Casa de bonecas: 1 - A Boneca
img img Casa de bonecas: 1 - A Boneca img Capítulo 4 Confie em mim...
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Capítulo 6 Casa de Carne img
Capítulo 7 Proposta img
Capítulo 8 A mãe desprezada img
Capítulo 9 A escolha de Anaís img
Capítulo 10 Bem-vinda ao Lar img
Capítulo 11 A moça loira caipira img
Capítulo 12 A Filha img
Capítulo 13 O término img
Capítulo 14 Fique tranquilo... Você está errado img
Capítulo 15 Parabéns! Você ferrou com tudo img
Capítulo 16 Minha boneca img
Capítulo 17 Glossário: img
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Capítulo 4 Confie em mim...

Do outro lado da linha, a voz cansada informou:

- Estou preocupada Anaís, é o segundo dia que a administração daquele local que internaram ela tenta contato com Laura.

- Laura? Ela não se importa com esse assunto.

- Você não pode dar um jeito?

Ela sorri e diz tranquilizando:

- Você sabe que eu tenho um plano.

- Precisamos dela viva, você sabe, né?

- Quando foi que te decepcionei? Confie em mim, faça o que digo e tudo vai dar certo. Preciso ir agora.

Diz Anaís, desligando o telefone. Indo se arrumar para a tão aguardada reunião com duas promissoras autoras de escrita contundente, carismáticas e extremamente bem articuladas, produtos de vendagem quase imediata. Para ela, não interessava apenas ter dinheiro, mas precisava de visibilidade e precisava da fama.

Distante dali, Laura estava acordando, mas ainda se sentindo zonza. Abriu os olhos com dificuldade e percebeu que estava amordaçada com suas mãos estavam amarradas para trás. Ela tentou espernear, mas seus tornozelos estavam presos. Laura tentou então, descobri onde estava, era um lugar apertado e havia o som de um motor de carro ligado, pensou:

"Estou dentro do porta-malas do meu carro? Como cheguei até aqui?"

Pensou um pouco, precisava se lembrar o que havia acontecido, respirou o mais fundo que conseguiu e lembrou que desceu pelo elevador e estava falando com Anaís no telefone quando entrou no estacionamento... ela estava combinando de encontrá-la e, se questionou:

"De onde saiu aquele homem encapuzado? Como eu não o percebi se aproximando... Ele me esperou abrir o carro, preciso trocar a equipe de segurança do meu escritório. É preciso chamar a atenção deles, mas antes, tenho que fugir."

Lembrou-se que o porta-malas de seu carro tinha um dispositivo de segurança para um momento como esses, chocou o ombro contra a tampa do porta-malas e isso fez com que o interior dele se iluminasse. Uma luz fraca e oscilante se acendeu, Laura procurou o botão que conseguiria pressionar até mesmo com o rosto e faria o banco de trás do carro se soltar permitindo que rolasse para dentro do carro, podendo se esconder sob o banco ou até mesmo dominar seus sequestradores. Pensou um instante:

"Estou amarrada, preciso soltar as mãos pelo menos."

Tateou com os dedos o que poderia usar para cortar as cordas, mas não percebeu nada perto dela, se detestou mentalmente por ter tirado o material de pesca da última viagem de lá, se mexendo, sentiu algo com textura de couro em suas mãos, Laura não era uma mulher religiosa, mas naquele momento ela orou para qualquer entidade que existisse e pudesse vir em seu socorro.

Tocou cuidadosamente o objeto enquanto o carro passava por alguma coisa que o fez pular, suas pernas acabaram chutando o banco e ela sentiu seu sangue congelar ao perceber uma pessoa sentada no banco de trás do carro. Percebendo que a luz do interior estava acesa, as gargalhadas do homem de cabeça completamente raspada a fizeram ficar apavorada, ele abaixou o banco violentamente sem que aquele que dirigia sequer se sobressaltasse. O homem, com cara de louco, envolveu Laura pelos tornozelos, arrancando-a do porta-malas e Laura ouviu alguém gritar para o rapaz que lhe arrastava, assim que parou, ele a encarou com um olhar de predador selvagem e disse:

- Chacal precisamos levá-la viva...

- E intocada, foram ordens do chefe.

Acrescenta o motorista, sem tirar os olhos da estrada, ele gargalhou descontroladamente, logo fazendo um barulho de soluço, estava decepcionado esperando que ela lhe desse motivos para que pudesse fazer algo, mas Laura estava apavorada demais para tentar qualquer coisa.

            
            

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