A Vida com os Garotos Anderson
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A Vida com os Garotos Anderson

XmysterysmileX.
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Capítulo 1 N°

PONTO DE VISTA DE NADINE:

Eu andei em direção ao meu armário e imediatamente franzi o cenho ao notar a primeira e única Andréa Vaz encostada contra ele, sorrindo para mim como se eu fosse um triste exemplo de garota.

Eu a ignorei e comecei a mexer em meu armário, abrindo-o e começando a pegar os livros para a minha primeira aula. Fechei meu armário e, ao me virar, percebi que Andréa havia desaparecido. Eu franzi minhas sobrancelhas, confusa, mas mentalmente eu estava dando socos no ar em comemoração.

Será que aquele era o dia em que Andréa Vaz deixaria o desafio pra lá? Será que ela finalmente sairia da minha vida? Eu sorri e me virei para caminhar em direção à minha primeira aula, mas parei no meio do caminho ao ver o grupo de amigas de Andréa paradas atrás da capitã das líderes de torcida, também conhecida como Andréa.

"O que você quer, Andréa?" Eu perguntei a ela, o sorriso desaparecendo do meu rosto. Ela jogou seu cabelo loiro por cima do ombro e me entregou um envelope.

"Hoje é segunda-feira, você esqueceu?" Ela sorriu para mim e eu suspirei, ciente de que meus planos para aquele dia estavam arruinados, assim como acontecia toda segunda-feira.

Eu assenti com a cabeça e ela afagou minha cabeça, como alguém afagaria a cabeça de um cachorrinho que é obediente ao seu dono... e isso é o que eu sou.

Eu sou a empregadinha de Andréa Vaz. A garota que entrega bilhetinhos de amor para o nerd Bruno Serra. Toda segunda-feira, eu recebo um novo envelope com o nome "Bruno" escrito na frente com a caligrafia perfeita de Andréa.

Eu acho que você está se perguntando por que estou fazendo aquilo? Bem, para resumir, eu fui desafiada a fazer qualquer coisa que Andréa quisesse, por quanto tempo ela quisesse, e a primeira coisa que ela me disse foi: "Eu quero que você entregue isso a Bruno. Toda segunda-feira haverá um novo bilhete e você fará a mesma coisa nesse dia, até que eu finalmente esteja ficando com ele. Entendido?"

Eu tinha que fazer aquilo e agora eu estou nesta situação: entregando bilhetinhos de amor como se fosse uma mensageira. É quase como se eu fosse um carteiro!

Andréa foi embora, suas amigas indo logo atrás dela, rindo como se aquilo fosse uma grande piada para ela. Soltei um breve suspiro e guardei o envelope em meu livro. A sirene da escola ecoou pelos corredores e eu me peguei suspirando novamente.

Era hora de fazer aquilo.

Fui andando em direção à escada. Assim que cheguei ao primeiro degrau, lembrei-me de repente que estava usando uma saia, então segurei a parte de baixo para que ninguém pudesse ver a minha calcinha rosa de coraçõezinhos.

Sim, eu ainda sou uma garotinha! Não me julgue!

Eu finalmente terminei de subir as escadas e entrei na sala de aula. Notei que Bruno estava sentado na parte da frente da sala de aula, começando a anotar o que a professora estava escrevendo no quadro. Comecei a andar em sua direção e tirei o envelope de dentro do meu livro, colocando sobre a mesa dele.

Ele olhou para mim com a mesma carranca que ele sempre fazia quando me via segurando um envelope. Eu dei de ombros e andei em direção ao fundo da sala de aula.

Eu me sentei num canto do fundo da sala, ao lado da janela, e coloquei meu fone de ouvido, colocando o capuz do moletom sobre a minha cabeça enquanto tentava abafar o barulho de todos os outros que começavam a entrar na sala de aula.

●●●

Eu peguei minha bandeja e andei em direção à fila que estava rapidamente se formando. Nossa, aquele pessoal estava faminto! Eu olhei para o cardápio do dia e revirei os olhos.

Bolo de carne.

Gemendo baixinho, eu comecei a olhar em volta do refeitório, tentando ver se poderia me sentar com alguém dessa vez; porém, como de costume, ninguém iria querer que eu me sentasse na mesa deles, já que eu era patética. Eu não era popular nem especial como as outras pessoas.

A senhora que trabalhava no refeitório me encarou e eu lhe dei um sorriso gentil. Ela sabia que eu não gostava do bolo de carne, então apenas assentiu com a cabeça e me entregou um sanduíche de queijo e presunto que estava na geladeira e um refrigerante. Eu lhe agradeci e saí da fila.

Eu caminhei devagar pelo refeitório, suspirando ao perceber que ficaria sozinha novamente naquele dia, assim como em todos os outros dias.

Deixei o refeitório e caminhei em direção à quadra, que era um lugar que costumava ser silencioso e tranquilo. Aquele era o lugar onde eu costumava almoçar, mas eu gostava daquilo, pois ali eu não incomodava nem era incomodada por ninguém, nem mesmo a Andréa.

Me sentei na arquibancada e comecei a almoçar, ignorando a sensação de aperto no estômago que eu sentia ao pensar na minha vida.

●●●

O tempo passou, rápido como de costume. Eu estava pegando meus livros do armário e os guardando na mochila. Assim que terminei de pegar do que eu estava precisando, fechei a porta do armário e saí da escola.

Todos estavam indo embora, conversando, sentados nos tetos de seus carros e fazendo o que costumavam fazer todos os dias. Eu virei meu olhar em direção ao estacionamento e avistei o SUV preto da minha mãe. Comecei a andar em direção ao carro e, quando o alcancei, abri a porta e entrei.

"Oi bebê, como foi o seu dia?" Minha mãe perguntou com um sorriso e eu apenas assenti com a cabeça em resposta, enquanto colocava meu cinto de segurança.

"Tranquilo." Eu respondi, e minha mãe acenou em resposta, manobrando para fora do estacionamento.

"Você parece estar estressada, querida. Você está bem?" Minha mãe questionou, e eu lhe ofereci um olhar tranquilizador.

"Eu estou bem, mãe." Eu respondi e ela sorriu docemente para mim antes de ligar o rádio.

Eu fui cantarolando no ritmo da música pelo caminho de volta para casa. O percurso foi silencioso como de costume, e assim que chegamos em casa, eu saí do carro e fui em direção à porta de casa.

Assim que minha mãe destrancou a porta, eu entrei e me joguei no sofá. Minha mãe riu e colocou sua bolsa preta no balcão.

"Nadine, eu posso conversar com você por um momento?" Minha mãe perguntou, fazendo com que eu virasse meu rosto em direção a ela e observasse enquanto ela se servia um copo de suco de laranja.

Eu saí do sofá preguiçosamente e fui até o balcão, sentando em um dos banquinhos. Minha mãe me ofereceu o copo de suco e eu dei uma golada.

"Querida, você sabe que eu tenho estado ocupada com meu emprego e tudo mais..." Minha mãe começou a falar e eu assenti com a cabeça enquanto dava outra golada. "Bem, eu estou indo para o continente Afredo amanhã...", aquilo fez com que eu imediatamente me engasgasse com o suco de laranja.

Aquilo não podia estar acontecendo!

Minha mãe deu um tapinha nas minhas costas e, quando me acalmei, ela se sentou no banquinho ao lado do meu. "E vou passar um ano lá." Ela terminou e eu literalmente senti vontade de me engasgar com a minha bebida novamente. Eu lentamente tomei um gole do meu suco, pigarreei e fiz uma careta para a minha mãe.

"Em primeiro lugar, por que tão repentinamente? E em segundo lugar, com quem eu vou ficar? Ninguém da nossa família vive aqui e eu não vou de avião para o outro lado do mundo para morar lá por um ano." Eu expliquei com toda a seriedade. Minha mãe acenou com a cabeça e esfregou suas mãos.

"Bem, o meu chefe pediu para que eu e o meu grupo fôssemos para o continente Afredo pesquisar sobre uma determinada doença que está reduzindo a população do país Queno. E em segundo lugar, eu vou deixar você com a Carla." Eu mantive minha expressão completamente séria, sem fazer ideia de quem minha mãe estava falando.

"A minha amiga da época do colégio?" Eu continuei a encarar minha mãe, ainda sem saber quem seria essa tal de Carla.

"Você a conheceu no casamento da tia Sabrina, lembra?"

"Ah, Carla Anderson!" Eu desse, estalando meus dedos. Eu tinha finalmente colocado minha cabeça para funcionar.

"Essa mesmo. Olha, eu preciso que você comece a fazer suas malas, porque você não vai voltar para esta casa por um ano inteiro." Minha mãe falou, me lembrando mais uma vez daquela situação, e eu me levantei e subi as escadas.

Bem, parece que aquele dia estava ficando cada vez melhor, não é?

●●●

"Pronto!" Eu disse com um sorriso no rosto, fechando a minha mala. Eu tinha acabado de arrumar as minhas coisas e, nossa, parecia que eu tinha empacotado todo o meu guarda-roupa!

"Nadine! Nós temos que ir logo para a casa da Carla, então se apresse!" Eu escutei minha mãe gritar e revirei meus olhos antes de me levantar e descer as escadas. Eu notei que minha mãe estava terminando de tomar seu suco de laranja com o telefone pressionado contra a sua orelha.

Ela assentiu e desligou o telefone, pegando suas chaves. "Vamos." Ela disse enquanto eu descia as escadas e ia em direção ao carro.

Trinta minutos depois, nós chegamos a uma bela mansão, cercada por altos portões pretos. Ao observar aquela vista, um sorriso apareceu em meus lábios.

Uau.

Nós saímos do carro e eu peguei minha mala e caminhei em direção à porta. Minha mãe bateu na porta e se afastou, esperando pacientemente que Carla atendesse. Alguns segundos depois, a porta se abriu e eu dei de cara com a mulher loira que conheci no casamento da minha tia.

"Olá, Amanda. Nadine!" Carla nos cumprimentou alegremente, me puxando para um abraço, o que me pegou de surpresa. Quando ela me soltou, eu dei uma risada.

"Entrem!" Ela falou e nós obedecemos. As paredes cor de creme combinavam com o tapete, e os sofás pretos me fizeram sussurrar baixinho para mim mesma: "Uau."

De repente, uma figura alta desceu as escadas, sendo seguido de perto por três outras pessoas igualmente altas. Os meninos olharam rapidamente para mim, o que fez com que eu abaixasse a minha cabeça e olhasse para o chão.

"Mãe, é essa, a garota?" Um dos rapazes perguntou e eu mordi meu lábio inferior, ainda olhando para baixo. Eu senti uma mão segurar o meu queixo suavemente, levantando o meu rosto para olhar em direção aos garotos que eu jamais imaginei estar tão perto assim.

Eram os garotos rebeldes do Colégio Capeor!

Foi naquele momento que a realidade me atingiu como uma rocha...

Eu vou viver com esses garotos rebeldes por um ano inteiro!

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