Uma Esposa Para o Mafioso
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Capítulo 3 3

Estaria o americano indo atrás dela?

Chiara corria cegamente em direção ao beco estreito que conduzia a uma há muito esquecida entrada para o Castello Cordiano. Ela seguia suas reviravoltas, que subiam de maneira íngreme em direção ao topo da montanha.

Ninguém sabia da existência daquela passagem. Ela a descobrira quando criança, escondida no armário do quarto de crianças com sua boneca preferida, para fugir da crueldade de seu pai e da religiosidade de sua mãe.

Tinha sido sua rota para a liberdade desde então, além do prazer adicional de fazer de bobos os homens de seu pai, quando parecia sumir por debaixo de seus narizes.

O beco terminava em um campo de arbustos e rocha escarpada. Uma grossa vegetação de arbustos e hera escondia a centenária porta de madeira que levava ao castelo. Ofegante, com a mão no coração, Chiara recostou-se sobre a porta e lutou para recuperar o fôlego. Ela esperou, então espreitou por uma fenda na folhagem intrincada. Grazie Dio! O americano não a havia seguido.

Agir como o bruto que era devia ter sido o bastante para ele.

Não havia surpresas ali. Ela sempre soubera como o mundo funcionava. Homens eram deuses. As mulheres suas empregadas. O americano cometera o deslize para recordá-la daquelas verdades da maneira mais crua possível.

Chiara tomou um longo e equilibrante fôlego, abriu a pesada porta e a cruzou. Seu coração não voltou ao batimento normal até que estivesse segura dentro do quarto e a porta fechada atrás dela.

Que desastre fora aquele dia!

Sim, ela havia se afastado do castelo como nunca antes, mas e daí? O plano de assustar o americano e o mandar correndo de volta havia sido um miserável fracasso. Pior que um fracasso pois, ao invés de assustá-lo, ela o havia enfurecido.

Irritar um homem daqueles nunca era uma boa idéia.

Chiara tocou seus lábios com a ponta do dedo. O sangue dele estava nela? Não, mas ela ainda conseguia sentir a marca da sua boca, ainda sentia seu gosto. A carne quente e firme. A rapidez de sua língua. A aterrorizante sensação de invasão...

E então, sem nenhum aviso, aquela sensação no seu baixo ventre. Como se algo estivesse lentamente pulsando no mais fundo de si.

Ela piscou e puxou ar para dentro dos pulmões. Não adiantava pensar sobre o ocorrido. O que importava era o que aconteceria a seguir.

Ela havia subestimado terrivelmente o americano.

Ele era muito alto. De físico muito esguio. Mas era mais que o visual que o separava daqueles homens que conhecia. Era... O quê? Suas roupas? O temo cinza, risca de giz que fora certamente feito sob medida? O Rolex de ouro que havia visto de relance em seu pulso bronzeado e peludo? Talvez seu ar de sofisticação. Ou sua autoconfiança.

Autoconfiança presunçosa, mesmo enquanto Enzo lhe apontara o revólver. Mesmo quando ela se lançara em suas costas. Mesmo quando cravara os dentes em seus lábios para encerrar aquela vil demonstração de dominação masculina do tipo eu-estou-no-comando-aqui. Aquele beijo quente e possessivo. Chiara se afastou da porta. Ela deveria trabalhar rápido. Dio, se o seu pai a visse agora...

Ela quase riu ao se despir daquele traje negro e camisa branca sem colarinho que Enzo encontrara para ela. Pensar sobre Enzo era o bastante para que parasse de rir. Que humilhação ele sofrera hoje. E se o pai descobrisse algum dia o que ele havia feito...

O velho era seu mais querido amigo. Seu único amigo. Fora motorista de seu pai quando ela era pequena e fora sempre gentil, mais gentil do que qualquer um, mesmo sua mãe. Mas sua mãe não havia sido feita para este mundo. Chiara tinha apenas vagas recordações dela, uma esguia figura de negro, sempre ajoelhada na velha capela ou sentada em uma poltrona debruçada sobre sua Bíblia, nunca falando, nem mesmo com Chiara, exceto para lhe sussurrar avisos a respeito do que a vida lhe guardava. Sobre os homens e tudo que eles queriam. - Homens são animais, mia figlia - ela lhe sussurrara. - Só querem duas coisas. Poder sobre os outros. E executar atos de depravação sobre o corpo de uma mulher.

Chiara chutou a roupa delatora para o fundo de seu armário, então correu para o banheiro antigo e girou as torneiras da banheira.

O que sua mãe lhe dissera era a verdade.

Seu pai controlava seus homens e seu vilarejo com mão de ferro. Em relação ao resto... ela já ouvira acidentalmente as piadas sujas dos homens de seu pai. Sentira os olhos deles deslizando sobre ela. Um em particular olhava para ela de um jeito que a nauseava.

Giglio, o braço direito de seu pai. Ele era uma enorme bolha de carne. Tinha lábios vermelhos e úmidos e seu rosto estava sempre suando. Mas eram os olhos dele que a faziam tremer. Eram olhos pequenos, próximos um do outro. Cheios de malícia, como os olhos de um javali que certa vez confrontara-se com ela na montanha.

Giglio passara a vigiá-la com uma audácia assustadora.

Certo dia, ao cruzar com ela, a mão dele encostara de leve nas suas nádegas e ele pareceu mantê-la lá demoradamente, de propósito. Ela arfara de susto e recuara. Seu pai estava no recinto. Será que ele não vira o que havia ocorrido? Por que ele não reagira?

Chiara livrou-se desta recordação ao afundar-se na banheira de água quente. Ela tinha coisas mais importantes com que se preocupar agora.

Enzo e ela tinham falhado. O americano manteria o compromisso marcado com o pai dela. A questão era, será que ele a reconheceria? Enzo poderia se manter longe dele, mas ela não. Afinal, ela era a razão pela qual o americano estava lá.

Ela estava numa vitrine. À venda, como uma cabra premiada.

Tudo o que podia fazer era rezar para que ele não a reconhecesse. Era possível, não? Ela estaria usando um vestido, seu cabelo preso para trás no coque usual, ela falaria de maneira suave, se comportaria com discrição e manteria os olhos no chão. Ela se manteria o mais invisível possível.

E mesmo se ele a reconhecesse, ela poderia rezar para que ele não a quisesse, mesmo que fosse uma honra para ele desposar a filha de don Freddo Cordiano.

Um homem como aquele certamente recusaria tal honra. Por que tê-la quando ele poderia escolher suas próprias mulheres? Embora considerasse repugnante toda aquela visível masculinidade, ela sabia que havia quem se fascinasse por aquele rosto áspero, por aqueles penetrantes olhos azuis, por aquele duro e forte corpo.

Aquele momento, quando ele a puxara para seu colo, quando ela o sentira por baixo de si. A recordação a fez tremer. Ela nunca havia imaginado...

Ela sabia que o órgão sexual masculino tinha aquela capacidade. Não era ignorante a este respeito. Mas aquela parte dele parecia ser enorme. Certamente um corpo feminino não podia acomodar algo daquele tamanho...

Uma batida soou à porta. Chiara se endireitou na banheira.

- Sí?

- Signorina, per favore, il vosíro padre chiede che lo unite nella biblioteca.

Chiara ficou imobilizada. Seu pai a queria ver na biblioteca. Estaria ele sozinho ou o americano teria chegado?

- Maria? È solo il mio padre?

- No, signorina. Ci è un uomo con lui. Uno americano. Ed anche il suo capo, naturalmente.

Oh, Deus. Chiara fechou os olhos. Não apenas o americano. Giglio estava lá também. Será que o dia poderia ficar pior?

Será que o dia poderia ficar pior?

Rafe sentiu um músculo pular em sua bochecha. Para que se preocupar em imaginar isto? O dia já havia piorado.

Ele tinha um não solicitado cálice de grappa na mão, um charuto gordo que havia recusado na mesa ao seu lado, uma horrenda massa de músculos e gordura chamada Giglio transbordando de uma cadeira a sua frente.

Cordiano havia apresentado o homem como seu sócio. Mas certo seria dizer que era seu capo. Aquele era só o apelido do dia para capangas.

Por alguma razão o Homem-suíno não gostava dele. Tudo bem. O sentimento era mútuo.

Além disso, Cordiano parecia decidido a contar intermináveis histórias autoenaltecedoras ocorridas nos gloriosos dias de sua juventude, quando homens eram homens e não havia nada que ninguém pudesse fazer a respeito.

As tentativas dele em fazer com que o assunto chegasse ao fim foram infrutíferas.

Após os apertos de mão e a cerimonial entrega de um charuto não desejado e a taça obrigatória de grappa, Rafe entregou a Cordiano a carta lacrada de seu pai.

- Grazie - disse o don e a jogou, fechada, sobre a mesa de trabalho. A cada vez que ele pausava para tomar fôlego, Rafe tentava apresentar a versão verbal do pedido de desculpas de seu pai. Sem sorte. Cordiano não lhe dava oportunidade.

Ao menos a proposta de casamento não fora mencionada. Talvez Cesare já lhe tivesse explicado que Rafe não se aproveitaria da generosa oferta de tomar para si a obviamente indesejável filha de seu velho inimigo.

- ...para você, signor Orsini.

Rafe piscou e se voltou em direção a Cordiano.

- Desculpe-me, o quê?

- Eu disse que este certamente foi um longo dia para você e aqui estou eu, lhe entediando com minhas histórias.

- O senhor não me entedia nem um pouco - disse Rafe e a seguir forçou um sorriso.

- A grappa não está a seu gosto?

- Temo dizer que não sou apreciador de grappa, don Cordiano.

- E também não um apreciador de charutos - disse Cordiano, com um rápido exibir de dentes.

- Na verdade... - Rafe pôs a taça sobre a mesinha ao lado da cadeira e se levantou. O Homem-suíno também se levantou. Basta, pensou, - Também não aprecio ser observado como se fosse roubar a prataria da casa, então peça para que seu cão de guarda relaxe.

- Claro. - O don deu uma risada, embora o som tenha sido notadamente soturno. - É apenas porque Giglio o vê como um concorrente.

- Acredite em mim don Cordiano, não estou nem um pouco interessado em tomar o cargo dele.

- Não, obviamente que não. Somente quis dizer que ele sabe que estive buscando uma maneira de agradecer a ele por seus anos de dedicação e...

- E tenho certeza de que encontrará uma recompensa adequada, mas não tenho nada a ver com isto. Estou aqui Um nome de meu pai. Eu agradeceria se pudesse ler a carta que ele lhe enviou.

Cordiano sorriu.

- Mas eu sei o que ela diz, signor. Cesare suplica meu perdão pelo que me fez há quase meio século. E você, Raffaele, posso chamá-lo assim? Você está aqui para me garantir que ele foi verdadeiro em cada palavra. Certo?

- É basicamente isto. Então, posso voltar para casa e informar meu pai de que as desculpas foram, aceitas? Porque está ficando tarde. E...

- Seu pai lhe contou o que fez?

- Não. Não me contou. Mas isto é entre você e...

- Eu era seu... suponho que você chamaria de patrocinador.

- Que bom para ambos.

- Ele devolveu minha generosidade roubando la mia fidanzata.

- Lamento, mas não falo...

- Seu pai roubou minha noiva. - O sorriso de Cordiano tornou-se frio. - Fugiu com ela no meio da noite, dois dias antes de nos casarmos.

- Não entendo. Meu pai tem uma esposa. Ela... - O queixo de Rafe caiu. - Você está dizendo que minha mãe estava noiva do senhor?

- Definitivamente estava, até seu pai roubá-la de mim. Toda aquela coisa de "escuridão de uma paixão" começava a fazer sentido. E agora? O que ele poderia dizer? Já era difícil imaginar um jovem Cesare, mas imaginar sua mãe como uma jovem fugindo com ele...

- Você achava que isto era sobre algo simples? - A voz do don era tão fria quanto seu sorriso. - É por isto que ele o enviou aqui, rapaz. Para oferecer um pedido de desculpas que valesse, um que eu poderia aceitar. Olho por olho. Esta é nossa maneira. Ou, agora que muitos anos se passaram, um feito por um desfeito. - Cordiano cruzou os braços. - Seu pai roubou minha noiva. Eu lhe mostrarei meu perdão ao deixar você tomar minha filha como sua. Está vendo?

Se ele estava vendo? Rafe quase riu. De jeito nenhum. Nem mesmo um gênio via qualquer lógica naquilo.

- O que vejo - disse secamente. - É que você tem uma filha da qual deseja se livrar.

O Homem-suíno fez um som com o fundo da garganta.

- E, de alguma maneira, você e meu velho confabularam este esquema absurdo. Bem, esqueça. Isto não irá acontecer.

- Minha filha precisa de um marido.

- Tenho certeza de que precisa. Compre um, se isto for necessário.

A montanha de músculos rosnou e tomou um passo à frente. Rafe podia sentir a adrenalina pulsando. Droga, pensou, olhando o capo, ele poderia fazer mais do que dar uma boa luta. Irritado do jeito que estava, ele poderia derrubá-lo.

- Tenho a palavra de seu pai sobre este assunto, Orsini. - Então você não tem nada, pois não é da palavra dele que precisa e sim da minha. E posso muito bem lhe assegurar que...

- Aí está você - disse Cordiano com força, olhando para além de Rafe. - Demorou demais para obedecer minhas ordens, menina.

Rafe se virou. Havia uma figura na porta. Chiara Cordiano chegou para se juntar a eles.

- Virou pedra? - disse o don rispidamente. - Entre. Há um homem aqui que quer conhecê-la.

Até parece, quase disse Rafe, mas lembrou a si mesmo que nada disto era culpa da menina. Na verdade, sentiu um arremedo de pena por ela. Já deduzira que ela deveria ser sem graça. Talvez pior que isso. Talvez tivesse verrugas do tamanho de melancias.

Ela também era uma mulher derrotada. Tudo nela deixava claro isso.

Sua cabeça estava inclinada, mostrando um negro cabelo preso num coque apertado. Suas mãos cruzadas à frente, descansando sobre a cintura, se ela tivesse uma. Era impossível dizer, pois seu vestido não tinha forma, negro e feio como seus sapatos. Sapatos de cadarço, ele pensou com incredulidade.

Não conseguia ver seu rosto, mas não precisava vê-lo. Deveria ser tão simplório quanto o resto dela. Não era de estranhar que seu pai estivesse querendo dá-la. Nenhum homem em sã consciência iria querer uma mulher patética como aquela em sua cama. O.k. Ele seria educado. Poderia fazer isto por ela, pensou, e abriu a boca para dizer olá. O Homem-suíno antecipou-se a ele.

- Buon giorno, signorina - disse o capo

Rafe viu um tremor passar através dos estreitos ombros dela.

- O signor Giglio falou com você - o don disse rispidamente. - Onde estão seus modos?

- Buon giorno - disse ela suavemente.

Rafe curvou a cabeça. Havia algo de familiar na voz dela?

- E você não cumprimentou nosso hóspede, signor Raffaele Orsini.

A mulher inclinou a cabeça. Não foi fácil de fazer, o queixo já estava quase em seu peito.

- Buon giorno - sussurrou.

- Em inglês, menina.

Rafe sentiu outro surto de simpatia. A pobrezinha estava aterrorizada.

- Tudo bem - ele disse rapidamente. - Não sei muito italiano, mas consigo fazer uma saudação. Buon giorno, signorina. Come sta?

- Responda a ele - ladrou Cordiano.

- Estou bem, obrigada, signor. Definitivamente havia algo de familiar na voz dela...

- Por que está vestida assim? - seu pai reclamou. - Você não vai para um convento. Vai se casar.

- Don Cordiano - disse Rafe rapidamente -, já informei ao senhor...

- E por que está parada aí com a cabeça abaixada? - Cordiano agarrou a filha pelo braço, seus dedos apertando-a com força. Ela recuou, e Rafe deu um passo à frente.

- Não - ele disse calmamente.

O capo saltou à frente, mas Cordiano levantou a mão.

- Não, Giglio. O signor Orsini está certo. Ele está encarregado destas coisas agora. É direito dele, e apenas dele, disciplinar a noiva.

- Ela não é minha... - Rafe deu uma rápida olhada na mulher, então baixou a voz. - Já lhe disse, não estou interessado em desposar sua filha.

Os olhos de Cordiano endureceram.

- Esta é sua palavra final, Orsini?

- Que tipo de homem é você, para fazer sua filha passar por algo assim? - disse Rafe com raiva.

- Eu lhe fiz uma pergunta. Esta é sua palavra final? Poderia algum homem se sentir pior do que Rafe se sentia agora? Ele odiava o que Cordiano estava fazendo com a menina. E por que diabos ela não dizia nada? Ela era dócil ou burra?

Não é assunto meu, disse a si mesmo, e olhou para Freddo Cordiano.

- Sim - disse com voz rouca -, é minha palavra final.

O Homem-suíno deu uma risada. O don deu de ombros. Então agarrou o pulso de aparência delicada da filha.

- Neste caso - disse -, dou a mão de minha filha a meu fiel braço direito, Antônio Giglio.

Finalmente, a mulher levantou os olhos.

- Não - ela sussurrou. - Não - disse novamente e o grito cresceu, ganhou força, até tomar-se estridente;

Não! Não! Não!

Rafe a encarou. Obvio que sua voz era familiar. Aqueles grandes olhos violáceos. O nariz pequeno e reto. As maçãs do rosto esculpidas, a inebriante boca rosada...

- Espere um minuto - disse. - Espere apenas um maldito minuto...

Chiara voltou-se na direção dele. O americano sabia. Não que isto importasse. Ela estava encurralada. Encurralada! Ela tinha de fazer alguma coisa...

Desesperada, soltou a mão da de seu pai.

- Vou lhe dizer a verdade, papa. Você não pode me dar a Giglio. Veja... veja, eu e o americano já nos conhecemos.

- Pode ter certeza que sim - disse Rafe, furioso. - Na estrada para cá. Sua filha saiu do meio das árvores e...

- Só queria cumprimentá-lo. Como um gesto de... boa vontade. - Ela engoliu em seco. Seus olhos encontraram os de Rafe. - Mas... mas ele... ele abusou de mim.

Rafe pulou em direção a ela.

- Tente contar a seu pai o que realmente ocorreu!

- O que realmente aconteceu - ela disse com um sussurro tremido - é que... é que bem ali, no carro dele... bem ali, papa, o signor Orsini tentou me seduzir!

Giglio soltou um palavrão. Don Cordiano urrou. Rafe teria dito: Você é maluca, todos vocês são. Mas os negros cílios de Chiara Cordiano tremeram e ela desmaiou, caindo direto nos braços dele.

            
            

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