Meu Ponto de Impacto
img img Meu Ponto de Impacto img Capítulo 5 Sequestro
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Capítulo 7 Os sapatos de sola vermelha. img
Capítulo 8 Seu namorado mata com talento. img
Capítulo 9 Ciúmes. img
Capítulo 10 O sequestrador. img
Capítulo 11 O encontro caloroso. img
Capítulo 12 Em companhia das árvores. img
Capítulo 13 Agradecimentos. img
Capítulo 14 O vespeiro. img
Capítulo 15 Antecedentes. img
Capítulo 16 16. Acordo. img
Capítulo 17 Dois lados de uma moeda. img
Capítulo 18 O jogo da forca. img
Capítulo 19 A Porsche cinza img
Capítulo 20 O novo casal de namorados img
Capítulo 21 O conquistador img
Capítulo 22 Apartment img
Capítulo 23 Insônia img
Capítulo 24 Caso de uma noite só. img
Capítulo 25 Escalando a montanha. img
Capítulo 26 Cê tá preparado img
Capítulo 27 Uma taça de vinho. img
Capítulo 28 Segurança no trabalho img
Capítulo 29 Eu estou cansado. img
Capítulo 30 Basebol img
Capítulo 31 Bem-vindo de volta img
Capítulo 32 Prova de amor img
Capítulo 33 Segunda chance img
Capítulo 34 Dreams img
Capítulo 35 A bomba img
Capítulo 36 Fusão img
Capítulo 37 Meu romeu img
Capítulo 38 O crime e a família img
Capítulo 39 Coração quebrado img
Capítulo 40 Consolo no escritório img
Capítulo 41 Negociação img
Capítulo 42 Anunciação img
Capítulo 43 A morte img
Capítulo 44 Coração é terra desconhecida. img
Capítulo 45 O sinal dos tempos. img
Capítulo 46 Finale img
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Capítulo 5 Sequestro

Fico observando o lindo homem ir embora com incredulidade em meu rosto. Ele foi mesmo embora dessa forma? Dou uma risada sem graça e passo a mão pelos cabelos sem acreditar no que acabou de acontecer.

– O que foi isso? Estávamos conversando e parecia tudo bem. Como ele ousa ir embora dessa forma repentina? "espero vê-la novamente". Que papo é esse? Com certeza era a namorada ligando e ele não queria que ela soubesse que ele estava na balada, pior, flertando com outra mulher! É isso mesmo! Ah, os homens, são todos iguais mesmo. – Falo para mim mesmo procurando minha bebida e constato que não há mais nenhuma.

Eu bebi absolutamente tudo que havia na mesa e nem mesmo me sinto tonta, o que significa que preciso de mais um pouco de vodka e tequila.

Levanto a mão chamando a atenção do garçom e ele vem até mim, faço o meu pedido e volto a admirar as pessoas que dançam no andar de baixo. Suspiro e não consigo tirar a imagem daquele homem fumando da minha mente e isso está me dando nos nervos.

– Eu realmente não acredito que ele saiu daquela forma. – Resmungo sem acreditar na raiva que estou sentindo. Coisas piores já aconteceram comigo, então por que estou com raiva de algo tão banal assim?

É uma balada, lugar de caça onde as pessoas iludem e mentem, tudo em busca de uma boa transa. Assim que as minhas doses chegam, eu viro uma e faço uma careta enquanto chupo uma rodela de limão e penso na vida. Olho ao redor e percebo que todos estão se divertindo, dançando, cheirando alguma coisa suspeita ou flertando enquanto estou sozinha. É a primeira vez que isso me acontece, é difícil admitir mas estar na balada sem a intenção de caçar é maçante e eu sinto falta do estranho homem que se autoconvidou a minha mesa.

Tudo bem que ele não tem autopreservação ao se sentar a minha mesa sem ser convidado, mas eu acho que faz tempo que eu não conversava tão abertamente com um homem. Foi a minha primeira vez sem tentar agradar um homem com as minhas palavras e ele parecia gostar de mim mesmo assim, então foda-se, estou sentindo falta dele e suas palavras espertinhas.

Viro mais uma dose antes de fazer uma constatação.

– Deveria ter ido para casa com Desirré. – Digo em voz alta sabendo que ninguém vai responder. Passo algum tempo pensando na minha nova vida, meus compromissos da semana e em como vai ser estranho não ter Daisy para conversar quando chegar em casa. Vai ser uma merda, talvez seja uma boa opção encontrar uma nova colega de apartamento, talvez alguém da agência que esteja precisando de um lugar.

Melhor pensar melhor sobre isso amanhã.

Olho para as duas últimas doses e suspiro.

– Vou embora quando terminar. – Digo e chamo o garçom, entregando-o duas notas de cem dólares para realizar o pagamento, assim quando eu terminar posso ir embora imediatamente. Eu mal recebo o meu troco e a música para, o alarme de incêndio soa e um tumulto se instala.

– Há um vazamento, todos para fora! – Ouço os seguranças gritando e reviro os olhos.

– Era só o que faltava. – Resmungo. – Eu já ia embora mesmo.

Olho para as duas doses restantes e não penso muito antes de virá-las. Eu paguei por essa bebida e é melhor fazer valer a pena.

Fico de pé recolhendo a minha bolsa e sinto uma pequena instabilidade no meu salto. Talvez eu tenha bebido um pouco demais para usar saltos 15, mas agora não adianta mais chorar pelo leite derramado. Dou um passo a frente e o meu pé vacila, mas não vou ao chão pois braços fortes me seguram pelas costas.

– Obriga... – Eu pretendo agradecer ao estranho, mas logo que o agradecimento começa a ser proferido, vejo um pano branco a frente da minha visão e antes que eu consiga me livrar, ele está pressionado contra a minha boca e o meu nariz.

Fico sonolenta e tento me livrar do aperto, mas é tarde demais. A escuridão me toma.

&

– Parece que há chumbo na minha cabeça. – Resmungo antes de abrir os olhos. O lugar onde estou deitado é duro e eu sinto um cheiro de mofo, como se o lugar onde estou não visse uma limpeza a muitos anos. Me sento com dificuldade e esfrego os olhos, minha visão se adaptando ao ambiente.

– Parece que a princesinha acordou. Já está até falando. – Abro bem os olhos e foco os olhos no homem que está sentado a minha frente.

Aproveito para olhar ao redor e percebo que estou numa pocilga qualquer, há mofo e sujeira para todo lado, as luzes piscam e tudo que pode ser ouvido são homens conversando e corujas piando. O homem a minha frente é loiro, magro e eu posso ver as tatuagens espalhadas pelo seu corpo. Há uma arma na cadeira ao seu lado e os homens atrás dele também tem armas em suas mãos.

A primeira vista, não gosto da cara dele.

– Quem diabos é você e o que merda quer comigo? – Pergunto. Estou de mau humor e a minha cabeça dói.

Eu sou a pior pessoa quando tenho dor de cabeça.

– Cuidado com a língua, eu posso cortá-la e servir para os meus cachorros. – O homem me ameaça, mas eu não ligo.

– Que seja. Quem é você? – Pergunto no mesmo tom anterior e ele estreita os olhos para mim.

– Eu sou Sávio Carpenter, você provavelmente me conhece. – Ele parece orgulhoso do nome dito e eu arqueio a sobrancelha vasculhando em minha mente sobre esse nome.

– Não. Nunca ouvi falar, me desculpe. Podemos pular para a parte que você me sequestra e me traz para o meio do nada? Ouça, meus pulmões são manchados, eu sofro de uma gripe terrível que me põe de cama sempre, meu fígado não deve ter muito aproveitamento já que eu bebo com frequência, meu rim nem se fala, eu sou modelo e mal tenho tempo de ir ao banheiro que dirá tomar água na frequência correta. Eu tenho crises de ansiedade as vezes e o meu coração já tentou me abandonar várias vezes, sem tirar as aventuras que eu vivo volta e meia, então ele já deve estar nas últimas. Em resumo, não há nada que você possa aproveitar em mim, então poderia por favor me soltar e eu vou embora sem te denunciar, que tal?

O homem me olha por alguns segundos antes de cair na gargalhada.

– Acha que está aqui por que vou retirar seus órgãos? Ah não, minha família não faz esse tipo de coisa. É demais até para nós. – Não entendo o que ele quer dizer, mas relevo.

– Então por que estou aqui?

– Por causa de Felippe, é claro.

– E quem diabos é Felippe? Não faço ideia de quem você está falando.

– Esse jogo não vai funcionar comigo, eu vi vocês juntos na boate. – Fecho os olhos por um momento assimilando o que acabei de ouvir.

Não sei em que merda aquele maldito está metido, mas eu mesma vou acabar com ele quando o vir.

            
            

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