Capítulo 10 10

A segunda-feira passou rápido. Eu tive que aplicar alguns testes em pessoas que haviam feito seleção para algumas empresas. Essa era minha função. Colaborar com o RH, sendo que nem sempre minha opinião era escutada. Eu tinha alguns colegas legais, o dono da empresa era simpático e jovem e algumas vezes me convidou para sair e eu sempre recusei de forma gentil, pois jamais passava pela minha cabeça me envolver com meu chefe, por mais charmoso que ele fosse. Eu não gostava muito de trabalhar lá, mas foi o que apareceu na minha área logo que cheguei à cidade.

Ainda tinha intenção de montar um consultório e fazer consultas particulares, mas o lugar onde eu trabalhava me remunerava bem e me dava estabilidade financeira. Então me faltava coragem de arriscar.

Quando cheguei ao Dreamworld percebi que as luzes do apartamento de Therry estavam acesas. Fiquei pensando se deveria ou não ir até lá e conversar com ele de uma vez para acabar tudo entre nós. Achei estranho ele não me procurar, nem sequer me ligar. Olhei no relógio e lembrei que teria o jantar na casa de Carlos. Eu não queria conversar com Therry com pressa, embora nem sei se tínhamos muito a falar a não ser realmente acabar de forma oficial o que nunca chegou a acontecer de fato. Não nos gostávamos e nosso namoro era a coisa mais superficial do mundo. Até agora eu não entendia como havia deixado chegar aonde chegou se eu sequer gostava dele. Enfim, resolveria depois. No momento meu maior objetivo era unir Samantha e Carlos. E eu esperava que minha ansiedade por este relacionamento fosse simplesmente porque eu queria ver minha amiga feliz ao lado de um homem que gostasse dela.

Cheguei em casa, tomei um banho rápido, troquei de roupa, amarrei meu cabelo e saí. Bati na porta dele exatamente na hora combinada.

- Ariane, que surpresa. – disse ele ao abrir a porta com um pano de prato descansando sobre o ombro.

- Bem, você me convidou.

- Eu sei. – ele disse rindo. – Estou brincando com você.

Eu ri. Sentei na sala. O apartamento dele era muito bem decorado e aconchegante. Ele foi para a cozinha e o cheiro da comida estava por todo o ambiente. Cheiro bom. Eu não pude evitar comentar:

- O cheiro está ótimo.

- Modéstia parte, sou um ótimo cozinheiro. – gritou ele.

- O que está preparando?

- Quibe assado, homus e pão sírio.

- Nossa... Estou ansiosa para provar tudo.

Eu nunca tinha comido nada do que ele havia mencionado. Eu era uma péssima cozinheira, mas amava comer. Quando eu não tinha minhas amigas para cozinhar, eu tinha que pedir algo para entregar em casa ou me virar com um sanduíche quando estava com preguiça. Mas provar uma culinária de outro país e sendo preparado por um homem que eu acho que veio de lá era extremamente excitante.

Observei a mesa posta de forma bem convencional. E havia tudo preparado para três pessoas. Fiquei um pouco curiosa sobre quem mais ele havia convidado, Afinal, ele havia dito que haveria alguém para que não confundissem nosso jantar com um encontro amoroso.

Ele logo veio da cozinha:

- Tudo preparado.

- Quem é a terceira pessoa? – perguntei.

- Surpresa.

- Samantha eu tenho certeza de que não é. – falei eu tentando adivinhar por eliminação.

- Não, não é Samantha.

Fiquei realmente curiosa, mas preferi não continuar o assunto. Deu-me medo de ser Therry, mas acho que eles não costumavam conversar muito, então provavelmente estava fora de questão. Nem sei se ele sabia que nós namorávamos.

Ele sentou-se próximo a mim e disse:

- Ok, vamos ao que interessa.

- Vamos. – eu disse rindo da praticidade dele.

- Sabe que eu quero conversar sobre Samantha?

- Sei... E no que eu posso ajudar?

- Bem, eu sei que ela gosta de Jonathan, ou ao menos pensa gostar.

- Sim...

- E sei, felizmente, que ele não sente nada por ela.

- Felizmente?

- Felizmente para mim. – consertou ele.

- De certo modo, sim. Mas como pode ter tanta certeza de que ele não gosta dela?

- Acho que todo mundo sabe isso.

- Verdade. – concordei. Acho que realmente qualquer um percebia que não havia interesse de Jonathan em Samantha.

- Eu sou apaixonado por Samantha, desde a primeira vez que a vi. Eu não sou um homem muito badalado. No geral sou bem reservado até. Só me reúno com vocês aqui do condomínio, em festas e nos domingos para o almoço. Não costumo frequentar bares e coisas do tipo, como ela.

- Sim, eu sei. Mas você sabe que ela gosta de sair, de bar, de danceteria e de tudo que você não gosta, não é mesmo?

- Estou ciente disto.

- Eu sei que ela está meio obcecada por Jonathan. Então ela não tem olhos para outra pessoa.

- Ela nem me conhece. E nem assim me dá uma chance sequer. Por que não eu?

- Ela conhece você... Pouco, mas conhece. Até porque, como você mesmo falou, és bem reservado.

- Meu jeito é assim. Mas eu evoluí... Tive até coragem de convidar você, a melhor amiga dela, para jantar aqui e conversarmos sobre meus sentimentos. – disse ele rindo.

- Verdade... Foi corajoso da sua parte, Carlos.

- Eu não quero mais esperar.

- E onde eu entro nesta história?

- Talvez falar bem de mim... Observar minhas qualidades nas conversas que vocês tiverem...

- Eu... Já fiz isso. Mas é difícil conseguir desligá-la de Jonathan.

- Isso vai passar e eu sei. Ela não é muito de se apegar a ninguém. Eu observei no tempo que a conheço. Ela está assim porque Jonathan não a quer e acho que para ela é uma questão de honra esta conquista.

- Talvez... Mas não tenho muita certeza se realmente ela não gosta dele. O que sei é que quer o bem dela. Samantha é minha amiga e ela é uma pessoa excepcional. Eu só quero que ela seja feliz e se eu estou aqui neste momento falando com você é porque eu acredito que você pode fazê-la feliz.

- Sim, eu sei que eu posso... E sei o quanto ela merece sorrir e viver mais leve.

- Eu só quero o bem dela. E sempre percebi o quanto você é interessado nela. Nem precisaria ter se aberto comigo... Eu já sabia.

Ele colocou as mãos na cabeça e disse sorrindo:

- Que bom ouvir isso, Ariane. Fico tão feliz que alguém me ouça e fale comigo sobre isso. É difícil abrir meu coração desta forma. E claro que eu não quero forçar Samantha a nada... Somos adultos, afinal. Mas eu sei que se não tiver uma ajuda por trás, ela nunca vai me ver como o possível homem da vida dela.

Eu ri e confessei:

- Eu não acho que você seja o tipo de homem que ela gosta. Então precisa tentar fazer algumas coisas diferentes, como por exemplo, deixar mais claro seu interesse por ela. Ela gosta disso. Ela não se sente bem com homens tímidos ou pouco falantes. Ela gosta de... Ação. Acho que esta é a palavra.

- Entendo... – falou ele olhando para mim realmente interessado nas minhas palavras.

Eu fiquei feliz por Samantha. Ele me parecia bem sincero em seus sentimentos e eu não lembro a última vez que minha amiga foi realmente valorizada por um homem.

- Eu tenho uma ideia. Nas quartas Helena costuma fazer uma jantar para Daniel. Sempre comemos junto com eles. Eu vou inventar uma desculpa qualquer e vou sair, deixando vocês quatro juntos. Então lhe dou uma oportunidade para conversar com ela e começar isso tudo.

- Você é um anjo, Ariane.

- Carlos, eu não sou um anjo. – falei

O som da campainha fez com que parassem a conversa. Ele foi atender. Quando vi Jonathan fiquei confusa e sem palavras. Ele cumprimentou Carlos e sentou-se sem muita cerimônia próximo de mim no sofá.

- Boa noite, Ariane. – cumprimentou ele com aquele sorriso que só ele tinha.

- Boa noite. – falei baixando o olhar.

Depois olhei para Carlos, buscando uma explicação, que não veio. Ele somente sorriu para mim, como se estivesse satisfeito por Jonathan estar ali. Percebi que talvez fosse intencional da parte dele: colocava eu e Jonathan juntos para tentar fazer com que nos relacionássemos de alguma forma, ficando assim Jonathan fora do caminho de Samantha de uma vez. Ou quem sabe ele tinha esperanças que Jonathan se apaixonasse por mim, não havendo a mínima possibilidade de ele e Samantha reatarem. Ou talvez... Talvez... Não sei mais o que eu deveria pensar. Nem se eu queria pensar. Eu só tinha certeza de que eu não podia ficar próxima daquele homem novamente. Eu perdia minha força e segurança quando estava com ele. E ele era proibido para mim.

Carlos voltou para a cozinha, talvez para buscar os pratos que seriam servidos no jantar. Eu fiquei ali, com Jonathan, sozinhos mais uma vez, com meu coração tentando saltar para fora do peito.

- Por que você fica assim quando está perto de mim? – perguntou ele de repente.

Eu o olhei e disse:

- Que jeito? Eu... Estou normal. – mas minha voz mal saía.

- Parece que eu faço você perder sua segurança.

Encarei ele e disse:

- Está enganado. Por que eu perderia minha segurança perto de você?

- Então se eu estou enganado e você fica à vontade quando está comigo, vamos jantar esta semana? Nós dois, sem ninguém mais.

Eu fiquei surpresa com o convite e principalmente com a última fala dele "nós dois, sem ninguém mais". Eu não deveria ir. Eu não podia ir. Mas pensei que na quarta eu tinha intenção de deixar Samantha, Carlos, Daniel e Helena sozinhos, num encontro duplo. Então por que não? Porque você realmente não está segura ao lado dele, porque ele te deixa exposta e sem noção, falei para mim mesma. Mas ao mesmo tempo eu precisava provar para mim mesma que eu conseguia sair com Jonathan sem me envolver com ele. Eu não era mais uma adolescente. Eu era uma adulta, responsável, financeiramente estável e bem resolvida.

- Por que não? – falei com uma calma que eu estava longe de sentir naquele momento. – Quarta-feira?

- Pensei que não aceitaria. – confessou ele.

- Posso voltar atrás. – eu disse.

- Não aceito não como resposta.

- Mas... Eu não gostaria que fosse no seu apartamento. – pedi.

- Claro. Não seria mesmo. Você merece mais que um jantar no meu apartamento.

Fiquei pensando que a intenção dele era me tratar como todas as outras: eu só fazia parte de mais uma das conquistas dele. Talvez a última que faltasse no Dreamworld, sendo que Helena estaria fora de cogitação por ser a noiva do melhor amigo dele. Ou quem sabe até ela ele já tentou conquistar. Não adiantava eu ficar pensando que existia uma pessoa na vida dele porque talvez nem tivesse. Poderia tudo ser parte de um plano. E pensando melhor, eu sabia que Jonathan não passava de um conquistador, colecionador de mulheres e comigo não seria diferente. Restava a mim saber dizer não ao charme incontrolável dele e me conter. Mas um jantar não significava nada além de um jantar. Aquela etapa eu venceria.

- Que fique claro que eu não quero no seu apartamento por causa de Samantha e Therry. – eu expliquei.

- Você e ele ainda estão juntos? Você o perdoou?

- Nós não conversamos ainda. – confessei.

- Como assim? Depois de tudo que houve vocês não conversaram a respeito?

- Não. – me limitei a dizer. Eu não queria discutir meu relacionamento complicado com Therry com ele.

- Então... Você ainda é a namorada de Therry?

- Teoricamente até eu vê-lo sim.

- isso significa que é uma questão de tempo, pois você vai acabar tudo?

- Sim... – falei confusa com o monte de pergunta dele. – Onde iremos jantar? – perguntei para trocar de assunto.

- Vou reservar um restaurante maravilhoso. – disse ele. – Tenho certeza de que você vai gostar.

- Está tentando me impressionar, Jonathan?

- Muito mais do que isto.

Fiquei atônita com a sinceridade dele. Jonathan realmente sabia o que queria e fazia qualquer coisa para conseguir. Sorte que eu já tinha sacado a intenção dele de me colocar na lista de mulheres que ele dormiu. Eu era bem mais esperta do que ele imaginava. Homens como ele eu conhecia de longe. O feitiço viraria contra o feiticeiro. Não daria certo comigo. Como fui tola em achar que poderia haver algum tipo de sentimento dele por mim. Acho que a carência me fez pensar isso. Ao mesmo tempo, mesmo ciente das intenções dele, ele me fazia tremer por dentro. E isso eu não conseguia evitar. E sim, ele me deixava insegura, por mais que eu tentasse pensar que não. Acho que se ele tentasse me beijar naquele momento, eu não conseguiria evitar, como aconteceu na piscina. Na verdade, eu senti muita vontade de ser beijada por ele novamente. O que estava acontecendo comigo? Eu estava pensando mesmo aquilo? Olhei para ele e tentei me convencer de que era simplesmente Jonathan, o meu vizinho, nem tão próximo nem tão distante, ex-namorado da minha melhor amiga.

- Ariane, eu preciso lhe confessar uma coisa.

- Eu não quero ouvir. – sim, realmente eu disse aquilo porque eu tinha medo do que ele falaria.

- Por que não quer me ouvir? – perguntou ele surpreso.

- Porque não me interessa o que você tem a dizer. Não somos nem amigos para você me confessar algo.

- Bem... Então talvez você até já saiba o que eu tinha a dizer, não é mesmo?

- Jonathan, não insista... Não torne tudo mais difícil. – eu pedi.

Carlos veio da cozinha com um lindo prato e eu fiquei tranquila quando o vi. Conversa encerrada com Jonathan. Salva por Carlos e sua comida árabe.

- Está tudo pronto. Só virem para a mesa provar meus pratos prediletos.

Não era só o cheiro da comida que estava bom. Ela estava saborosa. Nunca pensei que comida árabe fosse tão boa. Muito menos que Carlos fosse tão bom cozinheiro.

- Nossa, esta comida está fabulosa. Você está aprovado na cozinha, Carlos. – eu elogiei.

- Bem, você só está dizendo isso porque ainda não provou a minha comida. – disse Jonathan.

Olhei para ele, que não estava rindo. Eu não sabia se era brincadeira ou se ele estava falando sério. Se fosse sério achei ofensivo para Carlos.

- Acho que você precisa fazer com que ela prove sua comida então. – disse Carlos rindo.

Não me senti muito bem com os olhares dos dois. Senti na mesma hora que havia algo ali que eu não sabia. E eu nem tinha certeza se queria saber. Deu-me vontade de levantar e ir embora. Não gosto de ser tratada como idiota e era como eu me sentia naquele momento. Pareceu-me tudo planejado e eu só não entendia a intenção real dos dois. Passou pela minha cabeça que poderia ter sido ideia até de Jonathan, como forma de fazer com que Samantha o deixasse em paz. Enfim... Sorri e fingi que estava tudo bem.

- Gostou do meu convidado, Ariane? – perguntou Carlos.

Agora sim me deu vontade de ir embora. Sim, eles estavam brincando comigo. Até Carlos, que inicialmente parecia um inocente e apaixonado homem? Nem sei mais se ele merecia Samantha.

- Se eu não tivesse gostado, faria alguma diferença? – perguntei ironicamente.

Houve um silêncio depois Jonathan disse seriamente:

- Faria, claro que faria. Eu não quero ficar aqui se não é do seu agrado. – disse ele. – Se de alguma forma incomodo você, eu não me importo de ir embora.

Eu vi que realmente ele estava preste a levantar e sair dali. Então eu coloquei minha mão sobre o braço dele e disse:

- Não... Fique.

Os dois me olharam imediatamente. Eu na mesma hora tirei minha mão do braço dele. Fiquei confusa com o que ele disse. Parecia que a minha opinião importava para ele. Que ele não queria ficar ali se não me agradasse a presença dele. Por um momento eu pensei que poderia estar enganada com relação a ele. Mas era melhor não pensar mais sobre aquilo. A noite já tinha tido surpresas demais então eu procurei saborear a comida e falar o mínimo possível para não me comprometer com nada. Neste caso nada que tivesse qualquer coisa que me ligasse a Jonathan.

Depois que Carlos recolheu os pratos eu me ofereci para ajudar com a louça e ele aceitou. Só que Jonathan foi ajudar também. Enquanto limpávamos tudo falávamos sobre nossos trabalhos e até que foi mais divertido do que os momentos que tive com Jonathan antes do jantar. Eles estavam acostumados a limpar suas próprias coisas, assim como eu. Ri quando Jonathan relatou que Daniel era muito bagunceiro e ele, extremamente organizado, às vezes se via xingando o amigo como se fosse sua esposa. Confessei a eles o quanto eu era ruim na cozinha e que tinha mania de limpeza.

Depois fomos para a sala e Carlos colocou uma música para escutarmos. Reggae era nossa preferência. Facilmente nos envolvemos falando sobre os ritmos que gostávamos e bandas. No fim, achei que o jantar foi bem divertido. Se eu tivesse relaxado antes, teria aproveitado mais. Quando começamos a falar sobre Samantha, fiquei surpresa ao saber que Jonathan sabia dos sentimentos de Carlos por ela. E ele estava disposto a fazer qualquer coisa para ajudar Carlos. Relatou que queria que Samantha fosse feliz com alguém que realmente gostava dela. Naquele momento eu percebi que não havia a mínima possibilidade de Jonathan voltar a namorar com Samantha. Acho que sequer faria sexo com ela, mesmo que ela só quisesse isso. Conforme conversávamos e eu o ouvia falar sobre seus desejos, planos e tudo mais, percebi o quando eu estava queria saber sobre Jonathan. E por quê? Não adiantava eu tentar me enganar, eu estava me interessando por ele.

- Eu... Preciso ir embora. Já esta tarde e amanhã eu trabalho. – eu disse me levantando.

- Puxa, ainda é cedo. – disse Jonathan olhando no relógio.

Eu nem sabia a hora, mas eu queria ir embora. Não era seguro ficar ali ou eu poderia encerrar a noite na cama dele. E pior: eu convidando-o.

- Não... Não é cedo. Realmente preciso das minhas 8 horas de sono. – brinquei.

- Gostei da companhia de vocês. – confessou Carlos. – Fazia tempo que não me divertia com pessoas normais. – ele riu. – Podemos repetir outra hora?

- Claro... Foi agradável. – eu confessei.

Quando me dirigi à porta, Jonathan foi comigo e perguntou:

- Ainda está de pé nosso jantar na quarta?

- Sim. – eu disse.

- Que horas pego você?

- Nem pensar passar para me pegar. Encontramos-nos... Na frente do bar. – eu disse. – Não quero confusão com Samantha. Na verdade, parece até que estou fazendo algo errado saindo com você. Ela se magoaria se nos visse juntos.

- Tudo bem. Encontro você lá às 8 horas.

- Ok... E por favor, não comente com mais ninguém. Estou fazendo isso por Samantha, acredite. Para que ela possa ter este encontro com Carlos e talvez ser feliz novamente. Ela é muito importante para mim.

- Não se preocupe. Serei discreto. – garantiu ele.

- Obrigada.

- Boa noite, meu amor. – ele disse piscando.

Eu ri alto achando totalmente desnecessário da parte dele e voltando a entender que tudo fazia parte do plano de conquista daquele homem:

- Boa noite, Jonathan. Mas você não é o meu amor.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022