Eu preciso de você
img img Eu preciso de você img Capítulo 6 Alexia narrando:
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Capítulo 7 Alexia narrando: img
Capítulo 8 Zack narrando: img
Capítulo 9 Zack narrando: img
Capítulo 10 Alexia narrando: img
Capítulo 11 Zack narrando: img
Capítulo 12 Zack narrando: img
Capítulo 13 Zack narrando: img
Capítulo 14 Zack narrando: img
Capítulo 15 Zack narrando: img
Capítulo 16 Zack narrando: img
Capítulo 17 Zack narrando: img
Capítulo 18 Zack narrando: img
Capítulo 19 Zack narrando: img
Capítulo 20 Zack narrando: img
Capítulo 21 Alexia narrando: img
Capítulo 22 Alexia narrando: img
Capítulo 23 Zack narrando: img
Capítulo 24 Alexia narrando: img
Capítulo 25 Alexia narrando: img
Capítulo 26 Alexia narrando: img
Capítulo 27 Zack narrando: img
Capítulo 28 Zack narrando: img
Capítulo 29 Zack narrando: img
Capítulo 30 Alexia narrando: img
Capítulo 31 Alexia narrando: img
Capítulo 32 Alexia narrando: img
Capítulo 33 Alexia narrando: img
Capítulo 34 Alexia narrando: img
Capítulo 35 Alexia narrando: img
Capítulo 36 Alexia narrando: img
Capítulo 37 Alexia narrando: img
Capítulo 38 Alexia narrando: img
Capítulo 39 Alexia narrando: img
Capítulo 40 Alexia narrando: img
Capítulo 41 Zack narrando: img
Capítulo 42 Alexia narrando: img
Capítulo 43 Alexia narrando: img
Capítulo 44 Alexia narrando: img
Capítulo 45 Alexia narrando: img
Capítulo 46 Alexia narrando: img
Capítulo 47 Alexia narrando: img
Capítulo 48 Alexia narrando: img
Capítulo 49 Epílogo 1 img
Capítulo 50 Epílogo 2 img
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Capítulo 6 Alexia narrando:

-Não! -Gritei assim que Carter disparou em direção ao Finn. -Não, não, não. -Tentei me levantar da cadeira e ir até ele, mas não consegui graças as cordas.

-Idiota. Eu sabia que não podia confiar nele. -Abaixou a arma e o vi olhando em minha direção.

Observei o corpo de Finn já sem vida no chão. Ele só estava tentando me ajudar.

-Há quanto tempo ele vinha até aqui? -Perguntou.

Não ergui meu olhar para ele, já que meus olhos estão cheios de lágrimas. Me recuso a deixar ele ver eu chorando.

-Está surda, minha querida?

Ele caminhou até mim e pegou em meu rosto com força, me obrigando a olha-lo. Assim que notou minha expressão, um sorriso se formou em seus lábios.

-Vai chorar por esse moleque? -Riu e soltou meu rosto. -Eu devia ter matado ele há muito tempo.

-Você é um monstro. -Falei baixo.

-Como? -Voltou sua atenção para mim. -Escuta aqui, quem está pensando que é para falar assim comigo?

Assim que ele se aproximou o suficiente do meu rosto, sem pensar duas vezes cuspi em seu olho esquerdo. Isso o fez me encarar por um tempo, sem acreditar no que acabei de fazer. Nem eu acredito no que acabei de fazer.

-Agora você está fodida.

Ele puxou meu cabelo para trás e isso acabou fazendo a cadeira cair comigo junto.

-Me larga! -Comecei a gritar.

-Você está muito espertinha pro meu gosto.

Arregalei os meus olhos assim que ele apontou com a arma na direção do meu rosto.

-O que que é? Perdeu o medo, foi? -Apertou mais a arma contra a minha bochecha. -Acha que eu não sou capaz de meter um tiro na sua cabeça, sua filha da puta!?

-Desculpa, desculpa. -Repeti diversas vezes.

-Devia ter me agradecido por eu ter deixado você viva até agora.

-Eu não vou fazer mais isso, eu prometo. Por favor. -As palavras mal saíam de minha boca. Sinto que meu corpo todo está tremendo.

-Eu não vou te matar. Hoje não. -Apertou mais. -Mas garanto que não vai demorar muito pra isso acontecer.

As lágrimas que estavam em meus olhos acabaram saindo e eu não fui capaz de fazer nada para detê-las.

-Só que vou fazer uma coisa para te mostrar quem é que manda aqui. -Se levantou. -Você não perde por esperar.

-Espera, não, por favor! -Tentei me levantar. -Eu vou me comportar, eu prometo.

-Cala a boca. -Dito isso, saiu.

(...)

Um tempo depois de Carter ter saído, um outro cara entrou aqui e me deu uma bebida sem eu querer. Ao sentir que aquilo não se tratava de água, tentei cuspir mas ele tampou minha boca, me impedindo de fazer isso.

Segundos depois eu já fui perdendo a consciência e tudo o que me lembro é de minha cabeça caindo para frente.

(...)

-... no pai? Mas eu pedi para ser mirado no garoto!

Fui abrindo meus olhos aos poucos e consegui escutar duas pessoas conversando do lado de fora do cômodo em que estou.

-Vocês não prestam nem pra fazer o que foi mandado, seus idiotas!

-O pai dela entrou na frente, senhor.

-E onde estão Adam, Bruce e Taylor?

-Eles... eles foram baleados, senhor.

-Imbecis. Eu sabia que tinha que ter ido eu mesmo para fazer esse trabalho.

-Não sabíamos que a polícia ainda estava lá. Quando Bruce disparou contra o homem, a polícia apareceu e atirou sem pensar duas vezes. Eu fui o único que conseguiu correr a tempo.

Minha cabeça está latejando e não estou conseguindo prestar muito atenção no que eles estão dizendo. É como se todas as palavras simplesmente não entrassem em minha mente. Seja lá o que for que tinha na bebida, com certeza não era algo fraco.

Meu estômago está revirando e parece que a qualquer momento eu vou colocar tudo para fora. Mesmo não tendo praticamente nada para vomitar.

Não tenho noção de quanto tempo tem que eu fiquei desacordada. Pode ter sido apenas horas, mas também podem ser dias. Eu não sei. A única coisa que sei é que meu corpo está praticamente me implorando para eu dormir mais um pouquinho. Não queria fazer isso, mas não tenho mais forças para conseguir impedir.

Então minhas pálpebras começaram a pesar e o que fiz foi deixar o meu corpo controlar as minhas ações e acabei pegando no sono mais uma vez.

(...)

-Já fazem 16 horas que ela está dormindo, Carter, acho que tem alguma coisa errada.

Mesmo tendo acordado, permaneci com os olhos fechados.

-O que esperava, hein? David praticamente drogou ela. Eu disse que queria que ela dormisse por algumas horas só pra dar tempo de matarmos o seu namorado.

Como?

-Eu não imaginava que fosse tão forte assim. -Respirou fundo. -Só que o senhor não acha que ela já está há muito tempo sentada aí nessa cadeira?

-O que quer eu faça? Ela não está em um hotel. Temos que manter as aparências para que ela saiba que não estamos aqui de brincadeira.

-Sim, eu sei. Eu só acho que ela já está aí há muito tempo. Fora que eu quase não vi você trazendo coisas para ela. Quando foi a última vez que ela foi ao banheiro, senhor?

Meu estômago se embrulhou mais uma vez e eu não consegui segurar seja lá o que for que ainda está dentro de mim. Virei minha cabeça para o lado e coloquei tudo para fora. Senti o olhar dos dois sobre mim mas continuei vomitando.

Como ainda estou com as mãos amarradas, não consegui segurar meu cabelo, o fazendo se sujar.

-Finalmente a Cinderela decidiu acordar. -Escutei a voz de Carter. -E já acordou colocando tudo pra fora. Muito bem.

Senti minha garganta começar a arder mas não consegui parar.

-Acho que é melhor deixarmos ela solta um pouco. -Falou o outro cara. -Se a polícia souber que ela morreu, vai ser pior pra a gente.

-A polícia nem sabe aonde estamos. -Respondeu Carter. -Pouco importa ela morrer ou não.

Conforme eu ia escutando eles falarem, mais vontade de vomitar dava dentro de mim.

-Carter. -Insistiu o outro.

-Tá, tá. Solte ela.

O cara se aproximou de mim e começou desamarras as cordas de minhas mãos. Finalmente consegui parar de vomitar e olhei para ele, fazendo nossos olhares se encontrarem. Quando notei aquele olhar familiar, não consegui evitar de arregalar os olhos em surpresa.

Stefan negou com a cabeça de um jeito disfarçado, como se quisesse me pedir para continuar fingindo que a gente não se conhece. Tentei manter a neutralidade em meu rosto mas não consigo parar de pensar em como é que ele conseguiu entrar aqui e por que é que ele conhece o Carter.

Stefan terminou de desamarrar minhas mãos e em seguida passou para os meus pés. Ao olhar para meu braço já livre das cordas, só reparei nas marcas e no quanto isso está doendo.

-Tenho que ir na casa dos Davis para cobrar a última dívida feita. Acha que consegue ficar de olho nela? -Perguntou Carter.

-Sim, sim senhor. Eu só vou terminar de desamarra-la. -Stefan respondeu.

-Ótimo. -Carter caminhou até a porta mas parou antes de sair. -Estou confiando em você, Stefan. Você sabe que se conseguirem encontrar ela nós dois estamos fodidos, não é?

-Eu sei, senhor. -Olhou para ele. -Não precisa se preocupar.

Dito isso, Carter saiu. Assim que um silêncio arrodeou a casa, Stefan enfim se levantou de onde estava no chão e pegou em meu rosto.

-Ah, meu Deus. -Observou todos os detalhes do meu rosto. -Eu estava tão preocupado, Alexia.

-Como você... o que? -Senti minha cabeça começando a doer novamente. -Eu devo estar alucinando.

-Não. Não, não, não. -Sorriu ainda sem soltar meu rosto. -Sou eu. Eu tinha que dar um jeito de conseguir vir até aqui. Tinha que saber se realmente era você a ruiva que Carter estava mantendo em cativeiro.

Ao perceber que realmente é o Stefan, senti meus olhos se enchendo de lágrimas e não pude evitar o puxar para um abraço. Assim que senti seu corpo contra o meu, comecei a chorar e o apertei mais contra mim.

-Está tudo bem. Tudo bem, Alexia. Você vai sair desse lugar.

-Como? -Perguntei e funguei o nariz.

-Eu vou ajudar. Ainda essa semana você já vai estar em casa com sua família. Garanto isso a você.

Nunca tinha tido tanta certeza em alguma coisa desde que cheguei aqui. Mas essas palavras de Stefan de alguma forma me fizeram ver que há sim uma luz no fim do túnel.

Instagram do livro: @thaynnarabooks

                         

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