Capítulo 9 Capitulo Oito

Acordei pouco tempo depois, meu corpo estava pesado, o grito do monstro me trouxeram de volta amim, só então percebi que estava sendo carregada nas costas do amigo de lindem

Por um momento, eu olhei para trás tentando ver o que nos perseguia , mais antes de poder enxergar com exatidão, raízes se enrolaram nosso corpo nos fazendo cair rolando no chão, surpreendentemente não consegui sentir dor direito, meu corpo estava um pouco dormente. Antes que pudesse se erguer, pude sentir o chão tremer, e quando enfim levantei os meus olhos, pode ver em fim, era uma criatura de quase dois metros, pele cinza enrugada e esquelética, semelhante a cera derretida, porém, mesmo sendo tão grande, era possível ver suas costelas e pele solta, ao erguer mais um pouco o olhar, viu dentes pontudos e uma superfície lisa com dois buracos semelhante ao foucinho de uma cora... se e que e chamado assim, nariz de cobra.

Ele urrou na direção de nos dois e com grandes garras a acertou de uma só vez, porém eu nem o rangadinho não fomos feridos, de forma furiosa a criatura tentou novamente a esmagar usando seus dois braços, por reflexos eu coloquei meus braços em minha frente tentando me proteger, uma barreira de ar se formou lançando.

o mostro para trás de uma só vez. Aproveitando o desequilíbrio, eu ergui-me e ajudei o zangadinho a se levantar também, minha vista ficou irritada, embraçada e meio escura, mas balancei a cabeça e ela voltou ao normal. o zangadinho me empurrou para trás dele para me proteger e corremos, nos aproximando mais das profundezas do pântano, meu coração batia de forma ensurdecedora, as lagrimas de medo se acumulavam sobre seus olhos, novamente passos apressados foram ouvidos, nos corremos o tanto que podemos mais algo nos acertou nos lançando contra uma grande arvore.

o ar escapou de meus pulmões, tentei me erguer mas estava difícil. lindem apareceu a nossa frente e tentou nos ajudar, ele puxou da terra metal em liquido formando espadas e lançou na direção do monstro, a criatura recuo mas acertou lindem com suas garras, tentei o segurar mas fui lançada para trás junto a ele

O ar escapava de seus pulmões, eu tentei puxar o ar mais era como se algo estivesse em minha garganta, impedindo do ar entrar, mas na verdade era Lindem que era puro músculo e estava me sufocando

- desculpa pardalzinho - ele disse saindo de cima de mim e me ajudando a me erguer - odeio esses bichos

Com ajuda de lindem, tentei me arrastar mais era quase impossível, estava tonta, e eu tenho certeza que lindem percebeu pois ele praguejou em outro idioma. Lindem me puxou junto a Thiago e tentamos nos esconder enquanto respirava fundo, enquanto o monstro não nos achava ele me virou e olhou minhas costas

- ela foi atingida pelos esporos - ele sussurrou para Thomas

- quanto tempo ela tem ? - Thomas sussurrou para lindem - alias, ela esta nua sabia ? e não esta nem um pouco constrangida

- acho que e o fato de estar envenenada e sendo perseguida por Muta-Humano

- O Que ? - tentei os olhar mas eles permaneciam a falar pelas minhas costas

um outro rosnado alto de ouviu por toda a floresta

- ele ta chamando outros, Thiago, me dia onde esta a próxima área cercada - Lindem pediu

viramos bem a tempo de ver a criatura se aproximar pronto para nos destroçar com suas garras. Por puro reflexo e usando uma força que mal sabia que tinha, eu e lindem gritamos e pulamos para longe puxando Thiago junto sem saber o que fazer, gritei a primeira palavra que surgiu em minha mente.

Uma palavra que eu mal sabia o significado mais que havia brotado do fundo de sua mente.

- Praemium

Tudo parou, o monstro parou, nem um som se ouvia nos além da respiração e dos batimentos de nos três. O monstro me olhou, sua pele começou a se mover, se encher de grandes caroços que cresciam o deixando cada vez maior, até que a criatura explodiu, o único som emitido foi de sua vísceras e partes de seu corpo caindo no chão.

eu olhei minhas mãos e meu corpo que agora estava cheio do sangue e das partes do monstros.

eu analisava fixamente para minhas mãos cobertas de sangue, minha respiração se acelerou, meu corpo tremia de puro pânico, eu havia matado um ser vivo novamente, uma criatura que provavelmente só estava com fome. Seu corpo estava coberto pelas vísceras dele, sem conseguir se conter ela abraçou seu próprio corpo e deitou a cabeça na terra e gritou, gritou como queria ter gritado quando abandonou sua avo, quando foi perseguida, intimidada, quando seu mundo todo virou cinzas, ela gritou e chorou como a criança que era agora, e era isso que ela era, uma criança pois havia renascido perante os olhos de Hecate e a magia dela também. Uma criança sem casa e sozinha em um mundo aqui não conhecia. E agora, uma assassina também. Ela não sabia como, mais sabia que tinha sido ela. Eu queria apenas ficar ali chorando, até não ter mais lagrimas para chorar, não quer mais sentimentos para a fazer sofrer.

Eu só queria esquecer, pois a morte desse monstro, o sangue, o corpo, tudo me fazia lembrar de minha Malta, lembrar de tudo o que aconteceu, das pessoas que foram assassinadas e desmembradas, lembrar que meu próprio corpo foi cortada.

Lindem viu como fiquei, viu minhas mãos tremendo e me abraçou novamente, ate mesmo Thiago passou a mão em minhas costas, mas eu sabia que eles estavam conversando sem deixar o som sair de suas bocas. foi quando tudo ficou claro, meu corpo se curvou e eu não conseguia me arrumar, meu corpo havia formado um arco para trás e agora eu olhava o seu sem conseguir me mover.

- E, demorou um pouco mais do que eu imaginava para a paralisia pegar ela - Thiago disse me arrumando no chão - e ela ainda esta nua... e estávamos abraçando ela, e agora ela esta suja de novo de sangue... e sangue negro para piorar

- Você ainda se lembra ne, os o corpo não funciona mas ela ainda consegue nos ouvir - Lindem negou de leve com a cabeça e me cobriu novamente - vamos levar ela para as áreas seguras e vamos levar água também

- Eu não volto nunca mais para aquela cachoeira - Thomas gritou me pegando em seus braços - eu levo ela e você volta a cachoeira, senhor sacerdote.

Lindem se erguei e saiu correndo rumo a cachoeira enquanto Thiago me pegou em seus braços e me jogou em seu ombro e saiu correndo comigo no ombro, o tempo todo ele resmungava e bufava irritado. Apos um tempo chegamos a uma especie de acampamento improvisado.

Ele me deitou sobre uma cama de folhas com a barriga para baixo, ele me cobriu deixando minhas costas amostras e fez careta

- tuas costas estão fodidas mana, serio, e que cicatrizes são essas? em volta das pernas dos braços... achei que fosse apenas o do rosto, o que fizeram com você naquele lugar ? A e, você não pode falar

apenas revirei os olhos, estava começando a ter dificuldade de respirar, então decidi que o melhor seria ficar calada e quietas para tudo não piorar.

- Eles já foram humanos uma vez, a radiação os deixou assim, se adaptaram ao ambiente se alimentando um do outro ate "evoluírem" para essas criaturas, maquinas de matar com esporos que paralisam quem são atingidos.

tentei confirmar com a cabeça mas não consegui, então apenas grunhi de leve para ele continuar falando

- Existe uma especie de cogumelos que mantem eles afastados, só que só plantamos eles nas áreas abitadas, o problema e que estávamos um pouco longe, as brigas por territórios estão grande, ainda mais com essas brigas de deuses. Lindem e sacerdote de Apolo, o que explica os olhos azuis e os cabelos loiros, a maioria quer matar ele, e serio a coisa e feia.

Foi quando ele olhou direito para mim, ele olhou dentro dos meus olhos e estreitou os dele, Thiago era loiro e tinha olhos castanhos, era ate que bonito se não fosse as sobrancelhas mas grossas que eu já havia visto.

- Você tem olhos dourados, meio que parecem pedras de âmbar a noite, que estranho - ele me encarou ainda mais - você e uma delas também não e? uma sacerdotisa.

Minha vista começou a ficar escura, e foi ai que eu vi ele, na verdade, eu já havia visto ele antes, alto de pele cor chocolate e intensos olhos roxos, eu lembrava de ver ele em minha Malta, sentado me olhando na escuridão, eu jurava estava alucinando, que o via para me sentir melhor. Agora la estava ele, em pé atras de Thiago, me olhando com seus grandes olhos roxo, tao familiar, reconfortante, ele parecia preocupado.

Então tudo escureceu e eu apaguei, a ultima coisa que eu havia visto era os olhos dele, olhos piedosos e sombrios.

            
            

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