A Vida com os Garotos Anderson
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Capítulo 2 N°

PONTO DE VISTA DE NADINE:

Minha mãe ficou conversando com Carla, então ao mesmo tempo, eu suspirava de estresse, uma vez que, agora ficarei presa cuidando desses garotos. Cauã está cutucando minha bochecha do lado direito do meu rosto, enquanto Leonardo cutuca a esquerda, Douglas permanece quieto e apenas sorri para mim, porém Guilherme está mexendo no meu facebook usando meu telefone que roubou das minhas mãos a poucos instantes.

"Será que vocês podem parar com isso, por favor?" Gritei olhando para Cauã e Leonardo. Ambos simplesmente olham para mim e começam a sorrir.

"Você é muito chata." Guilherme comentou demonstrando frieza na voz e na sua expressão facial, quanto a mim, somente aceno com a cabeça para ele, confirmando sua crítica.

"Sim, sou mesmo, muitas pessoas já me disseram isso." Quando eu disse isso, ele sorriu e voltou sua atenção para o meu facebook.

Ao olhar para Douglas, ainda o encontro sorrindo e olhando no meu rosto. Rapidamente levantei minhas sobrancelhas de forma questionadora, mas a expressão de riso da face dele não mudou.

Não suportando mais ficar ali com eles, virei minha cabeça em direção à cozinha e procurei encontrar minha mãe. "Mãe, posso dar um passeio?" Gritei bem alto, esperando poder me afastar dos meninos.

"Os garotos já mostraram o seu quarto?" Minha mãe perguntou, então olhei para eles e vi que agora todos estavam sorrindo para mim.

Bem que gostaria, mas não tive a chance de responder, já que Leonardo, Cauã e Guilherme agarravam meus braços e começaram a me puxar escadas acima. Olhei para Douglas e vi que me olhava como quem está se divertindo muito com minha maneira de agir e falar.

Realmente, tenho a impressão de que algo estranho está acontecendo com ele.

Caminhamos por cerca de três minutos até que paramos em frente a uma porta grande de cor rosa claro. Se você assistiu Frozen e viu a porta do quarto da Elsa, deve saber como é a porta de que estou falando.

"Vamos, o que você está esperando? Abra a porta!" Ouvi Cauã dizer com certa ansiedade e quando olhei para trás o vi sorrindo com as duas mãos na boca tentando segurar o riso.

Procurei filtrar sua voz para não entrar em meus ouvidos e lentamente agarrei na maçaneta da porta. Minhas mãos começaram a tremer enquanto girava ela.

Mas, o que há de errado comigo?

"Apresse-se, vamos, abra a porta!" Leonardo começou a sorrir, então neste momento perdi meu foco, tropecei no pé dele e acabei caindo dentro do quarto.

Excelente, excelente! Simplesmente ótimo!

Ouvi as risadas dos meninos ecoando ao meu redor, então já com avançados sinais de estresse, lancei um olhar furioso para eles que continuavam a dar risadas na minha cara. Me levantei rapidamente, olhei em volta do quarto e procurei forças para sorrir, mas não encontrei, assim, de tanto me esforçar, consegui fazer apenas um pequeno movimento com meus lábios.

Sobre a cama tem uma colcha num belo tom de rosa choque, com bordados na cor branca. Ao lado da cabeceira, uma estante com livros da Disney e há outra porta no canto que provavelmente é a do banheiro. Os livros da Disney chamaram minha atenção, assim minha cabeça tornou-se confusa novamente, pois começou a me surgir perguntas sem respostas na mente.

De quem é esse quarto?

Olhei ao redor do resto do quarto e descubri que há uma escrivaninha, um guarda-roupa, um mini sofá ao lado e uma TV pendurada na parede.

"É lindo." Eu murmurei e um dos meninos passou o braço em volta do meu ombro.

"Sim, já foi muito mais bonito."

"Cauã, venha aqui!" Escutei Douglas gritar e Cauã rapidamente me deu um sorriso de desculpas antes de sair correndo do quarto.

Apavorada, olhei em volta e vi que todos os meninos se foram. Ainda meio confusa, fechei a porta lentamente, dei um suspiro melancólico e saí do quarto com muitas perguntas em minha cabeça.

"Nadine, venha aqui!" Ouvi alguém gritar, então desci as escadas correndo e ao chegar na sala, vi minha mãe segurando sua bolsa de passeio e pronta para partir.

Comecei a procurar meu casaco, para ir junto, mas minha mãe me impediu: "Vou ter de pegar sua mala, e estarei de volta antes de você ir para a cama, pois eu sei que você dorme cedo. Fui chamada, infelizmente terei que partir, vou pegar sua mala, deixo ela aqui com você e partirei novamente. Sinto muito, querida." Minha mãe me abraçou e, eu meio confusa com tudo aquilo, dei um sorriso sem graça para ela.

"Tudo bem, não se preocupe, entendo perfeitamente." Comentei meu parecer, rapidamente ela me deu um beijo na testa e saiu correndo porta afora. Meio abalada, passei a mão pelo meu rosto, sem entender muito bem o que estava acontecendo.

Mais uma noite para ir domir mais cedo?

"Ei, Nadinha!" Alguém diz isso atrás de mim, como já estava confusa e no pico do meu estresse, fiz careta e procurei quem foi o espertinho que me chamou desse nome.

Odeio apelidos.

Então, me virei para o lado e vi Cauã sorrindo muito. E, segurando dois controladores nas mãos, ele caminhou em minha direção meio cambaleando e isso me fez sorrir junto com ele.

"Você quer jogar?" Me perguntou Cauã, estendendo o controlador para mim. Estendi o braço sorrindo e peguei o controlador.

"Vamos começar!"

●●●

"Ei, não vale, você trapaceou!" Cauã gritou comigo e soltei uma gargalhada zombando da cara dele.

"Não, é mentira, não trapaceei, você está enganado, isso aconteceu porque sou hábil nesse tipo de jogo. Sempre tive muito tempo livre para jogar, então aprendi alguns truques." Expliquei sorrindo e coloquei o controle no meu colo.

Não me controlei e continuei rindo do ataque de raiva de Cauã até que Leonardo e Douglas entraram na sala. Meio assustados, os dois tinham rostos ilegíveis e isso me deixou incomodada, já que, quando eles entraram, tive a impressão de que algo ruim deve ter acontecido antes.

Por que Douglas reagiu desse jeito? Será que poderia ser algum segredo que eu não deveria saber? Hmm, bem, é óbivio que não confiam em mim, pois acabaram de me conhecer.

"Ei, meninos." Chamei atenção quando Leonardo e Douglas estavam passando por mim meio desconfiados. Cismado, Leonardo se sentou em uma das cadeiras ao lado do sofá que Cauã e eu estamos sentados.

"Ei, por que você está me olhando desse jeito?" Ele murmurou e eu levantei minhas sobrancelhas. Para não me encarar, ele olhou para a TV como se estivesse tentando me ignorar.

Bem, alguma coisa eles aprontaram, não tinha como negarem.

"Que tal a gente jogar outra rodada?" Interroguei Cauã e ele olhou para mim com um belo sorriso no rosto.

De repente, ouvi as risadas de Douglas, então me virei para vê-lo. "Ei, sua risada está muito escandalosa, hein!" Novamente, ele deu outra gargalhada e eu torci o nariz já com nojo daquele barulho chato.

"Você tem mente poluída!" Apontei o dedo indicador para a cabeça dele e o garoto não fez outra coisa a não ser dar risadas.

"Acho que você quis dizer que tenho uma imaginação sexy." Ignorei seu comentário e voltei para Cauã, tinha uma das sobrancelhas levantada por não suportar a falta de educação de Douglas.

"Será que você pode me deixar vencer pelo menos uma vez?" Ele me questionou com um olhar esperançoso em seu rosto, então dei risadas também.

"Mas nem comecei a jogar de verdade e já venci você várias vezes! Você tem que jogar e não pedir para mim diminuir minhas habilidades para deixá-lo ganhar o jogo?" O questionei com firmeza na voz, então o menino gritou, se levantou e apontou o dedo para mim.

"Você é maldosa!"

"Falo o mesmo para você!" Comentei em tom de brincadeira, mas ele, muito nervoso, revirou os olhos e saiu rapidamente para a cozinha.

Então direcionei o olhar para Leonardo e Douglas que estavam olhando para seus telefones como se estivessem entediados.

Me levantei e coloquei as mãos em meus quadris. "O que a gente pode fazer para se divertir neste enorme castelo que vocês chamam de casa?" Perguntei aos meninos e Douglas olhou para mim assustado.

"Você quer dizer, o que não podemos fazer." Douglas olhou para mim ameaçando dar uma gargalhada, mas franzi a testa e fiquei séria.

"Ei garoto, estou falando sério, fique sabendo que brincadeiras têm hora e local certo. Vocês são muito chatos! É dessa maneira que tratam sua nova hóspede? Acredito que se eu passar um ano fora daqui, quando voltar, provavelmente vou encontrar vocês sentados com suas bundas coladas nessas cadeiras, olhando para a cara do outro." Falei bastante séria e em seguida fui para a cozinha.

Estou nesta casa há cerca de três horas e todos os cômodos que conheço são: a cozinha, a sala de estar e meu quarto.

Então, me sentei no banquinho ao lado de Cauã, que estava com algo fritando no micro-ondas. Fiquei ali por alguns minutos olhando para ele, que estava atento ao tempo programado no micro-ondas.

Subitamente, a campainha quebrou o silêncio constrangedor, assim me levantei rapidamente para abrir a porta. Minha mãe saltou para dentro da sala, e antes de me entregar minha mala, me puxou e me deu um forte abraço.

"Não se preocupe, ligarei para você todas as semanas para certificar de que você está bem. Não precisa ficar perturbada, pois os meninos vão cuidar de você." Ouvi as palavras de minha mãe e soltei um profundo suspiro.

Tenho certeza de que eles não vão cuidar de mim.

Nem concluí meus comentários, porém minha mãe correu e entrou no carro, me deixando paralisada e bastante preocupada com aquela nova realidade de ficar com aqueles garotos. "Vejo você em breve, querida. Comporte-se, hein!" Essas são as últimas palavras de minha mãe que logo ligou o carro e partiu.

Agora estou presa com os Anderson por um ano. Não sei se isso será bom ou ruim.

●●●

Cheguei em meu novo quarto e me encostei contra a cabeceira da cama. Atualmente, estou lendo Diário de um Banana. Amo esse gênero de livro, porque ele é engraçado, sem falar que os personagens são muito fáceis de se relacionar.

A lâmpada sobre a mesa deixava o quarto iluminado e considero isso um conforto. Consegui ficar tranquila e me relaxar.

De repente, alguém bateu na porta, então coloquei o livro sobre a cabeceira da cama e incomodada, franzi as sobrancelhas. "Entre, por favor!" Disse num tom de voz suficiente para que a outra pessoa pudesse me ouvir.

De repente, a porta se abriu e para minha surpresa, Leonardo estava parado na porta com uma camiseta de decote em V branca e jeans.

São 11:00 da noite e será que esse cara dorme de jeans e camiseta?

"Só queria dar uma olhada em você. Está tudo bem?" Leonardo me perguntou e, então olhei para trás e apontei para o meu livro.

"Estou muito bem."

"Qual livro você está lendo?" Ele me perguntou, porém não movi minha cabeça para longe do meu livro.

"Diário de um Banana." Ao citar o nome, Leonardo riu baixinho.

Levantei apenas uma sobrancelha para ele, fechei outro olho e perguntei: "Tem algum palhaço aqui?" Ele balançou a cabeça, apontando para mim.

"Esse livro é... muito infantil?" Imediatamente, peguei o livro e o fechei rapidamente. Então demonstrei estar estressada o suficiente por aquele dia tão atribulado.

"Não, para mim não é infantil! Mas para você é... Porque você é velho!" Quando disse que ele era velho, zombou de mim no mesmo instante.

"Está louca, sou apenas um ano mais velho que você."

"Como sabe disso se nem me conhece direito." Fui para o contra-ataque e ele sorriu.

"Sim, claro mas já sei o suficiente sobre você." Ele contestou e eu olhei demonstrando que estava de brincadeira.

"Isso não é assustador?" Perguntei e Leonardo bateu no meu joelho e se levantou.

"Durma bem." Leonardo sussurrou, então olhei para ele, mas como estava muito cansada, me deitei de qualquer maneira. Antes de deixar o quarto, ele me olhou novamente e apagou a lâmpada.

Talvez esses garotos não sejam tão maus quanto eu imagino?

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