Capítulo 2 Qual seria o sentido da vida

Um dia estava eu pensando qual seria o sentido da vida se no final o destino de todos é a morte!?

Fazer de tudo para ser o orgulho da família é o que faço desde muito pequena, mas nada, exatamente nada deixa eles contentes. Tudo o que eu queria ouvir era um Eu estou orgulhosa de você mas parece que isto nunca vai acontecer porque eu sempre estrago tudo, não sou perfeita eu sei mas será que sou tão ruim assim que todos falam mal de mim quando viro as costas? Fazer o certo nem sempre quer dizer que você será parabenizado por isso, as vezes fazer o certo é simplesmente a sua obrigação... É o que eles dizem sempre.

Forças para continuar eu não tenho mas estou aqui tentando, e meu coração implora por uma nova chance mas enquanto isso minha mente diz para eu desistir já que não faz diferença ficar ou partir... Eles não sentem a minha falta.

No silêncio da noite em meu quarto escuro choro pedindo para Deus me perdoar caso eu não consiga mais permanecer nesse mundo, este mundo está cruel demais para mim, eu não sei se vou aguentar até o final. Um dia quando eu era muito jovem, uma pequenina de 6 ou 7 anos eu escutei uma pessoa adulta na rua falando que queria morrer pois não aguentava mais tanta pressão, aquilo era muito estranho para mim pois como alguém queria morrer tendo uma vida tão maravilhosa em um mundo tão perfeito e colorido?! Hoje vejo que o mundo não é tão gentil conosco, hoje em dia entendo o que se passava na cabeça daquele rapaz...

Queria mesmo encontrar na vida um sentido para não querer morrer quando na verdade encontrei na morte um motivo para não querer viver. É tudo muito escuro aqui dentro de mim, não sei se quero ficar ou partir pois em alguns momentos pequenos eu dou um sorriso verdadeiro ao ver a beleza que as flores têm. Queria eu ser bela como as flores.

Sabe que a saudade dói, sim ela machuca o coração de uma forma tão violenta que te faz pensar que a qualquer momento essa saudade vai virar bomba e explodir fazendo você explodir também, a um tempo gostei de um garoto, o cara mais legal já conheci na vida, me chamava de princesa e dizia querer-me para a vida inteira, era meu melhor amigo, um grande erro comenti quando senti a paixão ardendo em meu peito por meu melhor amigo, nada era mais lindo do que ouvir ele cantar uma música para mim que tinha o seguinte trecho: Tudo o que você já viveu esquece o que aconteceu, me dê sua mão agora é só você e eu. Era lindo ouvir aquela voz falando que me admirava... Mas tudo acabou quando eu meti os pés pelas mãos, ele disse que me amava e de forma seca e fria respondi um Que legal. Ali estava tudo acabado, e agora sem sua amizade se sem sua cantoria em forma de declaração... Isso é o que mais me machuca, sinto sua falta, ele me disse que a vida era boa para ser vivida e não queria me ver a destruir e então prometi a ele que não iria me matar, foi a unica coisa que me pediu antes de ir... Não se sabe se ele quis partir ou se fez esforço até o final para ficar, mas sei que ele era e ainda é a minha pessoa favorita.

Ele era o unico com quem conversava e hoje não tenho amigo nenhum, por isso também um despero no meu peito, vivendo nesse mundo onde ninguém quer ouvir ninguém. Hoje é só eu e eu aqui trancada em um quarto enquanto meus pais dormem encrendo um diário que talvez eu enterre no quintal assim que termina-lo. Viver eu não sei nem o que é pois a alguns anos só existo na sociedade...

            
            

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