Oh não! Eu ainda nãoavisei o meu pai sobre James! Procuro meu celular na bagunça que é a minhabolsa e não o encontro, apalpo os bolsos e não sinto nada. Olho para oscantos da poltrona tentando ver se o acho caído por ali e me remexo para termais acesso. Eu perdi o meu celular? - Candice, está tudo bem? Levanto a cabeça e vejo James alternando o olhar de mim para aestrada parecendo preocupado. Suspiro e me ajeito no assento envergonhadapela cena que eu acabara de fazer, devia estar parecendo uma louca. - Eu acho que perdi meu celular, não está na minha bolsa e talvezpensei que talvez pudesse ter caído no carro, desculpe. - Ei! - Segura minha mão a trazendo para os lábios num beijo doce.- Não se preocupe com isso, pode ter esquecido lá em casa? Tento me lembrar da última vez que o usei, mas só me vem imagensdo James em cima de mim, dentro de mim, por trás de mim... Sinto-me ficarcorada e mordo o lábio evitando emitir um gemido. - Sim, posso ter esquecido por lá. - Engulo em seco e então limpo agarganta. - Eu precisava ligar para o meu pai avisando... que estou levandoalguém. Seus olhos se voltam para mim rapidamente e percebo estar prendendoum sorriso. O repuxar no canto da boca é tão sexy. - Sem problemas, meu doce. Use o meu. - James retira seu celulardo bolso e o coloca em minhas mãos, fito o aparelho em minhas mãos umpouco sem reação. - Obrigada, mas... preciso do passe para liberar a tela. Ele demora para responder, por isso volto a encará-lo notando suapalidez, parece aflito. - É zero, dois, noventa - Mal consigo memorizar com sua falarápida. Digito rapidamente também e percebo se tratar de uma data. Fevereirode 1990. Será que é o aniversário dele? Seria tão louco de colocar uma senhafácil? - James. - Sim? - Quando é o seu aniversário? Ele me olha curioso parecendo não entender a minha perguntaaleatória. - Dez de abril, e o seu é no dia primeiro de abril, certo? Faltampoucos dias. - Ah... fazemos perto! E sim está chegando, em menos de duassemanas terei vinte anos! Então a senha não é a data do seu aniversário, agora fiquei curiosa parasaber do que se trata. O que é tão importante para ele que usaria como suasenha? Desisto de pensar nisso por um instante e ligo para o senhor Thomas. - Pai? - digo ao escutar um alô do outro lado. - Pequena, é você? - Sim! Está tudo bem com o senhor? Parece cansado... - Estou ótimo, só preciso de um cochilo. E você, filha? Aconteceualguma coisa? Está ligando para cancelar a visita ao seu velho? - Não! Eu já estou quase chegando. Só liguei para avisar que... queeu estou indo com alguém. Vejo pela visão periférica o James me olhando, mas como estádirigindo sua atenção se volta à estrada e eu respiro melhor. Ainda assim continua prestando atenção na conversa, eu sei. - Ah! Tudo bem, filha. Quem é? Forço a resposta sem querer soar tímida, mas infelizmente éexatamente como sôo. - Meu namorado, pai. James repousa uma mão acima da minha coxa e aperta de leve, olhopara ele e perco o fôlego com seu sorriso, naturalmente sorrio de volta. Sim,isso parece certo. *** - Logo ali, James. É aquela casa com cercas brancas. Ele desacelera e estaciona no gramado de casa. Meu pai deve ter nosouvido chegar, pois logo aparece na entrada. Ao me ver abre os braços paraum abraço. Eu nem penso duas vezes e corro até ele. - Estava com saudades. - Retribuo o abraço brevemente, sentindo apresença do James atrás de mim. - Eu também, filhota. Afasto-me sentindo cada vez mais o meu coração acelerar e minhaspernas ficarem bambas. Chegou a hora da apresentação! Como vou explicar?"Oh pai, esse é o meu namorado, ele também é o meu chefe!" ou "Pai esse éo meu chefe, mas acabamos tendo um sexo tão quente e gostoso quedecidimos nos tornar oficiais!" Decido deixar de fora a parte do chefe... e dosexo é claro! - Pai, esse é o James, meu namorado. James fica ao meu lado, enlaça a minha cintura enquanto a outra mãose estica para cumprimentar o meu pai. - Prazer em te conhecer, senhor. - É impressão minha ou o senhorKnight parece nervoso? James Knight está nervoso em conhecer o sogro? Ah,ele não vai escapar dessa! - Pode me chamar de Thomas, filho. Papai o puxa para um abraço, pegando James de surpresa e logo sousolta para que ele possa retribuir. Sua expressão encabulada é tão fofa que fazcoisas estranhas acontecerem no meu peito. Que vontade de beijá-lo! - Vamos, entrem. Devem estar cansados e com fome. James me envolve por trás ao entramos juntos em casa, com os braçosna minha cintura ele me beija a nuca quando o papai não vê. Nunca me sentitão feliz como agora. - Será que ele vai gostar de mim? - sussurra ao pé do ouvido. - Você está mesmo me perguntando isso? Ele te chamou de filho. Elenunca chamou o meu outro namorado de filho, no entanto. Isso deve dizeralgo, não é? Sinto o seu sorriso contra a minha pele, mas logo me solta quando meupai se vira para nos servir algo na cozinha. - Dona Rose me ajudou com o almoço, lasanha vegetariana. Eufiquei com um pé atrás, mas realmente é gostoso! Vou esquentar para vocês,esperem na sala. - Pai, não precisa se preocupar, deixe que eu faço isso... - Candice, não sou inválido, só estou um pouco velho. Suspiro e forço um sorriso. Como ele é teimoso! - Tudo bem, meu velho. Vou mostrar a casa para ele enquanto isso. - Precisa de ajuda, senhor? - James pergunta entrando na cozinha. Papai nega com a cabeça, olhando de mim para James com um sorrisolargo no rosto. - O senhor está no céu. James ri e tenta de novo. - Precisa de alguma ajuda, Thomas? - Assim está bem melhor! Não, está tudo sob o controle. Podemesperar na sala. Arrasto James pela mão, sentindo-me como uma adolescente e nosacomodamos no sofá da sala. - Sabe do que me deu vontade? - digo repentinamente. - Do que? - pergunta ajeitando uma mexa que caíra sobre meusolhos. - De tomar vinho. Eu sei que ainda não tenho idade para beber, masestamos em casa e papai não se importaria... - Hum... - Ele levanta uma sobrancelha. - Eu poderia tomar umbom vinho! Vamos comprar uma garrafa enquanto a lasanha não está pronta. - Pai, estamos indo no mercado e já voltamos! - anuncio na batenteda porta da cozinha e ele me dispensa com a mão, distraído enquanto faz asalada. Deixo James escolher, pois não conheço nada sobre bebidas, ele ficaem dúvida entre um Merlot e Pinot Noir, acabamos comprando os dois. Quando chegamos em casa em menos de quinze minutos o cheirodelicioso da lasanha me deixa com água na boca. - Nossa pai, parece ótimo! - Sim, ainda tenho que agradecer a Dona Rose. James e eu nos servimos e meu pai fica só no suco, não poderia bebero vinho por causa dos remédios. - E então, vão me contar sobre como se conheceram? Eu quase me engasgo e preciso beber um longo gole de vinho paraajudar a descer a lasanha. - Nos conhecemos no trabalho, Thomas. - Ah, então são colegas de trabalho! James e eu nos entreolhamos, mas, antes que eu pudesse sequer pedirpelo olhar para que não contasse, ele já está falando. O que será que o meupai vai pensar de mim? - Na verdade, eu sou um dos donos da empresa. Quando vi a Candicepela primeira vez, ela simplesmente tirou o meu fôlego. - Ri sem jeito e meolha um pouco corado. Eu nunca vou me acostumar com esse seu lado fofo!- Mas então tive a sorte de poder conhecê-la melhor e descobri que além debela e inteligente, ela é essa pessoa maravilhosa... Tem essa luz própria. Dessa vez é a minha vez de corar. Noto o meu pai nos observandopensativo. - Sua filha é muito especial para mim, senhor... Hã, Thomas. O que? Ai meu pai do céu! Ele acabou de dizer todas essas coisaslindas, e mal começamos a namorar! Começo a ficar totalmente sem jeito eme levanto nervosa. - Com licença, vou ao banheiro. Não acredito. Eu acabei de dizer que vou ao banheiro? Precisava sertão direta? Já era. - Tudo bem, querida. Papai diz e eu sinto os dedos mornos de James acariciarem a parte detrás da minha coxa antes de eu sair. Tranco-me no banheiro e encaro o reflexo do espelho tentandocategorizar tudo que estou sentindo. Percebo que eu estou bem. Estou melhorque só bem, são tantas emoções boas que parece que elas vão explodir dentrodo peito. Eu nunca me senti tão... Tão especial e amada. Mas a pressão desseencontro entre James e meu pai me deixou tão nervosa ao ponto de quasevomitar toda a comida que tinha acabado de ingerir! Eu precisava sair de lápara respirar e colocar os pensamentos no lugar. Lavo o rosto e as mãos e inspiro fundo tentando acalmar meu coração,então volto sorrateiramente para a sala. Posso escutar as vozes dos dois equero saber do que estão falando. - A minha garota merece isso. Prometa que irá cumprir com a suapalavra. - Papai soa sério e um pouco preocupado. Do que eles estãofalando? - Eu prometo, Thomas. Tudo o que eu mais quero é fazê-la feliz ecuidar dela. Tem a minha palavra, se é isso o que deseja. O assoalho faz barulho chamando a atenção deles para a minhapresença, e logo o assunto é encerrado. *** Aconchego-me ao lado do James no sofá, fingindo não ter escutadonada, porém, seria impossível não perceber os olhares trocados entre os dois.Eles estão escondendo algo de mim! Do que eles estavam falando? Ficoimaginando tantas coisas e nenhuma delas me parece boa, terei de dar umjeito de arrancar essa informação do James. Meu pai é teimoso e não me dirianem se eu esperneasse, sei disso. - Acredito que Candice já lhe mostrou o quarto? - Ele olha paramim e continua. - Coloquei travesseiro extra no seu armário, filha. Meus olhos se arregalam, eu escutei isso mesmo? Meu pai estáoferecendo o meu quarto para James ao invés do sofá? - Ok... Obrigada, pai. Acho que esse velho enlouqueceu depois de ficar doente, nunca emtoda a minha vida ele foi tão mente aberta quando o assunto sou eu enamorados. Lembro-me bem que quando o meu namorado da época da escolavinha estudar comigo em casa, papai nos proibia de estudar no quarto. Tinhade ser na sala, e ainda por cima fazia questão de ir a cozinha beber água atodo momento só para manter um olho em nós dois. No entanto, se parar parapensar, agora sou adulta e não moro mais aqui há alguns anos... - Sem problemas. - Ele dá uns tapinhas na minha perna e se levantacom esforço. - Está na hora do meu cochilo, vou deixar os dois namoraremum pouco. - Ele ri balançando a cabeça, como se não acreditasse no queacabara e falar. Pois é, nem eu acredito! - Boa noite, Thomas. Foi muito bom conversar com o senhor. - O prazer foi meu, filho. Boa noite crianças. Então ele caminha lentamente até o seu quarto e fecha a porta, quandome viro para o lado vejo James enchendo as nossas taças com mais vinho. Amaneira como ele está sentado, com a postura tranquila e um leve sorriso norosto mostra que está se sentindo à vontade aqui em casa, saber disso aqueceo meu peito. O observo em silêncio, sem querer estragar esse momento, eleme entrega a bebida me olhando nos olhos a todo instante e o clima entre nósse intensifica. Seus olhos passeiam pelo meu rosto e sinto calor se espalharpelo corpo em uma deliciosa onda de excitação e expectativa. Lambo oslábios antes de aproximá-los à taça para sorver a primeiro gole do vinho semquebrar o nosso contato visual. - Obrigada. - sussurro roucamente. James desvia o olhar dos meus lábios para os olhos. - Pelo que, meu doce? - Por me trazer aqui, por ser tão bom para mim. Ele continua me fitando daquele modo tão perfeitamente lindo, e meucoração bate cada vez mais descompassado. A expressão dele mudalevemente, tornando-se determinado, repousa sua taça na mesinha de centro ese aproxima segurando o meu rosto, com a boca quase colada à minha eleresponde: - Eu sempre cuido do que é meu... Ele engole o meu suspiro com um beijo doce e se afasta por umsegundo, quando abro os olhos eu o flagro me examinando com um olharquente e algo a mais... James desliza o polegar pela minha face em umacarícia suave, fazendo-me arrepiar deliciosamente com o contato. - Minha - sussurra contra os meus lábios, sorvo o aroma doce dovinho em seu hálito morno e tentador. Não me contenho e o beijo profundamente, jogando-me em seu colopara senti-lo perto de mim. Suas mãos passeiam pelo meu corpo com voracidade, e agarra a minhabunda com força me puxando ainda mais contra sua ereção. Gememos juntoscom nossas bocas coladas e o som, mesmo que abafado, soou alto na casapequena e silenciosa. Afastamo-nos ofegantes e sua expressão aflita, como sefosse uma tortura parar a nossa sessão de amasso, deve refletir a minha. Sinto a calcinha tão molhada que se eu pressionar os dedos contra o jeans dosshorts será capaz de ficar uma mancha. - Shh... Venha pro quarto comigo. - Levanto de seu colo com aspernas bambas e o seguro pela mão enquanto caminhamos até lá. Ele tranca aporta e não perde tempo em vir até mim daquele jeito selvagem, como se eufosse sua presa. Sou jogada na cama e rimos quando a cabeceira se chocacom a parede. - Desse jeito seu pai vai saber exatamente o que estamos fazendo -murmura contra o meu pescoço, abro as pernas para que o seu grande egrosso volume resvale no meu ponto sensível, e quase perco a linha deraciocínio com a sensação. - James... Vamos para o chão. Ah... a cama está rangendo demais. Envolve os braços na minha cintura e se senta levando-me consigo,quando percebo já estamos no assoalho. Seus lábios e língua brincam com aminha pele, e ao aprisionar meu mamilo intumescido entre os dentes precisoconter um gemido alto, mas ainda assim não consigo ficar quieta. James sobee cobre minha boca com a dele. - Não faça barulho, Candice - diz colado a mim, a vibração da suavoz fazendo cócegas em meus lábios. - Temos que ser silenciosos. Achaque consegue? Eu assinto sem conseguir formular uma frase sequer, tamanha é minhaeuforia. Tento desabotoar meus shorts colocando as mãos por baixo de seucorpo, mas ele me intercepta e as puxa acima da minha cabeça. - Deixe que eu cuido disso, meu doce. Ele desce sobre mim até ficar com o rosto na altura dos meus quadris,a respiração quente contra o meu ventre me faz estremecer de tesão e eutampo minha boca com a mão para abafar outro gemido. Seus olhos capturamos meus, parecem mais escuros e intensos, balança a cabeça lentamente comaquela expressão séria que eu acho tão sexy, e meu corpo reage secontorcendo sob ele. - Se você continuar fazendo barulho não vou deixar que goze. - James... - Pronuncio seu nome desesperada, querendo mais e commedo que ele faça exatamente o que acabara de dizer. - Diga que consegue ficar quieta, Candice. - Beija o interior dasminhas coxas. - Consigo! Eu consigo - sussurro alto, levantando os joelhos para tedar mais acesso. Ele desabotoa meus shorts e eu levanto os quadris para que ele osretire, seu rosto se aproxima do meu centro e quando me beija por cima dacalcinha tenho de engolir um pequeno grito de prazer. - Já está tão pronta para mim! - murmura com satisfação e logoarrasta lentamente minha lingerie, deixando-me totalmente exposta. Seus dedos afundam contra a minha carne, segurando-me com força aoafastar minhas pernas. Sua respiração pesada é um indício de que está tãoafetado como eu, e tão logo sua língua faz contato, beijando-me vorazmenteno meu centro pulsante, um baixo rosnar sai de sua garganta. Ele está medevorando e eu estou adorando! - Tão gostosa! - exclama contra a minha carne úmida, e então sugaavidamente o clitóris me fazendo gozar em sua boca. Todo o meu corpo secontorce em deliciosos espasmos, James continua me estimulando com doisdedos e sua língua agora estoca minha entrada, prolongando o orgasmo. - James! James! Por favor... - Tento falar o mais baixo possível,abafando os gemidos com as mãos. Passo a ver estrelas, não sei se aguento mais... ele precisa se afastar!Ou então vou desmaiar de tanto prazer. Será que isso é possível? - Foda-se! - Sua voz soa trêmula e quando menos espero o sintodentro de mim. - Ah... - Tento abafar meus sons novamente, mas James segurameus pulsos e os leva para cima. - Sem barulho, lembra? Contraio os lábios e concordo com a cabeça. James continua meolhando, assegurando que eu fique em silêncio enquanto entra e sai de mimnum ritmo lento e torturante. Arquejo com a sensação crescente do êxtase edo fogo que queima em meu ventre toda vez que o sinto bater naquele pontosensível, conduzindo-me para outro orgasmo. Ele fica mais ofegante e possosenti-lo crescer e pulsar dentro de mim ao passo que eu me perco novamente.Ele une nossos lábios e assim engolimos nossos gemidos enquanto gozamosjuntos. James desaba em mim e eu gemo de dor com seu peso e a sensaçãodura do chão contra os meus ossos. - Desculpa. - Apoia-se novamente nos cotovelos e me dá um beijocasto, saindo de mim cuidadosamente. Olho nervosa para ele, mas quando vejo que está usando camisinhasuspiro aliviada. Eu estava tão perdida em sensações e não percebi omomento em que ele a colocou. Tomo anticoncepcional, mas ainda estámuito cedo para contar isso para ele, eu acho... Ele me ajuda a levantar e me coloca na cama antes de vestir as calçasrapidamente, vai ao banheiro para se livrar do preservativo e em menos deum minuto volta, trancando a porta antes de se aconchegar ao meu lado e noscobrir com o lençol. - Isso foi... - Ele começa a dizer, mas antes que termine a frase eu ointerrompo. - Perfeito! - Sinto o seu sorriso contra a minha nuca. Ele enroscaminha cintura, puxando-me para mais perto. - Sim, Candice - murmura ao pé do ouvido, e antes que eu percebaestou caindo num sono tranquilo nos braços do homem que eu... Ai.Meu.Pai.Do.Céu. Eu o amo. Não dormia tão bem assim há tempos, acabo acordando até mais tardedo que eu estou acostumado. Acordar com a Candice aninhada contra o meupeito e suas pernas me pressionando ao colchão foi a coisa mais sexy eadorável. Tento ficar imóvel e em silêncio sem querer acordá-la enquanto aobservo encantado com a beleza dela, o rosto sereno apoiado em meu peitorale os cabelos dourados espalhados por todo lado faz meu coração bater maisforte e uma sensação de calor percorrer meu corpo. Ela é tão linda. Por issome sinto péssimo pelo o que estou prestes a fazer. - Candice - sussurro, distribuindo pequenos beijos por sua face. - Hmmm... - Ela resmunga e tenta se virar para longe, fazendo-merir. - Meu doce, acorde. - Tento mais uma vez girando o corpo até ficarsobre ela, aprisionando-a por baixo de mim. - James? - Seus olhos da cor do oceano abrem lentamente e piscamtentando acostumar com a claridade. - Sim, minha linda. - Pressiono os lábios no vão de seus seiosenquanto a assisto despertar. As mãos dela sobem até meus cabelos e meacaricia enquanto sorri docemente. - Preciso ir embora... Meu peito aperta ao ver seu belo sorriso aos poucos se desvanecer. - Já? Ah... tudo bem, então. Está com fome? Deixe-me fazer o caféda manhã primeiro. Sei que está chateada e odeio isso, mas eu esqueci completamente deavisar sobre um compromisso nessa tarde. Se não sairmos agora chegareiatrasado para o evento. Eu preferiria não ir, mas já confirmei a minhapresença e é muito tarde para avisar que levarei uma acompanhante. - Candice, me desculpe. Eu esqueci de avisar, tenho um eventobeneficente essa tarde e preciso comparecer. - Está tudo bem, James. Você... hã, se importaria de me levar devolta para o campus? Ela realmente acha que eu a deixaria aqui? - É claro que te levo de volta! - Beijo sua testa e me afastorapidamente. - Candice, sobre o evento... se eu pudesse nem iria, ou então televaria comigo, mas já confirmei o RPSV como sozinho e não poderia mudaragora. - Suspiro e a fito nos olhos, para saber que estou dizendo a verdade. - Eu entendo, James. Está tudo bem, de verdade. - Seu sorriso metranquiliza e retribuo. - Vamos tomar o café da manhã e avisar meu pai. Engulo em seco sentindo remorso. Por minha causa ela vai passarmenos tempo com o Thomas, terei de compensar isso de alguma forma nofuturo. Senhor Thomas parece bem com a situação e assim que terminamos decomer ele se despede da filha antes de vir falar comigo. - Aqui está, filho. - Entrega duas folhas de papel dobradas e ascoloco rapidamente no bolso da calça. - Fiquei feliz por receber sua ligação,cuide bem dela. Ele sussurra demais e olho nervosamente para o lado para ter certezade que Candice não escutou, ela não sabe que eu contatei o pai dela antes devirmos para cá. - Sempre. - Permito que me abrace e logo nos separamos para mejuntar à sua filha no carro. - O que tanto vocês conversaram? - Ela pergunta, acenando para opai da janela enquanto eu manobro. - Nada demais, coisas de sogro e genro. - Sei... - Candice pousa seus grandes olhos curiosos em mim comuma sobrancelha levantada. - Isso soa mais como segredo, isso sim! Agarro sua mão e a levo até os lábios, a beijando ternamente. - Nada disso. Ele só me fez jurar ser bom para você, ou entãoarrancaria meu instrumento entre as pernas com uma das ferramentas deleenquanto durmo. Seu riso alto é contagiante e eu começo a rir junto me sentindo maisvivo do que nunca. - James, eu devo mesmo ter esquecido meu celular na sua casa. Seráque pode levar para mim amanhã? - Claro, amor. Acabei de chamá-la de amor. E foi a coisa mais certa e natural que eupoderia dizer. No entanto, eu a olho de relance com medo de sua reação, massuspiro aliviado quando a vejo mordendo o lábio inferior tentando em vãoconter um sorriso bobo. A sensação que tenho é que chegamos rápido demais, mas verificandoo relógio percebo que já se passaram duas horas e eu tenho de correr até emcasa para me arrumar para o Cocktail. Estaciono o carro e corro para foraabrindo a sua porta, seguro a mão dela e a puxo contra meu peitomergulhando o rosto em seus cabelos. Puta que pariu! Puta que pariu ao quadrado! Ao cubo! Eu já estou sentindo saudade, porra! Sei que isso é louco porquetornarei a vê-la amanhã no trabalho, mas tudo em mim grita para não meafastar. Faço um esforço tremendo e me distancio, ainda segurando a sua mãona minha. - Vou te levar até a porta. - Ok. - Caminha o mais lentamente possível, tentando prolongarnosso tempo juntos. Subimos alguns lances de escada e logo paramos em frente a umapartamento no meio do corredor. - Eu moro aqui - diz procurando pela chave na bolsa. Quandofinalmente a encontra ela abre a porta, puxando-me junto com ela. Pausamos bruscamente na entrada e nossos olhos se voltam para olugar de onde estão vindo os gemidos. - Ai. Meu. Pai. - Candice esconde o rosto em meu peito,empurrando-me de volta o corredor. - Boneca? - Uma voz feminina e ofegante diz da poltrona e avistoum emaranhando de cabelos cor de fogo antes de me virar também. - Hum, Nathy... depois eu volto. Candice está vermelha de vergonha ao sairmos para fora, fechando aporta atrás de nós. - Sua amiga costuma trazer homens para casa? - Tento não soarputo, mas não consigo. - Não! Quero dizer, ela sempre me avisa quando vai dormir comalguém... - Porra, Candice! Não gosto de saber que tem sempre a porra de umcara na sua casa... - James! Não grite comigo! - Ela me interrompe e eu engulominhas palavras. - Desculpe. Desculpe, meu doce. - Afago seus cabelos e inspirofundo, procurando manter a calma. - Ela não costuma trazer homens para casa e quando o faz me avisacom antecedência. Normalmente eu espero na cafeteria ou janto fora, elesnunca passam a noite. - E por que você não soube desse? - Talvez porque estou sem o meu celular? Porque voltei mais cedopara casa sem avisar? - Se afasta e me encara séria, examinando minhareação. - Tem razão, me desculpe. É só que eu me preocupo com você... Sua expressão se suaviza. - Eu sei, obrigada. Estamos parados perto das escadas e por isso, quando a porta de seuapartamento se abre, damos de cara com a pessoa que dali sai vindo em nossadireção. - Chuck. Sinto o corpo da Candice ficar tenso em meus braços e então encaro oidiota que a deixou desse jeito. - Trenton? Puta que pariu. Esse filho da puta de novo. Não basta ele ter sido umbabaca com minha garota no dia da entrevista e dar em cima dela na minhafrente, agora ele come a sua amiga e ainda tem a audácia de olhar a minhamulher desse jeito! Puxo a Candice para o meu lado e o encaro, fazendofinalmente ele notar a minha presença. Seus olhos me fitam semicerrados eum sorriso sarcástico brota em sua boca. - James Knight! Está pagando hora extra por comer sua assistentefora do expediente? Acontece tudo de uma vez. Meu punho golpeia seu rosto com tantaforça que ouço o estalar dos ossos dele. Ele solta um grunhido e seu corpo caicom o nocaute. Candice arfa ao meu lado e se afasta para que o idiota nãocaia sobre os seus pés. Eu sibilo com a dor se espalhando nos nós dos meusdedos, fazia tempo desde que eu socava alguém e costumava fazer numringue com faixas ou luvas cobrindo as mãos. Sinto uma nostalgia ao melembrar da época em que eu treinava Muay Thai, já faz dois anos. - Ele... está morto? - Sua voz trêmula me deixa estranhamentearrependido, mas a pergunta me faz rir. Foda-se! Ele mereceu. - Não, só desmaiou. - Levo-a para o outro lado do corredor. -Chame a sua amiga. Candice espia por trás de mim e olha para o corpo caído do Trenton,mas não encontro nenhum pingo de compaixão em seu rosto e isso me fazsentir melhor. - Nathy! - ela grita da porta. - Nathy, me ajude aqui! Volto até o babaca e checo seus sinais vitais só por precaução. Sim,continua vivo. - Ai meu Deus! O eu aconteceu com ele? A ruiva corre até mim e alterna o olhar entre Trenton, Candice e eu,provavelmente esperando por uma resposta. - Eu o soquei. - O que? Por quê? Quem é você? - Nathy! - Candice chama a amiga. - Esse é James, meunamorado. A ruiva me olha surpresa, mas logo se recupera voltando sua atençãopara Candice. - E como isso explica o Trenton estar inconsciente no meio docorredor? Candice suspira antes de responder. - Ele mereceu o soco, acrediteem mim. Gemidos soam aos meus pés e observo idiota acordando ao que Nathyo ajuda a se levantar. Quando parece lúcido novamente, ele encosta os dedosde leve na têmpora sibilando de dor. - Filho da puta! - Rosna e tenta avançar em cima de mim, mas eusou mais rápido e o intercepto segurando os braços dele atrás do corpo. - Nunca mais abra a boca para falar uma merda como aquela. Agorapeça desculpas. Quando ele continua quieto eu torço seus membros com mais força. - Desculpe! Eu... Porra! Eu não sei o que deu em mim. - Não peça para mim, Trenton. Você deve desculpas para a minhanamorada. Sua cabeça se levanta e sei que está olhando para Candice. - Desculpe, Chuck. - Dessa vez ele soa mais sincero e só por issoeu o solto. Ele se afasta alongando os braços com uma careta de dor. - Por que disse aquilo, Trenton? Candice pergunta magoada e eu preciso me forçar para não interferir.Ela uma vez disse que eram amigos, devo confiar nela. Percebo que a suaamiga está chateada com a situação, com os olhos verdes marejados euimagino se não está pensando o mesmo que eu. Trenton está interessado naminha garota e é obvio que sua reação à nossa relação foi ciúmes, só nãoentendo como Candice não enxerga isso. - Esqueça isso, Chuck. - Ele tem a decência de parecer arrependido.- Você sabe que sou assim, não espere coisa melhor de mim. - Meneia acabeça e passa por mim em direção as escadas. - Vocês estão bem? - digo para as duas que me parecem muitoabaladas. Porra! Não queria ter de deixar a Candice depois do que aconteceu,mas preciso ir embora agora - Sim, vou ficar bem. - Ela diz e sua amiga concorda com a cabeça.Entrando no apartamento logo em seguida, Nathy nos deixa a sós. - Preciso ir. - Eu sei. Inspiro fundo e solto o ar lentamente, acalmando o turbilhão desentimentos. A puxo para um abraço e sorvo o seu cheiro me sentindo calmoimediatamente. Antes de soltá-la por completo eu a beijo, e só então mepermito ir, sentindo como se tivesse deixad uma parte de mim para trás