Meu Ponto de Impacto
img img Meu Ponto de Impacto img Capítulo 1 Finalmente nos encontramos, não é
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Capítulo 7 Os sapatos de sola vermelha. img
Capítulo 8 Seu namorado mata com talento. img
Capítulo 9 Ciúmes. img
Capítulo 10 O sequestrador. img
Capítulo 11 O encontro caloroso. img
Capítulo 12 Em companhia das árvores. img
Capítulo 13 Agradecimentos. img
Capítulo 14 O vespeiro. img
Capítulo 15 Antecedentes. img
Capítulo 16 16. Acordo. img
Capítulo 17 Dois lados de uma moeda. img
Capítulo 18 O jogo da forca. img
Capítulo 19 A Porsche cinza img
Capítulo 20 O novo casal de namorados img
Capítulo 21 O conquistador img
Capítulo 22 Apartment img
Capítulo 23 Insônia img
Capítulo 24 Caso de uma noite só. img
Capítulo 25 Escalando a montanha. img
Capítulo 26 Cê tá preparado img
Capítulo 27 Uma taça de vinho. img
Capítulo 28 Segurança no trabalho img
Capítulo 29 Eu estou cansado. img
Capítulo 30 Basebol img
Capítulo 31 Bem-vindo de volta img
Capítulo 32 Prova de amor img
Capítulo 33 Segunda chance img
Capítulo 34 Dreams img
Capítulo 35 A bomba img
Capítulo 36 Fusão img
Capítulo 37 Meu romeu img
Capítulo 38 O crime e a família img
Capítulo 39 Coração quebrado img
Capítulo 40 Consolo no escritório img
Capítulo 41 Negociação img
Capítulo 42 Anunciação img
Capítulo 43 A morte img
Capítulo 44 Coração é terra desconhecida. img
Capítulo 45 O sinal dos tempos. img
Capítulo 46 Finale img
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Meu Ponto de Impacto

Cristinna Guimaraes
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Capítulo 1 Finalmente nos encontramos, não é

A vida é boa. É a conclusão que eu chego depois de olhar para todos do camarote particular onde estou. Depois que eu sai da Itália para tentar viver pelas minhas próprias pernas, não teve um dia em que eu posso dizer que foi fácil, mas eu venci. Eu finalmente venci e não preciso mais viver com medo do amanhã, com medo de precisar voltar para a máfia e consequentemente para debaixo das ordens do meu pai. Olho para as pessoas que dançam como se não houvesse amanhã na pista de dança e penso no que pretendo para o meu futuro enquanto abro e fecho o meu isqueiro.

Ouço meu celular tocar e atendo ao ver que o Mike.

– Eles estão na cidade. – Era tudo que eu precisava ouvir para alegrar ainda mais o meu dia. Um sorriso se espalha lentamente pelo meu rosto e eu quero pular de alegria.

– É mesmo? Em que lugar? – Pergunto inocentemente.

– Acabaram de sair do aeroporto, pelo caminho que estão pegando tudo indica que eles estão indo para o apartamento de Dylan.

– Amadores. – Murmuro baixinho.

– Precisa de ajuda?

– Não, eu resolvo tudo sozinho. Obrigada, logo seu pagamento estará em sua conta.

– As ordens, Capo. – Mesmo que eu tenha deixado a máfia, a máfia nunca me deixou. Eu não sou um capo e mesmo assim ele insiste em me chamar de Capo depois que eu o tirei de uma pequena enrascada.

Passo pelo meu escritório, pego a minha Glock para ocasiões especiais na gaveta e confiro se está carregada, puxo uma submetralhadora 5 que gosto muito do fundo da mesma gaveta e sorrio olhando as duas. Guardo o silenciador e algumas balas no bolso, nunca se sabe o dia de amanhã. Pego o meu isqueiro favorito, minha carteira de cigarros, a chave do meu SUV e desço a escada privativa que me leva até a rua. Na escada da boate, paro um pouco e dou um sorriso aproveitando a brisa fria da movimentada Manhattan numa noite de sábado.

Depois de alguns segundos, volto ao meu ritmo e parto em direção ao apartamento de Dylan. Eu só estive lá uma vez, mas foi mais que suficiente para memorizar onde fica. Fiz uma estimativa de tempo que demoraria até que eles chegassem e percebi que a minha estimativa estava certa quando cheguei ao seu apartamento, invadi e vi que ainda estava vazio.

– Está exatamente igual desde que vim a última vez. – Digo olhando para a banana apodrecida no prato na bancada. – Eles devem ter tido um tempo bem ruim fugindo da polícia.

Com as luzes apagadas e admirando a cidade lá fora, eu me sento na poltrona confortável que tem em sua sala com vista panorâmica para Manhattan e acendo um cigarro. Trago e fecho os olhos aproveitando a sensação de calma que o cigarro me dá.

Fico assim em silêncio, tragando o meu cigarro e olhando a vista. Quando ouço um barulho na fechadura, apago o cigarro no sofá e puxo meu silenciador com calma e encaixo na Glock, virando-me na poltrona e ficando diretamente de frente para a porta.

– ... bastardos acabaram com a minha fechadura. – Ouço a voz de Dylan abafada pela porta e dou um risinho.

Quando a porta finalmente se abre, no escuro, eles entram e arrastam as malas.

– Que cheiro horrível de cigarro dentro desse apartamento. – A voz inconfundível de Anna ressoa no ambiente e eu sorrio um pouco mais, um sorriso silencioso. Quero ver quanto tempo vai demorar até eles perceberem que estou aqui.

Vê-los andar pelo apartamento, ignorantes a minha presença é altamente animador.

– Acenda as luzes, não consigo ver nada nesse escuro. – Dylan diz. – Precisamos ser rápidos.

Assim que a luz é acesa, estou com uma arma apontada para a cabeça de cada um, ainda sentado de pernas cruzadas na poltrona confortável.

– Sorpresa. Bentornato. É um prazer revê-los. – Saudei em italiano, feliz da vida. Anna parece apavorada e Dylan parece uma estátua de sal de tão branco que está. – Finalmente nos reencontramos. Nossa, que mal educados. Vim pessoalmente lhes dar as boas vindas e vocês nem me respondem. A hospitalidade de Manhattan ainda me assusta as vezes.

– O que você quer conosco? – Anna pergunta.

– Preciso dizer quando você sabe a resposta?

– Por que se mete em assuntos que não lhes diz respeito. – Olho para Dylan e arqueio uma sobrancelha.

– Tem muita coragem de dizer isso quando estou com uma submetralhadora apontada para a sua cabeça. Você mexeu com a máfia italiana e achou que sairia impune? Somos primos, família e honramos o nosso sangue. Se você mexe com um, todos se doem.

– Eu não sabia que ela fazia parte da máfia italiana.

– É esse o argumento que vai usar? É bem fraco, sabe. – Digo balançando a arma e fazendo uma careta. Olho para Anna, que parece tremer no lugar. – Apenas aprenda a aceitar a derrota, não lute batalhas que não pode ganhar.

– Quem é você para me dar lição? – Ela diz corajosa e eu me levanto. Os dois recuam e eu suspiro.

– Eu sou Felippe de Luca Pierce. – Digo sorrindo. – Chegou a hora de pagar pelo que fizeram. Fine del gioco.

Não espero responderem e atiro nos dois ao mesmo tempo. Me aproximo para conferir o meu trabalho e há um tiro limpo no meio da testa de cada um e eu sorrio.

Meu objetivo aqui já está cumprido, minha prima está vingada.

Ando entre os dois corpos e puxo meu celular ligando para Mike.

– Mike, trabalho finalizado. Por favor, venha e limpe a bagunça. Estou te esperando.

– Estarei ai em cinco minutos.

Desligo e volto a me sentar na poltrona, guardando as armas dentro do paletó. Acendo um segundo cigarro enquanto espero Mike chegar. Silenciosamente como um gato, ele entra no apartamento acompanhado de alguns homens.

– Pelo visto você foi bem rápido desta vez, chefe. – Ele diz olhando para os dois corpos sem vida.

Eu me levanto e ando até ele com as mãos no bolso e tiro o meu isqueiro, abrindo e fechando-o sequencialmente.

– Eu não gasto balas com quem não merece. Uma foi suficiente para cada um. Deixe tudo impecável. – Ele assente e eu saio.

Hora de voltar a vida normal.

            
            

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