sombra de olhos negros.

Eu estava bem perto da morte, conseguia sentir isso, mas após alguns segundos elas começaram a se recolher lentamente,

a minha pele voltará a sua coloração normal, minha pele já não estava mais tão fria e consegui abrir meus olhos e ver mas do que sombras e olhos roxos. lindem deitou a cabeça no meu peito, para ouvir meus batimentos e sentir minha respiração, que também haviam normalizado. Ele se levantou e sorriu passando a mão em meus cabelos

apos alguns minutos eu ja conseguia me mover, lindem me sentou e me deu um pouco de agua meia doce, sorri movendo meus braços e olhando em volta procurando o homem de olhos negros, mas não o vi em lugar nem um. acabei me precipitando e me levantando, grande erro.

eu dei um passo para trás, meu corpo parecia pesado, muito pesado. Sem conseguir aguentar mais, acabei deixando meu corpo cair no chão, lindem correu ate mim e me pegou em seus braços. Ele passou a mão no meu rosto de forma preocupada, meu corpo estava quente, muito quente, sentia que eu iria entrar em combusta a qualquer momento. fechei meus olhos com força e tentei falar mas a voz não saia.

- Achei que ela já estava melhor Thiago disse me deitando novamente

- E esta, mas não sabemos a quanto tempo ela ganhou poderes, o que ela passou na Okya dela e o que ela passou nas meia hora em que ela sumiu. o corpo deve estar em choque.

- Se for pensar assim, o fato dela não esta acostumada ou ter organismos no corpo dela que lute contra as coisas que temos aqui, bem, ela vai ficar uns dias bem ruins - Thiago passou a mão na cabeça - bem, vamos ter que abandonar a missão por uns dias

os dias seguinte estavam mais para um borrão em minha mente, nada estava concreto de forma alguma, Thiago havia me dito que muitas vezes eu havia corrido pela selva sem saber para onde ir, que estava tendo crises de panico e que tinha muitos pesadelos, disse que certa vez.

Lindem correu com uma manta atrás de mim e me achou no chão, eu socava o chão enquanto gritava e chorava, eu olhei lindem se aproximar e apenas gritei para o rapaz se afastar, uma grande rajada de vento foi contra lindem o lançando para trás. eu olhou minhas mãos tremendo enquanto lagrimas caiam de meus olhos, eu me encolhi no chão abraçando minhas penas e afundando minha cabeça entre os joelhos.

- Eu sou um monstro, um monstro, faz parar por favor – eu sussurrava entre soluções, fleches de tudo o que aconteceu bombardeavam minha mente rápido demais para poder

Acompanhar. Desesperada para fazer parar, eu pequena começou a bater em sua cabeça querendo que essa dor física apagasse a dor em meu peito, eu era o monstro que matou o que sobrou de minha malta, o monstro que matou um ser vivo. Mesmo estando limpa, ela ainda podia sentir o sangue em sua mão.

Lindem me olhava, eu havia engolido tudo o que havia acontecido até não aguentar mais, até explodir. Sem pensar duas vezes lindem correu até mim e me abraçou assim como quando nos conhecemos, me abraçou forte

- eu odeio você, odeio. Eu odeio você, devia ter me deixado morrer la em baixo, devia ter me deixado na escuridão – eu dizia enquanto batia no peito de Lindem sem muita força ou convicção, minha cabeça doía mais não tanto quanto meu coração. Sem resistir mais ao contato com o lindem, eu segurei forte em sua camisa enquanto deixava chorava quase convulsivamente e dizia o quanto o odiava

Ao que parecia, os meus poderes estavam se manifestando mesmo quando estava dormindo, agindo de uma só vez, enfraquecendo a barreira que lindem havia feito, o pobre coitado precisava precisava refazer diariamente ela para não ferir ninguém em volta ou chamar atenção para nos

O Pobre lindem já estava cansado de todas as reclamações, cansado de ouvir que estava favorecendo a mais jovem por ser mulher. Então o rapaz pegou um galho o fazendo flutua em direção a sua irmã, pouco a pouco o galho foi escurecendo ate pegar fogo e depois virar cinzas, Thiago não disse mas nada depois disso.

Uma leve lufada de ar quente chegou a todos do acampamento, o chão em volta ao meu corpo começou a queimar criando um circulo perfeito em volta de mim no centro, as chamas se espalharam a ate ficar a 3 metros do acampamento fazendo todos ali e recuarem ao sentir o calor, um pequeno lagarto entrou dentro do circulo e instantaneamente entrou em combustão, seu corpo queimou ate não ter mais o que queimar.

Lindem bateu o pé no chão traçando uma linha na frente de Thiago, firmou seus pés, arrumou sua postura, com sua mão esquerda, segurou seu antebraço direito, enquanto fazia um gesto estranho com a mão em garra com a palma virada pra cima, como se erguesse a esfera mais pesada do mundo. porem, aos olhos dos outros, nada acontecia.

Então começou, algo que parecia afiado como navalhas atingia o chão, cortando e queimando o local onde era atingido, lindem pôs ainda mais força, a "navalha" atingia oque parecia uma barreira invisível entre eles e o campo a frente, deixando marcas de fogo que logo sumiam.

- E um ataque de vento e fogo - Thomas se aproxima da barreira passando a mão onde havia sido atingida - Vento quente, ao mesmo tempo que corta, também queima, nunca vi um ataque assim tão brutal. eu acho que essa garota pode ser muito perigosa meu amigo

Logo a constância dos ataques de cento diminuía. O calor também foi recuando, Thiago disse que agradeceu bastante e que viu sua vida passar diante de seus olhos, e que eu dormi os outros dois dias de forma tranquila e que minha ferida se fechou completamente, eu estava curada e salva e havia parado de delirar sobre olhos roxos após um tempo.

E sinceramente eu havia adorado ficar dormindo e sonhando com o carinha la.