Você é um sonho, meu doce. Adoro o seu rosto angelical, o sorriso
aberto e verdadeiro. Eu me perco em você, nos seus jeitos, na sua beleza,
na voz, no olhar...
Leio a sua mensagem e o imagino se tocando devagar enquanto me
assiste, deslizo a mão até o meio das pernas pressionando de leve o meu
clitóris já inchado. Solto um pequeno gemido ao inserir dois dedos na minha
entrada molhada e quente, invisto lentamente me excitando cada vez mais
com os movimentos suaves. Levo os dedos até a boca e os chupo
ruidosamente olhando para a câmera.
Assim você me deixa louco, Candy! Isso linda, aperte seus
deliciosos mamilos para mim. Tem uma forma única de se masturbar,
até a maneira como mete os dedos na boca me entesa, meu pau está
latejando por você.
O calor se espalha pelo baixo ventre e posso sentir espasmos contra os
dedos ao pressionar o clitóris, meus olhos se reviram e tenho de acelerar o
ritmo rebolando na minha própria mão.
Preciso vê-la gozar, use só os dedos. Enfie o máximo que puder e
se masturbe com vontade, meu doce.
Sigo suas ordens, mas antes lubrifico os dedos colocando-os na boca
outra vez, lambo três deles e os insiro lentamente. Tateio dentro de mim em
busca daquele ponto mais sensível e aplico mais pressão ali ao passo que
começo a me estocar com mais entusiasmo. Estremeço de prazer e perco um
pouco o balanço, caindo na cama milagrosamente num movimento sensual.
Você é linda, sua expressão quando sente prazer é tão excitante
que me faz querer gozar. Estou quase lá, Candy! Espalme a outra mão
no clitóris, quero ouvir o estalido alto.
Eu me esforço para ler sua mensagem com a visão desfocada pelo
tesão, pontos de luz brilham conforme o orgasmo chega. Meus pés se
contorcem e minhas pernas tremem. Os espasmos se intensificam fazendo o
meu clitóris latejar violentamente e um fogo percorrer pelo corpo. Derreto-
me num poço de prazer escorrendo pelas coxas, e então obedeço ao comando
dele.
- Ahhhh, James! - Arfo no ápice do orgasmo, chamando pelo nome
do homem que habita meus pensamentos.
Ele demora um pouco para mandar a mensagem e penso estar com as
mãos ocupadas demais.
Que delícia, amor, gozei junto com você.
- Obrigada... por me dar prazer.
O prazer foi meu.
Sorrio languidamente e deito de lado, apoiando a cabeça em uma dos
braços.
Candy... Gostaria de continuar aqui comigo, só conversando?
O que será que ele quer conversar comigo?
- Tudo bem para mim...
Ela é incrivelmente linda, meiga e sexy. Uma combinação que me
deixa completamente louco de tesão, ela aguça todos os meus sentidos e pela
primeira vez em anos nunca me senti tão vivo! Parece um anjo caído, tem
uma aura de luz e inocência, mas também emana essa luxúria e me afeta toda
maldita vez que a vejo. Agora mesmo, Candy esta deitada em sua cama numa
posição que deveria ser natural, mas a sutileza e delicadeza tem o efeito
oposto. É totalmente sensual e lascivo.
Há quanto tempo faz shows aqui?
Essa é uma das perguntas que tenho, uma simples e fácil de responder.
Quero retornar à nossa última conversa, saber o motivo dela estar fazendo
isso. Assisto o peito dela se elevar e descer num alto suspiro antes de
responder.
- Faz pouco tempo, se eu não me engano foi um dia antes de eu te
conhecer... Sim! Aquele era o meu segundo show.
Hum... Por que tomou essa decisão? Conhecendo a Candice eu sei que
não faria isso aleatoriamente...
O que aconteceu?
- Como assim?
Ela se ajeita, aproximando o corpo para a beirada da cama a fim de ler
melhor.
O que aconteceu? O que te fez tomar a decisão de começar a
transmitir nesse site?
Posso notar o movimento de sua garganta quando engole em seco,
aperta os olhos com força parecendo ponderar se conta a verdade ou não.
- Quer mesmo saber a verdade? Não é o que está esperando ouvir.
Sim, quero a pura verdade.
- Tudo bem então. - Senta-se de frente para a câmera. - Eu preciso
do dinheiro.
Mas ela está trabalhando agora, quando começou estava
desempregada... Isso quer dizer que acabará com os shows, certo?
Mas e quanto a trabalho? Não tem algum?
- Sim tenho, um ótimo por sinal, mas não é o suficiente.
Não é o suficiente para o que?
Suas mãos cobrem o belo rosto por um segundo e então deslizam pelas
longas madeixas loiras.
- Não é o suficiente para pagar uma conta hospitalar estratosférica,
preciso juntar o máximo de dinheiro possível em menos de oitenta dias.
Soube desse site por uma amiga, e depois de pesquisar decidi ser uma forma
rápida de conseguir...
Ela continua falando, mas a palavra hospitalar fica se repetindo na
minha cabeça. Ela esteve doente? Ela está doente?
Você está bem?
- Sim. Tenho tudo sobre o controle...
Não foi isso o que eu quis dizer. Eu perguntei sobre a sua saúde,
está tudo bem?
- Minha saúde? Ah! Sim, eu estou ótima... Foi o meu pai quem
esteve internado. Ataque cardíaco.
Merda! Eu estava torcendo para que eu pudesse convencê-la a ficar o
fim de semana todo comigo, mas agora sabendo sobre o seu pai eu não posso
fazer isso. Ela precisa mesmo ir vê-lo...
Sinto muito, meu doce.
- Obrigada, mas está tudo bem agora...
Sua resposta soa fraca, como se ela mesma duvidasse disso.
***
Estou acostumado a acordar cedo, mas hoje eu me superei. Estava tão
ansioso que mal preguei os olhos. Vou até a garagem e entro no carro com
um largo sorriso nos lábios por saber que irei vê-la hoje fora do ambiente de
trabalho, seremos só nós dois e ninguém para interferir. Dirijo até o campus
onde ela vive e me sinto nostálgico, sinto falta da época da faculdade, das
festas onde eu e meus irmãos sempre íamos - eles em busca de mulheres e
eu só pela diversão leve mesmo, nunca trairia minha noiva.
Imagino se Candice participa desses eventos? Será que ela tem muitos
amigos? Quero saber tudo sobre ela, das coisas que gosta ou não gosta, seus
hobbies, desejos, sonhos... Quando dou por mim já cheguei, o trajeto todo
estive pensando nela, somente nela. Ela não sai da minha cabeça!
Estaciono em frente ao prédio, fico imóvel ao encontrá-la me
esperando no portão, quando seus olhos pousam em mim sinto o estômago
esquentar e o coração bater forte contra o peito. Eu to muito ferrado...
- Bom dia, linda! - Minha voz soa leve e despreocupada,
exatamente como me sinto ao seu lado. Em paz comigo mesmo, como se
finalmente eu fosse quem deveria ser. Ela trouxe de volta a minha essência,
ela me encontrou.
- Bom dia, James! - Seu sorriso ilumina ainda mais o dia, abro a
porta para ela e espero se acomodar no assento antes de fechar. Dou a volta
correndo e tão logo me sento ela que me surpreende com um beijo suave. Seu
rosto enrubesce, como se ela própria tivesse se surpreendido com sua atitude.
- Já tomou café? - Coloco uma mecha solta atrás de sua orelha,
aproveitando para acariciar a sua face alva. Tão bela.
- Hm... ainda não.
- Temos que remediar isso, senhorita Greece. Vai precisar de energia
para as coisas deliciosas que pretendo fazer contigo...
- Oo..Ok - gagueja sem jeito e prende o lábio contra os dentes.
Inclino-me e o libero, sugando e acariciando com a língua. Seu gemido
contra a minha boca é um convite para um beijo mais profundo e ardente. Seu
sabor me inebria, inspiro fundo e sorvo o aroma dela viciante. Puxo seus
cabelos melhorando o ângulo para poder devorá-la melhor e perco a noção do
tempo. No entanto, quando finalmente nos afastamos em busca de ar, lembro-
me de onde estamos.
Puta eu pariu! Estávamos prestes a tirar a roupa em público!
- Guarde esse pensamento... Continuaremos na minha casa, por ora
vou te alimentar.
- Sim, por favor...
Ligo o motor e dirijo ávido até a cafeteria mais próxima, não quero
perder nem um segundo a mais!