Meu Ponto de Impacto
img img Meu Ponto de Impacto img Capítulo 6 Dangerous
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Capítulo 7 Os sapatos de sola vermelha. img
Capítulo 8 Seu namorado mata com talento. img
Capítulo 9 Ciúmes. img
Capítulo 10 O sequestrador. img
Capítulo 11 O encontro caloroso. img
Capítulo 12 Em companhia das árvores. img
Capítulo 13 Agradecimentos. img
Capítulo 14 O vespeiro. img
Capítulo 15 Antecedentes. img
Capítulo 16 16. Acordo. img
Capítulo 17 Dois lados de uma moeda. img
Capítulo 18 O jogo da forca. img
Capítulo 19 A Porsche cinza img
Capítulo 20 O novo casal de namorados img
Capítulo 21 O conquistador img
Capítulo 22 Apartment img
Capítulo 23 Insônia img
Capítulo 24 Caso de uma noite só. img
Capítulo 25 Escalando a montanha. img
Capítulo 26 Cê tá preparado img
Capítulo 27 Uma taça de vinho. img
Capítulo 28 Segurança no trabalho img
Capítulo 29 Eu estou cansado. img
Capítulo 30 Basebol img
Capítulo 31 Bem-vindo de volta img
Capítulo 32 Prova de amor img
Capítulo 33 Segunda chance img
Capítulo 34 Dreams img
Capítulo 35 A bomba img
Capítulo 36 Fusão img
Capítulo 37 Meu romeu img
Capítulo 38 O crime e a família img
Capítulo 39 Coração quebrado img
Capítulo 40 Consolo no escritório img
Capítulo 41 Negociação img
Capítulo 42 Anunciação img
Capítulo 43 A morte img
Capítulo 44 Coração é terra desconhecida. img
Capítulo 45 O sinal dos tempos. img
Capítulo 46 Finale img
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Capítulo 6 Dangerous

Depois de conversar com Gustav e confirmar tudo que havia para confirmar, eu dispensei os homens, mas não antes de pedir para ficarem alertas.

– Fiquem com os ouvidos e celulares bem atentos, vou precisar de todos vocês amanhã ou até antes. – Aviso e todos assentem.

– Não se preocupem, estaremos prontos apenas esperando as suas ordens. – Mike responde.

– Estão dispensados. – Eu digo recolhendo o celular de Kim e o recadinho frustrante do maldito Carpenter. Preciso ir embora também, logo a equipe de limpeza estará aqui.

Os homens começam a marchar para fora e Mike me espera na porta, andando ao meu lado assim que eu fecho a porta da boate.

– Desculpe por hoje. Se eu tivesse... – Ele começa e eu o corto.

– Não importa, não foi culpa sua. Apenas continue com o bom trabalho de sempre, vamos contornar essa situação. – Digo confortando-o. Ele parece realmente preocupado e isso não é algo que precisamos.

É uma situação preocupante, se perdermos o controle das nossas emoções, perdemos tudo.

Ponho a mão no ombro dele antes de lhe dar um sorriso de segurança e andar até o meu carro. Observo ele subir na van, que logo parte e eu entro no meu carro também. Jogo as coisas que estão na minha mão no banco do carona e seguro o volante com força enquanto tento organizar as minhas ideias.

De forma desajeitada, retiro a minha gravata e jogo para o lado, fazendo o mesmo com o paletó. Desfaço os três primeiros botões da minha camisa e desabotoo os punhos também, subindo a camisa até o meu cotovelo. Passo as mãos pelo cabelo desfazendo todo o trabalho longo que tive para deixá-lo num topete arrumado e ponho a chave na ignição. Há algo que preciso fazer e não dá para esperar para amanhã.

Dirijo a toda velocidade pelas ruas e penso na minha cama quente com uma garrafa de Jack Daniels do lado. Eu duvido que os problemas vão me deixar dormir hoje, sem o meu Jack não vou conseguir pregar o olho. Quando chego ao meu destino, estaciono e entro no prédio. As recepcionistas me olham com curiosidade, não sei dizer se é devido a minha aparência bagunçada, ao meu rosto ou pela hora avançada, mas estou pouco me fodendo para isso. Entro no elevador e aperto o botão da cobertura.

Já estive aqui antes e em circunstâncias tão ruins quanto essas. O elevador tem uma visão privilegiada do mundo lá191 fora e eu aproveito para observar enquanto ele sobe rapidamente. Assim que ele chega ao último andar, ele abre as portas e me dá acesso a um corredor que leva a uma única porta. Toco a campainha três vezes seguidas e aguardo.

Como esperado, a porta não demora a ser aberta. Na minha frente está Sebastian, a cara amassada, os cabelos bagunçados e a pior expressão que já vi no seu rosto. Presumo que ninguém goste de ser acordado de madrugada com alguém tocando a sua campainha insistentemente, mas a sua expressão muda de raiva para preocupação quando ele vê que sou eu.

Ele me conhece, sabe que sou ocupado e que não o procuraria se não fosse importante.

– Aconteceu alguma coisa? – Ele pergunta quando me vê. Vejo que me olha de cima abaixo e isso parece o preocupar ainda mais.

– Posso entrar? Não é o tipo de conversa que eu gostaria de ter no corredor. – Pergunto e ele me dá passagem.

Sebastian anda a frente e as luzes se acendem imediatamente assim que chegamos a sala.

– Sente-se. – Ele indica um sofá e eu não me faço de rogado. Sento-me e o couro me abraça. – Quer algo pra beber?

– Whisky triplo, se você tiver. – Digo automaticamente e ele me encara atordoado. Whisky duplo já existe, mas eu acabei de inventar o whisky triplo. – Onde está minha prima?

Senti a necessidade.

– Dormindo. Royal Salute, Macallan 1926 ou Dalmore 62 single? – Ele pergunta enquanto anda até um bar que eu ainda não havia visto. De longe, consigo ver muitos nomes que me chamam atenção, muitas bebidas caríssimas.

Ah, um bom apreciador de bebidas como eu.

– Dalmore, por favor.

Ele serve a minha bebida e serve também uma pequena dose para si. Assim que ele coloca a bebida a minha frente e toma um gole da sua, ele se pronuncia.

– Despeje. Eu sei que é algo sério.

Pego a bebida e tomo a metade de uma vez, apreciando a queimação na garganta e fechando os olhos por alguns segundos. Quando os abro novamente, Sebastian está olhando para mim com uma expressão questionadora.

– Kim foi sequestrada. – Digo e estico a minha mão para pegar o copo e tomar o que resta no copo, mas acabo derrubando-o no chão devido a um grito estridente que soa atrás de mim. Olho para trás e dou de cara com Desirré em roupas de dormir e me encarando com um misto de fúria/preocupação.

Seria hoje o dia que vou morrer?

Olho para o copo quebrado e a bebida desperdiçada e isso quebra meu coração. Era um whisky realmente bom que agora jaz no tapete, felizmente o copo se quebrou em poucos pedaços e eu os recolho com facilidade e coloco na mesa de centro. Olho para Sebastian sem saber o que devo fazer e vejo Desirré andando até mim em passos pequenos como uma raposa quando vê alguém ameaçando os seus filhotes.

– Você disse que ela estava dormindo. – Acuso Sebastian enquanto me levanto, me afastando da minha prima de propósito.

– E ela estava, quando eu sai da cama. Estava ouvindo a nossa conversa escondido por que? – Sebastian pergunta se dirigindo a noiva.

– Achei estranho por que você disse que ia dispensar a pessoa na porta rapidamente e voltaria para dormir, mas você nunca voltou. Decidi dar uma olhada e encontrei vocês dois conversando, achei que era algo particular da vida de Felippe, algum conselho que ele veio pedir ou algo assim, eu não ouvi de propósito. – Ela explica enquanto se aproxima e a cada passo que ela dá em minha direção, eu me afasto mais. – A questão não é essa, a questão é que eu quero saber como diabos Kim foi sequestrada!

– Desirré, cugina, escute. A culpa não foi minha, foi culpa do destino. – Digo me defendendo, mas ela não parece que vai me deixar sobreviver facilmente.

Eu preferia enfrentar Sávio Carpenter agora do que enfrentar a minha prima, sendo sincero.

– E de quem foi a culpa se não foi sua? Seu bastardo, se você está aqui para contar é por que você tem toda a culpa! – Ela grita e eu fecho os olhos.

– Se você me deixar explicar, vai entender o que quero dizer. – Digo com as mãos levantadas na frente do corpo para me proteger e olho para Sebastian com um olhar de desespero. Por favor, me ajude aqui, cara.

– Vamos deixar ele explicar, tudo bem? – Sebastian vai até ela e passa os braços ao seu redor, levando-a para se sentar junto com ele.

– Explique tudo sem deixar nada de fora, do contrário, vou fazer você se arrepender de ter nascido. – Engulo em seco com a ameaça e começo a contar com amargura tudo que aconteceu desde que a encontrei na boate.

Desirré parece mais calma quando término de contar e eu respiro aliviado.

– A culpa não foi minha, eu nem mesmo sabia que ela era sua melhor amiga. Você me falou dela algumas vezes, mas nunca fomos apresentados, nem mesmo sei por que Sávio achou que tínhamos algo. – Digo cansado.

– O que vamos fazer? Espero que você tenha um bom plano. Kim foi meus braços e minhas pernas quando eu não tinha ninguém, precisamos resgatá-la o mais rápido possível e não importa como. – Desirré me dirige um olhar preocupado.

– Não se preocupe, Gustav está a caminho. Carpenter não terá chance alguma contra nós. – Digo despreocupado.

– O Capo está vindo? Isso é ótimo. Em que podemos ajudar? – Ela parece mais tranquila ao saber que Gustav está vindo. Qualquer pessoa que o conhece teria a mesma reação, o homem é simplesmente implacável.

– Ficando fora do caminho, é claro. Já temos uma mulher sequestrada, não precisamos de outra. – Respondo imediatamente.

– Mi stai prendendo in giro? Uma porra que eu vou ficar longe disso, Kim é minha amiga, quero estar por dentro de tudo.

– E você pode ficar por dentro de tudo, a distância.

– Sem chance, vou com você. Me dê uma submetralhadora e eu cuido do resto.

– Quer me matar do coração, mulher? Você não pode ir. É muito arriscado. – Sebastian diz abismado com a ideia da noiva. Dou um pequeno riso com a sua reação e percebo que ele ainda tem muita coisa a descobrir sobre ela, a maioria vai deixá-lo com os cabelos em pé e a beira da morte.

Como uma boa italiana, Desirré faz o que lhe dá na telha e isso a deixa em apuros.

– Vamos precisar resgatá-la, provavelmente Sávio está mantendo ela no território dele no meio do nada. Ainda não sabemos onde eles estão, não podemos simplesmente levar você conosco. Se você levar um tiro e morrer, Sebastian vai me matar também, então o seu pai e a sua mãe vão me ressuscitar apenas para me matar de novo, ou seja, vou morrer três vezes. Você quer que eu morra? – Ela olha para mim com uma expressão suspeita. – Tudo bem, não responda.

– Certo, vou me contentar em acompanhar daqui. Mas você vai me prometer que vai me deixar por dentro de cada passo dado.

– Prometo que você vai ficar com a pessoa responsável pelo rastreio. Ela tem acesso em tempo real a tudo que estamos fazendo.

– É o Landon?

– Landon não mora mais com Gustav, ele está na Itália agora. – Informo.

– Quem é Landon? – Sebastian pergunta interessado.

– O hacker da máfia, um dos melhores do mundo. Apenas uma pessoa conseguiu invadir o sistema dele até hoje e é a esposa dele agora, Bella.

– Bella? Bella Ricciáceo? Ela é hacker? Desde quando está casada com Landon? Por que você não me conta essas coisas? – Desirré me pergunta chateada.

– Sou um homem ocupado e eu me esqueço das coisas. Apenas visite a Itália e vai sair de lá com todas as fofocas quentinhas.

– Bella é a mulher que nos ajudou resgate de Desirré, certo? – Sebastian pergunta e eu assinto. Desirré olha para ele em questionamento. – Ela hackeou o celular de Anna e Dylan para nós, foi graças a ela que descobrimos que ele ia sumir com você. Ainda bem que chegamos a tempo, não conseguimos prender eles mas temos você e isso é o que importa. Preciso agradecer a Bella depois.

– Não precisa mais se preocupar com Dylan e Anna, eles nunca mais vão incomodar. – Digo com um sorrisinho.

– Você matou eles? – Sebastian pergunta franzindo a testa.

– Eu disse que faria isso. Essa é a recompensa de qualquer pessoa que mexe com a minha família, você pode se esconder, mas um dia eu vou te achar. Sávio Carpenter está prestes a experimentar desse mesmo veneno.

                         

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