Marcada pelo prazer
img img Marcada pelo prazer img Capítulo 2 Obsessão
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Capítulo 6 Eu a machuquei img
Capítulo 7 Um homem grosso img
Capítulo 8 Você é minha img
Capítulo 9 Uma mulher adulta img
Capítulo 10 Primeira vez milorde img
Capítulo 11 Sorriso que tira o fôlego img
Capítulo 12 Coxas apertadas com força... img
Capítulo 13 Não resista! img
Capítulo 14 Eficiência silenciosa img
Capítulo 15 Satisfação img
Capítulo 16 Ele poderia gozar assim.... img
Capítulo 17 Violênto img
Capítulo 18 Perigoso demais img
Capítulo 19 Você salvou minha vida img
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Capítulo 2 Obsessão

Senhor James – Elizabeth o cumprimentou com uma afeição genuína.

– É um prazer revê-lo – ela estendeu as mãos, que foram prontamente envoltas pelas

mãos muito maiores de Avery, cujo rosto se acendeu num raro sorriso. De braços

dados, ele a conduziu pelas portas francesas até um átrio interior.

Ela apertou seu braço:

– Pensei que talvez eu tivesse chegado tarde demais para meu compromisso.

– Não diga isso, Lady Hawthorne – ele respondeu com uma bondade áspera. – Eu

teria esperado a noite toda.

Inclinando a cabeça para trás, Elizabeth respirou fundo o ar exuberantemente

perfumado. A inebriante fragrância dentro do vasto espaço aberto era um alívio

prazeroso e muito bem-vindo depois dos cheiros de fumaça e cera queimada, talcos

e perfumes fortes que tomavam conta do salão.

Enquanto eles andavam casualmente pelos caminhos, Elizabeth se virou para

Avery e perguntou:

– Imagino que você seja o agente designado a me ajudar, estou correta? Ele sorriu:

– Sim, serei o parceiro de outro agente nesta missão.

– É claro – sua boca se curvou num lamento. – Vocês sempre trabalham em pares,

não é? Igual a Hawthorne e meu irmão.

– Essa maneira funciona bem, milady, e já salvou vidas. Seus passos se tornaram

hesitantes. Salvou algumas vidas.

– Lamento a existência da agência, senhor James. O casamento de William e a

subsequente renúncia é uma bênção pela qual eu agradeço. Ele quase morreu na

noite em que perdi meu marido. Aguardo ansiosa-mente o dia em que a agência não

fará mais parte da minha vida.

– Faremos o possível para resolver isso com a maior rapidez – ele a assegurou.

– Sei que farão – ela suspirou. – Estou contente por você ser um dos agentes que

Lorde Eldridge escolheu.

Avery apertou sua mão.

– Estou grato pela oportunidade de encontrá-la novamente. Já faz vários meses

desde nosso último encontro.

– Já se passou tanto tempo? – ela perguntou, franzindo a testa. – Estou perdendo a

noção do tempo.

– Gostaria de poder dizer o mesmo... – uma voz familiar vinda de trás os

interrompeu. – Infelizmente, os últimos quatro anos foram uma eternidade para mim.

Elizabeth ficou tensa, seu coração parou por um momento antes de as batidas

começarem a acelerar.

Avery virou os dois para encararem o visitante:

– Ah, aqui está meu parceiro. Soube que você e Lorde Westfield são velhos

conhecidos. Espero que tal circunstância fortuita possa apressar as coisas.

– Marcus – ela sussurrou, arregalando os olhos quando a razão de sua presença a

atingiu como um golpe físico.

Ele fez uma reverência:

– Aos seus serviços, madame.

Os joelhos de Elizabeth fraquejaram e Avery apertou a mão para estabilizá-la.

– Lady Hawthorne?

Marcus a alcançou com duas passadas:

– Não desmaie, meu amor. Respire fundo.

Parecia uma tarefa impossível enquanto ofegava como um peixe fora d'água,

repentinamente sentindo todo o aperto do espartilho. Ela fez um gesto para que ele

se afastasse, pois sua mera aproximação e o aroma de sua pele dificultavam ainda

mais o trabalho de seus pulmões.

Elizabeth observou quando Marcus lançou um olhar sério para Avery, que por sua

vez se virou e foi embora, fingindo interesse nas folhas de uma distante samambaia.

Sentindo um pouco de tontura, mas já se recuperando, Elizabeth balançou a

cabeça rapidamente:

– Marcus, você realmente perdeu o juízo.

– Ah, já está se sentindo melhor – ele disse pausadamente, com um tom de ironia

na voz.

– Vá se divertir com outra pessoa. Recuse esta missão. Deixe a agência.

– Sua preocupação é comovente, porém, confusa, considerando seu desprezo pelo

meu bem-estar no passado.

– Guarde seu sarcasmo para outro dia – ela respondeu irritada. – Não tem noção

de onde está se metendo? É perigoso trabalhar para Lorde Eldridge. Você pode se

machucar. Ou ser morto.

Marcus soltou um longo suspiro:

– Elizabeth, você está nervosa demais.

Ela o olhou com olhos cerrados e depois vislumbrou Avery, que permanecia

estudando a samambaia. Então, baixou a voz:

– Desde quando você é um agente? O queixo de Marcus se apertou:

– Quatro anos.

– Quatro anos? – Ela tropeçou para trás. – Você já era um agente quando

começou a me cortejar?

– Sim.

– Maldito seja – sua voz não era mais do que um sussurro aflito. – Quando

esperava relevar isso a mim? Ou eu nunca deveria saber até que você voltasse para

casa num caixão?

Marcus fechou o rosto e cruzou os braços.

– Não vejo a importância disso agora.

Ela endureceu o corpo diante do tom gélido de sua voz.

– Todos esses anos eu temia abrir o jornal e encontrar o anúncio de seu

casamento. Mas agora entendo que o que eu deveria temer era encontrar seu

obituário. – virando-se, Elizabeth levou a mão ao coração acelerado: – Como

gostaria que você tivesse permanecido longe, muito longe de mim – tomando a saia

com as mãos, ela começou a correr: – Juro por Deus que gostaria de nunca tê-lo

conhecido.

As batidas do sapato dele no chão de mármore foram o único alerta antes de seu

cotovelo ser agarrado e seu corpo, virado.

– O sentimento é mútuo – ele grunhiu.

Marcus se agigantou sobre ela, sua boca sensual tensa de raiva, seu olhar

brilhando com algo que a fazia tremer.

– Como Lorde Eldridge pôde escolher você para mim? – ela lamentou. – E por

que você aceitou?

– Fui eu quem insistiu para ser o escolhido nesta missão.

Ao ver sua surpresa, os lábios dele se apertaram ainda mais:

– Não se engane. Você fugiu de mim uma vez. Não permitirei que aconteça de

novo – ele a puxou mais para perto e o ar entre eles quase sumiu. Sua voz se tornou

séria: – Não me importo se você se casar com o próprio rei desta vez. Você será

minha.

Ela tentou se desvencilhar, mas ele segurava firme.

– Meu Deus, Marcus. Já não causamos tristeza suficiente um ao outro?

– Ainda não – ele a empurrou, como se a proximidade dela fosse desagradável. –

Agora, vamos tratar desse assunto a respeito de seu falecido marido para que Avery

possa se retirar.

Tremendo, Elizabeth dirigiu-se rapidamente em direção a Avery. Marcus a seguiu

com a graça predatória de um felino selvagem.

Não havia dúvida de que era ela quem estava sendo caçada. Elizabeth parou ao

lado de Avery e respirou fundo antes de se virar. Marcus a observava com uma

expressão indecifrável.

– Soube que recebeu um livro escrito por seu falecido marido – ele esperou pela

confirmação silenciosa dela. – Sabe quem foi o remetente?

– A caligrafia no pacote era de Hawthorne. Obviamente foi endereça-do algum

tempo atrás, o papel do embrulho estava amarelado e a tinta, desbotada – ela havia

passado dias tentando entender aquele pacote, incapaz de determinar sua origem ou

propósito.

– Seu marido endereçou um pacote para si mesmo que chegou três dias após seu

assassinato – Marcus estreitou os olhos. – Por acaso ele deixou algum grille1, algum

cartão com furos estranhos, qualquer coisa escrita que pareceu incomum?

– Não, nada – ela retirou da bolsa um fino diário e a carta que recebera apenas

alguns dias atrás. Entregou os dois a Marcus.

Após uma breve análise, ele guardou o diário dentro do casaco e passou os olhos

pela carta, juntando as sobrancelhas conforme prosseguia com a leitura.

– Na história da agência, apenas o assassinato de Lorde Hawthorne permanece um

mistério. Eu tinha esperança de te envolver o mínimo possível neste caso.

– Farei o que for necessário – ela ofereceu rapidamente. – Hawthorne merece

justiça, e se meu envolvimento for requisitado, então que seja – ela faria qualquer

coisa para acabar com isso.

Marcus dobrou a missiva cuidadosamente:

– Não gosto de expô-la ao perigo.

Com as emoções à flor da pele, Elizabeth retrucou:

– Então você quer me proteger expondo a si mesmo? Tenho muito mais interesse

no resultado desta missão do que você ou a sua preciosa agência.

Marcus rugiu o nome dela como alerta.

Avery limpou a garganta fazendo um som alto:

– Parece que vocês dois não trabalharão bem juntos. Sugiro levar essa dificuldade

para Lorde Eldridge. Estou certo de que existem outros agentes que...

– Não! – a voz de Marcus estalou como um chicote.

– Sim! – Elizabeth quase desabou de alívio. – Uma excelente sugestão – seu

sorriso era sincero. – Certamente Lorde Eldridge entenderá a razão desse pedido.

– Fugindo novamente? – Marcus provocou.

Ela o encarou:

1 O método grille foi desenvolvido pelo cardeal francês Richelieu, no século XVI.

Seu propósito era criar mensagens secretas que poderiam ser decifradas somente

com um cartão especial cheio de furos em lugares estratégicos. (N. T.)

– Estou sendo prática. Você e eu obviamente não podemos nos associar um ao

outro.

– Prática – ele deu uma risada irônica. – Você quis dizer que está sendo covarde.

– Lorde Westfield! – Avery franziu as sobrancelhas.

Elizabeth ergueu a mão.

– Deixe-nos por um momento, senhor James. Por favor – seus olhos

permaneceram grudados no rosto de Marcus enquanto Avery hesitava.

– Ouça a mulher – Marcus murmurou, encarando-a de volta.

Avery resmungou, então girou o corpo e se afastou contrariado. Elizabeth foi

direto ao assunto:

– Se eu for forçada a trabalhar com você, Westfield, eu simplesmente me

recusarei a compartilhar qualquer informação com a agência. Resolverei a situação

sozinha.

– De jeito nenhum! – os músculos do maxilar de Marcus começaram a se apertar.

– Não permitirei que você se exponha ao perigo. Tente algo tolo e verá o que

acontece. Eu lhe asseguro de que não gostará do resultado.

– É mesmo? – ela zombou, recusando-se a se acovardar diante de uma fronte que

assustava a maioria dos homens. – E como você acha que irá me impedir?

Marcus se aproximou ameaçadoramente:

– Sou um agente da Coroa...

– Você já disse isso.

– ... em uma missão especial. Se apenas pensar em prejudicar a missão, irei

considerar suas ações como traição e as tratarei como tal.

– Você não se atreveria! Lorde Eldridge não permitiria.

– Oh, mas eu faria, e ele não me impediria – Marcus parou bem em frente a ela. –

É provável que este livro seja um diário das atividades de Hawthorne e pode estar

relacionado à sua morte. Se for o caso, você está em perigo. Eldridge não irá tolerar

isso mais do que eu.

– E por que não? – ela o desafiou. – Seus sentimentos em relação a mim estão

óbvios.

Ele chegou ainda mais perto, até que a ponta de seus sapatos desaparecesse

debaixo da saia dela:

– Aparentemente não é verdade. Porém, se quiser mesmo, apresente seu caso para

Eldridge. Diga a ele o quanto você fica abalada na minha presença e o quanto ainda

me deseja. Conte a ele todo nosso sórdido passado e como nem mesmo a memória

de seu querido esposo falecido é capaz de fazê-la superar seu desejo.

Ela o observou, e então sua boca se abriu quando uma risada seca escapou.

– Sua arrogância é impressionante – Elizabeth se virou, escondendo a tremedeira

em suas mãos. Ele que ficasse com o maldito diário. Ela procuraria Eldridge logo

pela manhã.

A risada zombeteira de Marcus a seguiu:

– Minha arrogância? É você quem pensa que é tudo por causa disso. Elizabeth parou

e olhou para trás:

– Você fez disso uma questão pessoal com suas ameaças.

– Você e eu nos tornando amantes não é uma ameaça. É uma conclusão que

possui antecedentes e que nada tem a ver com o diário de seu marido – ele ergueu a

mão quando ela tentou argumentar. – Poupe seu fôlego. Esta missão é importante

para Eldridge. Insisti em participar só por causa disso. Levá-la para minha cama não

requer que eu trabalhe com você.

– Mas... – ela fez uma pausa, lembrando-se do ele falara anteriormente. Marcus

não havia dito que sua insistência tinha a ver com ela. Seu rosto enrubesceu.

Ele passou casualmente ao seu lado em direção ao salão.

– Então, sinta-se livre para revelar a Eldridge a razão de você não poder trabalhar

comigo. Apenas certifique-se de que ele entenda que eu não tenho problemas em

trabalhar com você.

Apertando os dentes, Elizabeth segurou sua vontade de praguejar tudo o que

pudesse pensar. Tola, ela não era. Entendia muito bem o jogo dele. Também entendia

que ele não a deixaria em paz até decidir que já tivera o bastante, com ou sem

missão. A única parte desse desastre que estava ao alcance de suas mãos era se

sobreviveria a isso com seu orgulho intacto.

Seu estômago se apertou. Agora que havia retornado à sociedade, teria de assistir

às seduções dele. Seria forçada a conviver com as mulheres que ele perseguia. Veria

os sorrisos que ele trocaria com outras, mas não com ela.

Maldição. Sua respiração disparou. Contra todo seu instinto de dignidade e

inteligência, ela deu o primeiro passo para segui-lo.

O leve toque em seu cotovelo a lembrou da presença de Avery:

– Lady Hawthorne. Está tudo bem?

Ela assentiu sem muito entusiasmo. Avery continuou:

– Falarei com Lorde Eldridge assim que possível e...

– Isso não será necessário, senhor James.

Elizabeth esperou até Marcus dobrar a esquina e desaparecer de vista antes de

encarar Avery.

– Meu papel é apenas entregar o diário. Feito isso, o resto depende de você e

Lorde Westfield. Não vejo necessidade para mudar os agentes.

– Tem certeza disso?

Ela assentiu novamente, ansiosa para terminar a conversa e retornar ao salão.

Avery estava claramente cético, mas mesmo assim disse:

– Muito bem. Vou atribuir dois homens para escoltá-la. Leve-os consigo a

qualquer lugar e me avise assim que receber detalhes sobre o encontro.

– É claro.

– Já que terminamos aqui, irei partir – o sorriso dele mostrava um toque de alívio.

– Nunca gostei muito desses eventos.

Ele tomou a mão dela e a beijou.

– Elizabeth? – a voz profunda de William retumbou pelo vasto espaço. Com olhos

arregalados, ela apertou os dedos de Avery:

– Meu irmão não pode vê-lo. Ele suspeitará imediatamente que algo está errado.

Avery, agradecido com sua preocupação e treinado para reagir rápido, assentiu e

se escondeu atrás de um arbusto.

Virando-se, ela vislumbrou William se aproximando. Igual a Marcus, ele não

media seus passos. Andou até ela com uma graça casual, sem mostrar qualquer sinal

do ferimento em sua perna que quase o matou.

Embora fossem irmãos, não poderiam ser mais diferentes. Ela possuía os cabelos

negros e os olhos de ametista de sua mãe. William tinha os cabelos claros e olhos

azuis de seu pai. Alto e de ombros largos, ele tinha a aparência de um viking, forte e

perigoso, mas com um toque de jovialidade, notável pelas linhas que marcavam seus

olhos, feitas obviamente por risadas.

– O que está fazendo aqui? – ele perguntou, lançando um olhar curioso ao redor

do átrio.

Elizabeth enganchou seu braço no dele e o conduziu até o salão.

– Estava apenas admirando a vista. Onde está Margaret?

– Está com algumas amigas – William diminuiu os passos e então parou,

forçando-a a parar também. – Soube que você dançou com Westfield há pouco.

– Você já quer antecipar as fofocas?

– Fique longe dele, Elizabeth – ele alertou suavemente.

– Não havia jeito educado de dispensá-lo.

– Não seja educada. Não confio nele. Acho estranha a presença dele aqui hoje.

Ela suspirou tristemente pensando no rompimento que causara. Marcus não daria

um bom marido, mas sempre fora um bom amigo para William.

– A reputação que ele estabeleceu nos últimos anos justificaram minhas ações do

passado. Não há perigo algum de eu cair em seus encantos novamente, isso eu

garanto.

Puxando William pelo salão, Elizabeth sentiu-se aliviada quando seu irmão não

ofereceu mais resistência. Se andassem depressa, ela poderia ver para onde Marcus

havia se dirigido.

Marcus saiu de seu esconderijo atrás de uma árvore e tirou uma folha solta em

seu ombro. Batendo a terra dos sapatos, seus olhos permaneceram grudados em

Elizabeth até ela desaparecer de vista. Ficou imaginando se o desejo enlouquecedor

que sentia por ela se mostrava óbvio de-mais. Seu coração acelerava e suas pernas

doíam pelo esforço de impedir a si mesmo de correr atrás dela.

Elizabeth era irritantemente teimosa e obstinada, e era justamente por causa disso

que ele sabia que era perfeita para ele. Nenhuma outra mulher conseguia despertar

sua paixão daquela forma. Furioso ou consumido pela luxúria, apenas Elizabeth

fazia seu sangue ferver com a necessidade de possuí-la.

Rezava a Deus que esse sentimento fosse amor. Pois o amor eventual-mente se

esvanece, apagando assim que o combustível se acaba. A fome apenas piora com o

tempo, corroendo e implorando até que seja saciada.

Avery apareceu ao seu lado.

– Se isso é o que você chama de "velha amiga", milorde, eu odiaria saber como

são seus inimigos.

Seu sorriso não guardava nenhum humor.

– Ela deveria ter sido minha esposa – um silêncio mortal foi sua resposta: – Por

acaso eu o deixei sem palavras?

– Maldição.

– Essa é uma descrição apropriada – baixando a voz, Marcus perguntou: – Ela

planeja falar com Eldridge?

– Não – Avery lançou um olhar de soslaio. – Tem certeza de que seu

envolvimento é sensato?

– Não – admitiu, aliviado por seu esquema ter funcionado e agradeci-do por,

apesar da passagem do tempo, ainda a conhecer tão bem. – Mas estou certo de que

não tenho alternativa.

– Eldridge está determinado a encontrar o assassino de Hawthorne. No decorrer de

nossa missão, talvez sejamos forçados a deliberadamente colocar Lady Hawthorne

em perigo para alcançarmos nosso objetivo.

– Não. Hawthorne está morto. Arriscar a vida de Elizabeth não o tra-rá de volta.

Encontraremos outras maneiras de prosseguir com a missão.

Avery sacudiu a cabeça numa estupefação silenciosa:

– Espero que saiba o que está fazendo, já que eu não sei. Agora, se me permite,

sairei pelo jardim, antes que mais alguma inconveniência ocorra.

– Eu o acompanharei.

Começando a andar ao lado de seu parceiro, Marcus riu diante da sobrancelha

erguida de Avery:

– Durante uma longa batalha, um homem deve estar preparado para recuar para

que possa retornar revigorado para aproveitar o dia.

– Santo Deus. Batalhas, irmãos, noivados rompidos. Sua história pessoal com

Lady Hawthorne irá apenas trazer problemas.

            
            

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